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Revolução Francesa
-Intensa participação popular, com reinvindicações que iam muito além dos limites
impostos pelas demais revoluções burguesas
-Elementos de um burguês:
*Iluminismo
*Possui meios de produção (propriedade privada)
*Liberdade para poder trabalhar e comprar
*David Ricardo: dizia que os burgueses tinham que explorar os operários ao máximo, já
que seu lucro em através do trabalho dos mesmos
-Pode ser vista como um processo revolucionário amplo, o qual abrangeu a Revolução
Industrial Inglesa, a independência dos EUA e, como consequência, a independência da
América Latina, já que influenciou uma série de processos revolucionários (Símon
Bolívar, Inconfidência Mineira)
França às vésperas da revolução:
-A sociedade apresentava um divisão em 3 Estados: Clero (Primeiro Estado), Nobreza
(Segundo Estado) e Povo (Terceiro Estado), o qual possuía elementos muito diferentes,
como industriais, ricos comerciantes, banqueiros, operários, camponeses, lojistas,
aprendizes, etc.
-Ainda era um país agrário e a terra estava quase que totalmente concentrada nas mãos
da Igreja e da nobreza
-Nas cidades, as corporações de ofício e as manufaturas controladas pelo Estado inibiam
o crescimento econômico, deixando pouco espaço para a atividade da burguesia
-Havia a miséria da maioria da população. Porém o clero e a nobreza, a qual possuía
altos cargos clericais, possuíam grandes privilégios, tais como isenção de impostos,
monopólio de determinados cargos públicos e pensões. Esses fatores agravaram a
tensão revolucionária, visto que todos os impostos ficavam no Terceiro Estado
-Além disso, a França estava atrás de sua rival, a Inglaterra, em relação ao crescimento
econômico
A deflagração da revolução
-Em 1789, os Estados Gerais reuniram-se em Versalhes, nos quais o voto era por
Estado, já que o Terceiro Estado tinha um maior número de pessoas e, portanto sempre
ganharia
-Ante a pressão do Terceiro Estado, o qual contava com o apoio de alguns
representantes do Baixo Clero e mesmo da nobreza, Luís XVI tentou dissolver os
Estados Gerais. Houve reação do Terceiro Estado, reunindo-se na Sala do Jogo de Pela,
os representantes do povo romperam com os Estados Gerais exigindo do rei a
transformação destes em Assembleia Nacional Constituinte
-Luís XVI fingiu ceder, ao mesmo tempo em que procurava reunir forças para deter a
revolta, porém a mesma fora impossível de ser detida. A população urbana dos sans-
culottes começou a se armar. Em Paris, criou-se a Guarda Nacional, uma milícia
burguesa para resistir ao rei e tentar controlar a massa popular. Os populares invadiram
o Arsenal dos Inválidos, o depósito de armas do exército, e depois a fortaleza da
Bastilha, um presídio político que simbolizava a natureza violenta do regime contra seus
opositores
-Castelos e mosteiros foram atacados e incendiados, cartórios invadidos e títulos de
propriedade queimados, nobres e seus funcionários massacrados
-Apavorados, clero e nobreza se acovardaram diante do Terceiro Estado, fazendo com
que todas as propostas encaminhadas pelo Terceiro Estado foram aprovadas, sem
nenhum veto. Nessa noite, foi aprovada a abolição de todos os privilégios feudais,
suprimiram-se as obrigações devidas à Igreja e à realeza e, acima de tudo, não se
permitiria mais o estabelecimento de privilégios com base no nascimento. Essa noite foi
denominada noite do Grande Medo
-A Assembleia proclamou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que,
com influência iluminista, afirmava o direito à liberdade, à igualdade jurídica de todos,
à inviolabilidade da propriedade e o direito de resistir à opressão
-A Igreja foi objeto de tratamento mais drástico, com a elaboração da Constituição
Civil do Clero, que determinou o confisco dos bens eclesiásticos, os quais passaram
para o Estado. Esses bens serviram de lastro para a emissão dos assignats (bônus do
Estado), a nova moeda que deveria restabelecer a saúde financeira do país. Os padres
