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Biodiesel
 Programa interministerial do Governo Federal que objetiva
a implementação de forma sustentável, tanto técnica,
como economicamente, a produção e uso do Biodiesel,
com enfoque na inclusão social e no desenvolvimento
regional, via geração de emprego e renda .
• Principais diretrizes do PNPB:
– Implantar um programa sustentável, promovendo
inclusão social ;
– Garantir preços competitivos, qualidade e suprimento;
– Produzir o biodiesel a partir de diferentes fontes
oleaginosas e em regiões diversas.
Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel
• Incrementar, em bases econômicas, sociais e
ambientais, a participação dos biocombustíveis na
matriz energética nacional.
• Estabelece a obrigatoriedade da adição de um
percentual mínimo de biodiesel ao óleo diesel
comercializado ao consumidor, em qualquer parte do
território nacional.
• Esse percentual obrigatório será de 5% oito anos
após a publicação da referida lei, havendo um
percentual obrigatório intermediário de 2% três anos
após a publicação da mesma.
Lei 11.097 – 13/01/2005
• Os prazos para atendimento do percentual mínimo
obrigatório podem ser reduzidos em razão de resolução
do Conselho Nacional de Política Energética - CNPE,
observados os seguintes critérios:
I - a disponibilidade de oferta de matéria-prima e a
capacidade industrial para produção de biodiesel;
II - a participação da agricultura familiar na oferta de
matérias-primas;
III - a redução das desigualdades regionais;
IV - o desempenho dos motores com a utilização do
combustível;
V - as políticas industriais e de inovação tecnológica.
Lei 11.097 – 13/01/2005
 Cabendo à ANP definir os limites de variação admissíveis para
efeito de medição e aferição dos percentuais acima citados.
 Biocombustível:
 combustível derivado de biomassa renovável para uso em
motores a combustão interna ou, conforme regulamento,
para outro tipo de geração de energia, que possa substituir
parcial ou totalmente combustíveis de origem fóssil;
 Biodiesel:
 biocombustível derivado de biomassa renovável para uso
em motores a combustão interna com ignição por
compressão ou, conforme regulamento, para geração de
outro tipo de energia, que possa substituir parcial ou
totalmente combustíveis de origem fóssil.
Lei 11.097 – 13/01/2005
Biodiesel
Biodiesel é um combustível biodegradável derivado
de fontes renováveis como óleos vegetais e gorduras
animais que, estimulados por um catalisador, reagem
quimicamente com o álcool ou o metanol.
Existem diferentes espécies de oleaginosas no Brasil
das quais se pode produzir o biodiesel, entre elas
mamona, dendê, girassol, babaçu, soja e algodão.
Introdução
Esse combustível substitui total ou parcialmente o
diesel de petróleo em motores ciclodiesel de
caminhões, tratores, camionetas, automóveis e
também para geração de energia e calor. Pode ser
usado puro ou misturado ao diesel em diversas
proporções.
A mistura de 2% de biodiesel ao diesel de petróleo é
chamada de B2 e assim sucessivamente, até o
biodiesel puro, denominado B100.
Introdução
 Opção pelo óleo para a produção de biodiesel
depende:
disponibilidade local ;
 propriedades de armazenamento;
 desempenho como cobustível;
 viabilidade econômica.
 Óleo vegetais
 Gorduras de origem animal
Matérias-primas
 Óleo vegetal
 colza/canola e girassol – União Européia;
 palma – países tropicais
 soja – Estados Unidos
 arroz, caroço de algodão, amendoim, açafrão, coco...;
 Gorduras de origem animal
 sebo;
 banha.
 óleo de descarte.
Matérias-primas
Oleaginosas
 Dendê/Palma (Elaeis guineensis / Elaeis oleifera)
 Abacate (Persea americana)
 Algodão (Gossypium hirsutum)
 Amendoim (Arachis hypogaea)
 Colza/canola (Brassica campestris, Brassica napus)
 Andiroba (Carapa guianensis)
 Soja (Glycine max)
 Babaçu (Orbignya martiana e Orbignya oleifera)
 Coco (Cocos nucifera)
Oleaginosas
 Girassol (Helianthus annus)
 Gergelim, Sésamo (Sesamun indicum)
 Pinhão-Manso (Jatropha curcas)
 Linhaça (Linun usitatissimum)
 Macaúba (Acrocomia sclerocarpa e Acrocomia
intumescens)
 Buriti (Mauritia flexuosa e Mauritia vinifera)
 Nabo forrageiro (Raphanus sativus)
 Pequi (Caryocar brasiliense, Caryocar nuciferum e
Caryocar villosum)
Totalmente compatível com o diesel;
 Biodegradável;
É derivado de matérias primas renováveis de
ocorrência natural;
Gera redução nas principais emissões presentes nos
gases de exaustão (exceto de NOx);
Possui alto ponto de fulgor;
Apresenta excelente lubricidade.
