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SUBSÍDIOS PARA A LIÇÃO 12
Lição 12 – A RECIPROCIDADE DO AMOR CRSITÃO.
No que tange os objetivos da lição:
Saber que as dádivas dos filipenses era resultado da providência divina; Compreender que o cristão
tem o contentamento de Cristo em qualquer situação; Explicar a respeito da principal fonte de
contentamento do cristão.

Vamos lá...
Trabalhando o título:
No dicionário...
Reciprocidade: Caráter do que é recíproco (Que se dá ou faz em recompensa de coisa equivalente);
Mutualidade (contribuição coletiva para benefício de cada um dos membros).
Amor: Sentimento que induz a aproximar, a proteger ou a conservar a pessoa pela qual se sente
afeição ou atração; grande afeição ou afinidade forte por outra pessoa; Disposição dos afetos para querer
ou fazer o bem a algo ou alguém.

“Disposição de fazer o bem a alguém para benefício, característica
dos que estão em Cristo”.

Texto áureo:
Fp 4.13. Inicia vida e para ação.

Verdade Prática:

“A igreja deve zelar pelos seus, afim de que não haja necessitados entre os filhos de
Deus e servos do Senhor Jesus.”

Leitura Bíblica em Classe - Ação: Texto de Filipenses 4 . 10 - 13.
Os versículos dos vs. 10 a 23 nos traz idéia sobre o “Auxílio material” – Afinal o apóstolo trata
expressamente do assunto que ocasionou a carta: a contribuição da qual Epafrodito fora portador.
Podemos aprender muito pelo seu modo de tratar do caso. Em que nossa atitude para com o dinheiro é
parecida com a dele? No versículo 12 ele diz “sei”, e nós podemos dizê-lo também? Vemos que uma grande
parte do trecho é o contentamento e a confiança em que Deus há de suprir.
O Dr. Scroggie diz: “Três coisas aqui deve ser cuidadosamente notadas: 1ª A maneira pela qual as
contribuições devem ser dadas, espontaneamente, constantemente, alegremente, com sacrifício. 2ª A maneira
pela qual as contribuições devem ser recebidas (deve haver amplo reconhecimento, generosa apreciação,
respeito pela própria independência, um sincero desejo pelo enriquecimento do ofertante). 3ª As promessas
pelas quais os recursos são garantidos”.
O contentamento: embora se trate apenas de ser corretamente relacionados com Deus e confiando na
Sua soberana, providência amorosa de propósito, as pessoas, no entanto, buscá-la onde ela não pode ser
encontrada em dinheiro, posses, poder, prestígio, relacionamentos, empregos, ou a liberdade das
dificuldades, mas por essa definição, o contentamento é inatingível, pois e impossível neste mundo caído,
para ser completamente livre de problemas. Em nítido contraste com a compreensão do mundo de
contentamento e a definição simples de contentamento espiritual escrita por Jeremias, o puritano
Burroughs: "o contentamento cristão é aquele doce, para dentro, dependente da graça do espírito, que
livremente se submete e se deleita em Deus, eliminando todas as condições” (A Joia Rara do contentamento
cristão [Reprint; Edinburgh: Banner of Truth, 1964], 19)”.
Antes de concluir esta carta a sua congregação de Filipos amado, Paulo quis expressar sua gratidão
profunda para eles. Ele tinha uma relação especial com eles desde a fundação da igreja em Filipos. Em um
ponto no ministério de Paulo, muitos anos antes, eles eram a única igreja que haviam apoiado
financeiramente (4.15-16). Agora eles tinham novamente mandou um presente, e 4.10-19 Paulo nota de
agradecimento a eles por isso.

