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1
Conduta da Política Monetária
Unidade 3 – Parte 2
Profa. Gisele F.Tiryaki
ECO 174 – Economia Monetária
FCE/UFBA
Sumário
 Conduta da Política Monetária
 Objetivos da Política Monetária
 Dificuldades de Implementação da Política Monetária
 Metas
 Operacionais
 Intermediários
 Finais
 Metas Intermediárias e Política Monetária
 Política Monetária: Inflação e Desemprego
 Regra deTaylor e aTaxa Natural de Desemprego
 Inflação e Desemprego: a Curva de Phillips
 Bolhas no Mercado deAtivos Financeiros e a Política Monetária
11/05/2015
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Conduta da Política Monetária
Introdução
 Objetivo geral da política monetária: maximizar o bem estar da
população do país
 Objetivos específicos:
 Estabilidade de preços: inflação baixa e estável
 Custos com a inflação:
 Incapacita a utilização de moeda enquanto meio de troca, unidade de
medida e, em casos severos, reserva de valor
 Preços deixam de ser um mecanismo útil na alocação de recursos:
dificuldades no estabelecimento de contratos de logo prazo;
dificuldades com as decisões de poupança
 Inflação elevada (volátil): eleva a incerteza, podendo levar a estagnação
11/05/2015
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Introdução
 Objetivos específicos (cont.):
 Estabilização no nível de emprego
 Desemprego estrutural (razões: legislação, salário eficiência, sindicatos &
barganha coletiva, estrutura da economia)
 Desemprego friccional e a taxa natural de desemprego: desemprego de
longo prazo
 Crescimento Econômico
 Estabilidade da taxa de juros: flutuações nas taxas de juros dificultam
o planejamento e a realização de investimentos
 Estabilidade do mercado e das instituições financeiras: canalização
eficiente de recursos dos poupadores para os tomadores de
empréstimos
 Estabilidade do mercado de câmbio: facilita o planejamento de
operações comerciais e financeiras
Conduta da Política Monetária
 Como promover o crescimento econômico e baixo desemprego
com estabilidade de preços?
 Curto prazo: Curva de Phillips
 Longo-prazo: não há inconsistência entre estabilidade de preços e
crescimento econômico
 Formas de conduta da política monetária:
 Mandatos hierárquicos: estabelecimento de objetivo primário e
tentativa de atingir objetivos secundários somente se o primário se
materializar
 União Européia: objetivo primário é a manutenção da estabilidade de preços
 Mandatos duais: existência de dois objetivos com igual peso
 Estabilidade de preços e minimização do desemprego
11/05/2015
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Conduta da Política Monetária
 Preocupação com a estabilidade de preços
 Uso de “âncora nominal”: escolha de uma variável nominal para
manter o nível de preços em um determinado intervalo (e.g. taxa de
inflação, oferta de moeda)
 Objetivos principais da âncora nominal:
 Garantir a manutenção de expectativas de inflação baixa e estável
 Problema:“inconsistência temporal” da política monetária
 Tentação de utilizar a política monetária para estimular a atividade
econômica: decisões do Banco Central e pressões políticas
 Implicação: decisões dos agentes econômicos incorporarão expectativas
de alta de preço
 Consequência: política monetária expansionista leva a aumento na inflação
e não afeta a produção
Conduta da Política Monetária
 Independência do BC
 Independência de instrumentos: liberdade em escolher
instrumentos de política monetária
 Independência de objetivos: liberdade de escolher os objetivos
de política monetária
 Conselho monetário nacional?
 Evidência empírica: controle da inflação tende a ser mais efetivo
em países cujos BCs possuem maior independência (Alesina e
Summers, 1993)
11/05/2015
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Independência do Banco Central
Fonte: Alesina e Summers (1993)
Independência do Banco Central –
Índice de Cukierman
Estabilidade de preço é o único ou principal
objetivo, e, em caso de conflito com o governo, a
decisão final é do BC: 1
11/05/2015
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Independência do Banco Central –
Índice de Cukierman
Emprestador de último recurso
Taxas de Mercado?
