O documento defende a realização de um carnaval de rua fora de época na Cidade Arte, argumentando que a cultura de rua é essencial para a identidade local e deve ser apoiada. O carnaval é apresentado como uma forma de expressão cultural que promove a alegria, a criatividade e a luta contra as mazelas da sociedade. O autor convida a população a participar deste carnaval alternativo e democrático.
1. A Cidade Arte exige um CARNAVAL DE RUA democrático, popular,
religioso, ateu, roqueiro, pagodeiro, pra vovó, pro vovô e pra você também!
Um CARNAVAL DE RUA fora de época, mas não de moda!!!
cultura de rua existe de fato, ora com apoio, ora sem apoio e por vezes obrigada a resistir à
cultura fabricada, enlatada, engomada e distante das raízes populares. Mas com a alegria da
rebeldia, vamos sobrevivendo sem muita explicação, nos reinventando, nos renovando como
naturalmente tem que ser.
Hoje, embora sejamos divididos em três administrações regionais, o povo destas serras se
reconhece como um só, vivendo e respirando cultura diversificada e aguerrida nas Plásticas, nas
Cênicas, nos Jet´s, nas Esculturas, nos Corais, nas Violas, nas Rimas, nas Catiras, nos Carimbós,
nas Guitarras, nos Tambores do Boi, nos arranjos da Sinfônica, nas Danças de Rua e nas evoluções
dos Tamborins, como parte de um grande roteiro. Vivemos assim, gostem ou não, apoiem ou não!
A originalidade nativa se contrapõe ao estado inerte das mentes pequenas de espíritos
mesquinhos, substituído pela nossa euforia manifestada dia-a-dia nos becos, nas curvas, nas
esquinas, nos asfaltos, nas faixas verdes e nos campos de terra das comunidades que povoamos e
aprendemos a amá-las como ninguém.
Agora queremos mais, primeiro por nós; segundo, com aqueles que quiserem somar.
Esta é a nossa reação contra a indigesta e desprezível cultura de massa que aliena, paralisa,
confunde, distrai e dispersa. É o grito sufocado que entoamos no “oh abre alas que eu quero
passar”.
A rua é nossa por direito, entendam ou não! No cotidiano é a lida; no lazer, é o estado de
graça, a leveza dos movimentos, o compasso das danças embalado pelo sorriso do povo, que no
silêncio tenta superar o medo dos tempos modernos, burocráticos e sem graça.
Precisamos investir no nosso bem estar, na convivência saudável da coletividade, resgatando
as brincadeiras infantis e a Cultura de Paz que nunca deveria ter nos deixados, inspirando-nos a
construir uma cidade mais fraterna, mais igualitária.
E o carnaval? Ele quando desembarcou em solo brasilis, a primeira coisa que fizermos foi
hastea-lo como uma bandeira de luta que denunciasse as mazelas do capital, reforçando a nossa
identidade de povo, ocupando as ruas com as nossas gingas e danças, batuques, coloridos,
brincadeiras e folguedos, mesmo sendo perseguidos como de sempre.
Então COMO NÃO TER NA CIDADE ARTE, UM ESPAÇO PARA QUE A CRIATIVIDADE, A
FOLIA E A ALEGRIA TOMEM CONTA? Temos que reenventar a nossa brincadeira!!!
Então que venha o verdadeiro CARNAVAL DE RUA DA REGIÃO DE SOBRADINHO, fora de
época, mas não de "moda" porque sempre será popular, democrático, irreverente, infantil, artístico,
criativo na defesa de uma das fortes características da nossa região e valorizando as manifestações
já consolidadas, bem como outras que se formaram daqui para frente.
Junta-se a nós, reconheça–se neste Manifesto, curta e colabore com esta iniciativa!
Sobradinho-DF, novembro de 2013.
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