A GRATIDÃO DE PAULO PELA OFERTA ENVIADA – FP 4.10-20
v. 10 - (Dez anos se passaram desde que o ministério de Paulo em Filipos tinha resultou na fundação da
igreja naquela cidade. Os filipenses haviam apoiado generosamente quando ele deixou de Filipe para
ministrar nas cidades Macedônia, de Tessalonica e Beréia (At 17.1-13). Quando Paulo se mudou para o sul
em Acaia, os Filipenses continuaram o seu apoio quando ele ministrou em Atenas e Corinto (Atos 17.1418.18). Com o passar dos anos que tinham sido consistentemente preocupados com Paulo, mas não tinha
qualquer possibilidade de fornecer apoio a ele. A razão para esta falta não é dado. Talvez tenha sido
devido a sua preocupação com a sua esmagadora pobreza (2 Co 8.1-2). Ou eles podem ter tido
conhecimento das necessidades do apóstolo, ou incapaz de localizá-lo. Mais uma vez temos o privilégio de
sentir toda a vitalidade de uma carta de Paulo. Ela não constitui apenas um tratado doutrinário em forma
de carta. Em toda a carta está em jogo à vida inteira da igreja, que liga de forma indissociável o conhecer e
o crer, a ação e a esperança. Paulo e os receptores da carta estão interessados na existência real, não no
âmbito especial “religião”, embora evidentemente sejam “santos” em toda essa existência. Por isso o final
da carta - e somente o final, mas ainda assim de forma suficientemente detalhada - é abordada uma
questão específica entre Paulo e os filipenses: Paulo passa o recibo de uma dádiva que a igreja lhe enviara
através de Epafrodito para seu sustento pessoal. A maneira como ele formula esse “recibo” – essa
“gratidão sem agradecimento”, a maneira como ele unifica “coisas terrenas” e “coisas espirituais” de forma
direta e natural, grata apreciação da dádiva e plena liberdade dela, a maneira como emprega termos
técnicos da vida comercial com refinado amor, apesar disso dizer o contrário de tudo que seja comercial,
isso é tão característico para Paulo e tão exemplar para nós que também este trecho, que se transforma
em presente do Espírito Santo para nós. Aprendemos no exemplo concreto sobre “o andar, e o imitar” (Fp
3.17) e do “considerar o que é verdadeiro e digno, correto e puro, amável e convidativo”.)
Por princípio, Paulo rejeitava receber sustento pessoal das igrejas. Naquele tempo em que havia
numerosos pregadores itinerantes, e muitos deles um tanto questionáveis, ele visava proteger de antemão
sua proclamação contra qualquer suspeita de segundas e interesseiras intenções. Por essa razão ele
trabalhava com as próprias mãos para conseguir o pouco de que necessitava para viver. Para ele,
privações, pobreza e sofrimentos era parte inseparável do serviço apostólico (1Co 4.9; 2Co 6.4).
Unicamente aos filipenses ele permitiu que abrissem uma “conta de reciprocidade” (“prestação de contas
de ativo e passivo” é o termo técnico comercial daquela época). Sim, desse modo os filipenses se tornaram
“sócios” de seu “empreendimento”! Do contrário as igrejas continuam sendo somente as que recebem e
Paulo apenas o que dá, embora Paulo enfatizasse o direito dos mensageiros de receber subsistência das
igrejas (1Co 9.4-14). Não obtemos a informação dos motivos que levaram Paulo a abrir uma exceção para
os filipenses. Deve ser parte da cordialidade especial do amor que sentimos desde o começo da carta.
Justamente por isso essa definição de Paulo sobre a preferência dada a seus amados, nos termos do
mundo comercial, é uma formulação tão afetuosa: somente vocês ingressaram no negócio com prestação
de contas mútua! Para nós, porém, é importante que Paulo, apesar de persistir em sua convicção diante
dos coríntios (2Co 11.7-12; 12.13), não era homem de meros “princípios”, mas manteve a liberdade de
ação. Por isso os filipenses já o sustentaram “uma ou duas vezes” na Tessalônica. Aliás, essa informação
sugere que teremos uma idéia errada se At 17.2 nos levar à conclusão de que Paulo permaneceu apenas
três semanas na Tessalônica. Sua permanência com certeza deve ter durado mais tempo se durante aquele
período foi beneficiado diversas vezes por um auxílio enviado pelo grupo em Filipos. Paulo designa
aqueles dias como “começo do evangelho”. Novamente, assim como no v. 3, a palavra “evangelho” não é
usada apenas para o conteúdo da mensagem, mas também para sua eficácia, de sorte que ela se torna
praticamente definição de uma “época”. De forma análoga, p. ex., um pai poderia escrever a seu filho: “No
começo dos estudos eu te aconselhei…” (Ewald). De 2Co 11.8s se depreende que os filipenses continuaram
enviando seu auxílio também durante o trabalho de Paulo em Corinto.
v. 11 - (Talvez os filipenses não compreenderiam a sua declaração no versículo 10, Paulo acrescentou
rapidamente um aviso, não insinuando que ele falou de querer, quando ele agradeceu. Na verdade, ele
tinha aprendido a estar contente em qualquer circunstância que se encontrava; apesar de sua situação
extremamente difícil, Paulo não estava descontente. Não importava se era um prisioneiro, vivendo em um
apartamento pequeno, acorrentado a um soldado romano, vivendo em uma dieta escassa; nada disso
afetou seu contentamento, porque ele estava satisfeito com o pouco que tinha, sua satisfação não foi
afetada pelos suas privações físicas.)
Por longo tempo, porém, Paulo não havia recebido mais nada da igreja. Por isso alegrou-se “imensamente”
– ele recorre a uma palavra que é mais forte que nosso desgastadíssimo “muito” – que Epafrodito trouxe
consigo uma doação considerável. Os filipenses permitiram que o “pensar nele” “florescesse” e “brotasse”
– trata-se do termo “pensar”, “ter em mente” que ocorre muitas vezes na presente carta e designa agora o
“cuidado por ele”. A metáfora empregada é a da planta que torna a “brotar” ou “florescer” depois do
inverno. Obviamente Paulo está ciente de que se dedicavam sempre a “pensar nele”. Contudo falta-lhes o
kairós, o tempo apropriado, a oportunidade para ajudar. Já na questão da coleta em 2Co 8.2 Paulo
lembrara aos negligentes coríntios a pobreza dos macedônios e as graves tribulações da igreja. Por isso
não estavam em condições de auxiliar o apóstolo. Agora Paulo volta a receber uma rica dádiva de Filipos,
trazida por Epafrodito. Nada é dito acerca de seu montante real. Paulo atesta “ter recebido tudo”,
asseverando “ter agora em abundância” e estar “repleto”. Obviamente isso são expressões bastante
relativas! Aquele que estava acostumado com carências e privações considera “profusão” e “abundância” o
que aos mimados poderia parecer bastante modesto. O amor de alguém como Paulo com certeza aferiu a
“magnitude” da doação mais pela pobreza dos doadores que pelo montante de suas próprias necessidades.
Contudo ele não se importa em absoluto com o “donativo” em si, ainda que seja capaz de se alegrar
“imensamente” com ele. Para ele importa o “fruto” [v. 17]. Por natureza o ser humano é ganancioso ou
pelo menos se agarra receosamente aos bens. O fato de ser capaz de doar, ainda mais em uma situação
pessoal difícil (a igreja ainda continuava em luta, Fp 1.27-30), evidencia o efeito da palavra que o levou a
confiar no Deus vivo e libertou o coração para o amor. É esse “fruto” que Paulo almeja. Vimos diversas