Média (AL): 0,50
Máximo: 0,85 (Chile)
Mínimo: 0,31 (Argentina)
Independência do Banco
Central na América
Latina e Caribe: Jácome
&Vasquéz (2005)
11/05/2015
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Independência do Banco Central na América
Latina e Caribe: Jácome & Vasquéz (2005)
Conduta da Política Monetária
 Independência do BC
 Vantagens:
 Isolar o BC de pressões políticas: teoria dos ciclos políticos
 Evitar que o governo utilize o BC para facilitar o financiamento de
déficits fiscais
 Desvantagens:
 Falta de controle do público: não é democrático que decisões
cruciais para o desempenho da economia fiquem a cargo de uma
elite
 Risco que a diretoria do BC se preocupe em maximizar o próprio
bem estar: poder e prestígio (teoria do comportamento
burocrático)
11/05/2015
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Ciclos Políticos - Brasil
Fonte: Gonçalves e
Fenólio (2007)
Ciclos Políticos - Brasil
Fonte: Vasconcelos et al (2013)
11/05/2015
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Estratégias de Política Monetária:
Âncoras Nominais
 Regime de metas monetárias: estabelecimento de taxa de
crescimento constante para um agregado monetário
 Agregado normalmente utilizado: M1 ou M2
 Vantagens: informação se a política do BC está sendo eficaz é
conhecida imediatamente
 Desvantagem:eficácia limitada a situações em que existe uma
conexão forte entre o agregado monetário e o objetivo final
 Relação entre agregados monetários e inflação não é estável
Estratégias de Política Monetária:
Âncoras Nominais
 Regime de metas de inflação: estabelecimento de taxa de
inflação a ser atingida
 Elementos:
 Anúncio público da meta para o médio prazo
 Comprometimento institucional do BC com a estabilidade de
preços
 Utilização de várias variáveis no processo decisório sobre política
monetária
 Transparência da política monetária
 Possibilidade de responsabilização do BC em atingir as metas
 Primeiros países a implementar: Nova Zelândia (1990), Canadá
(1991) e Inglaterra (1992)
11/05/2015
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Estratégias de Política Monetária:
Âncoras Nominais
 Regime de metas de inflação: vantagens
 Uso de toda a informação disponível no estabelecimento da política
monetária
 Transparência: facilidade de compreensão pelo público
 Reduz o problema de inconsistência temporal: reduz pressões políticas
 Regime de metas de inflação: desvantagens
 Diferente dos agregados monetários, inflação não é facilmente controlável
pelo BC: defasagem no impacto da política monetária sobre a inflação
 Rigidez da meta de inflação: limitação da atuação do BC (maioria dos BCs
impõem regras flexíveis)
 Elevação da volatilidade das flutuações na produção (foco exclusivo na
inflação)
 Redução no crescimento econômico e do emprego
Problemas na Implementação da
Política Monetária
 Falta de controle direto sobre o nível de preços e sobre a atividade
econômica
 Dificuldades “temporais”:
 Defasagem de informação: variações na inflação, PIB e outras
variáveis econômicas não são observadas instantaneamente
 Consequência: quadro atual da economia pode ser agravado pela
implementação da política monetária
 Defasagem no impacto: período de tempo para que os efeitos da
política monetária sejam sentidos
11/05/2015
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Estratégia da Política Monetária
 Focar em “meios” que atingem os “fins” esperados
 Metas intermediárias: variáveis financeiras que o BC influencia
indiretamente via instrumentos de política monetária e que têm
impacto sobre a atividade econômica
 Metas operacionais: variáveis que o BC controla diretamente via
instrumentos de política monetária e estão relacionados
diretamente com os objetivos intermediários
Conduta da Política Monetária
Instrumentos
de Política
Monetária
• Mercado
aberto