Vantagens
Alto custo;
Emissões de NOx;
Baixa estabilidade quando exposto ao ar;
Propriedades de fluxo que são particularmente
desfavoráveis nos países da América do Norte.
Desvantagens
• Misturas binárias com petrodiesel;
• Pirólise;
• Microemulsificação (ou mistura co-solvente);
• Transesterificação.
Produção de Biodiesel
Produção de Biodiesel
Produção de Biodiesel
O QUE É BIODIESEL?
Biodiesel
• Óleos vegetais e/ou gorduras animais em conjunto com
um álcool (metanol ou etanol) e na presença de um
catalisador, são convertidos em ácidos graxos e, finalmente,
a ésteres, com o glicerol (glicerina) como sub-produto.
Parâmetros de reação:
Tipo de catalisador;
 Razão molar entre o álcool e o óleo vegetal;
 Tempo de reação;
 Grau de refino do óleo vegetal empregado;
 Efeito da presença de umidade;
 Ácidos graxos livres.
Produção do Biodiesel
Tipo de catalisador
Catálise Homogênea:
Básicos: KOH, NaOH, Metóxido, Etóxido.
 Proporcionam processos muito mais rápidos que
catalisadores ácidos.
Ácidos: Sulfúrico, Sulfônico, Fosfórico, Clorídrico.
Catálise Heterogênea:
Enzimática suportada; Resinas iônicas; Sem
catalisador.
Produção do Biodiesel
Álcool
Catálise Homogênea:
Básicos: KOH, NaOH, Metóxido, Etóxido.
 Proporcionam processos muito mais rápidos que
catalisadores ácidos.
Ácidos: Sulfúrico, Sulfônico, Fosfórico, Clorídrico.
Catálise Heterogênea:
Enzimática suportada; Resinas iônicas; Sem
catalisador.
Produção do Biodiesel
Tecnologia e Caracterização do Biodiesel
GIRASSOL, AMENDOIM, DENDÊ E MAMONA - Oleaginosas
 PONTOS CRÍTICOS – Além do preço de mercado:
• Limitação da oferta anual de grãos e óleo;
• Forte concorrência com outras cadeia de suprimento concorrentes –
alimentos, farmacêuticos, químicos, cosméticos etc.;
• O aumento de produção descontrolada do óleo pode causar problemas para
outras cadeias de suprimento concorrentes no que se refere ao óleo e aos co-
produtos.
 ALTERNATIVA:
Estabelecimento de cadeias de suprimento dedicadas à produção de
combustível com abrangência regional e complementar (curto prazo) ao
insumo principal, com possível inversão de papéis no longo prazo.
Insumo: óleos e gorduras - Brasil
Insumo: óleos e gorduras - Brasil
Fonte: Meirelles, F. S. Federação da Agricultura do Estado de São Paulo.
Tabela 1: Características de algumas culturas de oleaginosas, e gordura animal com potencial de uso
energético.
Insumos – Catalisador: Brasil
CATALISADORES
Principal produtor: Pan-Americana
Excedente de produção anual hoje: 12.000 t
(possibilidade de ampliação para 24.000 t)
=> Necessidade anual para B2: 7.400 t
=> Necessidade anual para B5: 22.000 t
 A Potassa Cáustica, KOH, é o catalisador preferencialmente utilizado na
produção de Biodiesel;
 A Pan-Americana é a única produtora de potassa na América Latina, e
localiza-se no Rio de Janeiro.
Catalisadores e Co-produtos
 A glicerina é biodegradável, porém pode conter resquícios de metanol que
são prejudiciais ao meio-ambiente.
 O aumento da oferta de glicerina com a obrigatoriedade de B2 pressionará
seu preço para baixo. Por outro lado, preços menores da glicerina
viabilizam novas utilizações e aplicações.