vezes na presente carta que ele não apenas está ciente de uma graça que paira como arco-íris promissor
sobre uma vida invariavelmente cinzenta, mas de uma graça que transforma a vida real, tornando-a de
fato frutífera para Deus. Ele tinha acabado de empregar a figura do comércio. Por isso ele logo o utiliza
mais uma vez, dizendo: esse fruto crescente é creditado “na conta de vocês”. Ele aumenta o saldo de vocês.
De maneira delicada Paulo combina a gratidão pelo grande presente com a independência total frente aos
filipenses: ao produzir o fruto que se pode esperar do plantio do evangelho, eles estão tão somente
elevando o saldo de sua própria conta. O verdadeiro motivo da alegria do apóstolo não reside na ajuda que
ele mesmo experimenta, mas no progresso da igreja que se expressa nessas doações.
Porque para sua pessoa Paulo aprendeu “a se manter pessoalmente na situação em que está”. Na
sequência ele descreve uma atitude de vida que novamente parece próxima de vários ideais “gregos” ou
“filosóficos”, mas que na verdade deixa esses “ideais” muito para trás e deixa de ser um “ideal” para ser
simples realidade. Quando o ser humano descobre sua “condição humana”, seus impulsos se tornam para
ele uma aflição que o rotulam como mero ser natural e o amarram duramente às circunstâncias. Será que
só se tornarão verdadeiramente “seres humanos” depois de mortificarem os impulsos na medida do
possível e se libertarem da escravidão das circunstâncias? O ser humano só será “livre” depois que possuir
a “autarquia”, a capacidade de se bastar a si mesmo, “manter-se pessoalmente.” Contudo unicamente o
“satisfeito” possui essa liberdade! Por isso o filósofo estóico e cínico chega ao “ascetismo”, à configuração
mais pobre e primitiva possível. Dessa maneira ele espera salvar a liberdade e dignidade humanas. Quanto
mais desenfreadas e sofisticadas se tornavam as formas de desfrutar da vida e a avidez por vida no ocaso
da Antiguidade, tanto mais pessoas se sentiam empurradas para esse caminho. O que aqui foi pensado e
experimentado mais tarde repetidamente desenvolveu seu poder interior sobre os corações humanos no
seio do cristianismo por meio do movimento monástico. Necessidades acorrentam, desprendimento
liberta. “Ascetismo” significa o caminho para essa liberdade. Apesar disso, a liberdade adquirida desse
modo é apenas meia liberdade. O asceta declara, agradecido e orgulhoso: “Sei jejuar, sei sofrer fome, sei
suportar carestia”. Obviamente isso é “liberdade” diante daqueles que não são capazes disso e que
permanecem amarradas as suas muitas necessidades. Por isso o “monge” continua representando um
sério questionamento também para nós!
v. 12 - (Paulo se expressa sobre o que ele viveu, uma alusão ao versículo anterior. A frase repetida duas
vezes eu sei... revela que ele tinha aprendido por experiência e maturidade espiritual para viver acima das
suas circunstâncias e não deixá-los afetar o seu contentamento. Isso e uma lição importante para os
crentes aprenderem, pois e as circunstâncias difíceis da vida frequentemente tentam roubar nosso
contentamento; a declaração de Paulo, eu sei, nos mostra como chegar em meio aos humildes, estar com
fome, como a padecer necessidade; indicando que ele tinha passado por esta situação e compreendido. Ele
sabia o que era conviver com coisas escassas. Ele também sabia como viver em prosperidade, e ter uma
abundância, mas Deus graciosamente concedeu-lhe mais do que precisava. Todos os termos o apóstolo se
referem as necessidades terrenas da vida, não as necessidades espirituais.)
Paulo, porém, acrescenta a segunda metade: “Sei ter fartura… sei ter abundância.” Ambas as coisas
juntas – é isso que constitui a totalidade da liberdade. É verdade que também Paulo “aprendeu” isso e não
o “sabia” simplesmente. Essa liberdade não lhe foi dada como mero presente. É uma palavra útil para nós,
e que precisamos levar em conta. Nossos pensamentos equivocados sobre a graça divina e a incapacidade
humana para o bem com freqüência geram em nós expectativas tolas, impedindo-nos no “aprendizado” e
no necessário engajamento de nossa vontade. Agora, porém, Paulo “em tudo e em todas as
circunstâncias está iniciado” – evidentemente uma “iniciação” muito diferente da iniciação nas solenes
liturgias dos mistérios! Agora ele “é capaz” de “tudo”.
v. 13 - (Não importa quão difícil pode ter sido a luta de Paulo, sempre esteve sob o domínio espiritual,
onde teve grande apoio, seu sustento e autossuficiência veio de sua união com o Cristo: "Fui crucificado
com Cristo; e já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim, e a vida que agora vivo na carne, vivo pela
Fé no Filho de Deus, que me amou e Se entregou por mim "(Gl 2:20). Quando Paulo escreveu, “posso fazer
todas as coisas”, ele tinha em mente tanto as físicas, como as espirituais. Ischuō (eu posso fazer) significa
"ser forte", "ter poder", ou "ter recursos". E comumente traduzida como "dominador" (Atos 19:16),
"predominante" (Atos 19:20), e "eficaz" (Tiago 5:16). O texto grego enfatiza a palavra traduzida como
todas as coisas (uma referência as necessidades físicas; vs 11-12). Paulo era forte o suficiente para
suportar qualquer coisa que viria, a ele só o fortaleceria(1Tm 1.12; 2Tm 4.17). Não significa que ele
poderia sobreviver fisicamente indefinidamente sem comida, água, sono, ou abrigo. O que ele está dizendo
é que ele atingiu o limite de seus recursos e força, até o momento de sua morte, infundida com a força de
Cristo. Ele conseguiu superar as dificuldades mais terríveis físicas por causa da força interior, espiritual,
que o Senhor Deus havia lhe concedido.)
Mas, apesar de todo o aprendizado e da iniciação a “capacidade” não deixa de ser algo fundamentalmente
diferente da mera disciplina da vontade por parte de um asceta. “Tudo posso por meio daquele que me
fortalece (Cristo)”. Independentemente de ser necessário incluir o nome “Cristo” de forma expressa ou
não, de qualquer modo vem de Cristo a “habilitação” para a liberdade plena que Paulo possui. Como “a
vida” para ele é “Cristo” (Fp 1.21), ele já não se apega ao que as pessoas chamam de “vida”. Por essa razão
pode tranquilamente, nessas circunstâncias, ter em abundância, viver bem e se saciar, sem que torne um
perigo para ele. Por isso, no entanto, também pode alegremente abrir mão e passar fome sem temor e sem
irritação. Logo não precisa do donativo dos filipenses. Possui “autarquia”. Também o relacionamento com
essa igreja, à qual permitiu que lhe fizesse doações pessoais, não é distorcido pelo desejo secreto daquilo
que ela lhe concede. Está regiamente livre. E de fato “regiamente”, e não “asceticamente”, livre. Por isso ele
tampouco precisa rejeitar, constrangida ou receosamente, a rica dádiva que Epafrodito trouxe consigo,
mas pode alegrar-se sobremaneira com ela e ter novamente “abundância”. Esse é o efeito visível de Jesus!
É verdade que a “gloriosa liberdade dos filhos de Deus” virá somente em plenitude quando Jesus
consumar sua obra por ocasião de sua parusia. Mas o cristianismo seguramente é mais que mero “consolo
para o futuro ou o além”. Jesus já é hoje aquele que habilita os humanos para essa gloriosa liberdade, aqui
constatada em Paulo.