passaram a subordinar-se ao Estado, na condição de funcionários públicos. O papa Pio
VI condenou as medidas, levando o clero francês a dividir-se, uns aceitaram a
constituição, os juramentados, outros a rejeitaram, emigrando ou provocando agitações
nas províncias
-A Assembleia concluiu a primeira Constituição da França (Constituição de 1791), que
estabelecia uma monarquia constitucional, com três poderes. O executivo seria exercido
pelo rei, suja sucessão permanecia hereditária, o legislativo, por deputados eleitos para
mandatos de dois anos, segundo um critério censitário que dividiu os cidadãos em duas
categorias: os ativos, que pagando impostos exerciam o direito de voto, e os passivos. O
poder judiciário foi delegado a juízes eleitos pelo povo (que tem dinheiro)
-Apesar da intensa participação popular, essa primeira fase de revolucionários deve ser
vista como uma revolução burguesa. A burguesia encontrou enormes dificuldades para
consolidar seu poder. Como a Constituição foi imposta a Luís XVI, o rei conspirava
com elementos contrarrevolucionários, dificultando a eficácia do governo. Muitos
nobres emigravam, levando seus bens imóveis, o que empobrecia o país, e acabavam se
fixando nos territórios fronteiriços (para ter apoio), onde conspiravam, buscando apoio
para a volta do absolutismo
-No exterior, o êxito da revolução estimulou movimentos burgueses, provocando alarme
nos Estados absolutistas. Vários déspotas esclarecidos suspenderam as reformas e
passaram a adotar uma postura reacionária
-Os soberanos da Áustria e da Prússia, por meio da Declaração de Pillnitz, ameaçaram a
França de intervenção armada, para restaurar a dignidade real e afastar a ameaça
-Luís XVI tentou fugir com sua família para a Áustria, porém, a fuga não obteve
sucesso, pois fora reconhecido, preso e enviado de volta a Paris, onde permaneceu sobre
vigilância, por traição real
A revolução popular
-Os girondinos, representantes da alta burguesia, controlavam o governo, procurando
consolidar as reformas
-Os jacobinos representavam a burguesia média e pequena e, buscando apoio dos sans-
cullottes, adotavam uma postura radical
-O grupo do pântano, formado por especuladores enriquecidos, assumia uma posição
centrista
-Os exércitos austro-prussianos e os nobres emigrantes invadiram a França. Com isso, a
situação dos girondinos que, com o apoio do rei, vinham impredindo a deportação do
clero refratário e a convocação do exército para combater os contrarrevolucionários
internos, tornou-se insustentável
-Os jacobinos proclamaram pátria em perigo e convocaram todos os homens válidos
para formar um exército nacional. A Comuna Insurrecional de Paris, liderada por
Martat, Dantron e Robespierre, assumiu a direção da luta contra os invasores, que foram
derrotados em setembro, na batalha de Valmy. O povo invadiu as prisões, eliminando os
aristocratas considerados traidores (Massacre de Setembro). O rei, também acusado de
traição, foi preso, e a República proclamada em 20 de setembro
-Houve a criação de uma nova Assembleia, a Convenção Nacional, que tomou posse.
Jacobinos e grupos mais radicais formavam a maioria e elaboraram a Constituição do
Ano I (República), que instituiu o voto universal masculino, democratizando o processo
político. Foram criados o Comitê de Salvação Pública, responsável pela administração e
pelo exército; o Comitê de Segurança Nacional, encarregado da segurança interna; e o
Tribunal Revolucionário, para julgar os contrarrevolucionários
-O assassinato de Marat desencadeia a ira popular, promovendo o Terror, a eliminação
dos adversários da revolução sob liderança de Robespierre
-Milhares de pessoas acusadas de serem contrarrevolucionárias são guilhotinadas, desde
a ex-rainha até líderes girondinos. Ao mesmo tempo, o radicalismo social avançava, o
preços foram tabelados (Lei do Máximo), os exploradores e atravessadores presos, os
impostos sobre a riqueza aumentados, etc.
