[1] Este documento discute a relação entre um pai e filho espiritual exemplificada pela relação entre Paulo e Timóteo. [2] Paulo via Timóteo como um "verdadeiro filho na fé" e os dois tinham uma relação íntima de amor e apoio mútuo. [3] Tanto Paulo quanto Timóteo contribuíram significativamente para a formação um do outro, com Paulo ensinando e capacitando Timóteo e Timóteo trazendo alegria e significado para a vida de Paulo.
1. 1 Timóteo
Tal pai, tal filho
-------------------------------------- •
E
ste livro é um manual para a vida da Igreja especialmente útil para pastores e líderes em geral. Mas quem
apenas vê isso perde a mensagem central do livro: a relação de um pai espiritual com seu filho. A essência
da liderança pastoral é relacional. Quem sabe fazer excelente administração da Igreja, pregar bem e coordenar
as atividades, mas não sabe form ar filhos espirituais que se tornem pais espirituais (cf. n. IJo 2.12-14), está per
dido como pastor. Esse lidera e forma órfãos espirituais, que dificilmente conseguirão entender os conceitos de
paternidade espiritual e família espiritual.
O que João, o amado discípulo, foi para Jesus, Timóteo também foi para Paulo. Nenhum outro livro nos
mostra tão claramente a relação entre um pai e seu filho espiritual do que 1 e 2Tm. O amor, a intercessão, o abrir
do coração, o apoio, as lembranças especiais, os anseios se combinam para expor essa relação. Este tipo de in
timidade é um pouco parecido com a relação de um casal apaixonado. Cada um contribui de forma significativa
e sinergética com a relação. Sem dúvida o pai forma o filho. Isso fica claro no caso de Paulo. Com profecias,
imposição de mãos, ele expôs sua vida, ensinando, capacitando e acompanhando de perto Timóteo.
Ao mesmo tempo, um filho também “forma" seu pai. O seguidor tem uma graça toda especial de estender
um amor filial a um veterano que nunca conseguiria supor ou impor tal relação. Quando um seguidor chama
seu líder de “pai”, ele estende uma graça que o líder nunca teria como ganhar sozinho. Pense em Timóteo e
Paulo. Existem formas significativas pelas quais o amor, o carinho, a ternura e até as necessidades e carências
de Timóteo transformaram esse homem ungido, guerreiro, apóstolo, pioneiro, desbravador, tornando-o pai. Ti
móteo dava uma alegria única para Paulo, que não tinha filhos biologicos, acrescentando significado, legado e
valor à sua vida. Fora 1 e 2Tm, isso se manifesta nos dois retratos de Timóteo como filho. Primeiro, as notas em
ICo 4.14-21 descrevem Timóteo com seis características de um filho espiritual. A meditação nessa passagem
descreve o valor de um mentor, discipulador ou pai espiritual. Depois, Paulo fala de não ter “nenhum outro de
igual sentimento” como Timóteo (cf. ns. Fp 2.19-21).
A maioria das relações discipulador-discípulo ou mentor-mentoreado não tem toda a profundidade e intim i
dade de pai e filho espiritual. Ao mesmo tempo, podemos e devemos aprender de Paulo e Timóteo tudo quanto
possível. Como líderes devemos amar nossos seguidores com amor ágape que lhes dê o amor fundamental de
que tanto precisam. Como seguidores, o maior presente que podemos dar a nossos líderes não é nosso serviço
e dons tanto quanto nossos corações. Onde o coração e o amor fluem, o ministério fluirá alem do que podería
mos imaginar (Ef 3.14-21)1
T e x t o -c h a v e
... a Timóteo, verdadeiro filho nafé. (lTm 1.2)
Um verdadeiro filho carrega o DNA do seu pai. A frase “tal pai, tal filho (filha)" se encaixa profunda
mente. Jesus expressa isso na sua forma mais completa quando diz “Quem vê a mim vê o Pai” (cf. n. Jo 14.9).
Estas características são adquiridas na caminhada, no dia a dia: não vem por um programa ou curso que
focalize a mente ou até o comportamento. Numa vida muita corrida e cheia temos que descobrir formas de
conviver com nossos discipuladores ou mentores para que a aproximação a pai espiritual possa acontecer.
Temos que fazer o mesmo com nossos seguidores. Isto incluí atividades como comer, viajar, sair, fazer reti
ros, ir a congressos, brincar, jogar esportes, tirar férias, estar nas casas um do outro etc. Para a maioria, isto
apenas acontecerá se formos intencionais em agendar esses tipos de experiências junto com nossos encon
tros dedicados ao crescimento espiritual. Dê uma nova olhada a sua agenda com isto em mente!
2. 355 1TIMÓTEO 1
Prefácio e saudação
1
Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, pelo m andato de
Deus, nosso Salvador, e de Cristo Jesus, nossa es
perança, 2a Tim óteo," verdadeiro filho na fé.
Que a graça, a m isericórdia e a paz, da parte de
Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor, estejam
com você.
Advertência contra falsas doutrinas
3Quando eu estava de viagem , rum o à M acedônia,
pedi a você que ainda perm anecesse em Efeso para
adm oestar certas pessoas, a fim de que não ensinem
outra d o u trin a,* 4nem se ocupem com fábulas e ge
nealogias sem fim ." Essas coisas m ais prom ovem dis
cussões do que o serviço de Deus, na fé. 50 objetivo
da presente adm oestação visa ao am or que procede
de coração p uro,* e de boa consciência," e de fé sem
hipocrisia/ ^Algum as pessoas se desviaram destas
coisas e se perderam em discussões inúteis,-® 7pre-
tendendo passar por m estres da lei, não com preen
dendo, porém , nem o que dizem , nem os assuntos
sobre os quais falam com tanta ousadia.*
1.1 Paulo. Cf. n. Rm 1.1. apóstolo. Cf. n. ICo 12.28. de Cristo
Jesus. Cristocêntrico, ele fala do Ungido por nome 15 vezes em
seis capítulos e mais 14 nos quatro caps. de 2Tm. pelo m anda
to (vontade) de Deus. Cf. n. M t 6.10. nosso esperança. Cf. ns.
: m 8.24-25; Cl 1.27.
1.2 o Timóteo. Exercício espiritual: coloque seu nome no
;ugar de Timóteo. Imagine que esta carta foi escrita especifi
camente para você. Imagine alguém que o amou o suficiente
cara escrever-lhe esta carta; comprom etido com a sua vida e o
seu ministério - nessa ordem. Em outro momento, você pode
ler este livro como base de inspiração para escrever uma carta
cara um discípulo ou filho espiritual seu. verdadeiro filho na fé
Tt 1.4; cf. tc.). Paulo explicitam ente chama Timoteo assim qua
tro vezes (ICo 4.17; 1Tm 1.2,18; 2Tm 1.2). Timóteo aparece por
nome por volta de 24 vezes no NT, quase sempre ligado dire
tamente ou indiretamente a Paulo: seis em Atos (16.1; 17.14-15;
18.5; 19.22: 20.4), seis como coautor de uma epístola com Paulo
2Co 1.1; Fp 1.1; Cl 1.1; ITs 1.1; 2Ts 1.1; Fm 1), seis em outras epís
tolas (Rm 16.21; ICo 4.17; 16.10; 2Co 1.19; Fp 2.19; ITs 3.2,6),
çuatro nas duas epístolas que levam seu nome (1Tm 1.2.18:
20: 2Tm 1.2) e em Hb 13.23. a graça, a misericórdia e a paz.
Graça e paz. Cf. n. Rm 1.7. Misericórdia é um acréscimo que
5aulo não usa nas saudações de suas cartas às igrejas; ape
nas o usa em suas cartas para Timoteo e Tito. Todos nós, como
ndividuos, precisamos de misericórdia (vs. 13,16). Cf. n. M t 5.7.
1.3 pedi a você (gr. parakaleo.) Cf. n. Jo 14,16. para admoes
tar (v. 5). Confrontar em amor. outra doutrina. Paulo ressalta
nove vezes neste livro sua preocupação com a doutrina verda-
teira. A boa doutrina ou ensino produz vidas boas. Doutrina
ns sa leva a vidas falsas (v. 10). Cf. ns. 4.16: Tt 1.1; 2.1,10 e Intro.
Tt. Invade o corpo como um câncer (2Tm 2.17).
1.4 Essas coisas mais promovem discussões (vs. 6-7; 6 5 5
2Tm 2.23; Tt 1.10-14; 3.9). Muitos estudos bíblicos promovem dis-
tcssões, mas não mobilizam as pessoas a crescer e a agir. Infeliz-
~ente isso caracteriza muitas escolas bíblicas dominicais, como
A lei e os seus objetivos
8Sabemos, porém , que a lei é b o a / se alguém se uti
liza dela de m odo legítim o, 9tendo em vista que não
se prom ulga lei para quem é justo, mas para trans
gressores e rebeldes, para ím pios e pecadores, para
irreligiosos e profanos, para os que m atam o pai ou a
mãe, para os homicidas, lOpara os que praticam a im o
ralidade, para os que se entregam a práticas hom os
sexuais/ para os sequestradores, para os mentirosos,
para os que fazem juram ento falso e para tudo o que
for contrário à sã doutrina,* 11 segundo o evangelho da
glória do Deus bendito, do qual fui encarregado/
A graça na vida de Paulo
12Sou grato para com aquele que me fortaleceu, Cristo
Jesus, nosso Senhor, que me considerou fiel, designando-
-m e para o m inistério,"' 13a m im , que, no passado, era
"1.2 At 16.1 &1.3 1Tm 6.3-5 H .4 lTm 4.7; 2Trm 4.4;
Tt 1.14; 3.9 41.5 2Tm 2.22 "U m 1.19; 3.9 Ó Tm 1.5
91.6 1Tm 6.20-21; Tt 1.10; 3.9 *1.7 ITm 6.20-21
11.8 Rm 7.12,16 21.10 1Co 6.9-10 *Rm 1.29 '1.11 Gl 2.7;
Tt 1.3 '"1.12 A t 9.15; 2Co 3.6
também grupos familiares ou células. Neste caso não passam de
vaidade, uma perda de tempo com roupa religiosa (cf. n. 6.3-5).
1.5 O objetivo (alvo, propósito) da presente admoestação. O
objetivo desta instrução (cf. n. 2Tm 3.16-17) deve ser o alvo de
todo o nosso ensino, visa ao amor. A base e o cerne de tudo
o que somos e tudo que fazemos. Cf. ns. Ef 3.14-21; Intro. 1Jo.
que procede de coração puro. Limpo, sincero, simples, sem
duplicidade ou engano. Cf n. M t 5.8. boa consciência (v. 19;
3.9: Hb 5.14). Cf. ns. At 25.1; 24.16. de fé sem hipocrisia. Fé
revelada em obras. Cf. Intro, e tc. Tiago.
1.8-11 As pessoas que muitas vezes têm mais dificuldade com
o evangelho não são as pessoas alistadas aqui. Elas geralmente
sabem que suas vidas estão erradas, fora do caminho e péssi
mas. O problema é muito maior para a pessoa que vive de forma
religiosa ou humanista, sem “pecados notórios”. Paulo se dirige
sobretudo a estas pessoas em Rm 2-3.
1 .1 1 0 evangelho. Cf. ns. Lc 2.11: Rm 3.10: tc. Rm: Intro. Mt.
1.12-17 Nota prática; cada discípulo deve ter um testemunho
de sua salvação que conta com gratidão (v. 12) e que o comove
a ponto de brotar em louvor (v. 17; cf. n. 6.13-16). Nossa trans
formação deve servir como modelo (v. 16) para outros tomarem
esse caminho. Quanto ao evangelismo pessoal, cf. módulo de
oito estudos que começa em 2Co 5.14-21.
1.12 Sou grato. Cf. ns. ICo 1.4-9; ITs 5.18; cf. Intro. Fp. nosso
Senhor (vs. 2,14). Cf. n. Rm 1.7; 10.9-10. Ser fiel precede a pró
xima frase. Ter bom caráter deve preceder e ser a base para o
ministério, designando-me para o ministério (2.7: 1Co 15.10).
Cada um deve dizer isto. Como diz a Igreja em Células: “Cada
membro, um m inistro”. Quem não conhece seus dons e seu
próprio chamado ou ministério, deve ir atrás disso. Cf. np.
ICo 12.15-19.
1.13 Era blasfemo e perseguidor e insolente. Transparente
(cf. Intro. e tc. 2Co). O erro que cometemos não im porta tanto
quanto o que fazemos depois! Cf. n, At 7,58. Mas obtive mise
ricórdia (v. 16). Cf. ultim a n. de v. 2.
3. 1Timóteo 1 356
* 0 « INTERCESSÃO: ORANDO POR UMA PESSOA NECESSITADA
1 Tm 2.1-8; Êx 32.11-14 (Estudo 1.3.7)
1. Em sua experiência, o que torna uma oração de intercessão eficaz?
2. Leia Êx 31.11-14. Qual a força do argumento de Moisés em Êx 32.11?
3. Qual a força do argumento em Êx 32.12?
4. Qual a força do argumento em Êx 32.13?
5. Procure alguém para orar com você por outra pessoa necessitada. Se estiver num pequeno grupo, poderiam
se dividir em trios para duas pessoas orarem pela pessoa que mais sente que precisa de oração, seguindo as
dicas abaixo.
Estudo opcional: Gn 18.16-33; Rm 8.26-29; Um 2.1-8.
Uma pequena ministração - cinco passos
As grandes orações de intercessão como a de Moisés em Êx 31.11-14 e as de Gn 18.16-33; Ne 1; Dn 10.4-19 focam o
caráter, as promessas e os propósitos de Deus. Elas são bem mais teocêntricas (Deus é o centro) do que antropocêntricas
(a pessoa é o centro). Precisamos erguer nossas perspectivas terrenas para que elas se tornem celestiais (cf. n. 2Co 4.18).
Cinco passos para ministrar para alguém e não apenas fazer uma oração pela pessoa.
• Ouvir o coração da pessoa necessitada. Por dois ou três minutos, você pode fazer boas perguntas; procure
ouvir e entender o coração da pessoa.
• Ouvir o coração de Deus. Em silêncio de vários minutos, peça que Deus esclareça seu coração, sua perspectiva
(cf. SI 29.3-9; 119.76). Peça que ele esclareça se o assunto apresentado realmente deve ser o foco ou se há uma
raiz ou algo mais profundo para focar. Também peça que Deus indique uma passagem bíblica sob a qual orar, já
que sua Palavra tem autoridade e poder únicos (cf. n. Hb 4.12).