• Redesconto
• Alíquota
compulsória
Metas
Operacionais
• Reservas
• Selic
Metas
Intermediárias
• Agregados
monetários
• Taxas de juros
Objetivos
Finais
• Produção
• Inflação
• Desemprego
11/05/2015
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Conduta da Política Monetária: Critérios
para Escolha das Metas Intermediárias
 Critério 1: facilidade com que se obtém as estimativas
 Objetivo: reduzir problema de defasagem de informação
 Taxas de juros: observação contínua
 Agregados monetários: defasagem média de duas semanas
 PIB nominal: defasagem média de 4 meses
 Critério 2: grau de influência
 Meta intermediária deve ser controlável ou deve responder às
mudanças na política monetária
Conduta da Política Monetária: Critérios
para Escolha das Metas Intermediárias
 Critério 3: grau de precisão das estimativas de impacto sobre os
objetivos finais
 Taxa de juros – Problema 1: o BC influencia a taxa nominal, mas é a
taxa real que é mais relevante para a atividade econômica
 Taxa de juros – Problema 2: tentativas de estabilizar a taxa de juros
podem desestabilizar a economia
 Períodos de otimismo: cresce investimento e consumo, pressionando a
taxa de juros; se o BC aumentar a oferta de moeda para manter a taxa de
juros estabilizada, os dispêndios e a inflação tendem a crescer
 Agregados monetários: se mudanças na demanda por reservas
ocorrem com frequência, tentativas de estabilizar agregados
monetários podem levar a grande volatilidade da taxa de juros,
desestabilizando a economia
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Conduta da Política Monetária: Critérios
para Escolha das Metas Intermediárias
 Solução:
 Flutuações na atividade econômica: origem
normalmente no setor financeiro
 Melhor focalizar na estabilidade da taxa de juros
 Objetivo operacional utilizado: Selic
 Flutuações na atividade econômica: origem
normalmente no setor real
 Melhor focalizar na estabilidade dos agregados monetários
 Objetivo operacional utilizado: reservas
Outras Metas Intermediárias
Utilizadas
 Taxa de crescimento do PIB nominal:
 Justificativa: se o crescimento do PIB real independe da política
monetária no longo prazo, estabelecendo o PIB nominal como
objetivo promove a estabilidade de preços de longo prazo
 Problema 1: BC possui reduzido grau de influência sobre a taxa
de crescimento do PIB nominal
 Problema 2: defasagem de informação e impacto
 Preços de Commodities:
 Justificativa: preços de commodities ajudam a prever variações
da inflação futura
 Problema: conexão com índice geral de preços não é robusta
11/05/2015
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Outras Metas Intermediárias
Utilizadas
 Curva de rendimento:
 Justificativa: se a taxa de juros real é constante, variações na taxa
de juros nominal refletem expectativas de inflação
 Lembrem-se: a curva de rendimento indica que, se a taxa de juros de
longo prazo excede a de curto prazo, espera-se que a taxa de curto prazo
se eleve
 A inclinação da curva de rendimento possui uma relação estatisticamente
significante com a produção e a inflação
 Problema: taxa de juros real não é constante!!!
Outras Metas Intermediárias
Utilizadas
 Taxa de câmbio:
 Justificativas: disciplina a política monetária, reduz a incerteza e
apresenta impacto significativo sobre a inflação
 Problema: política monetária torna-se passiva e a economia fica
exposta a ataques especulativos
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Política
Monetária:
Inflação e
Desemprego
Regra de Taylor
 Como o BC escolhe o nível da taxa de juros?
 Princípio deTaylor: BC deve aumentar a taxa nominal de
juros proporcionalmente mais do que a inflação
 Justificativa: o que aconteceria se a taxa nominal de juros
crescesse menos que a inflação?
 Taxa real de juros declinaria: o aumento da inflação levaria a uma
política monetária expansiva!
