Este documento discute a variabilidade na prática motora e a interferência contextual. Apresenta conceitos como aspectos invariáveis e variáveis na prática e diferentes regimes de prática. Também discute teorias como a de esquema motor e interferência contextual e apresenta modelos e evidências empíricas sobre os efeitos da variabilidade na aprendizagem motora. Conclui sugerindo que uma prática mista, com pouca variação no início e mais variação posteriormente, pode ser benéfica.
2. To be or not to be, that is the question?
Ser ou não ser, eis a questão?
3. To vary or not to vary the practice,
that is the question?
Variar ou não variar a prática,
eis a questão?
4. INTRODUÇÃO
• Apelo prático e teórico
• Retomada de conceitos
• Vivência prática – regimes de prática
• Teorias e modelos
• Comprovação empírica
5. RETOMADA DE CONCEITOS
Parâmetros (aspectos variáveis)
• tempo de movimento
• amplitude de movimento
• membro/músculos envolvidos
Programa (aspectos invariáveis)
• % tempo de cada componente em relação ao tempo total
• % de amplitude de cada componente em relação à amplitude total
• seqüência/ordem dos componentes
Exemplos: gravação de música, assinatura,
arremesso, rebatida Schmidt (1975); Schmidt et al. (1979)
6. ASPECTOS INVARIANTES E
VARIANTES - REBATIDA
Velocidade normal
40% 40% 20%
Mais lento
40% 40% 20%
Mais rápido
40% 40% 20%
Escala de tempo (ms)
0 250 500 750 1000
12. TEORIAS
• Esquema motor
– Prática variada
Explicação: fortalecimento do esquema (relações entre as informações)
Schmidt (1975); Moxley (1979)
• Interferência contextual
– Prática variada aleatória (com alta interferência contextual)
Explicação: elaboração e esquecimento
Battig (1966, 1972, 1979); Shea & Morgan (1979); Lee & Magill (1983)
13. MODELOS
Fases de aprendizagem
• Gentile: prática constante no início, prática constante no final (para
habilidades motoras fechadas), prática variada no final (para
habilidades motoras abertas)
• Summers: prática constante no início, prática variada no final
• Bernstein: prática com restrição no início, prática com liberdade no final
Gentile (1972, 1987); Summers (1989); Bernstein (1967)
14. COMPROVAÇÃO EMPÍRICA
• Esquema motor (depende!)
– Prática variada:
Só para crianças e mulheres em tarefas discretas
Van Rossum (1990); Freudenheim (1992); Marinovic & Freudenheim (2001)
• Interferência contextual (depende!)
– Prática variada aleatória (com alta interferência contextual):
Sim: laboratório com prática extensiva, mais na transferência que na
retenção, só parâmetros ou só programa, com habilidosos
Não: crianças e adolescentes, “Down” moderados, com pouca prática,
em tarefas contínuas
Meira Jr. (1999); Meira Jr., Tani & Manoel (2003); Meira Jr. & Tani (2005); Brady (1998, 2004)
15. COMPROVAÇÃO EMPÍRICA
Modelos sobre as fases de aprendizagem (OK!)
• Gentile: prática constante no início, prática constante no final (para
habilidades motoras fechadas), prática variada no final (para habilidades
motoras abertas)
• Summers: prática constante no início, prática variada no final
• Bernstein: prática com restrição no início, prática com liberdade no final
Shea & Wulf (2005); Correa & Tani (2005); Paroli (2005)
16. SÍNTESE
PRÁTICA MISTA
• Etapa 1: Formar estrutura – mínima ou pouca variação no
início
• Etapa 2: Aperfeiçoar a estrutura – alguma ou muita variação
do meio em diante