• Orar segundo o que ouvimos. Às vezes ouvimos ou sentimos que a pessoa necessitada precisa esclarecer algo
ou ela mesma fazer uma oração; se assim for, ore depois disso.
• Ouvir o coração da pessoa de novo. A melhor forma de fazer isso é pedir para que ela ore, expressando seu
coração a Deus. Assim é possível discernir se a pessoa ainda está com o mesmo peso que antes ou se algo
realmente aconteceu. Se nada mudou, encoraje a pessoa a marcar outro encontro com o grupo ou com outra
pessoa que poderia ajudar melhor.
• Dar acompanhamento. Peça que a pessoa compartilhe com seu líder pastoral, que pode ser o líder de seu pequeno
grupo. Devemos pedir também que a pessoa escreva o que Deus falou e o que ele fez nesta pequena ministração
antes de dormir à noite. Ébastante útil se ela puder compartilhar isso com a pessoa ou equipe que orou.
E f 3.14-21 — Estudo a n te rio r P ró xim o estudo — Lc 11.5-13
blasfemo, perseguidor" e insolente. Mas obtive mise
ricórdia, pois fiz isso na ignorância,0 na incredulidade.
^Transbordou, porém, a graça de nosso Senhorp com a
fé e o am or que há em Cristo Jesus. 15Fiel é a palavra e
digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo
" 1 .1 3 A t8 .3 ;9.4-5;Gl 1.13 °A t3.17 n .1 4 R m 5 .2 0
91.15 1Co 15.9; Ef 3.8 '1.17 Rm 16.27
1.14 o am or (gr, ágape). Cf. n. Jo 21.15; tc. 1Jo.
1.15 digna de toda aceitação. Preste atenção. Cristo Jesus
veio ao mundo para salvar os pecadores (2 5 4)
1.17 oo Rei (6,15-16). Rei dos reis. aquele a quem as damos nos
sas vidas em completa lealdade, Cf, n. M t 19.30; Intro. e tc. Mt.
invisível. A não ser por meio de sua criação, de sua Palavra e,
para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.q
l6Mas, por esta mesma razão, me foi concedida mise
ricórdia, para que, em mim, o principal pecador, Cristo
Jesus pudesse m ostrar a sua completa longanimidade,
e eu servisse de modelo para todos os que hão de crer
nele para a vida eterna, 17Assim, ao Rei eterno, imortal,
invisível, Deus único," honra e glória pelos séculos dos
séculos. Amém!
de forma mais clara, mediante Jesus (cf. ns. Jo 1.14.18; 14.6,9) e
por causa de sermos o Corpo de Cristo, por meio de nos (cf. n.
Ef 3.10). Deus único (Is 40.12-14). honro e glória. Cf. a parte
sobre a glória na n. Jo 1.14. pelos séculos dos séculos. Para todo
o resto da história humana e depois para a eternidade. Amém!
Que assim seja!
4. 357 1TIMÓTEO 1 — 2
O bom combate
18 Esta é a adm oestação que faço a você, m eu filho
Tim óteo, segundo as profecias que anteriorm ente
foram feitas a respeito de você:' que, firm ado nelas,
você com bata o bom c o m b a te / 19m antendo fé e boa
co n sciência/ porque alguns, tendo rejeitado a boa
consciência, vieram a naufragar na f é / 20 Entre esses
estão H im eneu e Alexandre, os quais entreguei a Sa
tanás,"' para serem castigados, a fim de que apren
dam a não blasfem ar.
A prática da oração. Um só Mediador
2
Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática
de súplicas, orações, intercessões, ações de gra
ças, em favor de todos os homens. 2Orem em favor dos
reis e de todos os que exercem autoridade, para que
vivamos vida mansa e tranquila, com toda piedade e
respeito. 3Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso
Salvador, 4que deseja que todos os hom ens sejam sal
vos e cheguem ao pleno conhecim ento da v e rd a d e /
5Porque existe um só Deus* e um só M e d ia d o / en
tre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, 6o qual a si
mesmo se deurf em resgate por todos/’testem unho que
se deve prestar em tempos oportunos. ^ Para isto fui de
signado p reg ad o / e apóstolo — afirm o a verdade, não
m into — , m estre dos gentios na fé e na verdade.
Instruções para homens e mulheres
8Quero, portanto, que os hom ens orem em todos
os lugares, levantando mãos santas,5 sem ira e sem
anim osidade.
9Da mesma form a, que as m ulheres/1 em traje de
cente, se enfeitem com m odéstia e bom senso, não
com tranças no cabelo, com ouro, ou pérolas, ou com
roupas caras, lOporém com boas obras,' como convém
a m ulheres que professam ser piedosas. 11A m ulher
51.18 U m 4.14 riT m 6.12;2T m 4.7 «1.19 U m 3.9 MTm6.21
» 1 .2 0 ICo 5.5 « 2 .4 Tt 2.11 í>2.5 1Co8.6 «Hb9.1S
82.6 Gl 1.4; Tt 2.14 «M t20.28 f2.7 2Tm1.11 92.8 SI 141.2
* 2.9 IPe 3.3-5 '2.10 At 9.36; U m 5.10
1.18 meu filho Timóteo. Cf Intro. e tc. segundo os profecias
(4.14). Profecias sâo palavras de poder divino; cf. n. 1Co 14.1.
combata (6.12). Entre plenamente na batalha. Cf. n. Jo 10.10:
ns. Ef 6.10-18. firm ado nelas. As profecias, que são de alto
valor, como indicado aqui. o bom combate (Um 4.7).
1.19 mantendo fé e boa consciência (v. 5: 3.9; 4.2: cf. ns.
At 23.1: 24.16). tendo rejeitado a boa consciência. Alerta!
Desperte! Os primeiros passos para perder a fé começam com 0
endurecer do coração (4.2), quando damos passos de desobe
diência. Esta possibilidade não é hipotética; ela já era bem real
no tempo de Paulo (v, 20) e continua sendo em nosso tempo. O
numero de ex-evangélicos está crescendo de forma alarmante.
Até certas igrejas e denominações não se identificam mais com
ser evangélico, especialmente nos EUA e na Europa.
1.20 Ensino falso como 0 de Elimeneu (2Tm 2.17) precisa ser
cortado do Corpo para que não seja contagioso.
2.1 Antes de tudo. Como prioridade geral1exorto (gr. paraka-
leo). Cf. n. Jo 14.16. Devemos orar sem cessarem favor de todas
as pessoas que conhecemos. Cf. n, Mc 1.35 e oito estudos sobre
oração a partir de Sl 23.
2.2 em fav o r dos reis. Paulo nos incentiva a orar pelas autori
dades como grupo estratégico.
Nota pratica: pense na quantidade e na profundidade de
suas críticas as autoridades; pense também na quantidade e
na profundidade de suas orações por essas pessoas. Algo pre
cisa mudar em você7 E, se mudasse, quais seriam alguns efeitos
dessa mudança? com toda piedade (gr. Eusebeo). M uito mais
que religiosidade. Devoção, vivência com Deus, ter 0 caráter de
Deus, santidade. Em inglês, godlmess. Paulo usa esta palavra
nove vezes neste livro, numero maior do que no resto do NT
todo (2.2.10; ,3.16; 4.7-8; 6.3,5-6.11). Que desafio e que privilégio
- viver com Deus e ter seu caráter!
2.3 Isto é bom e aceitável. Rm 12.2. nosso Salvador (1.1;
4.10). Cf. n At 5.31.
2.4 pleno conhecimento (gr. epiginosko). Uma forma intensiva
de g/nosko. Cf. n, Tt 1.1.
2.5 Jesus como 0 único caminho para 0 Pai é uma ofensa para a
maioria das pessoas que não 0 conhecem. O v. 6 explica 0 mo
tivo de ele ser 0 único caminho (Hb 9.15; cf. n. Jo 14.6).
2.6 em tempos (kairós; cf. n. Mc 1.15) oportunos (cf. 2Tm 4.1-2).
Quando o coração da outra pessoa está aberto. Até esse ponto,
é bem melhor fazer boas perguntas, esperando que 0 Espírito
possa usá-las para provocar fome e sede. Cf. duas perguntas
diagnosticas valiosas no evangelismo (med. Mc 8.14-21). Para
crescer em seu evangelismo pessoal, cf. modulo de oito estudos
que começa em 2Co 5.14-21.
2.7 Para isto fu i designado (vs, 1,12). Devemos ser como Paulo
aqui e poder expressar 0 nosso chamado (sonho) em uma oração.
2.8 levantando mãos santas. Para orar de forma eficaz (v. 1),
não podemos ter pecado em nossas vidas. Por isso vale a pena
ter um período de confissão antes de entrar em intercessão,
sem ira e sem animosidade. Temos que ser pessoas resolvi
das, sanadas. Sem isso acabaremos orando e ministrando de
nossa carne e desejos, e não da pureza e poder plenos de Jesus.
2.9 Da mesma form a... mulheres. O ponto de partida para ho
mens e mulheres é 0 mesmo, em traje decente. Pedro também
ressalta que a beleza interior é muito superior à beleza exte
rior (IPe 3.1-4). bom senso (v, 15). Do gr. sophrosune. De forma
sóbria (cf. ns. 2Tm 1.7; Tt 2.2). Não se pode traduzir adequada
mente ao português. O grego significa uma limitação voluntária
da liberdade de pensamento e comportamento (Zodhiates).
Esta palavra é a chave interpretativa dos vs. 9-15. Como cristãs,
as mulheres eram iguais aos homens. O perigo era que pode
riam exagerar seu novo sta tu s e liberdade.
2.11 A mulher (gr. gune). Pode ser traduzido como uma mu
lher ou uma esposa. Já que 0 v. 12 fala do marido, faz sentido
traduzir o v. 11 como “a mulher”. Isso resolve muito debate, in
dicando que as esposas deveriam resolver suas perguntas em
casa e não no meio do culto, aprenda. A mulher deve apren
der, diferentemente do que era permitido na cultura geral, em
silêncio (gr. hesuchia). Esta expressão poderia ser traduzida
como “tranquilamente", isto é, “sem causar distúrbio”, como em
outros lugares (2Ts 3.12; Um 2.2: IPe 3.4) O espírito de aprendiz
deve caracterizar as mulheres - como também os homens.
5. 1TIMÓTEO 2 — 3 358
aprenda em silêncio, com toda a subm issão/ 12E não
perm ito que a m ulher ensine, nem que exerça autori
dade sobre o homem; esteja, porém, em silêncio. ^ P o r
que, prim eiro, foi form ado Adão,k depois, Eva/14E Adão
não foi iludido, mas a mulher, sendo enganada, caiu em
transgressão."1l5M as ela será salva tendo filhos, se per
m anecer em fé, am or e santificação, com bom senso.
As qualificações dos bispos e dos diáconos
3
Fiel é a palavra: se alguém deseja o episcopado, exce
lente obra almeja. 2É necessário, pois, que o bispo
12.11 ICo 11.3; 14.34 *2.13 Gn 2.7 'G n 2.21-22; IC o 11.8
">2.14 Gn 3.1-6; 2Co 11.3 « 3 .2 -4 2Tm 2.24; Tt 1.6-9
*3 .7 2Tm 2.26 f3 .8 T t 1.7; 1Pe5.2
2 .12-1 4 E não permito que a mulher ensine. O verbo ensi
nar" quer dizer "ensine continuam ente”. Paulo não permitia que
uma esposa (n. v. 11) tomasse a liderança espiritual do lar. nem
que exerça autoridade (gr. authenteo). Esta é a única vez no
NT que esta palavra aparece. Significa ser um autocrata, um
governador absoluto. A tradução literal seria “nem que usur
pe autoridade” (como diz a versão KJV, em inglês). Nos tempos
bíblicos, apenas homens eram discípulos. De forma parecida,
apenas homens eram discipuladores, mestres e rabinos. Paulo
fala às mulheres aqui que ainda não aprenderam a cultura de
submissão no culto, aquelas que não sabiam como aprender
de forma quieta, ordenada e submissa, nem sabiam ensinar de
forma submissa. O destaque aqui é que toda pessoa que ensina
tem que ser submissa. Interpretado este texto por esta perspec
tiva. as mulheres podem ensinar, tal como os homens, sempre
sendo submissas. Sabemos que as mulheres tinham dons de
profecia (At 2.17-18; 21.9: ICo 11.5). Seja profecia, seja ensino
(como Priscila), as mulheres tinham que aprender a usar seus
dons de forma ordenada e submissa, tal como os homens.
Noto prática: quando enfrentamos passagens que não en
tendemos ou que são difíceis, temos duas opções: crer que a
Bíblia é inspirada por Deus no original (2Tm 3.16-17) e confiar
que existe uma boa explicação, ainda que seja demorado para
encontrá-la. A segunda opção é achar que tem uma perspectiva
maior que a da Bíblia e descartar o que não gostou ou não en
tendeu. Neste caso minha “verdade” (com minuscula) se torna
maior que o Verdade (com maiúscula). Isso dificulta muito des
cobrir a Verdade, porque neste caso se descarta tudo que não
se gosta ou que pode ser incômodo. Já que a Verdade incomoda
e nos chama a mudar, é provável que não conseguiremos vé-
-la ainda quando estiver claramente exposta em nossa frente.
Cf. ns. Mc 4.13; M t 2,1-6; 13.3-23.
2.15 ela será salva tendo filhos. E im portante valorizar o cha
mado e a influência de uma mãe espiritual. Ela não deve des
prezar a si nem outros devem fazer isso por se dedicar a seus
filhos de forma especial. É um alto chamado, um alto privilégio.
3.1-13 Nesta seção sobre critérios de liderança, Paulo inclui
quatro que. classicamente, são áreas de derrota para muitos
líderes: sexo (v, 2). dinheiro (v. 3), colocar o ministério antes da
família (vs. 4-5) e orgulho (v, 6).
3.1 O desejo de ser líder é muito bom. Existe ambição santa
(Rm 2.7-8). Ao mesmo tempo existem condições. As condícões
se aplicam bem a discipuladores e líderes. Ter bom caráter é
destacado nestes versículos, não carisma. A descrição que se-
seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, moderado,
sensato, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; 3não
dado ao vinho, não violento, porém cordial, inimigo de
conflitos, não avarento; 4e que governe bem a própria
casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito.0
5Pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como
cuidará da igreja de Deus? 6Que o bispo não seja recém-
-convertido, para não acontecer que fique cheio de orgu
lho e incorra na condenação do diabo. 7Pelo contrário, é
necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a
fim de não cair na desonra e no laço cio diabo.*
8Do m esm o modo, quanto a diáconos, é necessá
rio que sejam respeitáveis, de um a só palavra, não
inclinados a m uito vinho, não gananciosos/ 9con-
gue é de uma pessoa saudável para com Deus, para consigo
mesma, para com a sua família e para com a comunidade.