 Resultado: inflação ainda maior no futuro
 Passo 1: encontra-se o nível da taxa de juros, inflação e PIB
consistentes com a taxa natural de desemprego
11/05/2015
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Regra de Taylor
 Passo 2:
Selic = π + Selic* + 0,5 (π – π*) + 0,5 (Y –Y*)
onde,
π = inflação atual
Selic* = Selic consistente com o equilíbrio de longo prazo (taxa de
juros real)
π* = inflação consistente com o equilíbrio de longo prazo
Y = PIB atual
Y* = PIB consistente com o equilíbrio de longo prazo
Relação entre Inflação e Desemprego
 Curva de Philips: relação negativa
entre a taxa de inflação e a taxa de
desemprego
 Evidência empírica: até os anos 70
 Desaparecimento do link e a
discussão teórica sobre o impacto
da política monetária no setor real
da economia
 Política antecipada versus não
antecipada
*)( uuh 
0
π
uu*
Curva de
Phillips
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Curva de Phillips
Curva de Phillips nos Estados
Unidos: 1960 – 2004
11/05/2015
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Curva de Phillips nos Estados
Unidos: 1960 – 2004
Fonte: Aidar (2012)
Hipótese da Taxa Natural: Friedman (1968) e
Phelps (1968)
 Curto prazo: existe uma relação negativa estável entre
inflação não-antecipada e desemprego cíclico
 Inflação não-antecipada: πt – πe
 Desemprego cíclico: ut – ū
 Longo prazo: o comportamento de variáveis reais é
determinado por forças reais
 Taxa natural de desemprego:
 Imperfeições de mercado, custo de obtenção de informações sobre
oportunidades de emprego, custos de mobilidade
 Curva de oferta agregada de longo prazo: vertical
11/05/2015
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Curva de Phillips com Expectativas Adaptativas
 Assuma que
S
ttt YY   )ln(ln
1*  t
e
t 
Curva de Phillips Aceleracionista: existe uma
relação permanente entre a variação da inflação e
produção
* Redução da inflação: Y tem que ser inferior ao
pleno emprego
* Δπt = 0: taxa de desemprego que mantém a
inflação constante (NAIRU)
S
ttt YY   )ln(ln*
Curva de Phillips Aceleracionista
 Desempenho empírico favorável, mas...
 Staiger, Stock &Watson (1997): observa-se que a inflação média
cai quando o desemprego é elevado, mas a relação não é
robusta, mesmo quando os choques de oferta são contabilizados
 Metade dos anos 90: inflação não cresceu, muito embora o nível de
desemprego estivesse muito abaixo das estimativas da taxa natural para o
período
 A curva de Phillips aceleracionista assume que o
comportamento de π* é independente do ambiente econômico
 Implicação: se as autoridades monetárias estiverem dispostas a aceitar
taxas crescentes de inflação, é possível manter o produto acima do pleno
emprego indefinidamente
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Curva de Phillips com Expectativas
Racionais
 O índice de núcleo da inflação é igual a inflação esperada:
S
tt
e
tt YY   )ln(ln
Curva de Phillips com Expectativas
Aumentadas: a inflação não-antecipada cresce à
medida que o desemprego cíclico diminui
Curva de Phillips com Expectativas Racionais
 Limitação: testes empíricos indicam que mesmo choques de
política monetária que são antecipados pelos agentes
econômicos têm impactos na economia real
 Solução de “compromisso”: o índice de núcleo da inflação é
uma média ponderada da inflação passada e da inflação
esperada
Onde 0 ≤ ρ ≤ 1
1
*
)1(  t
e
tt 
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21
Curva de Phillips: Versão Novo-Keynesiana
 Com a nova definição do índice de núcleo da inflação:
S
ttt
e
tt YY    )ln(ln)1( 1
Versão Novo-Keynesiana da Curva de Phillips:
* Taxa de inflação esperada: previsão que os agentes
tinham da inflação futura no momento em que os preços
são estabelecidos
* Inércia inflacionária: presença de conexão entre a
inflação passada e futura, além dos efeitos operando
através das expectativas dos agentes
* Na ausência de choques de oferta favoráveis, diminuição
da inflação requer que a produção fique abaixo do pleno
emprego
Bolhas no Mercado de Ativos
Financeiros
 Origem das Bolhas:
 Mercado de crédito: expansão no crédito pode levar a uma
bolha no mercado de ativos financeiros
Condições de
crédito
facilitadas
Recursos
utilizados na
compra de
ativos
Elevação no
preço dos
ativos
PL aumenta e
valor do
capital de
bancos se
eleva Bolha rompe: restrições
de crédito e redução
dos preços dos ativos
11/05/2015
22
Bolhas no Mercado de Ativos
Financeiros
 Origem das Bolhas:“Exuberância Irracional”
 Expectativas extremante otimistas: não são baseadas em fundamentos
 Impacto sobre a atividade econômica é menos devastador
 O BC deve tomar medidas para precipitar o rompimento das
bolhas?
