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DRAUZIO VARELLA  Tributo ao Sesc   Se a verba do Sesc fosse para o ministério ou uma secretaria cultural, o impacto seria o mesmo?   Folha de São Paulo / Ilustrada  29/09/2007  DOMINGO, FUI ao Sesc Itaquera assistir a um show de samba. Freqüentador assíduo de espetáculos em outras de suas unidades, portanto familiarizado com a riqueza dos espaços culturais que essas ilhas de inteligência espalhadas por São Paulo oferecem às comunidades em que estão localizadas, não deveria ter me impressionado com o que encontrei naquele extremo da sofrida zona leste. Confesso, no entanto, que fiquei perplexo. A unidade de Itaquera ocupa uma enorme área verde, com quadras esportivas, campos de futebol, piscinas, teatro, cinema, salões, salas para conferências, exposições de arte e aulas de música, restaurantes e palco para espetáculos ao ar livre, entre outros espaços de convivência. É muito grande; em dimensões, só perde para o Sesc Interlagos, no extremo sul. Havia mais de 10 mil pessoas por lá: casais de namorados, jovens em grupos barulhentos, senhoras com dificuldade para andar, pais e mães atrás de uma multidão de crianças soltas pelos gramados. Mulheres e homens vestidos com roupas simples, à vontade, misturados com gente sem camisa, de bermudão colorido, calção de banho e até biquínis sumários, para aproveitar a generosidade do sol. Apesar do povaréu, nenhuma confusão; ambiente de respeito mútuo e convivência civilizada, não se via um copo plástico no chão.  Não fossem os personagens negros, brancos e mulatos de inúmeras tonalidades, característicos da diversidade étnica brasileira, um observador desavisado julgaria estar na Noruega. Assistir aos sambistas jovens do bairro de São Mateus e à magnífica Velha Guarda da Camisa Verde e Branco, no meio daquela multidão cantando em coro com os braços para cima o mais popular de nossos ritmos musicais, evoca um sentimento contagiante de brasilidade, infelizmente abafado na alma pela infâmia impune dos tempos modernos. Itaquera não é o única a contar com o privilégio de um Sesc aberto à população. Há 31 unidades culturais, desportivas e campestres espalhadas pela Grande São Paulo, interior e litoral do Estado. A diferença em relação às repartições governamentais destinadas a fins semelhantes já é sentida ao se avistar a fachada arquitetônica dos prédios, muitas vezes em contraste chocante com a pobreza da vizinhança. Na portaria, outro impacto: funcionários que dão informações e orientam o visitante com competência e delicadeza, requisitos profissionais perdidos no passado do serviço público. As unidades são visitadas diariamente por milhares de pessoas de todas as idades em busca de práticas esportivas, cursos, livros, áreas de convivência, peças de teatro, filmes, conferências e exposições. Muitos dos que freqüentam o Sesc encontram um ambiente de civilidade, cultura e beleza estética ao qual jamais tiveram acesso. O número de freqüentadores mostra a relevância do papel comunitário da instituição. Em 2006, apenas no Estado de São Paulo, cerca de 15 milhões de expectadores assistiram a shows e participaram de eventos culturais, 20 milhões visitaram as unidades para práticas esportivas e 8 milhões para tratamento odontológico, orientação nutricional e outros cuidados de saúde. Todas as semanas, 300 mil pessoas atravessam os portões de um Sesc paulista. O orçamento anual para o Estado de São Paulo é de R$ 400 milhões, investidos em manutenção, programação das atividades, no canal de TV do Sesc, no pagamento dos 3.600 funcionários contratados, nas reformas e na ampliação da rede. Caso essa verba fosse destinada ao ministério ou a uma secretaria de cultura, o impacto seria equivalente ? Os funcionários trabalhariam com o mesmo empenho e atenderiam o público com a mesma cortesia? As instalações seriam cuidadas com tanto esmero? Ou parte substancial dos recursos seria malbaratada nos meandros da burocracia, desperdiçada em ações fúteis, desviada ou imobilizada por interferências de políticos e seus apaniguados? Que o modelo colocado em prática pelo Sesc sirva de exemplo para outras instituições interessadas em retribuir à sociedade uma fração do bem que usufruem. Quero agradecer ao Sesc a alegria que senti domingo pelo fato de ser brasileiro. E dedicar a coluna de hoje a essa instituição admirável que, em tempos de egoísmo endêmico, indica ao país um caminho a ser seguido na prestação de serviços comunitários, educativos e na divulgação do que é mais representativo de nossa expressão artística.
Revista ISTOÉ nº 2002 – 19/03/2008
O Medo de Amar é o Medo de Ser Livre (Beto Guedes e Fernando Brant) ...O Medo de amar é o medo de ser livre Para o que der e vier Livre para sempre estar Onde o justo estiver O medo de amar é o medo de ter De a todo o momento escolher Com acerto e precisão A melhor direção...

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ApresentaçãO 25 03

  • 1.  