Nota pratica: isto ressalta o valor de um ministério de res
tauração na igreja local que possa ajudar as pessoas a resolver
problemas emocionais e relacionais, feridas e conflitos não re
solvidos. Cf. n. Lc 4.18-19.
3.2 irrepreensível (v. 10: 5.7: Tt 1.6). Não é receber certo número
de votos; é ser reconhecido por quase toda a igreja, senão toda,
por não ter problemas de carater e relacionamento, esposo de
uma só mulher. Comprometido com a sua esposa, vivendo em
pureza sexual (cf. ns. M t 5.8); não "casado" com seu trabalho.
moderado. Equilibrado, sensato. Com domínio próprio. Cf. n.
Gl 5.22-23. modesto. Humilde e que não chama atenção para si
mesmo, hospitaleiro. O lar é o lugar mais natural para relações,
intimidade, evangelismo e discipulado. Quem não sabe abrir
sua casa sempre sera limitado nessas áreas, apto para ensinar
(2Tm 2.24). Esta é uma qualidade de maturidade e caráter, não
de dom espiritual. Essa pessoa tem experiência e sabedoria que
naturalmente transbordam para outros.
3.3 não dado ao vinho. Sem vícios. Isto pode ser estendido a
incluir o ativismo. não violento. Não controlador, dominador,
manipulador, opressor, Não impor a sua perspectiva. Tudo isso
e o oposto do verdadeiro servo-líder. Cf. ns. M t 18.1; 20.25-28;
Lc 9.46. porém cordial. Amável, inimigo de conflitos. Paci
ficador (Tg 3.17-18). não avarento. Não apegado ao dinheiro
(6.9-10.17-19). Não procura formas de levar vantagem nem ten
ta se aproveitar de outros por meio de seu serviço.
3.4-5 que governe bem a própria casa (v. 12). De forma geral,
cuidar da família é a melhor mostra de como um líder cuidará
de uma equipe, grupo fam iliar ou igreja. Criando bem os seus fi
lhos, ele demonstra que tem as qualidades para criar bem filhos
espirituais. Isto está em contraste com 2Tm 3.3.
3.6 não seja recém-convertido (v 10). para não acontecer
que fique cheio de orgulho. O orgulho é morte para a lideran
ça espiritual.
3.7 bom testemunho dos de fo ra. Relaciona-se bem dentro da
igreja e fora. o fim de não cair... no laço do diabo. Brechas
abrem oportunidades para o diabo: brechas não resolvidas se
tornam fortalezas.
3.8 Do mesmo modo. quanto a diáconos. Servos oficiais da
igreja também devem ter as qualidades indicadas acima, de
uma só palavra. Pessoas de palavra, fiéis, sinceras, íntegras,
não enganosas nem hipócritas.
3.9 conservando o mistério (v. 16: cf. n. Rm 11.25) da fé. Tendo
6. 359 1Timóteo 3 — 4
servando o m istério da fé com a consciência lim pa.d
lOTam bém estes devem ser p rim eiram en te experi
m entados;6 e, caso se m ostrarem irrepreensíveis,
que exerçam o diaconato. 11 Do m esm o modo, quanto
a m ulheres, é necessário que elas sejam respeitá
veis, não m aldizentes, m oderadas e fiéis em tu d o /
120 diácono seja m arido de um a só m ulher e governe
bem os seus filhos e a própria casa.í; 13 Pois os que
desem penharem bem o diaconato alcançam para si
mesmos um a posição de h o n ra^ e m uita ousadia na
fé em Cristo Jesus.
A igreja de Deus e o mistério da piedade
14Escrevo estas coisas a você, esperando ir vê-lo
em breve. l5M as, se eu dem orar, você saberá como
se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do
Deus vivo, coluna e fundam ento da verdade. l6Sem
dúvida, grande é o m istério da piedade:
"Aquele que foi m anifestado
na carne'
foi justificado em espírito,
visto pelos anjos,
pregado entre os gentio s/
olhos espirituais para ver além da aparência e das coisas físicas,
a fim de enxergar verdades, princípios e propósitos espirituais.
consciência limpa. Cf. n. 1.19.
3.10 Também estes elevem ser primeiramente experim enta
dos. A estes líderes devem ser dados trabalhos que revelem seu
caráter e suas habilidades. Normalmente devem ter experiência
em liderar indivíduos antes de liderar pequenos grupos, e pe
quenos grupos antes de eles liderarem grupos grandes. Aqueles
que se demonstram bons em um nível são candidatos para um
próximo nível.
3.11 Do mesmo modo, quanto a mulheres. De forma geral,
os mesmos critérios se aplicam a mulheres em liderança como
a homens.
3.12 Cf. vs. 4-5.
3.13 alcançam... posição de honra. Tornam-se veteranos com
um valor especial nas horas de batalha.
3.15-16 como se deve proceder na casa de Deus, que é a
igreja. Os maiores destaques em 1 e 2Tm quanto ao compor
tamento na igreja incluem liderança saudável, caráter cristão
(santidade), evangelismo, ensino e discipulado. coluna e fu n
damento da verdade. A Igreja revela a pessoa de Deus. Nossa
teologia (visão e entendimento de Deus) se revela na maneira
como vivemos. O ensino apostólico (v. 15) tinha o propósito
(1.5) de as pessoas viverem de uma forma que revelaria a Deus.
Toda teologia é autobiográfica. Cf. Intro. Rm.
3.16 mistério. Cf. n. Rm 11.25. piedade. Cf. n. 2.2. Aqui se
destacam doutrinas fundamentais, bases do primeiro credo.
De forma parecida, os chamados “fundam entalistas” em 2010
estabeleceram cinco fundamentos inegociáveis: (1) a inerrância
das Escrituras; (2) a deidade de Jesus Cristo; (3) o nascimento
virginal de Jesus; (4) a expiação pelo sangue de Jesus; (5) a res
surreição física de Jesus.
4.1 o Espírito Santo. Cf. n. At 1.2: Intro. At. nos últimos
crido no m undo,
recebido na glória."k
A apostasia nos últimos tempos
4
Ora, o Espírito afirm a expressam ente que, nos
últim os tem pos," alguns apostatarão da fé /’ por
obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de
dem ônios, 2pela hipocrisia dos que falam m entiras
e que têm a consciência cauterizada, 3que proíbem
o casam ento e exigem abstinência de alim entos que
Deus criou para serem recebidos" com gratidão pe
los que creem e conhecem a verdade. 4 Pois tudo o
que Deus criou é b o m / e, se recebido com gratidão,
nada é recusável, 5porque é santificado pela palavra
de Deus e pela oração.
Exortação à fidelidade no ministério
6 Expondo estas coisas aos irmãos, você será bom
m inistro de Cristo Jesus, alim entado com as palavras
da fé e da boa doutrina que você tem seguido. 7Mas
43.9 1Tm 1.5,19 e3.10 1Tm5.22 ^3.11 Tt 2.3 53.12 1Tm 3.4
43.13 M t 25.21 '3.16 Jo 1.14 ICl 1.23 *E f 1.20 “4.1 2Tm 3.1;
2Pe 3.3 42Ts 2.3 '4.3 Gn 1.29; 9.3; Cl 2.16 <*4,4 Gn 1.31
tempos (2Tm 5.1). apostatarão da fé. Ou abandonarão a fé.
Pessoas aparentemente crentes se perderão espiritualm ente.
Cf n Jo 6.66. por obedecerem a espíritos enganadores.
Elas perdem-se por não discernirem as raízes espirituais em
outras pessoas e acabarem obedecendo a guias espirituais
errados e perdidos.
4.2 pela hipocrisia. Cf. n M t 6.2. falam mentiras... Cf. ns.
Jo 8.44; Ef 4.25. que têm a consciência cauterizada (Jr 17.9.
cf. n. 1.19). Como resultado de constância no pecado; cf. os gen
tios em Ef 4.19; Rm 1.24-25,28.
Nota pratica: não devemos pular estes vs. ou outros pare
cidos (2Tm 3.1-9) achando que nada têm a ver conosco. Temos
que cuidar de nós mesmos e dos nossos companheiros para
que nós mesmos não caiamos nisto. Cf. n. At 20.28.
4.3-5 A marca desta seita perigosa e a superespiritualidade. Ela
acrescenta critérios de abstinência não bíblicos, rejeitando 0
gozar de tudo que Deus criou. Estas pessoas perdem a segunda
parte do propósito do homem segundo 0 catecismo de West-
minster: glorificar a Deus e gozá-lo para sempre, com gratidão
(v. 3). A ênfase destaca que devemos celebrar 0 mundo físico e
não nos afastar dele. Estes vs. aclaram 0 motivo de agradecer a
Deus antes de toda refeição.
4.6 ministro de Cristo Jesus. Esta pessoa ministra, acima de
tudo, a Jesus; apenas de forma secundária às pessoas. Entretan
to, os ministros percebem que, à medida que ministram às pes
soas, estão ministrando a Jesus também (cf. ns. M t 25.40-46;
Ef 6.21: Cl 1.27). alimentado com as palavras da fé e da boa
doutrina. Em contraste com vs. 1-2. Temos que ter muito cuidado
com 0 nosso “regime espiritual”. Em certo sentido, tornamo-nos
aquilo com 0 qual nos alimentamos espiritualmente.
4.7 Exercite-se, (“treine-se”) pessoalmente, na piedade. So
mos 0 que fazemos. Como podemos nos treinar? Com discipli
nas espirituais. Cf. ns. e med. 1Co 9.24-27.
7. 1Timóteo 4 — 5 360
rejeite as fábulas profanas6' e de velhas caducas. Exer
cite-se, pessoalmente, na piedade, 8Pois o exercício fí
sico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo
é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora
é e da que há de vir. 9Fiel é esta palavra e digna de in
teira aceitação. 10Ora, é para esse fim que trabalham os
e nos esforçamos, porque temos posto a nossa espe
rança no Deus vivo/ Salvador de todos,especialm ente
dos que creem.
11 Ordene estas coisas e ensine-as. 12Ninguém o des
preze por você ser jovem ;h pelo contrário, seja um
exemplo para os fiéis/ na palavra, na conduta, no amor,
na fé, na pureza. l3Até a m inha chegada/ dedique-se à
leitura pública das Escrituras, à exortação, ao ensino.
i4Não seja negligente para com o dom que você re-
f 4.7 1Tm 1.4;2 T m 2.16;4.4;Tt 1.14 *4.101Tm 3.15 51Tm 2.4
*4 .1 2 1Co 16.11 'Tt 2.7 J4.13 1Tm 3.14 *4.14 2Tm 1.6
OTm 1.18 <"4.15 Js 1.8; SI 19.14 "F p l.2 5
4.8 o exercício físico (gr. gymnasio). de onde vem a palavra
"ginásio". Esta expressão, ligada ao v. 7, poderia ser traduzida
como “treinamento'' ou "capacitação’', para pouco é provei
toso. O exercício físico é básico e fundamental para quem quer
manter seu corpo em forma; mas o proveito disso é pequeno se
não entendemos que é também uma disciplina espiritual feita
para nos aproximar de Jesus e de seus propósitos para nós. Se
o exercício físico é pouco proveitoso em comparação com o es
piritual. quão im portante é o exercício espiritual!
4.9 Fiel é esta palavra (3 1).
4.10 para esse fim . A eficácia do evangelho. Vida com pro-
posito. nos esforçamos (6.12). Cf. ns. Cl 1.28-29. nosso espe
rança. Cf. ns Rm 8.29-25; Cl 1.27. Salvador. Cf. n, At 5.31.
4.12 Ninguém o despreze por você ser jovem. Nem por con
ta do seu gênero, etnia, nacionalidade, classe social, personali
dade, dom, chamado ou qualquer outra dimensão de sua vida.
Pensando na mocidade, os que já não são jovens devem investir
de forma profunda e intencional para levantar a geração emer
gente. Se essas pessoas se tornam mentores de jovens, pode ser
sua maior contribuição ao Remo de Deus1pelo contrário, seja
um exemplo para os fiéis. Jovens e jovens adultos (ou outros
que se sentem menosprezados), acordem (cf. n. Ef 5.19; tc. Ef).
Vocês têm mais liberdade como solteiros ou até como casados
sem filhos para servir ao Senhor do que terão depois. Aprovei
tem essa liberdade! Cf. n. ICo 7.32. na palavra. 2Tm 3.16-17. na
conduta. 2Tm 5.10. na pureza (1.5). Cf. n. 3.2.
Nota prática: Agnes, menina de treze anos. se tornou már
tir em 303 d.C. Aqueles que iriam matá-la, incentivaram-na a
reconsiderar a sua fé por eia ser apenas criança. Ela respondeu:
“Posso ser uma criança, mas a fé não habita nos anos, e sim no
coração".
4.13 dedique-se. Tenha foco. Não caia em fazer um pouco de
tudo sem ser bom ou excelente em nada. Isto se aplica especial
mente a nossos dons (v. 19).
4 .14 Não seja negligente. Palavras especialmente relevan
tes para alguém inseguro ou desanimado que recua do minis
tério para com o dom que você recebeu. Cf ns. 2Tm 1.6-8.
m ediante profecia. Cf. n. 1.18. imposição das mãos (5.22;
2Tm 1.6; At 6.6). Cf. n. At 6.6.
cebeu,,f o qual lhe foi dado m ediante profecia/ com a
imposição das mãos do presbitério. 15M edite estas coi
sas”' e dedique-se a elas, para que o seu progresso seja
visto por todos.” i6Cuide de você mesmo e da doutrina.
Continue nestes deveres; porque, fazendo assim, você
salvará tanto a si mesmo como aos que o ouvem.
Como tratar os que creem
5
Não repreenda um hom em m ais velho; pelo con
trário, exorte-o como você faria com o seu pai.
Trate os mais jovens como irm ãos, 2as m ulheres mais
velhas, como mães, e as mais jovens, como irmãs, com
toda a pureza.