 Justificável somente quando a origem é no mercado de crédito
 Efeito de elevação das taxas de juros pode criar impacto severo sobre a
economia
 Bolhas podem ser localizadas no mercado de um ativo específico: política
monetária afetaria todos os mercados de ativos
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  • 1. 11/05/2015 1 Conduta da Política Monetária Unidade 3 – Parte 2 Profa. Gisele F.Tiryaki ECO 174 – Economia Monetária FCE/UFBA Sumário  Conduta da Política Monetária  Objetivos da Política Monetária  Dificuldades de Implementação da Política Monetária  Metas  Operacionais  Intermediários  Finais  Metas Intermediárias e Política Monetária  Política Monetária: Inflação e Desemprego  Regra deTaylor e aTaxa Natural de Desemprego  Inflação e Desemprego: a Curva de Phillips  Bolhas no Mercado deAtivos Financeiros e a Política Monetária
  • 2. 11/05/2015 2 Conduta da Política Monetária Introdução  Objetivo geral da política monetária: maximizar o bem estar da população do país  Objetivos específicos:  Estabilidade de preços: inflação baixa e estável  Custos com a inflação:  Incapacita a utilização de moeda enquanto meio de troca, unidade de medida e, em casos severos, reserva de valor  Preços deixam de ser um mecanismo útil na alocação de recursos: dificuldades no estabelecimento de contratos de logo prazo; dificuldades com as decisões de poupança  Inflação elevada (volátil): eleva a incerteza, podendo levar a estagnação
  • 3. 11/05/2015 3 Introdução  Objetivos específicos (cont.):  Estabilização no nível de emprego  Desemprego estrutural (razões: legislação, salário eficiência, sindicatos & barganha coletiva, estrutura da economia)  Desemprego friccional e a taxa natural de desemprego: desemprego de longo prazo  Crescimento Econômico  Estabilidade da taxa de juros: flutuações nas taxas de juros dificultam o planejamento e a realização de investimentos  Estabilidade do mercado e das instituições financeiras: canalização eficiente de recursos dos poupadores para os tomadores de empréstimos  Estabilidade do mercado de câmbio: facilita o planejamento de operações comerciais e financeiras Conduta da Política Monetária  Como promover o crescimento econômico e baixo desemprego com estabilidade de preços?  Curto prazo: Curva de Phillips  Longo-prazo: não há inconsistência entre estabilidade de preços e crescimento econômico  Formas de conduta da política monetária:  Mandatos hierárquicos: estabelecimento de objetivo primário e tentativa de atingir objetivos secundários somente se o primário se materializar  União Européia: objetivo primário é a manutenção da estabilidade de preços  Mandatos duais: existência de dois objetivos com igual peso  Estabilidade de preços e minimização do desemprego
  • 4. 11/05/2015 4 Conduta da Política Monetária  Preocupação com a estabilidade de preços  Uso de “âncora nominal”: escolha de uma variável nominal para manter o nível de preços em um determinado intervalo (e.g. taxa de inflação, oferta de moeda)  Objetivos principais da âncora nominal:  Garantir a manutenção de expectativas de inflação baixa e estável  Problema:“inconsistência temporal” da política monetária  Tentação de utilizar a política monetária para estimular a atividade econômica: decisões do Banco Central e pressões políticas  Implicação: decisões dos agentes econômicos incorporarão expectativas de alta de preço  Consequência: política monetária expansionista leva a aumento na inflação e não afeta a produção Conduta da Política Monetária  Independência do BC  Independência de instrumentos: liberdade em escolher instrumentos de política monetária  Independência de objetivos: liberdade de escolher os objetivos de política monetária  Conselho monetário nacional?  Evidência empírica: controle da inflação tende a ser mais efetivo em países cujos BCs possuem maior independência (Alesina e Summers, 1993)
  • 5. 11/05/2015 5 Independência do Banco Central Fonte: Alesina e Summers (1993) Independência do Banco Central – Índice de Cukierman Estabilidade de preço é o único ou principal objetivo, e, em caso de conflito com o governo, a decisão final é do BC: 1
