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Ponto dos Truões - Av. Ana Godoy de Souza, 381. B. Santa Mônica.
CEP: 38.408-290 Uberlândia/MG
INFORMATIVO #01INFORMATIVO #01
Desde seu nascimento, no ano
de2002,aTrupesededicaainves gar
os caminhos possíveis para a criação
de espetáculos voltados para o
público infantojuvenil, de modo que
esses processos cria vos se pautam
não só no aprimoramento ar s co
dos integrantes do grupo, mas
também no diálogo direto com os
espectadores.Noanode2013aTrupe
esteve em Goiânia por meio do
Circuito Sesc Palco Giratório se
apresentando na Mostra Sesc Aldeia
Diabo Velho - Território Livre das
Artes com o espetáculo Simbá, o
Marujo, um dos espetáculos que
compõe a Trilogia As Mil e uma
Noites.
Neste ano a Trupe de Truões
teve a oportunidade de voltar a
capital goiana para par cipar da
edição de 2015 da Mostra Sesc Aldeia
Diabo Velho que vem dedicando ao
p ú b l i c o i n fa n t o j u v e n i l u m a
programação de uma semana inteira
de espetáculos: a Cena Curumim. Só
que dessa vez a par cipação da Trupe
contou com a apresentação completa
da sua Trilogia As mil e uma noites
composta pelas histórias de Simbá, o
Marujo, Aladim e a Lâmpada
Maravilhosa e por Ali Babá e os 40
Ladrões. Essa foi a primeira vez que a
trilogia foi apresentada fora da cidade
de Uberlândia concre zando o desejo
do grupo de levar o resultado de um
projeto desenvolvido ao longo de 9
anosparaforadesuacidadenatal.
Durante os dias em que se
apresentou nas unidades do Sesc
Faiçalville e Sesc Centro, a Trupe pôde
dialogar diretamente com a plateia ao
final de cada espetáculo a fim de dar
v o z a o e s p e c t a d o r p a r a o
compar lhamento de impressões e
significados construídos a cada
encenação apresentada/assis da.
Nessesespaçosdediálogofoipossível
compar lhar tanto com as crianças
quantocomosadultosetambémcom
ar stas da cidade que também se
interessam pela criação ar s ca
voltada para este público os
meandros da criação do grupo na
produção de teatro para crianças e
jovens e mais especificamente da
trilogia destacando as especificidades
relacionadas a cada espetáculo.
Durante o tempo em que es vemos
na cidade ficou clara a proposta do
Sescdedespertarnascriançasogosto
pela arte e cultura através do teatro.
Além da Trupe de Truões, outros
grupos goianos e do cenário nacional
também compuseram a programação
que esteve repleta de ações ar s co-
culturais capazes de preparar as
crianças para apreciarem a arte,
despertando o gosto pelo teatro,
promovendo uma interação entre
plateia e espetáculo, es mulando a
c r i a v i d a d e , l u d i c i d a d e e
desenvolvendo a imaginação. Com
isso, o Sesc-GO mais uma vez se
desponta como ins tuição que
promove ações culturais capazes de
formar público e espectadores
crianças, adolescentes e adultos,
sejam eles pais ou não, com o olhar
sensívelparaaarte.
ALDEIA DIABO VELHO E CENA CURUMIM
FORMANDO PLATEIA NO TEATRO PARA CRIANÇAS E JOVENS
Informa vo da Trupe de Truões |Ano 01 | 1ª Edição | Julho | 2015
TRUPE DE TRUÕES EM GOIÂNIA/GOTRUPE DE TRUÕES EM GOIÂNIA/GO
Ronan Vaz é ator iluminador e coordenador ar s co-pedagógico da Trupe de Truões
Por Ronan Vaz
Foto:LaísBasta
1
Aconteceu no dia 27 de Junho
na programação da Mostra Sesc
Aldeia Diabo Velho – Território Livre
das Artes - o Bate Papo: “Teatro
Infan l Contemporâneo: Temas
Tabus” com o diretor Paulo Merisio,
da Trupe de Truões. A roda teve como
mediadora a atriz/diretora Ana
Cris na Evangelista, do Grupo
Zabriskie Teatro (GO) e contou com a
par cipação de outros ar stas locais,
estudantes e professores de teatro
interessados em debater sobre a
produção atual de teatro para
criançasejovens.
No debate os par cipantes
foram provocados a pensar sobre
“qual a compreensão (olhar) que
temos sobre infância, sobre a
criança?” e como essa concepção,
algumas vezes imposi va, tem
influenciado nega vamente as
produções teatrais para o público
infantojuvenil. Para fugir da produção
infan lizada de teatro, no sen do
nega vo da palavra, se faz necessário
escutar a criança, abrir-se para o
diálogo com este público e, por que
não, deixar este público escolher o
que quer assis r e sobre o que quer
falar?
A par r da sua experiência
enquanto diretor e idealizador da
Trilogia da Trupe de Truões, Paulo
pontuou algumas possibilidades
cênicas quanto à cenografia, narração
de histórias e atuação presentes nos
espetáculos da trilogia e, que são
resultados de pesquisas empenhadas
por ele e pelo grupo. Essas escolhas
cênicas que obje vam proporcionar
a o p ú b l i c o , p a i s e fi l h o s ,
oportunidades de diálogo com as
obras, de interpretação dos códigos
postos em cena, considerando a ação
a vaecria vadosespectadores.