As viúvas
3Honre as viúvas que não têm ninguém para cuidar
delas. 4Mas, se algum a viúva tem filhos ou netos, que
estes aprendam prim eiro a exercer piedade para com
a própria casa e a recom pensar os seus pais, pois isto
4.15 Medite estas coisas. Na verdade, “medite" poderia ser
traduzido como “ocupe-se” ou “seja diligente", para que o seu
progresso seja visto por todos (Fp 3.12-19). Como líderes, não
devemos fugir da prestação de contas, atividade que deixa
claro como estamos caminhando. Devemos entender que essa
prestação e para nos ajudar a melhorar, para que possamos ser
o modelo que queremos ser para outras pessoas.
4.16 Cuide de você mesmo e da doutrina. E um imperativo
com dois aspectos sequenciais. Ninguém tem o direito de cuidar
da doutrina se não está sendo cuidado. Nós somos a doutrina.
A teologia (conhecimento de Deus) sempre é autobiográfica.
Cuide de si mesmo (Gl 6.1). Você é a maior responsabilidade de
mordomia que você tem. Cf. n. At 20.28. fazendo assim, você
salvará tanto a si mesmo (ICo 9.27) como aos que o ouvem
(Êx 18.17-18). Paulo não está falando aqui da vida eterna, mas da
vida humana. Quantos pastores e lideres, quantos país e mães
se perderam no caminho, e seus seguidores ou filhos espirituais
ou carnais se perderam junto com eles. A responsabilidade de
um líder é grande porque tanto suas vitórias como suas falhas
são difundidas num campo bem maior. Cf. ns. Tg 3.1-2.
5.1-2 Tai como em Tt 2.1-9, Paulo relaciona a doutrina (9.16)
com formas práticas de como viver, O padrão para relaciona
mentos na Igreja é a família. Très características principais de
uma família saudável são amor, respeito e alegria.
Nota pratica: a qualidade, ou a falta dela, no m atrim ônio e
na família do pastor ou dos líderes afeta profundamente os re
lacionamentos em uma igreja. Por isso é necessário que os ca
samentos e as famílias sejam saudáveis, como também que haja
ensino sobre relacionamentos. Poucos ministérios na igreja são
tão estratégicos como os que focalizam os relacionamentos
(como nas células ou grupos familiares), matrimônio, a família,
as relações e a restauração.
5.3-16 Instrução sobre viuvas. Ao mesmo tempo, as viúvas são
vulneráveis e especialmente livres para servir. Paulo dá dicas para
assegurar que sejam protegidas ao mesmo tempo em que incen
tiva que aproveitem para se dedicar ao ministério se seus fiíhos
já forem crescidos. Na igreja precisamos valorizar as viúvas, os
viúvos e as pessoas aposentadas, tanto quanto proteger essas
pessoas em áreas nas quais são mais vulneráveis, estimulando-as
8. 361 1TIMÓTEO 5
E s t r a t é g ia s p a r a o c r e s c i m e n t o
lTm 4.11-16 (Estudo 1.7.7)
1. Você tem um orientador ou discipuiador? Por quê?
2. Quantos imperativos se encontram nesta passagem?
3. Quais as indicações de apoio a Timóteo no texto?
4. Quais as razões para Timóteo seguir a orientação de Paulo?
5. Em qual das áreas que Paulo destaca você sente mais necessidade de focar?
Estudo opcional: l_c8.11-15; 2Tm 3.10-17; Hb 5.11-14.
Valor da profecia com a imposição das mãos de líderes espirituais
O texto de lTm 4.11-16 destaca muitas estratégias para nosso crescimento e para ajudar outras pessoas em seu
crescimento. Possivelmente o mais raro para muitas pessoas é a profecia e a imposição de mãos de líderes espirituais.
Qual o valor disso?
A profecia é uma palavra que vem de Deus (cf. n. iCo 14.1). Para quem é sensível ao Espírito Santo, seu valor é difícil
de medir. Essa palavra, ainda mais se estiver ligada a uma passagem bíblica, acaba sendo viva, eficaz e mais afiada do
que uma espada de dois gumes, penetrando fundo (cf. n. Hb 4.12). Vivifica. Norteia. Muda-nos. Eleva-nos. Dá-nos nova
coragem, poder e, no caso específico de Timóteo, um dom espiritual.
A imposição de mãos de líderes espirituais tem o potencial de transmitir uma graça sobrenatural (cf. n. At 6.6). A
autoridade espiritual desses líderes lhes permite discernir o que o Pai está fazendo; e lhes permite perceber tanto a
necessidade como o potencial da pessoa por quem estão orando. É um trabalho em equipe que é bem mais forte do
que um trabalho solitário. Quando acontece num momento kairós, de transição ou crise, seu efeito pode ser transfor
mador. Paulo refere-se à imposição de mãos em relação a Timóteo em vários outros momentos (lTm 1.18; 2Tm 1.6-7).
Neste caso, como pode ser em outros casos parecidos, a união de profecia com a imposição de mãos do presbitério
acaba sendo transformadora. Não é apenas um ajuste ou um passo de crescimento; é ser alavancado pelo Espírito de
forma surpreendente a um nível de vida ou ministério que nem imaginávamos.
Lc 10.38-42 — Estudo anterior ♦ | Próximo estudo — Jo 21.15-17
é aceitável diante de Deus.0 5Aquela que é viúva de
fato e não tem ninguém para cuidar dela espera em
Deus e persevera em súplicas e orações, noite e dia.
6Entretanto, a que se entrega aos prazeres, mesmo
viva, está m orta. 7Ordene estas coisas, para que sejam
irrepreensíveis. 8Ora, se alguém não tem cuidado dos
seus e especialm ente dos da própria casa, esse negou
a fé e é pior do que o descrente.
9Não seja inscrita senão viúva que tenha mais de
sessenta anos de idade, tenha sido esposa de um só
m arido lüe seja recom endada pelo testem unho de
boas obras: se criou filhos, se exercitou hospitalidade,
se lavou os pés dos santos, se socorreu os atribulados,
se viveu na prática zelosa de toda boa o b ra /
para serem ativas no ministério. Especialmente nesta época, a
maioria que se aposenta ainda tem boa saúde e vigor para servir
de forma significativa. Entre outras coisas, elas têm um potencial
grande para serem mentores ou discipuladores.
5.6 O hedonismo, a filosofia de se entregar ao prazer, é oco.
Tem a aparência de alegria, mas está vazio por dentro.
11Mas não inclua na lista viúvas mais novas, por
que, quando seus desejos fazem com que se afastem
de Cristo, querem casar, l2tornando-se condenáveis
por anularem o seu prim eiro compromisso. l3Além do
mais, aprendem tam bém a viver ociosas,0 andando de
casa em casa; e não somente ficam ociosas, mas ainda
se tornam fofoqueiras e introm etidas,d falando o que
não devem. HQuero, portanto, que as viúvas mais no
vas casem / criem filhos, sejam boas donas de casa e
não deem ao adversário motivo algum para falar m al de
n ó s /15Pois algumas já se desviaram, seguindo Satanás.
»5.4 Ef 6.1-2 &5.10 1Tm2.10 <5.132Ts3.11 ^IP e 4.15
e5.14 ICo 7.9 Ó Tm 6.1;T t 2.5
5.8 A família tem que ser a prioridade antes do ministério
(3.4-5). Quem não cuida bem do seu cônjuge e da sua família,
não é bom crente, muito menos um líder exemplar.
5.9-10 As viúvas maduras e os aposentados que ainda são ativos
devem estar firmemente envolvidos em ministérios de forma sig
nificativa - se eles têm o caráter que corresponde a esse papel.
9. 1Timóteo 5 — 6 362
l6Se algum a m ulher crente tem viúvas em sua fa
m ília, socorra-as, para que a igreja não fique sobre
carregada e possa socorrer as viúvas que não têm
ninguém para cuidar delas.-9
Os presbíteros
U D evem ser considerados m erecedores de paga
m ento em dobro os presbíteros que presidem bem,
especialmente os que se esforçam na pregação da pa
lavra e no e n s in o / 18Po ís a Escritura declara: "Não
am ordace o boi quando ele pisa o trigo."1E ainda: "0
trabalhador é digno do seu salário."7
i9N ão aceite denúncia contra presbítero, senão ex
clusivam ente sob o depoim ento de duas ou três tes
te m u n h a s /
Vários conselhos
20 Quanto aos que vivem no pecado, repreenda-os
na presença de todos, para que tam bém os dem ais
tem am .
21Diante de Deus, de Cristo jesus e dos anjos eleitos,
peço com insistência que você guarde estes conselhos,
sem preconceito, nada fazendo com espírito de parcia
lidade. 22Não tenha pressa para im por as mãos sobre
alg uém / Não seja cúmplice dos pecados dos outros.
Conserve-se puro.
23Não beba som ente água; beba tam bém um pou
co de vinho, por causa do seu estômago e das suas
frequentes enferm idades.
240s pecados de alguns hom ens são notórios e le
vam a juízo, mas os de outros só se m anifestam mais
95.16 1Tm 5.3-4 *5.17 ITs 5.12 i 5.18 Dt 25.4; 1Co 9.9 iM t 10.10;
Lc 10.7 *5.19 Dt 17.6; 19.15; Mt 18.16 '5.22 Um 3.10
m5.25 SI 37.6 06.1 Ef 6.5; Tt 2.9; 1Pe 2.18 *Tt2.5 c6.2Fm16
«<6.3 Um 1.3 *6.6 Pv 15.16; Lc 3.14; Fp4.11; Hb 13.5 '6.7 Jó 1.21;
Ec 5.15 96.8 Pv 30.7-9 h6.9 Pv 23.4; 28.20
tarde. 25Do m esm o m odo tam bém as boas obras se
evidenciam e aquelas que ainda não são m anifestas
não poderão ficar escondidas."’
Os senhores e os servos
6
Todos os servos que estão debaixo de jugo conside
rem dignos de toda honra o próprio senhor," para
que o nome de Deus e a doutrina não sejam difam ados/
2Também os que têm senhor crente não o tratem com
desrespeito, porque é irmão;" pelo contrário, trabalhem
ainda mais, pois ele, que partilha do seu bom serviço, é
crente e amado. Ensine e recomende estas coisas.
Os falsos mestres e os perigos da riqueza
3Se alguém ensina outra doutrinari e não concorda
com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com
o ensino segundo a piedade, 4esse é orgulhoso e não en
tende nada, mas tem um desejo doentio por discussões
e brigas a respeito de palavras. E daí que nascem a in
veja, a provocação, as difamações, as suspeitas malignas,
5as polêmicas sem fim, por homens cuja m ente é per
vertida e que estão privados da verdade, supondo que a
piedade é fonte de lucro.
6De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o con
tentamento." ^Porque nada trouxemos para o mundo,
nem coisa alguma podemos levar dele/ 8Tendo sustento
e com que nos vestir, estejamos contentes.9 90ra, os que
querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e
em muitos desejos tolos e perniciosos, que levam as pes
soas a se afundar na ruína e na perdição/ 10Porque o
am or ao dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa
cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atorm enta
ram com muitas dores.
O bom combate da fé
11Mas você, hom em de Deus, fuja de tudo isso. Siga a
5.19-21 Em alguns casos, a disciplina de um presbítero ou líder
pastoral da igreja deve ser pública devido ao círculo de influên
cia que tem. As consequências de não fazer isso incluem: (I) fal
ta de temor santo na igreja (Dt 13.11; At 5.11); (2) acusações de
pare ialidade; (3) o próprio presbítero ou líder não levar o pecado
cometido a serio e errar de novo. Ao mesmo tempo precisamos
lembrar que o propósito da disciplina não é punição, e sim res
tauração. Cf. ns. M t 18.15-18.
5.22 Não devemos colocar ninguém rapidamente em cargos de
liderança. Esses indivíduos devem ser provados no ministério
para depois ser reconhecido publicamente o que eles já fazem.
Nota pratica: no caso de uma equipe ministerial e muito
mais no caso de uma equipe pastoral, pode ser sábio convidar
um bom candidato á equipe para ser um acompanhante por
certo período, possivelmente um ano. Ao final desse ano, se o
indivíduo realmente acrescenta à equipe, demonstra que está
comprometido com a visão e a missão e com os membros da
equipe, pode-se convidá-lo a tornar-se um membro oficial da
equipe. Durante esse ano se espera que houve alguns conflitos
que permitiram ver quão ensinável é a pessoa e sua humildade
em resolver os problemas quando errou. Cf. ns. Tg 1.1-2.
5.23 Remédios realmente têm seu lugar. Nem tudo é resolvido
por meio da cura divina.
5.24-25 Cedo ou tarde a lei da semeadura (a lei das conse
quências) se manifestará.
6.1- 2 Dicas para escravos. Hoje em dia estes vs. servem para em
pregados e funcionários em geral. Cf. ns. Ef 6.5-9. De novo, a dou
trina. o nome de Deus e como vivemos estão interligados (cf, n.
5.1- 2). Toda teologia é autobiográfica. Cf. n. Rm 1.16; Intro. Rm.
6.3-5 Procure corrigir pessoas que discutem passagens bí
blicas e conceitos espirituais, mas nunca os colocam em prá
tica. Se não respondem, confronte-as em amor; se ainda assim
não responderem, afaste-se deles (vs. 20-21: 4.7; 2Tm 2.25-26;
Tt 3.9-11). Cf. ns. 1.3-4.
6.3 ensino segundo a piedade. Cf. ns. 2.2; Tt 1.1.
6.6-8 o contentam ento. Cf. n Fp 4.11-12.
6 .9 -1 0 os que querem fic a r ricos (vs. 17-19). Cf ns. M t 6.19-34.
6.11 homem de Deus. Que nome nobre. Sua identidade esta
10. 363 1TIMÓTEO 6
justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança, a m ansi
dão.' 12Combata o bom combate da féJ Tome posse da
vida eterna, para a qual você tam bém foi chamado e de
que você fez a boa confissão diante de m uitas testem u
nhas. 13Diante de Deus, que preserva a vida de todas
as coisas, e diante de Cristo Jesus, que, na presença de
Pôncio P ilato s/ fez a boa confissão, eu exorto você 14a
que guarde este m andato imaculado, irrepreensível,
até a manifestação de nosso Senhor Jesus C risto/ 15a
qual, no tem po certo, há de ser revelada pelo bendito e
único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores,
16o único que possui im ortalidade, que habita em luz
inacessível, a quem hom em algum jamais viu, nem é
capaz de ver.'" A ele honra e poder eterno. Amém!