  • 6. 11/05/2015 6 Independência do Banco Central – Índice de Cukierman Emprestador de último recurso Taxas de Mercado? Média (AL): 0,50 Máximo: 0,85 (Chile) Mínimo: 0,31 (Argentina) Independência do Banco Central na América Latina e Caribe: Jácome &Vasquéz (2005)
  • 7. 11/05/2015 7 Independência do Banco Central na América Latina e Caribe: Jácome & Vasquéz (2005) Conduta da Política Monetária  Independência do BC  Vantagens:  Isolar o BC de pressões políticas: teoria dos ciclos políticos  Evitar que o governo utilize o BC para facilitar o financiamento de déficits fiscais  Desvantagens:  Falta de controle do público: não é democrático que decisões cruciais para o desempenho da economia fiquem a cargo de uma elite  Risco que a diretoria do BC se preocupe em maximizar o próprio bem estar: poder e prestígio (teoria do comportamento burocrático)
  • 8. 11/05/2015 8 Ciclos Políticos - Brasil Fonte: Gonçalves e Fenólio (2007) Ciclos Políticos - Brasil Fonte: Vasconcelos et al (2013)
  • 9. 11/05/2015 9 Estratégias de Política Monetária: Âncoras Nominais  Regime de metas monetárias: estabelecimento de taxa de crescimento constante para um agregado monetário  Agregado normalmente utilizado: M1 ou M2  Vantagens: informação se a política do BC está sendo eficaz é conhecida imediatamente  Desvantagem:eficácia limitada a situações em que existe uma conexão forte entre o agregado monetário e o objetivo final  Relação entre agregados monetários e inflação não é estável Estratégias de Política Monetária: Âncoras Nominais  Regime de metas de inflação: estabelecimento de taxa de inflação a ser atingida  Elementos:  Anúncio público da meta para o médio prazo  Comprometimento institucional do BC com a estabilidade de preços  Utilização de várias variáveis no processo decisório sobre política monetária  Transparência da política monetária  Possibilidade de responsabilização do BC em atingir as metas  Primeiros países a implementar: Nova Zelândia (1990), Canadá (1991) e Inglaterra (1992)
  • 10. 11/05/2015 10 Estratégias de Política Monetária: Âncoras Nominais  Regime de metas de inflação: vantagens  Uso de toda a informação disponível no estabelecimento da política monetária  Transparência: facilidade de compreensão pelo público  Reduz o problema de inconsistência temporal: reduz pressões políticas  Regime de metas de inflação: desvantagens  Diferente dos agregados monetários, inflação não é facilmente controlável pelo BC: defasagem no impacto da política monetária sobre a inflação  Rigidez da meta de inflação: limitação da atuação do BC (maioria dos BCs impõem regras flexíveis)  Elevação da volatilidade das flutuações na produção (foco exclusivo na inflação)  Redução no crescimento econômico e do emprego Problemas na Implementação da Política Monetária  Falta de controle direto sobre o nível de preços e sobre a atividade econômica  Dificuldades “temporais”:  Defasagem de informação: variações na inflação, PIB e outras variáveis econômicas não são observadas instantaneamente  Consequência: quadro atual da economia pode ser agravado pela implementação da política monetária  Defasagem no impacto: período de tempo para que os efeitos da política monetária sejam sentidos
  • 11. 11/05/2015 11 Estratégia da Política Monetária  Focar em “meios” que atingem os “fins” esperados  Metas intermediárias: variáveis financeiras que o BC influencia indiretamente via instrumentos de política monetária e que têm impacto sobre a atividade econômica  Metas operacionais: variáveis que o BC controla diretamente via instrumentos de política monetária e estão relacionados diretamente com os objetivos intermediários Conduta da Política Monetária Instrumentos de Política Monetária • Mercado aberto • Redesconto • Alíquota compulsória Metas Operacionais • Reservas • Selic Metas Intermediárias • Agregados monetários • Taxas de juros Objetivos Finais • Produção • Inflação • Desemprego