Trabalhando todo contexto pesquisado:

Concordância textual bíblica:
4.10- tenhais 2Co 11.9; Fp 2.3.
4.11 - contentar-me 1Tm 6.6,8; 2Co 9.8;Hb 13.5.
4.12 - fome 1Co 4.11; padecer 2Co 11.9.
4.13 - me fortalece 2Co 12.9; Ef 3.16; Cl 1.11.

INTRODUÇÃO
A igreja de Filipos era bem generosa, pois enviava recursos para o apóstolo, às necessidades que tinha na
prisão; hoje vivemos numa sociedade marcada pelo egoísmo, mas devemos ter o coração diferente, pois
devemos ter o amor do Senhor em nossas vidas, as contribuições para os missionários que estão no campo
a trabalhar deve partir de nós; devendo esta ser uma oferta de não querer o retorno, pois é para a honra
de Deus. Em Atos dos Apóstolos, precisamente no cap. 20 e vers. 35, temos a preocupação de Paulo nos
mostra um evangelho altruísta, onde além de exemplo em todas as coisas, mostra a preocupação com o
próximo, ensinado o que o Senhor deixou, dizendo que é mais feliz o homem que dá do que recebe
(auxiliar/socorrer – o trabalho se santifica no alvo de compartilhar, não amontoar; sendo que o único
ditado direto do Senhor Jesus preservado fora dos evangelhos no NT é... “Bem-aventurado”, e vemos
Paulo (v.24) e o Senhor Jesus (v.28) no mesmo cap. Onde fala que eles viveram esta realidade). Sendo
desta forma sabemos a importância da generosidade da igreja com os que servem ao Senhor, aqueles que
dependem da oferta para o meio de sustento, vemos a gratidão do apóstolo aqui ao fim de uma epístola
onde agradece a providencia que recebeu daquele lugar.

I – AS OFERTAS DOS FILIPENSES COMO PROVIDÊNCIA DIVINA.
1. Paulo agradece aos filipenses: Desde o inicio a igreja já ajudava Paulo, compara ele a oferta como
fruto da providencia divina (v. 10).

2. Reciprocidade entre o apóstolo e a igreja: Paulo amava a igreja, alem de ser a primeira igreja na
Europa a receber o evangelho, ali as perseguições não os fizeram desistir de servir ao Senhor e suprir o
apóstolo.

3. A igreja deve cuidar dos seus obreiros: O dever da igreja é sustentar dignamente aqueles que o
servem tanto na própria igreja como no campo missionário a palavra de Deus nos instrui a isto (1Tm 5.18
- citação de Dt 25.4 e 1Co 9.9 comp. Mt 10.10 e Lc 10.7 - onde os versículos nos ensinam que o servo de
Cristo a tomar uma atitude de fé com a obra missionária, aceitando as condições de vida que Cristo e a
comunidade dos fiéis oferecendo o sustento, sendo claro que esta a trabalho do Mestre, além da dupla
honra mencionada no v. 17 de 1Tm 5, por ter um tempo integral na obra do Senhor).

II – O CONTENTAMENTO EM CRISTO EM QUALQUER SITUAÇÃO

1. O contentamento de Paulo: Aprendeu a contentar-se com que lhe era provido sabendo que aquilo
quem supria era o Senhor, todo crédito a isso foi para Deus e não por suas próprias forças.

2. “Sei estar abatido” v. 12: Paulo em meio a tudo que tinha vivido agora com experiência podia dizer o
que disse, pois já o tinha sentido; mas hoje cabe a nós cuidar da igreja do Senhor, mas cabe a confiança
NAQUELE que tudo criou e formou, sabendo que o sustento principal vem DELE.

3. O contentamento desfaz os extremismos: Apesar de vermos o exemplo de Paulo e da igreja, muitos
estão no campo a trabalhar e a igreja cumpre este papel relaxadamente, não podemos nos deixar levar
pela avareza e torpe ganância, mas por outro lado o culto também não se pode deixar levar para fonte de
renda para tudo (1Tm 6.5,6 – onde: 5 fala de não permanecer com os falsos a fim de convertê-los, mas
afastar deles e se associar aos que possuem a verdadeira fé. E no 6 fala do suficiente para a fé, onde do gr.
eusebia=piedade, sendo o suficiente também para a vida; e o contentamento gr. autarkeia=suficiência,
sendo o que é suficiente para si mesmo, vemos expressão semelhantes em 2Co 9.8, Fp 4.11. A piedade
aliada a uma atitude de contentamento é preciosíssima, ver At 3.6).

III – A PRINCIPAL FONTE DE CONTENTAMENTO (4.13).
1. Cristo é quem fortalece: O que nos faz alcançar tamanha vontade de continuar e suficiência para a
caminhada é saber que o fortalecimento vem do Senhor Jesus.
2. Cristo é a razão do contentamento: A nossa força vem de Cristo, só através DELE é que conseguimos
suportar toda afronta e lutas; em Ne 8.10 vemos 8 ordenanças ao povo: 1ª não lamentar e nem chorar
(v.9); 2ª ir (v.10); 3ª comer gorduras; 4ª beber as doçuras; 5ª enviar as porções a quem não tem nada
preparado; 6ª não entristecer; 7ª aquietar-se (v.11); e 8ª novamente não entristecer.

3. O cumprimento da missão como fonte de contentamento: Atentemos para nosso objetivo e não
perdemos o foco principal que é o anúncio do Evangelho, nada pode ser mais importante que isso e nada
pode roubar este foco; nenhuma dificuldade apresentada deve servir de desculpa ao não cumprimento do
IDE, pois se foi o Senhor quem enviou ELE suprirá todas as coisas em Cristo Jesus creia (Fp 4.19), o
Senhor tomará conta de nós!!!