-Robespierre não teve como conter a reação do Pântano, com o apoio da burguesia,
fazendo com que os girondinos tomassem o poder, guilhotinando-o. Episódio conhecido
como 9 do Termidor
A contrarrevolução burguesa
-O fim do governo de Robespierre marcou o fim dos Comitês
-Em meio a uma repressão sobre os setores populares, foi criada uma nova forma de
governo, na qual o poder seria exercido por 5 membros eleitos com o cargo de diretores,
estabelecida por meio da Constituição do Ano III, reinstituindo o voto censitário
-Porém, o novo governo, o Diretório, sofrendo violenta oposição tanto da nobreza
quanto dos populares, mostrava-se incapaz de conter as rebeliões, destacando-se a
Conjuntura dos Iguais, que se constituía em um movimento com ampla participação
camponesa e em uma séria ameaça à propriedade privada da terra
-O governo do Diretório, ainda, mostrava-se também incapaz de promover a retomada
do desenvolvimento econômico, ou seja, incapaz de atender aos interesses burgueses, já
que os mesmos necessitavam de um governo forte, capaz de conter as agitações sociais
e proteger a propriedade e o capital, além de ampliar os mercados, exigindo uma
expansão militar (= guerra)
-O Exército possuía um general chamado Napoleão Bonaparte, que reprimiu
movimentos políticos internos e conquistou o Egito, tornando-se uma figura
fundamental para a burguesia que necessitava de um Estado forte, a qual apoiou um
golpe, conhecido como 18 do Brumário, que colocou Napoleão e o Exército no poder
Período napoleônico e o Congresso de Viena
-Napoleão: 1º Cônsul francês aos 30 anos:
--1800 – Nova Constituição
*Banco da França
*Nova Moeda – o Franco
--Estímulo à indústria e a agricultura
*1801 – reata às relações com a Igreja com Pio VII
*1802 – Nova Constituição
--Garantiu a propriedade e o lucro da burguesia
--1804- Código Civil Napoleônico: igualdade perante a lei e o direito de propriedade, a
proibição de greve e de organização associativa dos trabalhadores foi mantida e a
escravidão restaurada nas colônias
--Reorganizou o Ensino: mão-de-obra especializada
*Responsabilidade do Estado
*Criação de Liceus
*Escolas de Direito, Política e Técnica Naval
--Por meio da Constituição do Ano XII, a França passava a ser uma monarquia
hereditária, possibilitando a Napoleão proclamar-se imperador e cônsul-vitalício,
novamente com a aprovação de um plesbicito. Convenceu o Papa Pio VII a vir à Paris.
Coroou a Imperatriz Josephine e se auto coroou: Napoleão I.
