3. Michel Foucault em seu livro "Vigiar e
Punir", apresenta no capítulo 3 “O
Panoptismo”. Este conceito é retirado do
Panóptico de Bentham, no qual ele traduz
como sendo uma inovação na forma de
controle da sociedade, um novo aspecto
políticodecontrole.
4. VISÃOTOTAL DE
OBSERVAÇÃO
Percebe-se claramente
a posição das celas e a
do vigia, cuja
passagem da
luminosidade o dá
uma visão privilegiada
dos detentos, que são
incomunicáveis e não
sabem quem esta ou se
realmente há um vigia,
isto é a essência desde
inovação tecnológica
de controle.
5. Esta é a construção, cuja
arquitetura, inaugura um novo modo de
cárcere, nesta, o aspecto psicológico da
construção transmite uma sensação
inalterável de observação. Isto garante que
o indivíduo se torna prisioneiro de seu
própriopensamento.
6. ATUALIDADE DO
SISTEMA
Um exemplo claro de
que qualquerpessoa
podeserumvigia.
Possibilitando que os
mesmos tornem-se
ora vigias e outras
estarão sendo
vigiados. Este é um
aspecto de
democracia do
sistema.
7. Qualquer pessoa, por qualquer
motivação, pode ser vigia, sem afetar o
sistema. O exercício do poder agora não
depende da força física, mas sim é
realizado por uma manipulação
psicológica, o Panóptico torna-se em um
modelo de laboratório do convívio em
sociedade, transformando os homens em
vigiasdesi mesmos.
8. GEOMATRIA DA
CONSTRUÇÃO
A forma da construção
é ponto principal para
esta inovação das
prisões. A disposição
das celas ao redor da
torre do vigia e com a
passagem da luz
permitindo que
somente o vigia veja o
preso e nunca o preso
perceba que há ou não
um vigia.
9. Panóptico de Bentham, um novo modelo
de cárcere, descrevendo sua arquitetura e
a forma de vigilância, que é feita apenas
com a presença de um único vigia, que por
sua posição estratégica, numa torre
central, que demonstra a todos os
detentos uma vigilância constante. Isto se
deve pela geometria da construção, que
permite a vigilância ostensiva dos presos
sem a percepçãode umvigilante.
10. Esta sensação da vigilância é permanente,
que é dada a partir da geometria da
construção, cuja incomunicabilidade dos
detentos garante a ordem e facilita a
vigilância, que antes era realiza por muitos
vigias para muitos vigiados, agora um
únicoécapaz decontrolar muitos.
12. O ponto principal desta forma de
observaçãoéadisposição dovigia, sempre
de maneira a não ser possível de se
verificar sua presença ou não no seu
posto, mas o preso sempre estará sob a
vigilância da sua própria dúvida, ou seja,
ser visível e inverificável, esta é a essência
davigilância paraestesistema.
13. Ele é um mecanismo disciplinarpoderoso,
método para se realizar as mais diversas
experiências e avaliar seus resultados. Por
estes motivos torna-se um glorioso
laboratório de poder, regulador dos
homens, apresenta-se como poderoso
amplificadordoexercíciodo poder.
14. O importante não é quem vigia, mas sim
que os detentos sintam-se sob ela. O
objetivo está na autodisciplina do
indivíduo, não havendo a necessidade de
uma vigilância real e sim psicológica do
condenado. Esta sensação permanente (a
vigilância inexorável) torna o indivíduo
maisdócil.
15. MODERNIZAÇÃO
DO CONTROLE
Esta é uma
generalização do
panoptismo, mais
uma maneira de
vigilância e controle
sem a percepção
efetiva do vigiado
para o vigia.
16. Com 0 modelo Panóptico o exercício do
poder é posto em prática de maneira
genérica, há um avanço das formas de
controle e repressão, seu sistema é auto-
ajustável, uma verdadeira inovação
tecnológica do exercício do poder político
emqualquersituação.
17. "Cada vez que se tratar de uma multiplicidade de indivíduos a que
se deve impor uma tarefa ou um comportamento, o esquema
panópticopoderáser utilizado."(pág.181)
Eleatingeo intelectodo indivíduo.
"(...)dá ao espíritopodersobreo espírito."(pág.182)
18. O Panóptico é instrumento valioso no
aperfeiçoamento da conduta moral do
indivíduo, exercendo papel disciplinar no
convívio em sociedade. Qualquer um
pode saber de seus segredos sem
comprometer seu objetivo, sem
comprometer seus efeitos. É puramente
democrático, sob o ponto de vista que o
vigia tambémé incessantementevigiado.
19. O autocontrole, a auto-regulamentação
do convívio em sociedades, pois o vigia
desatento é o primeiro a ser vítima de sua
própria indisciplina.
"A máquina de ver é uma espécie de câmara escura em que se
espiona os indivíduos; ela torna-se um edifício transparente onde o
exercíciodo poder écontrolávelpela sociedade inteira."(pág.183)
O Panópticoampliao poder, oorganiza.
20. Há um aspecto circular no sistema, pois
qualquer um pode saber de seus segredos
sem comprometer o objetivo, sem
comprometer seus efeitos. Isto já
abordado anteriormente demonstra que o
dispositivo é puramente democrático, sob
o ponto de vista que o vigia também é
incessantemente vigiado é como se fosse
um posto sem lacunas, sem barreiras para
osolhos dasociedade.
21. Foucault expõe alguns contrastes no
propósito do Panóptico e seus objetivos, e
esclarece que para realmente funcionar
sem emperrar ele necessita que o poder
seja exercido com igualdade para todos e
que não seja exercido com violência, nem
com imprudência, nem com soberba pelo
seu executor, pois deve ser exercido
harmonicamente.
22. Talvez o ponto principal deste assunto
seja a ampliação do controle político sobre
todos e a flexibilidade do Panóptico, que
serutilizado em qualquer lugaraqualquer
tempo, um poderoso método de
disciplinarparaasociedade.