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
http://www.priberam.pt/
Lições Bíblicas. CPAD - 3º trimestre de 2013;
Explicada, A Bíblia. CPAD - 2000.
VIDA Nova, Bíblia. SBB - 1976.
Contemporâneo, Novo Comentário Bíblico. Editora Vida.
Dake, Bíblia de Estudo. Ed. Atos - 2010.
----- CFA -----

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Lição 12 artigo

  • 1. SUBSÍDIOS PARA A LIÇÃO 12 Lição 12 – A RECIPROCIDADE DO AMOR CRSITÃO. No que tange os objetivos da lição: Saber que as dádivas dos filipenses era resultado da providência divina; Compreender que o cristão tem o contentamento de Cristo em qualquer situação; Explicar a respeito da principal fonte de contentamento do cristão. Vamos lá... Trabalhando o título: No dicionário... Reciprocidade: Caráter do que é recíproco (Que se dá ou faz em recompensa de coisa equivalente); Mutualidade (contribuição coletiva para benefício de cada um dos membros). Amor: Sentimento que induz a aproximar, a proteger ou a conservar a pessoa pela qual se sente afeição ou atração; grande afeição ou afinidade forte por outra pessoa; Disposição dos afetos para querer ou fazer o bem a algo ou alguém. “Disposição de fazer o bem a alguém para benefício, característica dos que estão em Cristo”. Texto áureo: Fp 4.13. Inicia vida e para ação. Verdade Prática: “A igreja deve zelar pelos seus, afim de que não haja necessitados entre os filhos de Deus e servos do Senhor Jesus.” Leitura Bíblica em Classe - Ação: Texto de Filipenses 4 . 10 - 13. Os versículos dos vs. 10 a 23 nos traz idéia sobre o “Auxílio material” – Afinal o apóstolo trata expressamente do assunto que ocasionou a carta: a contribuição da qual Epafrodito fora portador. Podemos aprender muito pelo seu modo de tratar do caso. Em que nossa atitude para com o dinheiro é parecida com a dele? No versículo 12 ele diz “sei”, e nós podemos dizê-lo também? Vemos que uma grande parte do trecho é o contentamento e a confiança em que Deus há de suprir.
  • 2. O Dr. Scroggie diz: “Três coisas aqui deve ser cuidadosamente notadas: 1ª A maneira pela qual as contribuições devem ser dadas, espontaneamente, constantemente, alegremente, com sacrifício. 2ª A maneira pela qual as contribuições devem ser recebidas (deve haver amplo reconhecimento, generosa apreciação, respeito pela própria independência, um sincero desejo pelo enriquecimento do ofertante). 3ª As promessas pelas quais os recursos são garantidos”. O contentamento: embora se trate apenas de ser corretamente relacionados com Deus e confiando na Sua soberana, providência amorosa de propósito, as pessoas, no entanto, buscá-la onde ela não pode ser encontrada em dinheiro, posses, poder, prestígio, relacionamentos, empregos, ou a liberdade das dificuldades, mas por essa definição, o contentamento é inatingível, pois e impossível neste mundo caído, para ser completamente livre de problemas. Em nítido contraste com a compreensão do mundo de contentamento e a definição simples de contentamento espiritual escrita por Jeremias, o puritano Burroughs: "o contentamento cristão é aquele doce, para dentro, dependente da graça do espírito, que livremente se submete e se deleita em Deus, eliminando todas as condições” (A Joia Rara do contentamento cristão [Reprint; Edinburgh: Banner of Truth, 1964], 19)”. Antes de concluir esta carta a sua congregação de Filipos amado, Paulo quis expressar sua gratidão profunda para eles. Ele tinha uma relação especial com eles desde a fundação da igreja em Filipos. Em um ponto no ministério de Paulo, muitos anos antes, eles eram a única igreja que haviam apoiado financeiramente (4.15-16). Agora eles tinham novamente mandou um presente, e 4.10-19 Paulo nota de agradecimento a eles por isso. A GRATIDÃO DE PAULO PELA OFERTA ENVIADA – FP 4.10-20 v. 10 - (Dez anos se passaram desde que o ministério de Paulo em Filipos tinha resultou na fundação da igreja naquela cidade. Os filipenses haviam apoiado generosamente quando ele deixou de Filipe para ministrar nas cidades Macedônia, de Tessalonica e Beréia (At 17.1-13). Quando Paulo se mudou para o sul em Acaia, os Filipenses continuaram o seu apoio quando ele ministrou em Atenas e Corinto (Atos 17.1418.18). Com o passar dos anos que tinham sido consistentemente preocupados com Paulo, mas não tinha qualquer possibilidade de fornecer apoio a ele. A razão para esta falta não é dado. Talvez tenha sido devido a sua preocupação com a sua esmagadora pobreza (2 Co 8.1-2). Ou eles podem ter tido conhecimento das necessidades do apóstolo, ou incapaz de localizá-lo. Mais uma vez temos o privilégio de sentir toda a vitalidade de uma carta de Paulo. Ela não constitui apenas um tratado doutrinário em forma de carta. Em toda a carta está em jogo à vida inteira da igreja, que liga de forma indissociável o conhecer e o crer, a ação e a esperança. Paulo e os receptores da carta estão interessados na existência real, não no âmbito especial “religião”, embora evidentemente sejam “santos” em toda essa existência. Por isso o final da carta - e somente o final, mas ainda assim de forma suficientemente detalhada - é abordada uma questão específica entre Paulo e os filipenses: Paulo passa o recibo de uma dádiva que a igreja lhe enviara através de Epafrodito para seu sustento pessoal. A maneira como ele formula esse “recibo” – essa “gratidão sem agradecimento”, a maneira como ele unifica “coisas terrenas” e “coisas espirituais” de forma direta e natural, grata apreciação da dádiva e plena liberdade dela, a maneira como emprega termos