O Império
-O regime napoleônico restaurou o Absolutismo. As Assembleias foram suspensas, os
direitos individuais e a liberdade política
-A ameaça representada pelos países absolutistas já havia sido afastada. Porém a
Inglaterra ainda representava o grande risco econômico e, por isso, político para a
França. Não conseguindo derrota-la militarmente, Napoleão decretou o Bloqueio
Continental: a proibição de relações comerciais de qualquer país com a Inglaterra, sob
pena de invasão pelos exércitos franceses
-Porém, isso provocou mais problemas na França, já que a fiscalização de toda costa
europeia era uma tarefa inviável, a maioria dos países europeus era dependente da
economia inglesa, como Portugal, que desafiou o bloqueio continental, obrigando
Napoleão a decretar sua invasão, fazendo com que a família real portuguesa fugisse para
o Brasil
-Outro país que desafiou a França foi a Rússia, a qual possuía uma grande extensão
territorial, tamanho de exército, quantidade de habitantes, além do frio, fazendo
Napoleão evitar enquanto pôde uma ação militar
-A Campanha da Rússia marca o início da decadência de Napoleão, já que no limite
de seus recursos, o exército francês chegou a Moscou, encontrando a cidade em chamas
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-Sem alimentos, água potável e com armas e homens congelando, Napoleão teve de se
retirar. Essa derrota levou os países dominados à rebelião. Derrotado em Leipzig, na
Batalha das Nações, Napoleão não conseguiu evitar a invasão da França no ano seguinte
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Elba, porém conseguiu fugir da mesma e chegar à França, onde possuía prestígio
popular e, com o exército, fez com que Luís XVIII fugisse para Viena e retomou o
poder (Cem Dias). Porém fora derrotado em Waterloo pela marinha inglesa, deposto
pela segunda vez e exilado em Santa Helena, onde não havia a menor possibilidade de
fuga, já que era no meio do Atlântico
O Congresso de Viena
-Com a derrota de Napoleão, as potências vitoriosas reuniram-se em Viena (Áustria,
Prússia, Rússia e Inglaterra), para reorganizar o mapa político da Europa, após
problemas causados pela Revolução Francesa e pelo Napoleão
-Objetivo: a Europa voltaria a ter as fronteiras anteriores à Revolução Francesa
-Possuía dois princípios básicos: legitimidade e o equilíbrio europeu
-A legitimidade tinha um sentido político e outro geográfico. Pelo primeiro, as
dinastias que reinavam no período pré-revolucionário foram reconduzidas ao governo
de seus países. Dessa forma, a monarquia francesa foi restaurada com Luís XVIII de
Bourbon. Pelo segundo, as fronteiras retornariam no período anterior à Revolução
Francesa
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incorporação de vários territórios coloniais (ilhas)
-Criação da Santa Aliança - acordo militar cujo objetivo era sufocar qualquer
movimento revolucionário na Europa. Retomar o Antigo Regime.

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A Baixa Idade Média
 

Revolução Francesa: Burguesia e Participação Popular

  • 1. Revolução Francesa -Intensa participação popular, com reinvindicações que iam muito além dos limites impostos pelas demais revoluções burguesas -Elementos de um burguês: *Iluminismo *Possui meios de produção (propriedade privada) *Liberdade para poder trabalhar e comprar *David Ricardo: dizia que os burgueses tinham que explorar os operários ao máximo, já que seu lucro em através do trabalho dos mesmos -Pode ser vista como um processo revolucionário amplo, o qual abrangeu a Revolução Industrial Inglesa, a independência dos EUA e, como consequência, a independência da América Latina, já que influenciou uma série de processos revolucionários (Símon Bolívar, Inconfidência Mineira) França às vésperas da revolução: -A sociedade apresentava um divisão em 3 Estados: Clero (Primeiro Estado), Nobreza (Segundo Estado) e Povo (Terceiro Estado), o qual possuía elementos muito diferentes, como industriais, ricos comerciantes, banqueiros, operários, camponeses, lojistas, aprendizes, etc. -Ainda era um país agrário e a terra estava quase que