2. Pretendo com este trabalho, dar a conhecer o património
de Miranda do Douro.
Por outro lado, pretendo sensibilizar a população local para
a importância do seu próprio património.
3. Vista
Do alto da torre desfruta-se o mais vibrante panorama de Miranda do Douro, vendo-se as arribas
abruptas sobre o Douro e as dobras, que mais parecem lombos de animais colossais, até às terras
espanholas, ali à mão de semear. Um panorama grandioso que nunca mais se esquecerá na vida!
4. Fachada
Um amplo adro lajeado e balaustrado antecede dignamente a majestosa e austera frontaria da
Sé.
O corpo central da frontaria, encimado por balaustrada, contém o portal maneirista justaposto aos
dois andares e terminado por alta cruz de pedra, elevada até ao peitoril da balaustrada sobre a
qual se ergue uma outra mais alta ainda e bela e elegante cruz barroca, de ferro forjado.
5. Interior
Igreja, de três amplas naves seccionadas em cinco tramos, está coberto com abóbadas
nervadas, embora as nervuras pareçam não exercer qualquer função estrutural, mas unicamente
decorativa. Elevam-se a grande altura, o que confere ao espaço a imponência própria de uma
catedral, para o que muito contribui ainda a perfeita cantaria da sua execução.
6. São Pedro
Séc. XVIII - Excelente exemplar de talha do barroco nacional, mostrando a ornamentação um
conjunto de autêntica filigrana de parras, uvas, aves e meninos.
7. St. Amaro
Séc. XVII - Com retrato a óleo de D. João III, a quem Miranda deve o seu período áureo.
A ornamentação muito exuberante anuncia o período barroco
8. N. Sra. do leite
ou N. Sra. da
Alegria
Séc. XVIII - Relicário, nasceu da necessidade de recolher o grande número de relíquias oferecidas
à catedral por bispos e gente nobre e devota, incluindo a própria Rainha D. Catarina, esposa de D.
João III.
9. Santíssimo
Sacramento
Rico Retábulo de Talha Joanina do último período. No arco da capela do Santíssimo Sacramento
podemos ver a data de 1736, e sobre o arco um brasão com as insígnias Reais. A D. Frei Aleixo se
devem as grades de ferro da capela do Santíssimo Sacramento, mandadas fazer e ali colocadas
em 1760, encimadas pelo escudo e pelas suas armas.
10. Sra. da Soledade,
São João e
Senhor da
Piedade
Belíssimo Cristo na Cruz, expressiva escultura setecentista de extraordinária modelação
anatómica e alvo panejamento esvoaçante. Retábulo Barroco.
11. Calendário
Janeiro Março Maio
Fevereiro Abril Junho
Julho Setembro Novembro
Agosto Outubro Dezembro
Há na sacristia uma colecção de 12 quadros a óleo, que representam os meses do ano.
12. São Bento
Séc. XVI - Peça de talha mais antiga de toda a catedral. Este retábulo tem interesse iconográfico
expresso em todos os conjuntos de escultura e pintura das edículas e das predelas.
13. Capela-Mor
“A fundamentis”
Séc. XVII - Retábulo terminado em 1614, devido ao mestre galego, Gregório Fernandes, o maior
expoente daquele importante centro artístico. Além da sua beleza, o retábulo maneirista é tido
como o primeiro notável sinal do barroco entre nós, concretamente nas figuras dos Apóstolos,
ladeando o Sacrário e alinhados sobre o painel esculpido representando a Assunção da Virgem. O
retábulo, dispõe-se em dois andares – acima do registo dos Apóstolos, a referida Assunção
flanqueada por quatro outros temas relativos a N.ª Senhora; sobre o entablamento, um magnífico
Cristo Crucificado, entre sua Mãe e S. João Evangelista, e dois registos de momentos de paixão;
no frontão superior, as duas virtudes (Fé e Esperança) e a figura do Padre Eterno.