  • 3. técnicos da vida comercial com refinado amor, apesar disso dizer o contrário de tudo que seja comercial, isso é tão característico para Paulo e tão exemplar para nós que também este trecho, que se transforma em presente do Espírito Santo para nós. Aprendemos no exemplo concreto sobre “o andar, e o imitar” (Fp 3.17) e do “considerar o que é verdadeiro e digno, correto e puro, amável e convidativo”.) Por princípio, Paulo rejeitava receber sustento pessoal das igrejas. Naquele tempo em que havia numerosos pregadores itinerantes, e muitos deles um tanto questionáveis, ele visava proteger de antemão sua proclamação contra qualquer suspeita de segundas e interesseiras intenções. Por essa razão ele trabalhava com as próprias mãos para conseguir o pouco de que necessitava para viver. Para ele, privações, pobreza e sofrimentos era parte inseparável do serviço apostólico (1Co 4.9; 2Co 6.4). Unicamente aos filipenses ele permitiu que abrissem uma “conta de reciprocidade” (“prestação de contas de ativo e passivo” é o termo técnico comercial daquela época). Sim, desse modo os filipenses se tornaram “sócios” de seu “empreendimento”! Do contrário as igrejas continuam sendo somente as que recebem e Paulo apenas o que dá, embora Paulo enfatizasse o direito dos mensageiros de receber subsistência das igrejas (1Co 9.4-14). Não obtemos a informação dos motivos que levaram Paulo a abrir uma exceção para os filipenses. Deve ser parte da cordialidade especial do amor que sentimos desde o começo da carta. Justamente por isso essa definição de Paulo sobre a preferência dada a seus amados, nos termos do mundo comercial, é uma formulação tão afetuosa: somente vocês ingressaram no negócio com prestação de contas mútua! Para nós, porém, é importante que Paulo, apesar de persistir em sua convicção diante dos coríntios (2Co 11.7-12; 12.13), não era homem de meros “princípios”, mas manteve a liberdade de ação. Por isso os filipenses já o sustentaram “uma ou duas vezes” na Tessalônica. Aliás, essa informação sugere que teremos uma idéia errada se At 17.2 nos levar à conclusão de que Paulo permaneceu apenas três semanas na Tessalônica. Sua permanência com certeza deve ter durado mais tempo se durante aquele período foi beneficiado diversas vezes por um auxílio enviado pelo grupo em Filipos. Paulo designa aqueles dias como “começo do evangelho”. Novamente, assim como no v. 3, a palavra “evangelho” não é usada apenas para o conteúdo da mensagem, mas também para sua eficácia, de sorte que ela se torna praticamente definição de uma “época”. De forma análoga, p. ex., um pai poderia escrever a seu filho: “No começo dos estudos eu te aconselhei…” (Ewald). De 2Co 11.8s se depreende que os filipenses continuaram enviando seu auxílio também durante o trabalho de Paulo em Corinto. v. 11 - (Talvez os filipenses não compreenderiam a sua declaração no versículo 10, Paulo acrescentou rapidamente um aviso, não insinuando que ele falou de querer, quando ele agradeceu. Na verdade, ele tinha aprendido a estar contente em qualquer circunstância que se encontrava; apesar de sua situação extremamente difícil, Paulo não estava descontente. Não importava se era um prisioneiro, vivendo em um apartamento pequeno, acorrentado a um soldado romano, vivendo em uma dieta escassa; nada disso afetou seu contentamento, porque ele estava satisfeito com o pouco que tinha, sua satisfação não foi afetada pelos suas privações físicas.) Por longo tempo, porém, Paulo não havia recebido mais nada da igreja. Por isso alegrou-se “imensamente” – ele recorre a uma palavra que é mais forte que nosso desgastadíssimo “muito” – que Epafrodito trouxe consigo uma doação considerável. Os filipenses permitiram que o “pensar nele” “florescesse” e “brotasse” – trata-se do termo “pensar”, “ter em mente” que ocorre muitas vezes na presente carta e designa agora o
  • 4. “cuidado por ele”. A metáfora empregada é a da planta que torna a “brotar” ou “florescer” depois do inverno. Obviamente Paulo está ciente de que se dedicavam sempre a “pensar nele”. Contudo falta-lhes o kairós, o tempo apropriado, a oportunidade para ajudar. Já na questão da coleta em 2Co 8.2 Paulo lembrara aos negligentes coríntios a pobreza dos macedônios e as graves tribulações da igreja. Por isso não estavam em condições de auxiliar o apóstolo. Agora Paulo volta a receber uma rica dádiva de Filipos, trazida por Epafrodito. Nada é dito acerca de seu montante real. Paulo atesta “ter recebido tudo”, asseverando “ter agora em abundância” e estar “repleto”. Obviamente isso são expressões bastante relativas! Aquele que estava acostumado com carências e privações considera “profusão” e “abundância” o que aos mimados poderia parecer bastante modesto. O amor de alguém como Paulo com certeza aferiu a “magnitude” da doação mais pela pobreza dos doadores que pelo montante de suas próprias necessidades. Contudo ele não se importa em absoluto com o “donativo” em si, ainda que seja capaz de se alegrar “imensamente” com ele. Para ele importa o “fruto” [v. 17]. Por natureza o ser humano é ganancioso ou pelo menos se agarra receosamente aos bens. O fato de ser capaz de doar, ainda mais em uma situação pessoal difícil (a igreja ainda continuava em luta, Fp 1.27-30), evidencia o efeito da palavra que o levou a confiar no Deus vivo e libertou o coração para o amor. É esse “fruto” que Paulo almeja. Vimos diversas vezes na presente carta que ele não apenas está ciente de uma graça que paira como arco-íris promissor sobre uma vida invariavelmente cinzenta, mas de uma graça que transforma a vida real, tornando-a de fato frutífera para Deus. Ele tinha acabado de empregar a figura do comércio. Por isso ele logo o utiliza mais uma vez, dizendo: esse fruto crescente é creditado “na conta de vocês”. Ele aumenta o saldo de vocês. De maneira delicada Paulo combina a gratidão pelo grande presente com a independência total frente aos filipenses: ao produzir o fruto que se pode esperar do plantio do evangelho, eles estão tão somente elevando o saldo de sua própria conta. O verdadeiro motivo da alegria do apóstolo não reside na ajuda que