totalmente concentrada nas mãos da Igreja e da nobreza -Nas cidades, as corporações de ofício e as manufaturas controladas pelo Estado inibiam o crescimento econômico, deixando pouco espaço para a atividade da burguesia -Havia a miséria da maioria da população. Porém o clero e a nobreza, a qual possuía altos cargos clericais, possuíam grandes privilégios, tais como isenção de impostos, monopólio de determinados cargos públicos e pensões. Esses fatores agravaram a tensão revolucionária, visto que todos os impostos ficavam no Terceiro Estado -Além disso, a França estava atrás de sua rival, a Inglaterra, em relação ao crescimento econômico A deflagração da revolução -Em 1789, os Estados Gerais reuniram-se em Versalhes, nos quais o voto era por Estado, já que o Terceiro Estado tinha um maior número de pessoas e, portanto sempre ganharia
  • 2. -Ante a pressão do Terceiro Estado, o qual contava com o apoio de alguns representantes do Baixo Clero e mesmo da nobreza, Luís XVI tentou dissolver os Estados Gerais. Houve reação do Terceiro Estado, reunindo-se na Sala do Jogo de Pela, os representantes do povo romperam com os Estados Gerais exigindo do rei a transformação destes em Assembleia Nacional Constituinte -Luís XVI fingiu ceder, ao mesmo tempo em que procurava reunir forças para deter a revolta, porém a mesma fora impossível de ser detida. A população urbana dos sans- culottes começou a se armar. Em Paris, criou-se a Guarda Nacional, uma milícia burguesa para resistir ao rei e tentar controlar a massa popular. Os populares invadiram o Arsenal dos Inválidos, o depósito de armas do exército, e depois a fortaleza da Bastilha, um presídio político que simbolizava a natureza violenta do regime contra seus opositores -Castelos e mosteiros foram atacados e incendiados, cartórios invadidos e títulos de propriedade queimados, nobres e seus funcionários massacrados -Apavorados, clero e nobreza se acovardaram diante do Terceiro Estado, fazendo com que todas as propostas encaminhadas pelo Terceiro Estado foram aprovadas, sem nenhum veto. Nessa noite, foi aprovada a abolição de todos os privilégios feudais, suprimiram-se as obrigações devidas à Igreja e à realeza e, acima de tudo, não se permitiria mais o estabelecimento de privilégios com base no nascimento. Essa noite foi denominada noite do Grande Medo -A Assembleia proclamou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que, com influência iluminista, afirmava o direito à liberdade, à igualdade jurídica de todos, à inviolabilidade da propriedade e o direito de resistir à opressão -A Igreja foi objeto de tratamento mais drástico, com a elaboração da Constituição Civil do Clero, que determinou o confisco dos bens eclesiásticos, os quais passaram para o Estado. Esses bens serviram de lastro para a emissão dos assignats (bônus do Estado), a nova moeda que deveria restabelecer a saúde financeira do país. Os padres passaram a subordinar-se ao Estado, na condição de funcionários públicos. O papa Pio VI condenou as medidas, levando o clero francês a dividir-se, uns aceitaram a constituição, os juramentados, outros a rejeitaram, emigrando ou provocando agitações nas províncias -A Assembleia concluiu a primeira Constituição da França (Constituição de 1791), que estabelecia uma monarquia constitucional, com três poderes. O executivo seria exercido pelo rei, suja sucessão permanecia hereditária, o legislativo, por deputados eleitos para mandatos de dois anos, segundo um critério censitário que dividiu os cidadãos em duas categorias: os ativos, que pagando impostos exerciam o direito de voto, e os passivos. O poder judiciário foi delegado a juízes eleitos pelo povo (que tem dinheiro)