14. Capela-Mor Padre
Eterno
“A fundamentis”
Cristo Crucificado entre
Sua Mãe e S. João
Evangelista
Anunciação S. Ana e
do Anjo N. Senhora
Nª. Sª. da Encontro das
Assunção da Santas Ana
Conceição
Virgem e Isabel
15. Capela-Mor
“Ad fundamentis”
São Mateus São João
São Marcos São Lucas
Ornamentam o tabuleiro do altar da celebração eucarística, quatro esculturas de escola barroca
de boa talha, estão estufadas a ouro e as vestimentas estão pintadas com muita elegância e
finura de colorido, representando os quatro evangelistas. Os quatro evangelistas estão
acompanhados dos quatro símbolos zoomórficos, à excepção do evangelista São Mateus que não
tem o Anjo por se ter perdido. Águia de S. João, o leão de S. Marcos e touro de S. Lucas
16. Capela-Mor
“Ad fundamentis”
Porta do Sacrário: Nesta porta podemos ver em cima a Pomba que representa o Espírito Santo,
por baixo desta, o Cordeiro que simboliza o Corpo de Cristo, o anjo segurando o cálice do vinho
simbolizando o Sangue de Cristo. Mais abaixo as ferramentas da flagelação, a coroa de espinhos,
o chicote, as pedras, o martelo, os cravos, o alicate, a lança e a vara que na ponta contém a
esponja que embebida em vinagre foi dada a Cristo para beber.
17. Cadeiral
Cadeiral maneirista, do século XVI, com docel em avançamento curvo, friso de talhas já barrocas,
e pinturas emolduradas com arcaria perspectivada entre colunas coríntias.
18. N. Sra. das
Graças,
N. Sra. da Saúde
e N. Sra. dos
Remédios
Séc. XVII - Altar maneirista, mas com características vincadamente barrocas. Vendo-se como
pano de fundo, uma bela escultura, em madeira (S. José).
20. Menino Jesus da
Cartolinha
A lenda vem do período de 1706 a 1713. Foi neste tempo, mais concretamente em 1711, que o
exército castelhano invadiu Miranda e a assolou durante vários meses. Quando a cidade se
encontrava invadida, saqueada e vexada pelos castelhanos e sem esperança de remissão,
esperando o reforço das nossas tropas que nunca mais chegava, aparece nas muralhas um
menino vestido de fidalgo chamando os mirandeses e gritando às armas contra os invasores. De
todas as casas sai gente armada de foices, gadanhas, espingardas e varapaus para escorraçar os
espanhóis.
À frente dos mirandeses o menino ora aparecia ora desaparecia, até que no fim da luta, depois
da cidade libertada, o menino não mais se viu. Procuraram-no por toda a parte, mas em vão. O
pequeno "General" tinha desaparecido. Os mirandeses consideraram que se tratava de um
autêntico milagre esta vitória contra os espanhóis e que foi, sem dúvida, um favor muito grande
do Menino Jesus. Mandaram então esculpir uma imagem do Menino Jesus vestido de fidalgo
cavaleiro, à maneira do tempo, e colocaram-no num altar da catedral.
21. Stª. Bárbara,
São Jerónimo e
S. Sebastião
Séc. XVIII - O retábulo mostra ser do último período do estilo joanino, já com características
rococó.
22. Stº. António
Séc. XIX - todo o conjunto de talha é de estilo rocaille, encontrando-se junto dele uma pia
Baptismal, peça rara, feita de uma só pedra (séc. XVI).
23. São Caetano
Séc. XVII - Em arco sólido. Obra de talho do primitivo barroco português. Mandado fazer pela
confraria de S. Caetano, padroeiro dos nobres do reino.
24. Órgão
Órgão setecentista onde sobre exuberância dourada assenta a tubagem ornamentada com uma
composição que sugere uma frontaria gótica de diversos arcos quebrados e pontiagudos
coruchéus, interpretada em linguagem barroca.
25. Concepção: Raúl Silva
Música: Riu Piu Piu - Galandum Galundaina
email: yousoumirandes@gmail.com
www.mirandadodouro.com.pt
FIM