  • 12. 11/05/2015 12 Conduta da Política Monetária: Critérios para Escolha das Metas Intermediárias  Critério 1: facilidade com que se obtém as estimativas  Objetivo: reduzir problema de defasagem de informação  Taxas de juros: observação contínua  Agregados monetários: defasagem média de duas semanas  PIB nominal: defasagem média de 4 meses  Critério 2: grau de influência  Meta intermediária deve ser controlável ou deve responder às mudanças na política monetária Conduta da Política Monetária: Critérios para Escolha das Metas Intermediárias  Critério 3: grau de precisão das estimativas de impacto sobre os objetivos finais  Taxa de juros – Problema 1: o BC influencia a taxa nominal, mas é a taxa real que é mais relevante para a atividade econômica  Taxa de juros – Problema 2: tentativas de estabilizar a taxa de juros podem desestabilizar a economia  Períodos de otimismo: cresce investimento e consumo, pressionando a taxa de juros; se o BC aumentar a oferta de moeda para manter a taxa de juros estabilizada, os dispêndios e a inflação tendem a crescer  Agregados monetários: se mudanças na demanda por reservas ocorrem com frequência, tentativas de estabilizar agregados monetários podem levar a grande volatilidade da taxa de juros, desestabilizando a economia
  • 13. 11/05/2015 13 Conduta da Política Monetária: Critérios para Escolha das Metas Intermediárias  Solução:  Flutuações na atividade econômica: origem normalmente no setor financeiro  Melhor focalizar na estabilidade da taxa de juros  Objetivo operacional utilizado: Selic  Flutuações na atividade econômica: origem normalmente no setor real  Melhor focalizar na estabilidade dos agregados monetários  Objetivo operacional utilizado: reservas Outras Metas Intermediárias Utilizadas  Taxa de crescimento do PIB nominal:  Justificativa: se o crescimento do PIB real independe da política monetária no longo prazo, estabelecendo o PIB nominal como objetivo promove a estabilidade de preços de longo prazo  Problema 1: BC possui reduzido grau de influência sobre a taxa de crescimento do PIB nominal  Problema 2: defasagem de informação e impacto  Preços de Commodities:  Justificativa: preços de commodities ajudam a prever variações da inflação futura  Problema: conexão com índice geral de preços não é robusta
  • 14. 11/05/2015 14 Outras Metas Intermediárias Utilizadas  Curva de rendimento:  Justificativa: se a taxa de juros real é constante, variações na taxa de juros nominal refletem expectativas de inflação  Lembrem-se: a curva de rendimento indica que, se a taxa de juros de longo prazo excede a de curto prazo, espera-se que a taxa de curto prazo se eleve  A inclinação da curva de rendimento possui uma relação estatisticamente significante com a produção e a inflação  Problema: taxa de juros real não é constante!!! Outras Metas Intermediárias Utilizadas  Taxa de câmbio:  Justificativas: disciplina a política monetária, reduz a incerteza e apresenta impacto significativo sobre a inflação  Problema: política monetária torna-se passiva e a economia fica exposta a ataques especulativos
  • 15. 11/05/2015 15 Política Monetária: Inflação e Desemprego Regra de Taylor  Como o BC escolhe o nível da taxa de juros?  Princípio deTaylor: BC deve aumentar a taxa nominal de juros proporcionalmente mais do que a inflação  Justificativa: o que aconteceria se a taxa nominal de juros crescesse menos que a inflação?  Taxa real de juros declinaria: o aumento da inflação levaria a uma política monetária expansiva!  Resultado: inflação ainda maior no futuro  Passo 1: encontra-se o nível da taxa de juros, inflação e PIB consistentes com a taxa natural de desemprego
  • 16. 11/05/2015 16 Regra de Taylor  Passo 2: Selic = π + Selic* + 0,5 (π – π*) + 0,5 (Y –Y*) onde, π = inflação atual Selic* = Selic consistente com o equilíbrio de longo prazo (taxa de juros real) π* = inflação consistente com o equilíbrio de longo prazo Y = PIB atual Y* = PIB consistente com o equilíbrio de longo prazo Relação entre Inflação e Desemprego  Curva de Philips: relação negativa entre a taxa de inflação e a taxa de desemprego  Evidência empírica: até os anos 70  Desaparecimento do link e a discussão teórica sobre o impacto da política monetária no setor real da economia  Política antecipada versus não antecipada *)( uuh  0 π uu* Curva de Phillips