Os ricos
rtExorte os ricos deste mundo que não sejam orgu
lhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade
da riqueza," mas em Deus, que tudo nos proporciona ri
camente para o nosso prazer;" 18que pratiquem o bem,
sejam ricos em boas obras, generosos em dar e prontos
a repartir; I9que acumulem para si mesmos tesouros,
sólido fundamento para o futuro, a fim de se apodera
rem da verdadeira vida.p
Conselho final
20E você, ó Timóteo, guarde o que lhe foi confiado,1qevi
tando os falatórios inúteis e profanos' e as contradições
daquilo que falsamente chamam de "conhecimento”,
21pois alguns, professando-o, se desviaram da fé.s
Bênção
A graça seja com vocês.
<6.11 2Tm 2.22 J6.12 ITm 1.18; 2Tm 4.7 *6.13 Jo 18.37
'6 .1 4 2Tm 4.1;Tt 2.13 <” 6.16 U m 1.17 "6.17 SI 62.10; Lc 12.20
«At 14.17 46,19 M t 6.20 46.20 2Tm 1.14 f2Tm 2.16
<6.21 U m 1.19
em Deus: você não é cidadão deste mundo. Cf. n. 2Co 5.20 fu ja
de tudo isso. As disciplinas da abstinência ajudam m uito nisto.
Siga. Busque, procure, corra atrás de... O pecado e a maldade
precisam ser substituídos por outra coisa. Se não, continuarão
nos afligindo e poderão nos conquistar. Devemos ter alvos e
projetos de crescimento intencionais, apoiados e incentivados
por companheiros e mentores ou discipuiadores. Quem está
correndo atrás dessas coisas dificilm ente cairá nos pecados
alistados antes.
6.12 Combata o bom combate (1.18; 2Tm 4.7). Cf. n. M t 11.12;
Cl 1.28-29. Tome posse da vida eterna. A salvação é passado,
presente e futuro. Precisamos tom ar posse no presente do que
foi feito para nós no passado.
6 .13-1 6 Paulo começa a descrever a Deus para quem Timóteo
precisa se comprometer e não consegue parar. Acaba brotando
em louvor na medida em que pensa em Deus (cf. n. 1.17), como
fez repetidas vezes neste livro (1.17; 2.5-6: 3.16).
6.15 Soberano (M t 6.24). Cf. ns. Rm 8.28-29 e 9.19-33. O Rei
dos reis. Cf. n. M t 19.30; Intro. e tc. Mt. e Senhor dos senho
res. Cf. n. Rm 1.7 e 10.9-10.
6 .17-1 9 Cf. n. 6.9-10.
6.21 A graça seja com vocês. Cf. n. ICo 16.23.
11. 2TIMÓTEO
Tal pai, tal filho; tal filho, tais netos
------------------------------------------- e
A
s duas cartas a Timóteo são as maiores expressões que temos de uma relação pai-filho espiritual na Bíblia
(cf. Intro. Um) depois da própria vida de Jesus com seus discípulos. A Segunda Epístola a Timóteo acres
centa uma visão sobre netos espirituais (Pv 17.6), sobre a terceira geração. Na verdade 2Tm 2.1-2 fala de pelo
menos quatro gerações, bem possivelmente seis (cf. tc).
O escritor Keith Phillips, em seu livro A form ação de um discípulo, diz que o nosso ministério apenas se
comprova na quarta geração. Se não fizermos discípulos, a Igreja morrerá em poucas gerações. Se fizermos ape
nas discípulos, a Igreja morrerá na próxima geração. Temos de fazer discipuladoresI
Keith Phillips não está contente com isso, apenas, porque só com discípulos a Igreja pode morrer, apesar
de isso demorar três gerações. Temos de fazer discipuladores que sabem form ar outros discipuladores! Dessa
forma, a Igreja nunca morrerá.
Podemos achar a ênfase no discipulado e na m ultiplicação um tanto exagerada. Mas não é. Timóteo era
responsável pela igreja em Éfeso. Com menos de trinta anos após Timóteo receber esta carta, João escreve
sobre a igreja em Éfeso chamando-a ao arrependimento por haver deixado o primeiro amor (Ap 2.4-5),
Josué é um exemplo maravilhoso de um homem plenamente entregue a Deus. Infelizm ente, ele também
é um exemplo de alguém que não discipulou e, consequentem ente, com a sua morte e a de sua geração,
surgiu uma geração que não conhecia Deus (Jz 2.8,10). Esta continua sendo a história de todos os ju í
zes e de quase todos os bons reis de Judá. Nada diferente hoje. Poucos líderes discipulam seriamente os
potenciais líderes do futuro, e m uito menos levantam sucessores. Não existe sucesso sem sucessor (cf. n.
Jo 10.12).
O Sl 78.5-8 nos dá uma ilustração de pelo menos quatro gerações se m ultiplicando. O maior exemplo
de alguém que parece ter feito isso por mais de quatro gerações é Asafe. com filhos físicos e espirituais por
440 anos (cf. 2Cr 20.14). Veja a seguir uma tabela que compara a diferença entre um discipulado m ultiplica
dor a cada ano e um evangelismo no qual o evangelista leva uma pessoa a Cristo anualmente, durante dez
anos de ministério.
DISCIPULADO COM CRESCIMENTO
ANO
EVANGELISMO COM CRESCIMENTO
MULTIPLICADOR ADICIONAL
1+1=2 1 1+1=2
2+2=4 2 2+1=3
4+4=8 3 3+1=4
8+8=16 4 4+1=5
16+16=32 5 5+1=6
32+32=64 6 6+1=7
64+64=128 7 7+1=8
128+128=256 8 8+1=9
256+256=512 9 9+1=10
512+512=1024 10 10+1=11
Dá para entender por que Satanás se opõe tanto ao discipulado e aos discipuladores?
12. 365 2TIMÓTE0 1
T e x t o - c h a v e
Quanto a você, meufilho, fortifique-se na graça que está em CristoJesus.
Eo que você ouviu de mim na presença de muitas testemunhas, isso mesmo transmita
a homensfiéis e também idôneos para instruir a outros. (2Tm 2.1-2)
Que bênção maravilhosa ter alguém que o chama de “filho" ou de “pai” no sentido espiritual (cf. Intro.
Um). Apenas quem tem paternidade espiritual sabe bem como exercer o mesmo. Formar, reproduzir discí
pulos saudáveis depende de ser um discípulo saudável. Todos nós “reproduzimos” segundo a nossa espé
cie, querendo ou não. Timóteo era responsável por igrejas na região de Éfeso. Quem tem responsabilidade
maior, seus erros em geral têm consequências amplas (Tg 3.1-2). Que bênção ainda ter um pai espiritual na
hora de tanta responsabilidade assim.
Este texto é um dos mais conhecidos entre discipuladores por seu efeito multiplicador, falando de qua
tro gerações: Paulo; Timóteo; homens fiéis e idôneos; e outros. Em certo sentido dá para ver seis gerações a
partir do v. 1: Cristo Jesus; Barnabé (cf. o módulo sobre ele a partir de Sl 142.3-7) e então a sequência acima.
Que cada um de nós possa ser fiel não apenas para com a nossa geração (como Josué), nem apenas para a
próxima, e sim olhando para os próximas, para um movimento de discipulado feito para durar. (Mais deta
lhes sobre estes versículos, cf. ns. 1-2).
Uma palavra de alento. Discípulos multiplicam. Demônios não!
Prefácio e saudação
1
Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de
Deus, conform e a prom essa da vida em Cristo Je
sus,“ 2ao am ado filho Tim ó teo .b
Que a graça, a m isericórdia e a paz, da parte de
Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor, estejam
com você.
Ação de graças
3Dou graças a Deus, a quem, desde os meus ante
passados, sirvo com a consciência lim pa,“ porque, sem
cessar, lem bro de você nas minhas orações, noite e dia.
4Lem brando das suas lágrimas, estou ansioso por ver
você, para que eu transborde de alegria. 5Lembro da
sua fé sem fingimento, a mesma que, prim eiram ente,
habitou em sua avó Loide e em sua m ãerf Eunice, e es
tou certo de que habita tam bém em você.®
Conselhos
6Por esta razão, venho lem brar-lh e que reavive o
dom de Deus que está em você pela im posição das
m inhas m ã o s /7Porque Deus não nos deu espírito de
covardia, mas de poder, de am or e de m oderação.5
«1.1 U o 2.25 *1 .2 At 16.1; 1Co 4.17 <1.3 ITm 1.5; 3.9
<<1.5 A t 16.1 f 2Tm 3.15 h .6 ITm 4.14 Jl.7 R m 8 .1 5
1.1 Introdução típica. Cf. n. ITm 1.1.
1.2 Saudação parecida com a de 1Tm (cf. n. ITm 1.2). am ado
filho (cf. n. M t 3.17).
1.3 Dou graças a Deus. Cf. ns. ICo 1.4-9; ITs 5.18; cf. Intro. Fp.
consciência limpa. Cf. ns. At 23.1; 24.16; 1Tm 1.19. sem ces
sar... nas minhas orações. Cf. n. Rm 1.9. noite e dia. Cf. n.
ITs 5.17. Possivelmente Paulo tivesse o hábito de orar por certas
oessoas várias vezes por dia, assim como Daniel (Dn 6.10).
1.4 lágrimas (cf. ns. M t 5.4). Relação íntima; sem vergonha
quanto a falar de lágrimas. Paulo sabia chorar (cf. n. At 20.31)
e era sensível ao choro de Timóteo, estou ansioso... Paulo ti
nha grande inteligência emocional. Cf. n. 2Co 11.29; Intro. 2Co.
transborde de alegria. Cf. ns. Lc 10.17-23; Jo 15.11; Intro. Fp.
Aqui, Paulo expressa um coração de amor paternal que acaba
brotando nos vs. 6-7.
1.5 Lembro. Ajuda muito a um discipuiador ver a vida familiar
Jo seu discípulo, em sua avó Loide. Tal mãe, tal filha, tal neto.
Cf. Intro. A maternidade espiritual pode ser tão profunda como
a paternidade.
1.6 venho lem brar-lhe. Amar o suficiente para confrontar.
Cf. n. Ef 4.15. reavive o dom de Deus. Todo líder, obrei
ro ou pastor precisa de tempos de renovo e de alguém que
pode lhe cham ar para isso quando se perde no corre-corre
do m inistério, pela im posição das minhas mãos. Um ato
de intim idade, de identificação e de transm issão de graça.
Cf. n. At 6.6.
1.7 espirito de covardia (Ap 21.8). De medo (cf. n. IPe 5.7-8).
Deus realmente não quer que tenhamos medo quanto a nossos
dons e chamado. Covardia é fugir de algo que nos dá medo ou
que parece muito difícil; coragem é confrontar isso.
Nota prática: perante algo assustador, tom e o prim eiro
passo e veja o que acontece. Será bem mais fácil se você tiver
ao seu lado um companheiro, mas de poder (v. 8). Gr. duna-
mis. Cf. Js 1.8; n. At 1.8. de am or (v. 13). Gr. ágape. 1Co 13;
cf. n. Jo 21.15; tc. 1Jo. O amor tira fora o medo (1Jo 4.18). e
de m oderação (gr. sõphronism os). Saúde mental, sobrieda
de, uma mente equilibrada ou sã ou autodisciplina (cf. ns.
4.5; ITm 2.9), preservando-nos de exageros e desequilíbrio.
Variantes desta mesma palavra aparecem na descrição de
esposas (bom senso, 2Tm 2.9) e em Tito, presbíteros, ho
mens idosos, jovens recém-casadas, moços e todo crente
(cf. n. Tt 2.2).
13. 2TIMÓTEO 1 — 2 366
8Portanto, não se envergonhe do testem unho de
nosso S en h o r/ nem do seu prisioneiro, que sou eu.
Pelo contrário, participe com igo dos sofrim entos a
favor do evangelho, segundo o poder de Deus, 9que
nos salvou e nos cham ou com santa vocação,' não se
gundo as nossas o b ras/ mas conform e a sua própria
determ inação e graça que nos foi dada em Cristo Je
sus, antes dos tem pos eternos, tOe m anifestada agora
pelo aparecim ento de nosso Salvador Cristo Jesus/'
Ele não só destruiu a m o rte / como trouxe à luz a vida
e a im ortalidade,'" m ediante o evangelho.
11 Para este evangelho eu fui designado pregador,
apóstolo e m estre" 12e, por isso, estou sofrendo estas
coisas. Mas não me envergonho, porque sei em quem
tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para
guardar o meu depósito até aquele Dia." l3M antenha
o padrão das sãs palavras que de m im você ouviu com
fé e com o am or que está em Cristo Jesus. H G uarde o
bom depósito, m ediante o Espírito Santo que habita
em n ó s /’
* 1.8 Mc 8.38 '1.9 Tt 3.5 /E f 2.9 *1.10 Lc 2.11; At 13.23; 2Pe 1.11
'IC o 15.26 m 1Co 15.53-54; Hb 2.14 "1.11 Ef 3.7; ITm 2.7
o1.122T m 4.8 P1.14R m 8.9 41 .1 5 2Tm 4.10,16 '1 .1 6 2T m 4.19
s2Tm 1.8 '1.17 At 28.30 “ 1.18 2Tm 4.8 «2.2 ICo 4.2
<’2.4 2Co5.9 '2 .5 ICo 9.25
1.8 não se envergonhe (vs. 12,16). Cf. n. Mc 8.38. Pelo con
trário. 0 Reino de ponta-cabeça (cf. n. M t 19.30; tc. Mc). Tro
cando celebração por vergonha; transform ando fraquezas em
vantagens (cf. ns. 2Co 4.7 e 12.9-10). sofrimentos (tf. Intro.
1Pe). Paulo nunca se considerou uma vítima; até em cadeias
se considerava vitorioso, aproveitado das cadeias para avançar
o evangelho, a favo r do evangelho (v. 10: 2.8). Cf. ns. Lc 2.11;
Rm 3.10; tc. Rm; Intro. Mt.
1.9 que nos salvou e nos chamou com santa vocação. Duas
grandes vertentes de graça em nossas vidas.
1.10 Salvador. Cf. n. At 5.31.
1.11 eu fu i designado. Cf. ITm 2.7. pregador (Tt 1.3). Cf. np.
3.16. apóstolo. Cf. n, ICo 12.28. e mestre. Cf. n. Ef 4.11.
