1. Comércio e distribuição
A maior parte dos bens que utilizamos no nosso dia-a-dia foram produzidos num local muito
longe de nós. Depois de serem produzidos os bens percorrem um longo caminho antes de
serem consumidos, isto é, passam por muitos lados e por muitos processos antes de chegarem
até nós. Primeiro passam por um processo que se chama distribuição que é a actividade que
engloba todas as operações que permitem fazer deslocar os produtos desde a produção até ao
consumo. Depois de serem produzidos, esses bens e produtos que passaram por determinadas
operações importantes vão estar em condições de serem vendidos e utilizados pelas pessoas
que deles necessitam, ou seja, vão para o comércio. O comércio é a actividade intermediária
de troca que ajuda os produtores a venderem os seus produtos permitindo que os
consumidores tenham acesso aos bens que desejam. Mas o caminho que os bens percorrem,
desde o produtor até ao consumidor final, pode ser mais ou menos extenso, dependendo do
número de intermediários que actuem no processo. Esse caminho chama-se também circuito
de distribuição e pode haver três caminhos: o circuito ultra curto, que também pode ser muito
curto ou directo, o circuito curto ou simplesmente rápido e o circuito longo ou extenso. O
circuito ultra curto é caracterizado por estabelecer uma ligação directa entre o produtor e o
consumidor final não havendo qualquer intermediário no processo de distribuição. Neste
circuito, o fabricante desempenha todos os papéis, ou seja, produz e vende os produtos. O
circuito curto caracteriza-se pelo produtor assumir o papel de armazenista, ou seja,
comerciante que adquire grandes quantidades de bens para os vender em parcelas mais
pequenas vendendo os seus produtos ao comerciante que compra ao armazenista pequenas
quantidades de bens que se destinam a ser vendidas ao consumidor final, ou seja, ao
retalhista. Finalmente temos o circuito longo ou extenso que é o mais clássico onde o produtor
vende os seus bens ao armazenista, o armazenista volta a vender, ou seja, revende os seus
bens ao retalhista que é a pessoa que vai comercializar os bens ao consumidor final.
Tipos de comércio
Nos dias de hoje existem várias formas de comércio, pois o aumento da concorrência, da
competição e o avanço da tecnologia levaram os comerciantes a utilizarem outras estratégias
de forma a conseguirem vender os seus produtos de maneira mais eficaz para ganharem
vantagem sobre as outras empresas. Essas estratégias foram a utilização de outros tipos de
comércio como: o comércio independente, o comércio associado e o comércio integrado ou
organizado. O comércio independente é caracterizado por ser um posto de venda único, tem a
ver com a família porque o trabalhador trabalha e ganha o ordenado no final do mês para
sustentar a família. O comércio associado é composto por empresas comerciais que se juntam
mas mantêm a sua forma de trabalhar com o objectivo de efectuar operações de compras e
prestação de serviços trabalhando em conjunto de maneira a poderem beneficiar de
economias e assegurar alguma competividade com os outros tipos de comércio que não estão
associados. O comércio integrado que também se pode chamar comércio organizado engloba
as empresas comerciais que se agrupam com o objectivo de explorar cadeias de pontos de
venda ou redes comerciais comuns. Deste tipo de comércio fazem parte os seguintes
conceitos: os grandes armazéns( ou lojas de departamento), os armazéns populares, os
hipermercados, as grandes superfícies especializadas como por exemplo o IKEA e a Fnac e o
franchising (ou franquia) em que uma empresa com um formato de negócio já testado
2. concede a outra o direito de utilizar a sua marca e vender os seus produtos ou serviços num
determinado modelo de gestão, em troca de uma certa remuneração. Temos cá em Portugal o
exemplo da Telepizza. Cada um destes diferentes tipos de comércio utiliza o seu próprio
método de venda que pode ser: venda directa, venda automática e venda de porta a porta. A
venda directa é a venda que se faz no domícilio do comprador ou noutro local semelhante, isto
é, a pessoa chega a uma determinada loja e compra aquilo que deseja. Depois temos a venda
automática que são equipamentos dispensadores de produtos mediante um pagamento, isto
é, a pessoa coloca na máquina o dinheiro que a máquina pede por aquele produto e a máquina
vende-lhe directamente o produto. E finalmente temos a venda de porta a porta que de certa
maneira também pode ser venda indirecta porque é o vendedor que vai a casa do comprador
onde vai-lhe vender uma encomenda muito específica que tem um preço especial ou então o
vendedor vai apenas a casa da pessoa para lhe entregar publicidade ou apenas informação
como por exemplo o caso das pessoas da Igreja ou dos homens da Meo, da Zon e da cabo
visão.