  • 3. -Apesar da intensa participação popular, essa primeira fase de revolucionários deve ser vista como uma revolução burguesa. A burguesia encontrou enormes dificuldades para consolidar seu poder. Como a Constituição foi imposta a Luís XVI, o rei conspirava com elementos contrarrevolucionários, dificultando a eficácia do governo. Muitos nobres emigravam, levando seus bens imóveis, o que empobrecia o país, e acabavam se fixando nos territórios fronteiriços (para ter apoio), onde conspiravam, buscando apoio para a volta do absolutismo -No exterior, o êxito da revolução estimulou movimentos burgueses, provocando alarme nos Estados absolutistas. Vários déspotas esclarecidos suspenderam as reformas e passaram a adotar uma postura reacionária -Os soberanos da Áustria e da Prússia, por meio da Declaração de Pillnitz, ameaçaram a França de intervenção armada, para restaurar a dignidade real e afastar a ameaça -Luís XVI tentou fugir com sua família para a Áustria, porém, a fuga não obteve sucesso, pois fora reconhecido, preso e enviado de volta a Paris, onde permaneceu sobre vigilância, por traição real A revolução popular -Os girondinos, representantes da alta burguesia, controlavam o governo, procurando consolidar as reformas -Os jacobinos representavam a burguesia média e pequena e, buscando apoio dos sans- cullottes, adotavam uma postura radical -O grupo do pântano, formado por especuladores enriquecidos, assumia uma posição centrista -Os exércitos austro-prussianos e os nobres emigrantes invadiram a França. Com isso, a situação dos girondinos que, com o apoio do rei, vinham impredindo a deportação do clero refratário e a convocação do exército para combater os contrarrevolucionários internos, tornou-se insustentável -Os jacobinos proclamaram pátria em perigo e convocaram todos os homens válidos para formar um exército nacional. A Comuna Insurrecional de Paris, liderada por Martat, Dantron e Robespierre, assumiu a direção da luta contra os invasores, que foram derrotados em setembro, na batalha de Valmy. O povo invadiu as prisões, eliminando os aristocratas considerados traidores (Massacre de Setembro). O rei, também acusado de traição, foi preso, e a República proclamada em 20 de setembro
  • 4. -Houve a criação de uma nova Assembleia, a Convenção Nacional, que tomou posse. Jacobinos e grupos mais radicais formavam a maioria e elaboraram a Constituição do Ano I (República), que instituiu o voto universal masculino, democratizando o processo político. Foram criados o Comitê de Salvação Pública, responsável pela administração e pelo exército; o Comitê de Segurança Nacional, encarregado da segurança interna; e o Tribunal Revolucionário, para julgar os contrarrevolucionários -O assassinato de Marat desencadeia a ira popular, promovendo o Terror, a eliminação dos adversários da revolução sob liderança de Robespierre -Milhares de pessoas acusadas de serem contrarrevolucionárias são guilhotinadas, desde a ex-rainha até líderes girondinos. Ao mesmo tempo, o radicalismo social avançava, o preços foram tabelados (Lei do Máximo), os exploradores e atravessadores presos, os impostos sobre a riqueza aumentados, etc. -Robespierre não teve como conter a reação do Pântano, com o apoio da burguesia, fazendo com que os girondinos tomassem o poder, guilhotinando-o. Episódio conhecido como 9 do Termidor A contrarrevolução burguesa -O fim do governo de Robespierre marcou o fim dos Comitês -Em meio a uma repressão sobre os setores populares, foi criada uma nova forma de governo, na qual o poder seria exercido por 5 membros eleitos com o cargo de diretores, estabelecida por meio da Constituição do Ano III, reinstituindo o voto censitário -Porém, o novo governo, o Diretório, sofrendo violenta oposição tanto da nobreza quanto dos populares, mostrava-se incapaz de conter as rebeliões, destacando-se a Conjuntura dos Iguais, que se constituía em um movimento com ampla participação camponesa e em uma séria ameaça à propriedade privada da terra -O governo do Diretório, ainda, mostrava-se também incapaz de promover a retomada do desenvolvimento econômico, ou seja, incapaz de atender aos interesses burgueses, já que os mesmos necessitavam de um governo forte, capaz de conter as agitações sociais e proteger a propriedade e o capital, além de ampliar os mercados, exigindo uma expansão militar (= guerra) -O Exército possuía um general chamado Napoleão Bonaparte, que reprimiu movimentos políticos internos e conquistou o Egito, tornando-se uma figura fundamental para a burguesia que necessitava de um Estado forte, a qual apoiou um golpe, conhecido como 18 do Brumário, que colocou Napoleão e o Exército no poder