1.12 por isso, estou sofrendo estas coisas. O chamado de
Deus geralmente traz algum sofrimento, tanto interno (abne
gação) como externo (não ser compreendido ou ate enfrentar
resistência), sei em quem tenho crido. Não em que tinha crido,
e sim em quem. estou certo. Certeza não nas circunstâncias, e
sim no caráter de Deus. As circunstâncias podem ser ruins, mas
Deus sempre é confiável.
Nota prática: o que você entregou para Deus, confiando que
ele realmente cuidará disso7 Especificamente7
1.13 M antenha o padrão. Siga o meu exemplo. Cf. n. ICo 11.1.
1.14 Guarde o bom depósito. No v. 12 Paulo declara sua
confiança que Deus guardará o seu depósito. Mais uma vez
vemos o casamento entre o humano e o divino; depender de
Deus como se tudo dependesse dele e se esforçar como se
tudo dependesse de nós, simultaneamente (cf. ns. ICo 15.10;
Fp 2.12-13; Cl 1.27-29). m ediante o Espírito Santo. Cf. n.
At 1.2; Intro. At.
1.15 me abandonaram (4.10,16). É saudável com partilhar as
nossas dificuldades e necessidades.
A situação do apóstolo preso
i5Você já deve estar ciente de que todos os da pro
víncia da Ásia m e abandonaram .q Entre eles se encon
tram Fígelo e Hermógenes. l6Que o Senhor conceda
m isericórdia à casa de O n esífo ro / porque, m uitas ve
zes, m e deu ânim o e nunca se envergonhou das m i
nhas algemas.5 l7Pelo contrário, quando chegou a
R o m a/ me procurou com persistência até me encon
trar. 180 Senhor lhe conceda, naquele Dia," achar m i
sericórdia da parte do Senhor. E você sabe, m elhor do
que eu, quantos serviços ele m e prestou em Éfeso.
Os estímulos no combate da fé
e no sofrimento por Cristo
2
Quanto a você, m eu filho, fortifique-se na graça
que está em Cristo Jesus. 2E o que você ouviu de
m im na presença de m uitas testem unhas, isso m es
mo transm ita a hom ens fiéis" e tam bém idôneos
para in struir a outros.
3Participe dos meus sofrim entos como bom sol
dado de Cristo Jesus. 4Nenhum soldado em serviço
se envolve em negócios desta vida, porque o seu obje
tivo é agradar aquele que o re c ru to u / 5Igualm ente, o
atleta não é coroado se não com petir segundo as re
gras." 60 lavrador que trabalha deve ser o prim eiro a
1.18 misericórdia. Cf. n. M t 5.7. O que Onesíforo semeou, ele
irá colher.
2.1 meu filho (cf. tc). O pai maduro sabe quando e como tratar
outras pessoas como família e focar em sua identidade de filhos
(cf. Intro. 1Tm). E sabe quando tratar as outras pessoas como
guerreiras focando no estratégico, no sacrifício, na disciplina,
na firmeza e nas prioridades de um soldado (vs. 3-4; cf. ns.
IJo 2.12-14). E sabe quando ser "fílhinho" e deixar que outros
cuidem dele (cf. ns. 2Co 7.5-6). Isto inclui ter um mentor, alguém
que cuide dele (cf. oito estudos sobre como ser um bom discí
pulo ou mentoreado a partir de M t 16.24-26 e oito sobre como
ser um bom discipulador ou mentor a partir de M t 28.16-20).
fortifique-se (Ef 6.10) na graça (cf. ns. ICo 15.10: 2Co 12.8:
Ef 2.8-9). não na doutrina ou no conhecimento. Uma orientação
paradoxal celebrando a tensão criativa entre o esforço humano
(“fortifique-se") e a forca divina (“na graca"). Cf. n. 1.14. que
está em Cristo Jesus. Todo bom discipulador cria dependência
em Jesus, não em si mesmo.
2.2 E o que você ouviu (Tg 1.18). Na verdade foi um impacto
de vida. não apenas de ouvir o ensino (3.10-11). na presença de
muitas testemunhas. Ensino direto e indireto. Paulo ensinou
para a sua equipe e em grupos pequenos (cf. n. Lc 7.18; med.
1Co 12.12-13), como também em grupos grandes. Timóteo apro
veitou isso em ambos os contextos, isso mesmo transmita. Dis-
cipule. Repasse. Forme outros como você foi formado, e também
idôneos para instruir (v. 24). Desc rito em ITm 3.1-15 (cf ns. ali).
Isto ressalta a suprema importância da boa seleção. Cf. oito estu
dos sobre isto a partir de Lc 6.12-16. a outros. O efeito m ultipli
cador. Sobre o valor da multiplicação, cf. Intro. e tc. aqui.
2.3-7 O que soldados, atletas (ICo 9.24-27; Hb 12.1-2) e lavra
dores no campo têm em comum? Submissão, dedicação, disci
plina, sacrifício, trabalho duro no presente para ver resultados
14. 367 2TIMÓTEO 2
participar dos frutos." 7Pense bem no que acabo de
dizer, porque o Senhor dará a você com preensão em
todas as coisas.e
8Lembre-se de Jesus Cristo, ressuscitado de entre os
mortos, descendente de D avi/ segundo o meu evange
lho.-9 9É por ele que estou sofrendo até algemas/' como
malfeitor. Mas a palavra de Deus não está algemada.
lOPor esta razão, tudo suporto por causa dos eleitos,'
para que tam bém eles obtenham a salvação que está em
Cristo Jesus, com eterna glória. 11Fiel é esta palavra:
"Se já m orrem os com ele,
tam bém viverem os com e le /
12 se perseveram os, tam bém com ele reinarem os;
se o negam os/1ele, por sua vez, nos negará;
13 se somos infiéis, ele perm anece fie l/
pois de m aneira nenhum a
pode negar a si mesmo."
As falsas doutrinas e os falsos crentes
14Lem bre a todos essas coisas, dando testem unho
solene diante de Deus, para que evitem conflitos de
palavras, pois isso não serve para nada, a não ser para
prejudicar os ouvintes."1 l5Procure apresentar-se a
Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se
envergonhar, que m aneja bem a palavra da verdade."
16Evite, igualm ente, os falatórios inúteis e profanos,
pois os que se entregam a isso avançarão cada vez
mais na im piedade. U A lém disso, a linguagem deles
corrói como câncer. Entre esses estão Him eneu e Fi-
leto, 18que se desviaram da verdade, dizendo que a
ressurreição já aconteceu, e estão pervertendo alguns
em sua fé. 19Entretanto, o firm e fundam ento de Deus
perm anece, tendo este selo: “O Senhor conhece os que
lhe pertencem .”0 E mais: "Aparte-se da injustiça todo
aquele que professa o nom e do Senhor.” p
20Ora, num a grande casa não há somente utensílios
de ouro e de prata; há tam bém de m adeira e de barro.
Alguns, para honra; outros, porém , para desonra. 21As
sim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes er
ros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu
senhor, estando preparado para toda boa obra.9 22 Fuja,
tam bém , das paixões da mocidade. Siga a justiça, a fé,
o am or e a paz' com os que, de coração puro, invocam
o Senhor. 23 Evite as discussões insensatas e absur
das, pois você sabe que elas só provocam brigas.5 240
servo do Senhor não deve andar m etido em brigas/
mas deve ser brando para com todos," apto para en
sin ar/’ paciente, 25disciplinando com mansidão os que
se opõem,"' na expectativa de que Deus lhes conceda
42.6 IC o 9.10 «2.7 SI 119.125 *2.8 Rm 1.3 9Rm2.16
*2 .9 Fp 1.7 '2.10 Cl 1.24 72.11 Rm 6.8 *2.12 M t 10.33; Lc 12.9
'2.13 Rm 3.3; ICo 1.9 »>2.14 1Tm 6.4; Tt 3.9 "2.152C o3.6;
ITm 4.6 »2.19 Jo 10.14,27; ICo 8.3 PSI 34.14; Jó 28.28
92.21 Ef 2.10; 2Tm 3.17; Tt 3.1 '2.22 ITm 6.11 52.23 ITm 1.4;Tt 3.9
Í2 .2 4 ITm 3.3 “ ITs 2.7 "U m 3.2 » 2 .2 5 Gl 6.1
no futuro. Alguém com chamado considera esses custos um
privilégio. Às vezes, porem, quem é voluntário queixa-se o tem
po todo. Para o chamado, servir é um privilégio, um motivo de
agradecimento; para o voluntário é dispendioso, um motivo de
sentir que alguém deve lhe agradecer. Cf. n. Lc 9.57-62.
2.7 Pense. Reflita. Medite. A parte nossa, porque o Senhor
dará a você compreensão. A parte divina. Cf. n. 1.14.
2.8-10 Os maiores exemplos que devem nos inspirar quanto
aos vs. 3-7 são Jesus (v. 8) e Paulo (vs. 9-10).
Nota prática: até que ponto você. como discipulador, é uma
inspiração para seus seguidores, como uma pessoa chamada
(vs. 5-7) ?
2.11-13 Os custos de seguir Jesus são altíssimos, mas os be
nefícios são maiores ainda. Se já morremos. Cf. n. Rm 6.2-4,6.
também viveremos com ele. Para viver com Cristo e preciso
morrer com ele. Cf. ns. M t 16.24-25; Jo 12.23-24; Rm 6.5. se
perseveramos. Cf. n. Rm 5.3 também com ele reinaremos.
Cf. n. M t 24.13. se o negamos... nos negará. (Cf. n. Mc 8.58).
ele permanece fiel. Não im porta como agimos, o caráter do
Senhor não mudará. Lembre a história da mulher infiel, Gômer,
e do profeta fiel, Oseias.
2.14 evitem conflitos (vs. 14,16-18,23-26: 4.3-4). Cf. ns.
ITm 1.3-4; 4.7; 6.3-5.
2.15 aprovado (vs. 20-21). Alguém que passa por provas e e
forjado. Ser aprovado e m uito mais do que ser útil. Deus usa to
das as circunstâncias como ele quiser. Mas ser aprovado e ga
nhar um lugar especial em seu coração (cf. n. M t 25.21.23). que
não tem de que se envergonhar. Cf. ns. M t 24.42; 25.14-30.
que m aneja bem a palavra da verdade (cf. n. 3.17; np
ITm 2.12-14). Uma regra básica de interpretação da Bíblia é que
o texto deve ser entendido de forma literal, contextuai, bíblica
e/ou histórica. (1) Literal: manter o que o texto diz literalmente,
a não ser que algo indique que dada passagem não é literal,
como, por exemplo, no caso de uma poesia, metáfora ou pará
bola. (2) Contextuai: manter o texto em seu contexto histórico
e cultural. (3) Bíblica: uma passagem é consistente com o resto
da Bíblia. (4) Histórica: uma passagem é consistente com o que
a Igreja tem entendido ao longo dos séculos (e que se alinha
com os credos básicos da história da Igreja: Credo dos Apósto
los, de Niceia e de Atanásio). Cf. uma lista completa de regras
ao final da Intro. a esta Bíblia.
2.17 corrói como câncer. E flui de uma pessoa para outra
como vírus contagioso (cf. ns. ICo 5: Hb 12.15). Himeneu.
Cf. ITm 1,20.
2.19 Aparte-se (vs. 21-22). Uma ferramenta na batalha contra
a carne, o mundo e o diabo são as disciplinas espirituais de
abstinência.
2.21 se alguém a si mesmo se purificar (v 22: ITm 1.5). Cf. ns.
M t 5.8. preparado para toda boa obra (cf. n. 3.17).
2.22 Fuja (5.5). Siga. Cf. n. 1Tm 6.11. com os que... invocam o
Senhor. Sozinho, não1Cf. Ec 4.9-12.
2 .23-2 6 Evite discussões inúteis. Cf. n. 2.14.
2.24 apto para ensinar. Cf n. 1Tm 3.2.
2.25 disciplinando com mansidão (cf. n. Gl 6.1) os que se
opõem. Cf. ns. M t 18.15-18; ns. 1Co 5. não só o arrependi
mento. Cf. n. At 7.58.
15. 2TIMÓTEO 2 — 3 368
não só o arrependim ento para conhecerem a v e rd a d e /
26mas tam bém o retorno à sensatez, livrando-se eles
dos laços do d ia b o / que os prendeu para fazerem o
que ele quer.
Os males e as corrupções dos últimos dias
3
Mas você precisa saber disto: nos últim os dias
sobrevirão tempos d ifíc e is / 2pois os hom ens se
rão egoístas, avarentos, orgulhosos, arrogantes, blasfe-
madores, desobedientes aos pais, ingratos, irreligiosos,
3sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, sem
dom ínio de si, cruéis, inimigos do bem ,* 4traidores,
atrevidos, convencidos, mais amigos dos prazeres do
que amigos de Deus, 5tendo form a de piedade, negan-
do-lhe, entretanto, o poder. Fique longe tam bém des
tes. 6Pois entre estes se encontram os que se infiltram
nas casas e conseguem cativar m ulherinhas sobrecar
regadas de pecados, que são levadas por todo tipo de
desejos, 7que estão sem pre aprendendo e nunca con
seguem chegar ao conhecim ento da verdade. 8E do
m esm o m odo que Janes e Jambres resistiram a M oi-
*lTm 2.4 72.26 Um 3.7 »3.1 ITm 4.1; 2Pe 3.3 <>3.3 Rm 1.30-31
»3.8 Êx 7.11 <<3.9 Ex 7.12; 8.18; 9.11 »3.11 At 13.14-52 <At 14.1-7
9At 14.8-20 <>2Tm4.17 <3.12 Jo 15.20; At 14.22 73.15 2Tm 1.5
*Jo 5.39; 20.31; 1Co 1.21
2.26 Libertação.
3.1 sobrevirão tempos difíceis. Demoramos para perceber os
tempos e consequentemente demoramos para responder aos
tempos (cf. ns. Ef 5.14-16; tc. Ef).
3.2-9 Para crentes que se relacionam principalmente com ou
tros crentes, pode ser que esta lista parece exagerada. Mas
quando pensamos nos filmes e nas novelas as características
aqui destacadas realmente prevalecem. Resumindo em valores
contemporâneos: humanismo, materialismo, individualismo,
hedonismo, erotismo, secularismo e relacionamentos descartá
veis. Isto é pior em se tratando não apenas de pessoas comuns
com estas características, e sim líderes. M uito pior ainda se são
líderes religiosos, supostamente 'cristãos1' (cf. ns. 2Pe 2.1-22;
Intro. 2Pe).