  • 17. 11/05/2015 17 Curva de Phillips Curva de Phillips nos Estados Unidos: 1960 – 2004
  • 18. 11/05/2015 18 Curva de Phillips nos Estados Unidos: 1960 – 2004 Fonte: Aidar (2012) Hipótese da Taxa Natural: Friedman (1968) e Phelps (1968)  Curto prazo: existe uma relação negativa estável entre inflação não-antecipada e desemprego cíclico  Inflação não-antecipada: πt – πe  Desemprego cíclico: ut – ū  Longo prazo: o comportamento de variáveis reais é determinado por forças reais  Taxa natural de desemprego:  Imperfeições de mercado, custo de obtenção de informações sobre oportunidades de emprego, custos de mobilidade  Curva de oferta agregada de longo prazo: vertical
  • 19. 11/05/2015 19 Curva de Phillips com Expectativas Adaptativas  Assuma que S ttt YY   )ln(ln 1*  t e t  Curva de Phillips Aceleracionista: existe uma relação permanente entre a variação da inflação e produção * Redução da inflação: Y tem que ser inferior ao pleno emprego * Δπt = 0: taxa de desemprego que mantém a inflação constante (NAIRU) S ttt YY   )ln(ln* Curva de Phillips Aceleracionista  Desempenho empírico favorável, mas...  Staiger, Stock &Watson (1997): observa-se que a inflação média cai quando o desemprego é elevado, mas a relação não é robusta, mesmo quando os choques de oferta são contabilizados  Metade dos anos 90: inflação não cresceu, muito embora o nível de desemprego estivesse muito abaixo das estimativas da taxa natural para o período  A curva de Phillips aceleracionista assume que o comportamento de π* é independente do ambiente econômico  Implicação: se as autoridades monetárias estiverem dispostas a aceitar taxas crescentes de inflação, é possível manter o produto acima do pleno emprego indefinidamente
  • 20. 11/05/2015 20 Curva de Phillips com Expectativas Racionais  O índice de núcleo da inflação é igual a inflação esperada: S tt e tt YY   )ln(ln Curva de Phillips com Expectativas Aumentadas: a inflação não-antecipada cresce à medida que o desemprego cíclico diminui Curva de Phillips com Expectativas Racionais  Limitação: testes empíricos indicam que mesmo choques de política monetária que são antecipados pelos agentes econômicos têm impactos na economia real  Solução de “compromisso”: o índice de núcleo da inflação é uma média ponderada da inflação passada e da inflação esperada Onde 0 ≤ ρ ≤ 1 1 * )1(  t e tt 
  • 21. 11/05/2015 21 Curva de Phillips: Versão Novo-Keynesiana  Com a nova definição do índice de núcleo da inflação: S ttt e tt YY    )ln(ln)1( 1 Versão Novo-Keynesiana da Curva de Phillips: * Taxa de inflação esperada: previsão que os agentes tinham da inflação futura no momento em que os preços são estabelecidos * Inércia inflacionária: presença de conexão entre a inflação passada e futura, além dos efeitos operando através das expectativas dos agentes * Na ausência de choques de oferta favoráveis, diminuição da inflação requer que a produção fique abaixo do pleno emprego Bolhas no Mercado de Ativos Financeiros  Origem das Bolhas:  Mercado de crédito: expansão no crédito pode levar a uma bolha no mercado de ativos financeiros Condições de crédito facilitadas Recursos utilizados na compra de ativos Elevação no preço dos ativos PL aumenta e valor do capital de bancos se eleva Bolha rompe: restrições de crédito e redução dos preços dos ativos
  • 22. 11/05/2015 22 Bolhas no Mercado de Ativos Financeiros  Origem das Bolhas:“Exuberância Irracional”  Expectativas extremante otimistas: não são baseadas em fundamentos  Impacto sobre a atividade econômica é menos devastador  O BC deve tomar medidas para precipitar o rompimento das bolhas?  Justificável somente quando a origem é no mercado de crédito  Efeito de elevação das taxas de juros pode criar impacto severo sobre a economia  Bolhas podem ser localizadas no mercado de um ativo específico: política monetária afetaria todos os mercados de ativos  Alternativa: regulação e monitoramento  Evitar exposição excessiva ao risco