  • 5. Período napoleônico e o Congresso de Viena -Napoleão: 1º Cônsul francês aos 30 anos: --1800 – Nova Constituição *Banco da França *Nova Moeda – o Franco --Estímulo à indústria e a agricultura *1801 – reata às relações com a Igreja com Pio VII *1802 – Nova Constituição --Garantiu a propriedade e o lucro da burguesia --1804- Código Civil Napoleônico: igualdade perante a lei e o direito de propriedade, a proibição de greve e de organização associativa dos trabalhadores foi mantida e a escravidão restaurada nas colônias --Reorganizou o Ensino: mão-de-obra especializada *Responsabilidade do Estado *Criação de Liceus *Escolas de Direito, Política e Técnica Naval --Por meio da Constituição do Ano XII, a França passava a ser uma monarquia hereditária, possibilitando a Napoleão proclamar-se imperador e cônsul-vitalício, novamente com a aprovação de um plesbicito. Convenceu o Papa Pio VII a vir à Paris. Coroou a Imperatriz Josephine e se auto coroou: Napoleão I. O Império -O regime napoleônico restaurou o Absolutismo. As Assembleias foram suspensas, os direitos individuais e a liberdade política -A ameaça representada pelos países absolutistas já havia sido afastada. Porém a Inglaterra ainda representava o grande risco econômico e, por isso, político para a França. Não conseguindo derrota-la militarmente, Napoleão decretou o Bloqueio Continental: a proibição de relações comerciais de qualquer país com a Inglaterra, sob pena de invasão pelos exércitos franceses -Porém, isso provocou mais problemas na França, já que a fiscalização de toda costa europeia era uma tarefa inviável, a maioria dos países europeus era dependente da economia inglesa, como Portugal, que desafiou o bloqueio continental, obrigando Napoleão a decretar sua invasão, fazendo com que a família real portuguesa fugisse para o Brasil
  • 6. -Outro país que desafiou a França foi a Rússia, a qual possuía uma grande extensão territorial, tamanho de exército, quantidade de habitantes, além do frio, fazendo Napoleão evitar enquanto pôde uma ação militar -A Campanha da Rússia marca o início da decadência de Napoleão, já que no limite de seus recursos, o exército francês chegou a Moscou, encontrando a cidade em chamas e completamente abandonada, a população havia fugido, assim como o governo russo -Sem alimentos, água potável e com armas e homens congelando, Napoleão teve de se retirar. Essa derrota levou os países dominados à rebelião. Derrotado em Leipzig, na Batalha das Nações, Napoleão não conseguiu evitar a invasão da França no ano seguinte -Napoleão renunciou, com Luís XVIII como o novo imperador, sendo exilado na ilha de Elba, porém conseguiu fugir da mesma e chegar à França, onde possuía prestígio popular e, com o exército, fez com que Luís XVIII fugisse para Viena e retomou o poder (Cem Dias). Porém fora derrotado em Waterloo pela marinha inglesa, deposto pela segunda vez e exilado em Santa Helena, onde não havia a menor possibilidade de fuga, já que era no meio do Atlântico O Congresso de Viena -Com a derrota de Napoleão, as potências vitoriosas reuniram-se em Viena (Áustria, Prússia, Rússia e Inglaterra), para reorganizar o mapa político da Europa, após problemas causados pela Revolução Francesa e pelo Napoleão -Objetivo: a Europa voltaria a ter as fronteiras anteriores à Revolução Francesa -Possuía dois princípios básicos: legitimidade e o equilíbrio europeu -A legitimidade tinha um sentido político e outro geográfico. Pelo primeiro, as dinastias que reinavam no período pré-revolucionário foram reconduzidas ao governo de seus países. Dessa forma, a monarquia francesa foi restaurada com Luís XVIII de Bourbon. Pelo segundo, as fronteiras retornariam no período anterior à Revolução Francesa -A Inglaterra foi a mais beneficiada, pois garantiu sua hegemonia naval pela incorporação de vários territórios coloniais (ilhas) -Criação da Santa Aliança - acordo militar cujo objetivo era sufocar qualquer movimento revolucionário na Europa. Retomar o Antigo Regime.