3.2 Vigiemos. Somos tentados a agir segundo uma ou outra
destas características porque a carne caminha naturalmente
para elas, o mundo as exalta e o diabo nos tenta. Infelizmen-
te alguns líderes e pastores demonstram algumas delas (cf. n.
ITm 4.2). egoístas (cf. Intro. Judas). Essa é a essência do dilema
humano, da natureza pecaminosa. Desviar-se dessa conduta
continua sendo um desafio para os filhos de Deus. A chave é ser
cheio do Espírito, porque sem isso não temos chance de ven
cer a carne, o mundo e o diabo, avarentos (ITm 6.9-10,17-19;
cf. ns. M t 6.19-24). orgulhosos, arrogantes. Orgulhosos, deso
bedientes aos pais. Um espirito de independência, tão obvio
nos adolescentes de hoje e dali em diante, ingratos. Sem ver as
muitas bênçãos que tem. irreligiosos. Consequência natural de
Deus parecer distante ou duvidar dele.
3.4 mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus. Cf n. 2.19.
3.5 tendo form a (aparência) de piedade. Religiosidade
(Is 58.1-12), negando-lhe... o poder. Não viver no poder do Es
pírito; não ver milagres, não usar dons sobrenaturais. Deus não
s é s / tam bém estes resistem à verdade. São homens
que têm a m ente totalm ente corrom pida, reprovados
quanto à fé. 9Mas esses não irão longe, porque a in
sensatez deles ficará evidente a todos, como tam bém
aconteceu com a insensatez de Janes e Jam bres.*
Paulo elogia e exorta Timóteo
lOVocê, porém , tem seguido de perto o m eu en
sino, a m inha conduta, o m eu propósito, a m inha
fé, a m inha paciência, o m eu amor, a m inha perse
verança, 11 as m inhas perseguições e os m eus sofri
mentos, que tive de enfrentar em A n tio q u ia / Icônioí
e L is tra / Quantas perseguições tive de suportar! Po
rém o Senhor m e livrou de todas elas.* l2N a verdade,
todos os que querem viver piedosam ente em Cristo
Jesus serão perseguidos.' i3M as os hom ens p erver
sos e im postores irão de m al a pior, enganando e
sendo enganados.
Inspiração, valor e utilidade da Escritura
l4Você, porém , perm aneça naquilo que aprendeu
e em que acredita firm em ente, sabendo de quem
você o aprendeu I5e que, desde a in fân cia/ você co
nhece as sagradas letras, que podem torná-lo sábio
para a salvação pela fé em Cristo Jesus.* l6Toda a Es
se manifesta. M uitas igrejas precisam clamar a Deus para não
caírem nisto ou para saírem disto. Fique longe também destes
(2.25-26; ICo 6,18). Cf. ns. M t 18.15-18; ns. 1Co 5.
3.7 Descrição de quem aprende sem praticar (Hb 5.11-14: cf. n.
M t 28.20 e med. M t 7.21-27; Tg 1,22-25). conhecimento (gr.
epignosis). Pleno conhecimento subjetivo ou por experiência.
Cf. n. Tt 1.1.
3.8 resistem à verdade. Cf. np. 1Tm 2.12-14.
3.10-11 Você, porém (v. 14: 4.5: Tt 2.1). O quadro muda dra
maticamente para o crente. Em contraste com a onda maligna
ao seu redor, ele precisa se colocar na brecha, tem seguido de
perto... Faz a diferença ter uma relação íntima com um disci-
pulador ou mentor que mostre a vida em Jesus, o meu ensino,
a minha conduta... O ensino não pode ficar independente de
demonstração, o meu propósito, a minha fé... São nove áreas
da vida de Paulo que transbordam no seu discipulado. O disci-
pulado precisa ser integral, atingindo todas as areas da vida. É
vida em vida, não mente em mente.
3.12 A perseguição não deve nos surpreender (M t 5.10-12). Se
não experimentamos nenhuma perseguição, devemos nos per
guntar se estamos realmente revelando Jesus ou se estamos
sendo como agentes secretos.
3.13 enganando e sendo enganados (v. 7). Colhemos o que
semeamos.
3.16 inspirada por Deus (cf. np. 1Tm 2.12-14). A Bíblia tem
uma integridade milagrosa: é composta por 66 livros escritos
por 40 autores em 5 continentes e em 3 idiomas ao longo de
1500 anos. Cinco razões para acreditar nas Escrituras: (1) histo
ricidade; (2) integridade (unidade na diversidade); (3) profecia
cumprida; (4) poder de transform ar vidas; (5) Jesus acreditava
nas Escrituras do AT. e útil. Toda pregação, todo ensinamento,
todo estudo bíblico deve ter resultados objetivos em nossas vi-
16. 369 2TIMÓTE0 3 — 4
critura é inspirada por D eusí e útil para o ensino,'”
para a repreensão, para a correção, para a educação
na justiça, 17a fim de que o hom em de Deus seja p e r
feito e perfeitam ente habilitad o para toda boa obra.
A fidelidade na pregação
4
Diante de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar
vivos e m ortos,“ pela sua m anifestaçãob e pelo
seu Reino, peço a você com insistência 2que pregue
a palavra, insista, quer seja oportuno, quer não, cor
rija, repreenda, exorte com toda a paciência e dou
trina. 3Pois virá o tem po em que não suportarão a sã
doutrina; pelo contrário, se rodearão de m estres se
gundo as suas próprias cobiças, como que sentindo
coceira nos ouvidos. 4 Eles se recusarão a dar ouvidos
à verdade, entregando-se às fábulas.” 5Você, porém ,
seja sóbrio em todas as coisas, suporte as aflições,
das. Se não tem, fazemos ma! para nós mesmos e para os que
nos ouvem. Cf. n. M t 28.20; meds. M t 7.21-27; Tg 1.22-25. para
o ensino (cf. n. Tt 1.1). Base conceituai, intelectual, doutriná
ria. Mas não para por aí! para a repreensão. Confronto em
amor, convencer-se do pecado e a necessidade de mudança.
para a correção. M ostrar o caminho certo; restaurar a uma
posição certa ou reta. para a educação (treinamento, capa
citação; Ef 6.4; cf. ns. M t 10.1; Ef 4.12) no justiça (M t 6.33;
cf. n. Rm 3.21). No caráter de Deus e os relacionamentos que
refletem esse caráter. Cf. oito med. sobre o estudo da Palavra
a partir de At 6.4.
Nota prática: a maioria das igrejas tem uma cultura de
eventos. Até os cultos dominicais são eventos, não parte de
um processo objetivo de crescimento ou discipulado. Prega
mos sem nunca perguntar na semana seguinte se as pessoas
fizeram coisa alguma com a pregação. As pessoas vão para o
culto sem caneta e caderno, mas elas não vão para a escola,
o colégio ou a universidade de forma despreparada assim. As
pessoas não vão à igreja para aprender e crescer, mas para
ouvir e sentir-se bem. O problema principal não é com as pes
soas; é com o pregador. Proposta: separar três m inutos no
início e no final de cada mensagem para as pessoas interagi
rem sobre a aplicação prática do tópico ministrado. Nos primei
ros três minutos, o pregador faria um resumo de um minuto,
possivelmente com projetor multimídia, e nos dois minutos se
guintes, as pessoas conversariam com a pessoa ao seu lado so
bre o que fizeram com base nessa mensagem da semana. Nos
últim os três minutos, as pessoas conversariam com a pessoa
ao seu lado sobre o que fariam durante a semana com base
na mensagem. Isso seria revolucionário. Seriam passos na di
reção de uma cultura de discipulado! Para outra ideia de culto
participativo, cf. np. ICo 11.17-22.
3.17 a fim de que. Todas as nossas atividades espirituais
(v. 16) devem ter propósito. Sem isso tudo é mero ativismo. o
homem (e a mulher) de Deus. Pertencemos a Deus, não a nós
mesmos (Gl 2.20; Fp 1.21; 3.8). seja perfeito. Destacando o
ser“. Cf. n. Fp 3.15. e perfeitam ente habilitado (Lc 6.40). Des
tacando o “fazer“. Os dois juntos combinam para que possamos
capacitar outros (cf. tc).
4.1 Difícil pensar em palavras mais fortes antes de passar uma
mensagem. Para Paulo este é o paralelo a M t 28.18 quanto a se
faça o trabalho de um evangelista, cum pra plena
m ente o seu m in is té rio /
6 Quanto a m im , já estou sendo oferecido por liba
ç ã o / e o tem po da m inha partida chegou/7C om bati o
bom combate,5 completei a carreira, guardei a fé. 8Des
de agora me está guardada a coroa da justiça, que o
Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente
a m im , mas tam bém a todos os que am am a sua vinda.
O apóstolo abandonado pelos homens,
não por Deus
9Empenhe-se por vir até aqui o mais depressa possí
vel. 10Porque D e m a s / tendo am ado o presente século,
'3.16 2Pe 1.21 m Rm 15.4 »4.1 At 10.42 4lTm 6.14 <4.4 U m 1.4;
4.7;T t 1.14 44.5 Cl 4.17 «4.6 Nm 28.7; Fp 2.17 ^Fp 1.23
04.7 ITm 1.18; 6.12 *4 .1 0 Cl 4.14; Fm 24
comunicar com toda a autoridade. Quer dizer que para ele o v.
seguinte é parecido em peso com a Grande Comissão de Jesus.
São suas últimas palavras e queria deixá-las gravadas no cora
ção e na mente de Timóteo e da geração futura; nós.
4.2 pregue a palavra (v, 17). Seja para crentes, seja para não
crentes, comunique a mensagem divina claramente. A essência
disso flui da nossa transform ação interna, nossa própria vida
ilustrando e demonstrando a palavra que pregamos, insista,
quer seja oportuno, quer não. Quer sintamos vontade ou
não. No campo espiritual existem pessoas ‘inaproveitáveis’,
pessoas espiritualm ente decrépitas, que se recusam a fazer
qualquer coisa, a menos que sintam uma inspiração sobrenatu
ral. A prova de que o nosso relacionamento com Deus está cor
reto é que fazemos o melhor que podemos, quer nos sintamos
inspirados ou não.'- Tudo para Ele, 25/4. corrija, repreenda,
exorte. Palavras que ecoam 3.16. com toda a paciência. Per
severança, sem desistir (2.25-26). e doutrina. Cf. n ITm 4.16.
4.3-4 não suportarão a sã doutrina. Cf. np. ITm 2.12-14.
4.4 entregando-se às fábulas. Cf. n. 2.14.
4.5 seja sóbrio. M oderado, equilibrado (cf. n. 1.7), em to
das as coisas. Isto requer abraçar a genialidade do “e" no
lugar da tirania do “ou”, como diz Jím Collins. A m aioria das
verdades no Reino de Deus e na descrição de Deus tem ver
dades ou princípios opostos igualm ente im portantes. Em vez
de cair em um extrem o ou outro, precisamos abraçar ambas
as verdades sim ultaneam ente. Seja predestinação ou livre-
-arbítrio, força divina ou força humana, o amor e a santidade
de Deus, a liderança e o serviço; vez por outra existem princí
pios paralelos e aparentem ente antagónicos que precisamos
descobrir como celebrar ambos sem tra ir ou menosprezar
nenhum dos dois. suporte as aflições (1.8,12; 2.3,9-10; 3.12;
IPe 2.21-24). Cf. n. 3.12. Não existe m inistério sem aflição.
Estamos confrontando a carne, o mundo e o diabo, fa ç a o
trabalho de um evangelista. Cf. Intro. Jo. cum pra plena
m ente o seu m inistério (At 20.24). Para poder dizer como
Paulo aqui no v. 7 e como Jesus em Jo 17.4 (cf. n. ali) que
realm ente glorificam os a Deus na terra, term inando a obra
que o Pai nos deu para fazer.
4.6-8 Finalizou bem! Cf. n. M t 25.21,23.
4.10 Demas... me abandonou (v. 16; 1.15). Finalizou mal. Tito.
Cf. n. Tt 1.4,
17. 2TIMÓTEO 4 370
me abandonou e se foi para Tessalônica. Crescente foi
para a Galácia. Tito foi para a Dalmácia. 11Somente Lu
cas' está comigo. Encontre Marcos-' e traga-o junto com
você, pois me é útil para o m inistério. 12Quanto a T i
quico,* m andei-o para Éfeso. l3Q uando você vier, traga
a capa que deixei em T ro ad e/ na casa de Carpo. Tra
ga tam bém os livros, especialm ente os pergaminhos.
14Alexandre,'" o latoeiro, me causou m uitos males; o
Senhor dará a retribuição de acordo com o que ele fez.
i5Tom e cuidado com ele tam bém você, porque resistiu
fortem ente às nossas palavras.
16Na m inha p rim eira defesa, ninguém foi a m eu
favor; todos me abandonaram . Que isto não lhes seja
posto na conta! 17Mas o Senhor esteve ao m eu lado
'4.11 Cl 4.14; Fm 24 iA t 12.12,25; 13.13; 15.37-39; Cl 4.10;
Fm 24 *4.12 A t 20.4; Ef 6.21 -22; Cl 4.7-8 '4 .1 3 A t2 0 .6
m4.14 ITm 1.20 "4.17 U m 1.12 <>2Tm3.11 P4.18 2Co 1.10
44.19 At 18.2 '2Tm 1.16-17 S4.20 Rm 16.23 'A t 20.4; 21.29
e m e revestiu de forças," para que, por m eu in ter
m édio, a pregação fosse plenam ente cum prida, e to
dos os gentios a ouvissem . E fui libertado da boca do
leão .0 180 Senhor me livrará tam bém de toda obra
m aligna e me levará salvo para o seu Reino celes
tial. p A ele, glória pelos séculos dos séculos. Am ém !
Saudações
19 Dê saudações a Prisca e Á quila,“1e à casa de One-
síforo.' 20Erastos ficou em Corinto. Quanto a Tró-
fim o / deixei-o doente em M ileto. 21 Faça o possível
para v ir antes do inverno. Êubulo m anda saudações;
0 m esm o fazem Prudente, Lino, Cláudia e todos os
irm ãos.
Bênção
220 Senhor seja com o seu espírito. A graça esteja
com vocês.
4.11 Marcos... e traga-o junto com você (IPe 5.15). Cf. Intro. Mc.
4.12 tiquico. Cf. n. Ef 6.21.
4 .18 seu Reino. Cf. n, M t I9.50: Intro. e tc. M t.
4 .20 Trófimo. Membro da equipe internacional de Paulo
(At 20.4; 21.29). Dos sete alistados em At 20.4, apenas ele.