 Provável destino da glicerina no curto prazo:
 Repasse da glicerina a empresas que destilem e re-aproveitem os
resquícios de metanol;
 Queima em caldeiras;
 Despejo em rios.
Catalisadores e Co-produtos: glicerina
Possível formação de acroleína (tóxica)
Prejuízo ao meio ambiente (ILEGAL)
O MCT através da Rede Brasileira de Tecnologia
de Biodiesel está investindo em pesquisa e
desenvolvimento de novas utilizações para a
glicerina:
 Atuação em processos industriais como
lubrificante, umectante, solvente,
anticongelante, amaciante ou emulsificante;
 Produção de Compostos oxigenados para
aditivação de combustíveis;
 Uso direto para injeção em poços de petróleo;
 Mistura com fibras para formação de
materiais para a construção civil;
 Matéria-prima para processos petroquímico.
Catalisadores e Co-produtos: glicerina
Processo: Brasil
TRANSESTERIFICAÇÃO ALCOÓLICA DE ÓLEO OU GORDURA POR CATÁLISE HOMOGÊNEA BÁSICA:
 Rota metílica
 Rota etílica
Excesso a
ser reciclado
Excesso a
ser reciclado
 ADEQUAÇÃO AO USO DE ÓLEOS/GORDURAS
Depende do processo – o usual não é crítico, a menos quanto ao
rendimento;
Atenção especial à qualidade dos insumos residuais.
 GARANTIA DE SUPRIMENTO DE ÓLEO DE SOJA:
Incentivo ao esmagamento adicional de grãos;
Uso da capacidade ociosa de esmagamento;
Equilíbrio do mercado de farelo;
Competição com o H-Bio.
Pontos Críticos – Processo: Brasil
 SUPRIMENTO DE ÓLEOS VEGETAIS QUE NÃO SOJA:
Atender percentuais “selo verde” por região;
Competição com outros mercados mais nobres;
Alavancagem da produção agrícola;
Capacidade de esmagamento – existência/distribuição.
 COMPLEXIDADE DA ROTA ETÍLICA:
Complexidade do processo;
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Reaproveitamento do etanol hidratado.
Pontos Críticos – Processo: Brasil
Pontos Críticos – Processo: Brasil
Propriedades críticas
(processo de produção)
Glicerina total (Reação completa)
Glicerina livre (Separação da glicerina)
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catalisador residual)
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  • 2.  Programa interministerial do Governo Federal que objetiva a implementação de forma sustentável, tanto técnica, como economicamente, a produção e uso do Biodiesel, com enfoque na inclusão social e no desenvolvimento regional, via geração de emprego e renda . • Principais diretrizes do PNPB: – Implantar um programa sustentável, promovendo inclusão social ; – Garantir preços competitivos, qualidade e suprimento; – Produzir o biodiesel a partir de diferentes fontes oleaginosas e em regiões diversas. Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel
  • 3. • Incrementar, em bases econômicas, sociais e ambientais, a participação dos biocombustíveis na matriz energética nacional. • Estabelece a obrigatoriedade da adição de um percentual mínimo de biodiesel ao óleo diesel comercializado ao consumidor, em qualquer parte do território nacional. • Esse percentual obrigatório será de 5% oito anos após a publicação da referida lei, havendo um percentual obrigatório intermediário de 2% três anos após a publicação da mesma. Lei 11.097 – 13/01/2005
  • 4. • Os prazos para atendimento do percentual mínimo obrigatório podem ser reduzidos em razão de resolução do Conselho Nacional de Política Energética - CNPE, observados os seguintes critérios: I - a disponibilidade de oferta de matéria-prima e a capacidade industrial para produção de biodiesel; II - a participação da agricultura familiar na oferta de matérias-primas; III - a redução das desigualdades regionais; IV - o desempenho dos motores com a utilização do combustível; V - as políticas industriais e de inovação tecnológica. Lei 11.097 – 13/01/2005