  • 2. DRAUZIO VARELLA Tributo ao Sesc Se a verba do Sesc fosse para o ministério ou uma secretaria cultural, o impacto seria o mesmo? Folha de São Paulo / Ilustrada 29/09/2007 DOMINGO, FUI ao Sesc Itaquera assistir a um show de samba. Freqüentador assíduo de espetáculos em outras de suas unidades, portanto familiarizado com a riqueza dos espaços culturais que essas ilhas de inteligência espalhadas por São Paulo oferecem às comunidades em que estão localizadas, não deveria ter me impressionado com o que encontrei naquele extremo da sofrida zona leste. Confesso, no entanto, que fiquei perplexo. A unidade de Itaquera ocupa uma enorme área verde, com quadras esportivas, campos de futebol, piscinas, teatro, cinema, salões, salas para conferências, exposições de arte e aulas de música, restaurantes e palco para espetáculos ao ar livre, entre outros espaços de convivência. É muito grande; em dimensões, só perde para o Sesc Interlagos, no extremo sul. Havia mais de 10 mil pessoas por lá: casais de namorados, jovens em grupos barulhentos, senhoras com dificuldade para andar, pais e mães atrás de uma multidão de crianças soltas pelos gramados. Mulheres e homens vestidos com roupas simples, à vontade, misturados com gente sem camisa, de bermudão colorido, calção de banho e até biquínis sumários, para aproveitar a generosidade do sol. Apesar do povaréu, nenhuma confusão; ambiente de respeito mútuo e convivência civilizada, não se via um copo plástico no chão. Não fossem os personagens negros, brancos e mulatos de inúmeras tonalidades, característicos da diversidade étnica brasileira, um observador desavisado julgaria estar na Noruega. Assistir aos sambistas jovens do bairro de São Mateus e à magnífica Velha Guarda da Camisa Verde e Branco, no meio daquela multidão cantando em coro com os braços para cima o mais popular de nossos ritmos musicais, evoca um sentimento contagiante de brasilidade, infelizmente abafado na alma pela infâmia impune dos tempos modernos. Itaquera não é o única a contar com o privilégio de um Sesc aberto à população. Há 31 unidades culturais, desportivas e campestres espalhadas pela Grande São Paulo, interior e litoral do Estado. A diferença em relação às repartições governamentais destinadas a fins semelhantes já é sentida ao se avistar a fachada arquitetônica dos prédios, muitas vezes em contraste chocante com a pobreza da vizinhança. Na portaria, outro impacto: funcionários que dão informações e orientam o visitante com competência e delicadeza, requisitos profissionais perdidos no passado do serviço público. As unidades são visitadas diariamente por milhares de pessoas de todas as idades em busca de práticas esportivas, cursos, livros, áreas de convivência, peças de teatro, filmes, conferências e exposições. Muitos dos que freqüentam o Sesc encontram um ambiente de civilidade, cultura e beleza estética ao qual jamais tiveram acesso. O número de freqüentadores mostra a relevância do papel comunitário da instituição. Em 2006, apenas no Estado de São Paulo, cerca de 15 milhões de expectadores assistiram a shows e participaram de eventos culturais, 20 milhões visitaram as unidades para práticas esportivas e 8 milhões para tratamento odontológico, orientação nutricional e outros cuidados de saúde. Todas as semanas, 300 mil pessoas atravessam os portões de um Sesc paulista. O orçamento anual para o Estado de São Paulo é de R$ 400 milhões, investidos em manutenção, programação das atividades, no canal de TV do Sesc, no pagamento dos 3.600 funcionários contratados, nas reformas e na ampliação da rede. Caso essa verba fosse destinada ao ministério ou a uma secretaria de cultura, o impacto seria equivalente ? Os funcionários trabalhariam com o mesmo empenho e atenderiam o público com a mesma cortesia? As instalações seriam cuidadas com tanto esmero? Ou parte substancial dos recursos seria malbaratada nos meandros da burocracia, desperdiçada em ações fúteis, desviada ou imobilizada por interferências de políticos e seus apaniguados? Que o modelo colocado em prática pelo Sesc sirva de exemplo para outras instituições interessadas em retribuir à sociedade uma fração do bem que usufruem. Quero agradecer ao Sesc a alegria que senti domingo pelo fato de ser brasileiro. E dedicar a coluna de hoje a essa instituição admirável que, em tempos de egoísmo endêmico, indica ao país um caminho a ser seguido na prestação de serviços comunitários, educativos e na divulgação do que é mais representativo de nossa expressão artística.
  • 3. Revista ISTOÉ nº 2002 – 19/03/2008
  • 4. O Medo de Amar é o Medo de Ser Livre (Beto Guedes e Fernando Brant) ...O Medo de amar é o medo de ser livre Para o que der e vier Livre para sempre estar Onde o justo estiver O medo de amar é o medo de ter De a todo o momento escolher Com acerto e precisão A melhor direção...