ele mesmo experimenta, mas no progresso da igreja que se expressa nessas doações. Porque para sua pessoa Paulo aprendeu “a se manter pessoalmente na situação em que está”. Na sequência ele descreve uma atitude de vida que novamente parece próxima de vários ideais “gregos” ou “filosóficos”, mas que na verdade deixa esses “ideais” muito para trás e deixa de ser um “ideal” para ser simples realidade. Quando o ser humano descobre sua “condição humana”, seus impulsos se tornam para ele uma aflição que o rotulam como mero ser natural e o amarram duramente às circunstâncias. Será que só se tornarão verdadeiramente “seres humanos” depois de mortificarem os impulsos na medida do possível e se libertarem da escravidão das circunstâncias? O ser humano só será “livre” depois que possuir a “autarquia”, a capacidade de se bastar a si mesmo, “manter-se pessoalmente.” Contudo unicamente o “satisfeito” possui essa liberdade! Por isso o filósofo estóico e cínico chega ao “ascetismo”, à configuração mais pobre e primitiva possível. Dessa maneira ele espera salvar a liberdade e dignidade humanas. Quanto mais desenfreadas e sofisticadas se tornavam as formas de desfrutar da vida e a avidez por vida no ocaso da Antiguidade, tanto mais pessoas se sentiam empurradas para esse caminho. O que aqui foi pensado e experimentado mais tarde repetidamente desenvolveu seu poder interior sobre os corações humanos no seio do cristianismo por meio do movimento monástico. Necessidades acorrentam, desprendimento liberta. “Ascetismo” significa o caminho para essa liberdade. Apesar disso, a liberdade adquirida desse modo é apenas meia liberdade. O asceta declara, agradecido e orgulhoso: “Sei jejuar, sei sofrer fome, sei suportar carestia”. Obviamente isso é “liberdade” diante daqueles que não são capazes disso e que
  • 5. permanecem amarradas as suas muitas necessidades. Por isso o “monge” continua representando um sério questionamento também para nós! v. 12 - (Paulo se expressa sobre o que ele viveu, uma alusão ao versículo anterior. A frase repetida duas vezes eu sei... revela que ele tinha aprendido por experiência e maturidade espiritual para viver acima das suas circunstâncias e não deixá-los afetar o seu contentamento. Isso e uma lição importante para os crentes aprenderem, pois e as circunstâncias difíceis da vida frequentemente tentam roubar nosso contentamento; a declaração de Paulo, eu sei, nos mostra como chegar em meio aos humildes, estar com fome, como a padecer necessidade; indicando que ele tinha passado por esta situação e compreendido. Ele sabia o que era conviver com coisas escassas. Ele também sabia como viver em prosperidade, e ter uma abundância, mas Deus graciosamente concedeu-lhe mais do que precisava. Todos os termos o apóstolo se referem as necessidades terrenas da vida, não as necessidades espirituais.) Paulo, porém, acrescenta a segunda metade: “Sei ter fartura… sei ter abundância.” Ambas as coisas juntas – é isso que constitui a totalidade da liberdade. É verdade que também Paulo “aprendeu” isso e não o “sabia” simplesmente. Essa liberdade não lhe foi dada como mero presente. É uma palavra útil para nós, e que precisamos levar em conta. Nossos pensamentos equivocados sobre a graça divina e a incapacidade humana para o bem com freqüência geram em nós expectativas tolas, impedindo-nos no “aprendizado” e no necessário engajamento de nossa vontade. Agora, porém, Paulo “em tudo e em todas as circunstâncias está iniciado” – evidentemente uma “iniciação” muito diferente da iniciação nas solenes liturgias dos mistérios! Agora ele “é capaz” de “tudo”. v. 13 - (Não importa quão difícil pode ter sido a luta de Paulo, sempre esteve sob o domínio espiritual, onde teve grande apoio, seu sustento e autossuficiência veio de sua união com o Cristo: "Fui crucificado com Cristo; e já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim, e a vida que agora vivo na carne, vivo pela Fé no Filho de Deus, que me amou e Se entregou por mim "(Gl 2:20). Quando Paulo escreveu, “posso fazer todas as coisas”, ele tinha em mente tanto as físicas, como as espirituais. Ischuō (eu posso fazer) significa "ser forte", "ter poder", ou "ter recursos". E comumente traduzida como "dominador" (Atos 19:16), "predominante" (Atos 19:20), e "eficaz" (Tiago 5:16). O texto grego enfatiza a palavra traduzida como todas as coisas (uma referência as necessidades físicas; vs 11-12). Paulo era forte o suficiente para suportar qualquer coisa que viria, a ele só o fortaleceria(1Tm 1.12; 2Tm 4.17). Não significa que ele poderia sobreviver fisicamente indefinidamente sem comida, água, sono, ou abrigo. O que ele está dizendo é que ele atingiu o limite de seus recursos e força, até o momento de sua morte, infundida com a força de Cristo. Ele conseguiu superar as dificuldades mais terríveis físicas por causa da força interior, espiritual, que o Senhor Deus havia lhe concedido.) Mas, apesar de todo o aprendizado e da iniciação a “capacidade” não deixa de ser algo fundamentalmente diferente da mera disciplina da vontade por parte de um asceta. “Tudo posso por meio daquele que me fortalece (Cristo)”. Independentemente de ser necessário incluir o nome “Cristo” de forma expressa ou não, de qualquer modo vem de Cristo a “habilitação” para a liberdade plena que Paulo possui. Como “a vida” para ele é “Cristo” (Fp 1.21), ele já não se apega ao que as pessoas chamam de “vida”. Por essa razão pode tranquilamente, nessas circunstâncias, ter em abundância, viver bem e se saciar, sem que torne um perigo para ele. Por isso, no entanto, também pode alegremente abrir mão e passar fome sem temor e sem