  • 5.  Cabendo à ANP definir os limites de variação admissíveis para efeito de medição e aferição dos percentuais acima citados.  Biocombustível:  combustível derivado de biomassa renovável para uso em motores a combustão interna ou, conforme regulamento, para outro tipo de geração de energia, que possa substituir parcial ou totalmente combustíveis de origem fóssil;  Biodiesel:  biocombustível derivado de biomassa renovável para uso em motores a combustão interna com ignição por compressão ou, conforme regulamento, para geração de outro tipo de energia, que possa substituir parcial ou totalmente combustíveis de origem fóssil. Lei 11.097 – 13/01/2005
  • 6. Biodiesel Biodiesel é um combustível biodegradável derivado de fontes renováveis como óleos vegetais e gorduras animais que, estimulados por um catalisador, reagem quimicamente com o álcool ou o metanol. Existem diferentes espécies de oleaginosas no Brasil das quais se pode produzir o biodiesel, entre elas mamona, dendê, girassol, babaçu, soja e algodão. Introdução
  • 7. Esse combustível substitui total ou parcialmente o diesel de petróleo em motores ciclodiesel de caminhões, tratores, camionetas, automóveis e também para geração de energia e calor. Pode ser usado puro ou misturado ao diesel em diversas proporções. A mistura de 2% de biodiesel ao diesel de petróleo é chamada de B2 e assim sucessivamente, até o biodiesel puro, denominado B100. Introdução
  • 8.  Opção pelo óleo para a produção de biodiesel depende: disponibilidade local ;  propriedades de armazenamento;  desempenho como cobustível;  viabilidade econômica.  Óleo vegetais  Gorduras de origem animal Matérias-primas
  • 9.  Óleo vegetal  colza/canola e girassol – União Européia;  palma – países tropicais  soja – Estados Unidos  arroz, caroço de algodão, amendoim, açafrão, coco...;  Gorduras de origem animal  sebo;  banha.  óleo de descarte. Matérias-primas
  • 10. Oleaginosas  Dendê/Palma (Elaeis guineensis / Elaeis oleifera)  Abacate (Persea americana)  Algodão (Gossypium hirsutum)  Amendoim (Arachis hypogaea)  Colza/canola (Brassica campestris, Brassica napus)  Andiroba (Carapa guianensis)  Soja (Glycine max)  Babaçu (Orbignya martiana e Orbignya oleifera)  Coco (Cocos nucifera)
  • 11. Oleaginosas  Girassol (Helianthus annus)  Gergelim, Sésamo (Sesamun indicum)  Pinhão-Manso (Jatropha curcas)  Linhaça (Linun usitatissimum)  Macaúba (Acrocomia sclerocarpa e Acrocomia intumescens)  Buriti (Mauritia flexuosa e Mauritia vinifera)  Nabo forrageiro (Raphanus sativus)  Pequi (Caryocar brasiliense, Caryocar nuciferum e Caryocar villosum)
  • 12. Totalmente compatível com o diesel;  Biodegradável; É derivado de matérias primas renováveis de ocorrência natural; Gera redução nas principais emissões presentes nos gases de exaustão (exceto de NOx); Possui alto ponto de fulgor; Apresenta excelente lubricidade. Vantagens
  • 13. Alto custo; Emissões de NOx; Baixa estabilidade quando exposto ao ar; Propriedades de fluxo que são particularmente desfavoráveis nos países da América do Norte. Desvantagens
  • 14. • Misturas binárias com petrodiesel; • Pirólise; • Microemulsificação (ou mistura co-solvente); • Transesterificação. Produção de Biodiesel
  • 16. Produção de Biodiesel O QUE É BIODIESEL? Biodiesel • Óleos vegetais e/ou gorduras animais em conjunto com um álcool (metanol ou etanol) e na presença de um catalisador, são convertidos em ácidos graxos e, finalmente, a ésteres, com o glicerol (glicerina) como sub-produto.