Timóteo e Tiquico (v. 12) foram a equipe de Paulo no final de
sua vida. Ao mesmo tempo. Paulo cita outros cinco fiéis compa
nheiros de equipe neste capitulo (Crescente, em Tt 10), Lucas,
Marcos (v. 11) e Erasto (v, 20), ju nto com um grupo de irmãos
que ele cita por nome (v. 21). Paulo realmente foi um homem
de equipe (rf. n. At 20.4). deixei-o doente em Mileto. Um
testemunho de que Deus nem sempre cura toda enfermidade
(Fp 2.50; ITm 5.23).
4.21 Cláudia. Prec isamos de am i/ades boas entre pessoas do
sexo oposto. Cf. ns M< 16.9; 1Co 7.1.
4.22 A graça esteja com vocês. Cf. n ICo 16.23
18. 371 2TIMÓTEO
t ^ t ESTUDANDO A PALAVRA COM RESULTADOS
2Tm 3.16-17 (Estudo 1.2.3)
1. Você confia que a Bíblia é divinamente inspirada? Por quê?
2. Qual é o propósito da Bíblia?
3. Quais os resultados visíveis das Escrituras em alguém que é formado e forjado pela Palavra?
4. 0 que quer dizer ser "perfeito" (v. 17)?
5. 0 que levaria você a ver resultados ou frutos de seu estudo da Palavra?
Estudo opcional: Mt 7.24-27; Lc 6.40; 2Tm 3.14-15.
Um diário espiritual
Um diário espiritual é um relatório de encontros com Deus (cf. n. Ef 4.30). De forma simples, esse diário trabalha
com apenas duas perguntas:
1. O que Deus está dizendo para mim?
2. O que eu vou fazer com base nisto?
A primeira pergunta ("O que Deus está dizendo para mim?") pode tomar várias formas:
• Você pode escrever uma oração expressando para Deus o que você está sentindo.
• Usando sua imaginação santificada, você pode fazer o inverso do proposto no item anterior e escrever o que
pensa que Deus falaria para você ("Meu amado, quanto tempo desde que sentamos juntos...").
• Você pode fazer uma lista de observações, interpretações e aplicações suas com base no seu estudo de uma
passagem bíblica.
A segunda pergunta ("O que eu vou fazer com base nisto?") também tem várias possibilidades:
• Pode ser uma oração na qual você se compromete a uma ação de obediência.
• Pode ser uma aplicação indicada de forma mensurável ou objetiva.
• Pode ser um compromisso de aprofundar o assunto estudado de várias formas.
Mt 4.4 — Estudo anterior ♦ | Próximo estudo — Tg 1.22-25
19. Tito
Colocando em ordem o que resta
-------------------------------------------------------------------Q
A
reforma de uma casa com estrutura ruim é bem mais difícil do que a construção do zero. O desafio de Tito
era corrigir valores culturais contrários ao Reino de Deus e estabelecer a vida e o ensino de Jesus em sua
cidade e em seu país, Creta. Os dois alicerces apostólicos nos quais a Igreja foi construída são: (1) liderança
saudável que reflete a vida de Jesus; (2) ensino prático quanto a como viver.
Em primeiro lugar, colocar as coisas em ordem comeca com as vidas dos pastores/presbíteros (1.5). Pas
tor saudável, igreja saudável. Pastor pastoreado, pastor saudável. Para eles terem o caráter de Cristo (1.6-9),
alguém antes transmitiu esse DNA para eles. É algo mais absorvido do que ensinado. É vida em vida. É discipu-
lado. É o que Jesus fez.
Em segundo lugar, o presbítero/pastor ensina doutrina não como fatos “secos”, e sim como poder trans
form ador de vidas (cf. n. 1Co 2.4). A base é a sua própria vida, transformada e em transformação, que lhe dá
autoridade e autenticidade para outros o acompanharem nessa transformação (1.9). Essa doutrina ou esse
ensinamento fluem de pleno conhecimento da verdade segundo a piedade (cf. n. 1.1), revelando-se no caráter
(1.6-9) e no estilo de vida de cada um (2.1-10). É a verdade vivenciada.
Colocar uma igreja, um grupo, um ministério ou uma equipe em ordem exige alguns requisitos, o primeiro e maior
sendo uma vida interior ordenada para o líder. Isto requer um processo contínuo de santificação (cf. n. 2Co 7.1), res
tauração (cf. n. Lc 4.18-19) e caminhar de glória em glória (cf. tc. 2Co 3.18). Nossas maiores batalhas quanto a colocar
tudo em ordem quase sempre são internas. Vencendo estas batalhas, as externas se resolvem bem mais facilmente.
O segundo requisito para colocar ordem num grupo, ministério ou igreja é ter experiência e visão de como
as coisas devem ser nessa unidade. A pessoa precisa ser um “pai” (cf. ns. Uo 2.12-14) que sabe gerar filhinhos e
form ar jovens guerreiros (líderes) na visão e prática desse grupo.
O terceiro fator que ajuda muito é ter um discipulador ou mentor. Sempre enfrentaremos pessoas e situações
que não sabemos resolver. Vamos tropeçar (cf. ns. Tg 3.1-2). É fato. Por isso é muito útil ter alguém para dar suporte,
como Tito tinha em Paulo. Tal qual dizemos no movimento de discipulado e de pastoreio de pastores: “Sozinho, não”!
Liderança sã e doutrina sã levam a uma igreja saudável com membros santificados, sãos. Isso adorna a dou
trina de Deus, tornando tanto o Senhor como a sua doutrina ainda mais atraentes (2.10). Igrejas não atraentes
não crescem. Provavelmente precisam de ajuda de alguém como Tito. Igrejas que crescem também precisam
dessa ajuda, porque nem tudo que cresce é automaticamente saudável.
T e x t o - c h a v e
Foi por esta causa que deixei você em Creta: para que pusesse em ordem as coisas restantes,
bem como, em cada cidade, constituísse presbíteros, conforme prescrevi a você. (Tt 1.5)
Creta tinha uma cultura complicada, com afinidade por mentira, malícia, violência e preguiça (1.12-13).
A desordem ou “antiordem” cultural precisava ser confrontada e contornada. Para resolver isso, era ne
cessário que os pastores ou presbíteros das igrejas mostrassem vidas transformadas, deixando o DNA da
cultura cretense (3.3) em prol do DNA da cultura do Reino de Deus (3.1-2). E isso dependeu do exemplo e
do discipulado de Tito.
Não é nada diferente hoje. Os membros da Igreja precisam de pastores e líderes que revelem um en
sino e vida saudáveis. Para isso fluir como na epístola de Tito, eles precisam de um “Tito” que os discipule e
mostre o caminho. E esse “Tito" também precisa de um pastoreio em sua vida, como Tito tinha com Paulo.
20. 373 Tito 1
Prefácio e saudação
1
Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo,
para prom over a fé dos eleitos de Deus e o ple
no conhecim ento da verdade segundo a piedade, 2na
esperança da vida eterna" que o Deus que não pode
m e n tir6 prom eteu antes dos tem pos eternos 3e, no
m om ento oportuno, m anifestou a sua palavra m e
diante a pregação que m e foi confiada por m andato
de Deus, nosso Salvador," 4a T ito ,d verdadeiro filho,
segundo a fé com um ."
Que a graça e a paz, da parte de Deus Pai e de
Cristo Jesus, nosso Salvador, estejam com você.
Deveres e qualificações dos ministros
5Foi por esta causa que deixei você em Creta: para
que pusesse em ordem as coisas restantes, bem como,
em cada cidade, constituísse presbíteros/ conforme
prescreví a você: 6alguém que seja irrepreensível, m a
rido de uma só mulher, que tenha filhos crentes que não
são acusados de devassidão, nem são insubordinados.5
7 Porque é indispensável que, na condição de adm i
nistrador de D eus/' o bispo seja irrepreensível, não
arrogante, alguém que não se irrita facilm ente, não
apegado ao vinho, não violento, nem ganancioso.'
8Pelo contrário, o bispo deve ser hospitaleiro, am igo
1.1 Paulo. Cf. n. Rm 1.1. servo de Deus (Rm 1.1: Gl 1.10;
Fp 1.1). Esta identidade antecede sua função m inisterial, e
apóstolo. Cf. n. 1Co 12.28. de Jesus Cristo. Sua comissão
e seu m inistério fluem de Jesus, para promover. Chamado
com propósito. Paulo expressa clara e nitidam ente seu foco.
o pleno conhecim ento (gr. epignosis). Este conhecim ento
é uma form a intensiva de ginosko (cf. n. Jo 8.32). É um co
nhecim ento profundo e pleno que vem pela experiência
(M t 7.2/4-27, 28.20; Tg 1.21-27). da verdade. Cf. ns. Jo 8.52;
14.6. segundo a piedade (cf. n. 1Tm 2.2). Conhecim ento que
transform a vidas e norteia sobre como viver. Cf. n. 2.1 e o
contraste com 1.16.
1.2 na esperança (2.15; 5.7). Cf. ns. Rm 8.24-25; Cl 1.27. o
Deus que não pode mentir. À luz da verdade comentada no
v. 1 e tendo em vista que os cretenses eram grandes mentirosos
(v. 12), Paulo destaca o caráter de Deus para confrontar os cre
tenses. prometeu. Cf. Intro. 2Ts.
1.3 nosso Salvador (1.3-4; 2.10.13; 3.4,6). Paulo destaca de
forma especial o papel do Salvador neste livro. Das 24 vezes
que a palavra "Salvador'’ aparece no NT, seis estão nestes três
capítulos (1.3-4; 2.10,13; 3.4,6). Cf. n. At 5.31. Há tempo para
tudo (Ec 3.1): tempo para enfatizar Jesus como Salvador e tem
po para enfatizar a pessoa dele como Senhor. O destaque sobre
o Salvador aqui pode ser porque os cretenses precisavam mui
to ser salvos, resgatados de sua cultura distorcida e perversa
(vs. 12-13; cf. n. At 5.31).
1.4 Tito. Não mencionado em Atos, aparece 13 vezes nas
epístolas de Paulo. Foi com ele para Jerusalém (Gl 2.1-3); pro
vavelmente estava com ele em Éfeso. de onde ele foi para
Corinto e voltou para Éfeso; firmou a igreja em Creta (Tt 1.5);
acompanhou-o em Nicópolis (Grécia, Tt 3.12); estava com Paulo
em Roma, de onde saiu para dar cobertura a igreja de Dalma-
do bem , sensato, justo, piedoso, deve ter dom ínio de
si, 9ser apegado à palavra fiel, que é segundo a dou
trina, para que possa exortar pelo reto ensino e con
vencer os que o contradizem .
Os falsos mestres e as falsas doutrinas
18 Porque existem m uitos, especialm ente os da cir
cuncisão, que são insubordinados, falam coisas sem
sentido e enganam os outros. 11 É preciso fazer com
que se calem, porque andam pervertendo casas in
teiras, ensinando o que não devem, com a intenção
vergonhosa de ganhar dinheiro. 12Foi um dos creten
ses, um próprio profeta deles, que disse: "Os creten
ses são sem pre m entirosos, feras terríveis, comilões
preguiçosos.”! l3Este testem unho é verdadeiro. Por
tanto, repreenda-os severam ente, para que sejam
sadios na fé7 I4e não se ocupem com fábulas ju dai
cas,6 nem com m andam entos de hom ens/ que se des
viam da verdade. l5Todas as coisas são puras para os
puros;™ mas, para os im puros e descrentes, nada é
<M .2Tt3.7 * Hb 6.18 <1.3 1Tm 1.1;2.3;Tt 2.10; 3.4 <0.4 2C o8.23;
Gi 2.3 f 2Pe 1.1 0 .5 At 14.23 91.6 ITm 3.2 &1.7 1C04.1
'1Tm 3.3; 1Re 5.2 11.12 Afirmação atribuída a Epimênides,
poeta cretense do sexto século a.C. 71.13 Tt 2.2 *1.14 1Tm 1.4; 4.7;
2Tm 4.4 'M t 15.9; Cl 2.22 ™1.15 Rm 14.14,20
cia (2Tm 4.10), e terminou em Creta de novo. verdadeiro filho.
Não existia elogio maior para Paulo. Isso expressava que Tifo
tinha seu DNA. seu coração, seu chamado, sua unção (cf. n.
2Co 8.23). Que a graça e a paz. Cf. n. Rm 1.7.
1.5 Cf. Intro. etc.
1.6-8 Estas qualidades são bem parecidas com as de ITm 3.1-12
(cf. ns.). Paulo acrescenta cinco qualidades aqui que não havia
destacado ali: adm inistrador (mordomo) de Deus (v. 7; cf. n.
Lc 12.42); não arrogante (dominante, v. 7; 1Pe 5.3); amigo do
bem (v. 8; em contraste com v. 16); justo (v. 8; caráter e rela
cionamentos retos); piedoso (v. 8: santo, cf. n. 1Tm 2.2); que
tenha domínio (1Co 2.4-5; 4.20; cf. ns. M t 4.4; At 1.8; Hb 4.12).
1.9 apegado. Aderente, adepto, partidário, ligado. E você, é assim
quanto a Palavra? segundo a doutrina. Cf. ns. 1.1; 2.1,10; 2Tm 2.15.
para que possa exortar e convencer. Cf. ns. 2Tm 3.16-17.
1.10-1 6 Em certo sentido descreve o oposto de presbíteros
- líderes pervertidos que arrastam seguidores para a sua des
truição.
1.10 especialmente os da circuncisão. Pessoas de religiosi
dade externa, de tradições, estatutos, usos e costumes, falam
coisas sem sentido (v. 14; 3.9). Cf. ns. 1Tm 1.3-4; 6.3-5.
1.11 É preciso fazer com que se calem. Cf ns 2Tm 2.23 26.
1.13 repreenda-os severamente. Confrontando-os em amor.
Cf. n. Ef 4.15 para que sejam sadios na fé . O propósito de
todo confronto, como também toda disciplina, é a restauração
(cf, ns. M t 18.15-22).
1.15 os puros. Cf. n. M t 5.8. os impuros. A mente e a consciên
cia impuras são terríveis. A mudança de impureza para pureza
normalmente requer quebrantamento e arrependimento (cf. n.
M t 5.2). Se é algo arraigado, normalmente requer libertação e/ou
cura das memórias (cf. med. Lc 2.19), junto com discipulado para
manter o renovo mental (cf. ns. Lc 11.24-26; Rm 12.2).