  • 6. irritação. Logo não precisa do donativo dos filipenses. Possui “autarquia”. Também o relacionamento com essa igreja, à qual permitiu que lhe fizesse doações pessoais, não é distorcido pelo desejo secreto daquilo que ela lhe concede. Está regiamente livre. E de fato “regiamente”, e não “asceticamente”, livre. Por isso ele tampouco precisa rejeitar, constrangida ou receosamente, a rica dádiva que Epafrodito trouxe consigo, mas pode alegrar-se sobremaneira com ela e ter novamente “abundância”. Esse é o efeito visível de Jesus! É verdade que a “gloriosa liberdade dos filhos de Deus” virá somente em plenitude quando Jesus consumar sua obra por ocasião de sua parusia. Mas o cristianismo seguramente é mais que mero “consolo para o futuro ou o além”. Jesus já é hoje aquele que habilita os humanos para essa gloriosa liberdade, aqui constatada em Paulo. Trabalhando todo contexto pesquisado: Concordância textual bíblica: 4.10- tenhais 2Co 11.9; Fp 2.3. 4.11 - contentar-me 1Tm 6.6,8; 2Co 9.8;Hb 13.5. 4.12 - fome 1Co 4.11; padecer 2Co 11.9. 4.13 - me fortalece 2Co 12.9; Ef 3.16; Cl 1.11. INTRODUÇÃO A igreja de Filipos era bem generosa, pois enviava recursos para o apóstolo, às necessidades que tinha na prisão; hoje vivemos numa sociedade marcada pelo egoísmo, mas devemos ter o coração diferente, pois devemos ter o amor do Senhor em nossas vidas, as contribuições para os missionários que estão no campo a trabalhar deve partir de nós; devendo esta ser uma oferta de não querer o retorno, pois é para a honra de Deus. Em Atos dos Apóstolos, precisamente no cap. 20 e vers. 35, temos a preocupação de Paulo nos mostra um evangelho altruísta, onde além de exemplo em todas as coisas, mostra a preocupação com o próximo, ensinado o que o Senhor deixou, dizendo que é mais feliz o homem que dá do que recebe (auxiliar/socorrer – o trabalho se santifica no alvo de compartilhar, não amontoar; sendo que o único ditado direto do Senhor Jesus preservado fora dos evangelhos no NT é... “Bem-aventurado”, e vemos Paulo (v.24) e o Senhor Jesus (v.28) no mesmo cap. Onde fala que eles viveram esta realidade). Sendo desta forma sabemos a importância da generosidade da igreja com os que servem ao Senhor, aqueles que dependem da oferta para o meio de sustento, vemos a gratidão do apóstolo aqui ao fim de uma epístola onde agradece a providencia que recebeu daquele lugar. I – AS OFERTAS DOS FILIPENSES COMO PROVIDÊNCIA DIVINA.
  • 7. 1. Paulo agradece aos filipenses: Desde o inicio a igreja já ajudava Paulo, compara ele a oferta como fruto da providencia divina (v. 10). 2. Reciprocidade entre o apóstolo e a igreja: Paulo amava a igreja, alem de ser a primeira igreja na Europa a receber o evangelho, ali as perseguições não os fizeram desistir de servir ao Senhor e suprir o apóstolo. 3. A igreja deve cuidar dos seus obreiros: O dever da igreja é sustentar dignamente aqueles que o servem tanto na própria igreja como no campo missionário a palavra de Deus nos instrui a isto (1Tm 5.18 - citação de Dt 25.4 e 1Co 9.9 comp. Mt 10.10 e Lc 10.7 - onde os versículos nos ensinam que o servo de Cristo a tomar uma atitude de fé com a obra missionária, aceitando as condições de vida que Cristo e a comunidade dos fiéis oferecendo o sustento, sendo claro que esta a trabalho do Mestre, além da dupla honra mencionada no v. 17 de 1Tm 5, por ter um tempo integral na obra do Senhor). II – O CONTENTAMENTO EM CRISTO EM QUALQUER SITUAÇÃO 1. O contentamento de Paulo: Aprendeu a contentar-se com que lhe era provido sabendo que aquilo quem supria era o Senhor, todo crédito a isso foi para Deus e não por suas próprias forças. 2. “Sei estar abatido” v. 12: Paulo em meio a tudo que tinha vivido agora com experiência podia dizer o que disse, pois já o tinha sentido; mas hoje cabe a nós cuidar da igreja do Senhor, mas cabe a confiança NAQUELE que tudo criou e formou, sabendo que o sustento principal vem DELE. 3. O contentamento desfaz os extremismos: Apesar de vermos o exemplo de Paulo e da igreja, muitos estão no campo a trabalhar e a igreja cumpre este papel relaxadamente, não podemos nos deixar levar pela avareza e torpe ganância, mas por outro lado o culto também não se pode deixar levar para fonte de renda para tudo (1Tm 6.5,6 – onde: 5 fala de não permanecer com os falsos a fim de convertê-los, mas afastar deles e se associar aos que possuem a verdadeira fé. E no 6 fala do suficiente para a fé, onde do gr. eusebia=piedade, sendo o suficiente também para a vida; e o contentamento gr. autarkeia=suficiência, sendo o que é suficiente para si mesmo, vemos expressão semelhantes em 2Co 9.8, Fp 4.11. A piedade aliada a uma atitude de contentamento é preciosíssima, ver At 3.6). III – A PRINCIPAL FONTE DE CONTENTAMENTO (4.13). 1. Cristo é quem fortalece: O que nos faz alcançar tamanha vontade de continuar e suficiência para a caminhada é saber que o fortalecimento vem do Senhor Jesus.
  • 8. 2. Cristo é a razão do contentamento: A nossa força vem de Cristo, só através DELE é que conseguimos suportar toda afronta e lutas; em Ne 8.10 vemos 8 ordenanças ao povo: 1ª não lamentar e nem chorar (v.9); 2ª ir (v.10); 3ª comer gorduras; 4ª beber as doçuras; 5ª enviar as porções a quem não tem nada preparado; 6ª não entristecer; 7ª aquietar-se (v.11); e 8ª novamente não entristecer. 3. O cumprimento da missão como fonte de contentamento: Atentemos para nosso objetivo e não perdemos o foco principal que é o anúncio do Evangelho, nada pode ser mais importante que isso e nada pode roubar este foco; nenhuma dificuldade apresentada deve servir de desculpa ao não cumprimento do IDE, pois se foi o Senhor quem enviou ELE suprirá todas as coisas em Cristo Jesus creia (Fp 4.19), o Senhor tomará conta de nós!!! BIBLIOGRAFIA CONSULTADA: http://www.priberam.pt/ Lições Bíblicas. CPAD - 3º trimestre de 2013; Explicada, A Bíblia. CPAD - 2000. VIDA Nova, Bíblia. SBB - 1976. Contemporâneo, Novo Comentário Bíblico. Editora Vida. Dake, Bíblia de Estudo. Ed. Atos - 2010. ----- CFA -----