  • 17. Parâmetros de reação: Tipo de catalisador;  Razão molar entre o álcool e o óleo vegetal;  Tempo de reação;  Grau de refino do óleo vegetal empregado;  Efeito da presença de umidade;  Ácidos graxos livres. Produção do Biodiesel
  • 18. Tipo de catalisador Catálise Homogênea: Básicos: KOH, NaOH, Metóxido, Etóxido.  Proporcionam processos muito mais rápidos que catalisadores ácidos. Ácidos: Sulfúrico, Sulfônico, Fosfórico, Clorídrico. Catálise Heterogênea: Enzimática suportada; Resinas iônicas; Sem catalisador. Produção do Biodiesel
  • 19. Álcool Catálise Homogênea: Básicos: KOH, NaOH, Metóxido, Etóxido.  Proporcionam processos muito mais rápidos que catalisadores ácidos. Ácidos: Sulfúrico, Sulfônico, Fosfórico, Clorídrico. Catálise Heterogênea: Enzimática suportada; Resinas iônicas; Sem catalisador. Produção do Biodiesel
  • 21. GIRASSOL, AMENDOIM, DENDÊ E MAMONA - Oleaginosas  PONTOS CRÍTICOS – Além do preço de mercado: • Limitação da oferta anual de grãos e óleo; • Forte concorrência com outras cadeia de suprimento concorrentes – alimentos, farmacêuticos, químicos, cosméticos etc.; • O aumento de produção descontrolada do óleo pode causar problemas para outras cadeias de suprimento concorrentes no que se refere ao óleo e aos co- produtos.  ALTERNATIVA: Estabelecimento de cadeias de suprimento dedicadas à produção de combustível com abrangência regional e complementar (curto prazo) ao insumo principal, com possível inversão de papéis no longo prazo. Insumo: óleos e gorduras - Brasil
  • 22. Insumo: óleos e gorduras - Brasil Fonte: Meirelles, F. S. Federação da Agricultura do Estado de São Paulo. Tabela 1: Características de algumas culturas de oleaginosas, e gordura animal com potencial de uso energético.
  • 23. Insumos – Catalisador: Brasil CATALISADORES Principal produtor: Pan-Americana Excedente de produção anual hoje: 12.000 t (possibilidade de ampliação para 24.000 t) => Necessidade anual para B2: 7.400 t => Necessidade anual para B5: 22.000 t
  • 24.  A Potassa Cáustica, KOH, é o catalisador preferencialmente utilizado na produção de Biodiesel;  A Pan-Americana é a única produtora de potassa na América Latina, e localiza-se no Rio de Janeiro. Catalisadores e Co-produtos
  • 25.  A glicerina é biodegradável, porém pode conter resquícios de metanol que são prejudiciais ao meio-ambiente.  O aumento da oferta de glicerina com a obrigatoriedade de B2 pressionará seu preço para baixo. Por outro lado, preços menores da glicerina viabilizam novas utilizações e aplicações.  Provável destino da glicerina no curto prazo:  Repasse da glicerina a empresas que destilem e re-aproveitem os resquícios de metanol;  Queima em caldeiras;  Despejo em rios. Catalisadores e Co-produtos: glicerina Possível formação de acroleína (tóxica) Prejuízo ao meio ambiente (ILEGAL)
  • 26. O MCT através da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel está investindo em pesquisa e desenvolvimento de novas utilizações para a glicerina:  Atuação em processos industriais como lubrificante, umectante, solvente, anticongelante, amaciante ou emulsificante;  Produção de Compostos oxigenados para aditivação de combustíveis;  Uso direto para injeção em poços de petróleo;  Mistura com fibras para formação de materiais para a construção civil;  Matéria-prima para processos petroquímico. Catalisadores e Co-produtos: glicerina
  • 27. Processo: Brasil TRANSESTERIFICAÇÃO ALCOÓLICA DE ÓLEO OU GORDURA POR CATÁLISE HOMOGÊNEA BÁSICA:  Rota metílica  Rota etílica Excesso a ser reciclado Excesso a ser reciclado
  • 28.  ADEQUAÇÃO AO USO DE ÓLEOS/GORDURAS Depende do processo – o usual não é crítico, a menos quanto ao rendimento; Atenção especial à qualidade dos insumos residuais.  GARANTIA DE SUPRIMENTO DE ÓLEO DE SOJA: Incentivo ao esmagamento adicional de grãos; Uso da capacidade ociosa de esmagamento; Equilíbrio do mercado de farelo; Competição com o H-Bio. Pontos Críticos – Processo: Brasil
  • 29.  SUPRIMENTO DE ÓLEOS VEGETAIS QUE NÃO SOJA: Atender percentuais “selo verde” por região; Competição com outros mercados mais nobres; Alavancagem da produção agrícola; Capacidade de esmagamento – existência/distribuição.  COMPLEXIDADE DA ROTA ETÍLICA: Complexidade do processo; Custo do etanol anidro; Reaproveitamento do etanol hidratado. Pontos Críticos – Processo: Brasil
  • 30. Pontos Críticos – Processo: Brasil Propriedades críticas (processo de produção) Glicerina total (Reação completa) Glicerina livre (Separação da glicerina) Cinzas (Separação do catalisador residual) Acidez total e corrosividade (Ausência de ácidos graxos livres) Ponto de fulgor (Separação do álcool)