Percebe-se que não há uma
fórmula correta, uma receita a seguir,
quando se trata de fazer teatro para
crianças, mas, deve haver, antes de
tudo, o respeito pelo espectador, seja
este a criança, o jovem ou o adulto. É
preciso reconhecer o teatro como
uma experiência e não reduzi-lo a
uma ferramenta pedagógica e
moralizante. Fazer teatro para
crianças não tem como foco formar
ou “formatar” o indivíduo – para um
“viraser”,mas,dialogarcomacriança
a par r do que ela é considerando
tambémopontodevistadela.
BATE PAPO
TEATRO INFANTIL CONTEMPORÂNEO: TEMAS TABUS
Laís Ba sta é atriz, pesquisadora e produtora execu va da Trupe de Truões
Por Laís Ba sta
Dando início às atividades da
Mostra Sesc Aldeia Diabo Velho, no
dia 27 de Junho aconteceu o cortejo
cênico de abertura pelas ruas de
Goiânia. Laís Batista foi a responsável
por representar a Trupe de Truões no
cortejo que reuniu artistas da cidade e
de grupos convidados para a Aldeia,
que movimentaram as ruas do centro
de Goiânia com muita alegria, música e
simpatia.
Logo mais à tarde, enquanto
acontecia o bate papo sobre Teatro
Infantil Contemporâneo com
participação de Paulo Merisio (Diretor
Artístico do grupo), no Sesc Centro,
parte da Trupe de Truões estava no
Sesc Faiçalville apresentando o
espetáculo Ali Babá e os 40 Ladrões,
integrando a programação do Cortina
Aberta. Um projeto que objetiva
favorecer as práticas socioculturais
intensificando a reflexão sobre as
mesmas e, ainda, contribuir para a
produção cultural.Aapresentação teve
entrada franca e contou com um
público atento, receptivo e que
envolveu a Trupe durante toda a
históriadeAliBabá.
CORTEJO CÊNICO E CORTINA ABERTA
Por Amanda Barbosa
Amanda Barbosa é atriz, pesquisadora e coordenadora de comunicação da Trupe de Truões
Contato: +55 34 3237 9440 | 3086 2030 | 9172 0574
Foto:LaísBastaFoto:LayzaVasconcelos
2
www.trupedetruoes.blogspot.com www.trupecasaaberta.blogspot.com trupedetruoes@gmail.com
Dias de marolas, ondas fortes,
tufões, mar calmo e muita sede em
águas salgadas...
A sensação era essa mesma,
de muita sede tendo muita água em
volta, o problema é que água de mar
nãomataasede.
Cada dia de oficina foi
norteado pelos espetáculos da
Trilogia de As Mil e Uma Noites da
TrupedeTruões,respeitandoaordem
dasapresentações.
1ªPARADA:SIMBÁ,OMARUJO
Paulo Merisio (Diretor
Ar s co do Grupo) e Ricardo Augusto
(Ator e Gestor do Grupo) conduziram
a oficina. Minha função: registro. Ou
pelo menos a tenta va de. Um olhar
atento sobre outros olhares, curiosos,
de quem busca a fórmula mágica, o
segredo, a revelação. A turma que
c u r s o u a o fi c i n a d e t e a t r o
infantojuvenil no Sesc Goiás dentro
da programação da Aldeia Diabo
Velho, foi uma turma muito diver da,
disponível, diversa. De professores a
atores e produtores, todos, me
parecia, buscavam ali, matar a sua
sede. E pelo pouco tempo que
vemos o que pudemos beber um
bom gole refrescante de água, desses
em que dá pra sen r o percurso da
água tomando toda a boca, descendo
CURSO – TEATRO INFANTIL CONTEMPORÂNEO: TEMAS TABUS
DIÁRIO DE BORDO
Por Maria De Maria
pelo esôfago, até inundar o
estômago.
2ª PARADA: ALADIM E A LÂMPADA
MARAVILHOSA
“o discurso vem pela cena” (MERISIO,
2015).
Retomaram o debate sobre o
“estado de jogo”, propício para a
cria vidade. Em que medida perde-
se a organicidade ao passar para a
cena?
Talvez por isso o discurso do
teatro contemporâneo sirva, de
forma favorável, para a compreensão
dos códigos teatrais. Jean Pierre
Ryngaert em suas proposições sobre
jogo alimenta caminhos dos jogos
enquantoferramentadacena.
3ª PARADA: ALI BABÁ E OS 40
LADRÕES
Terceira e úl ma parada, a
discussão girou em torno das
impressões de Aladim e as relações
com o teatro para crianças. Não
pudemos deixar de falar sobre a peça
“Conselho de Classe” encenada pela
Cia. dos Atores que compunha a
programação do Fes val e que foi
apresentada à noite no dia anterior,
visto que ela discute escola,
educação, arte, liberdade. Qual o
papel da escola hoje? Qual o papel
dospais?
Muitas foram as tenta vas de
respostas. (prefiro deixar as questões.
Epravocê,oqueacha?)
– Por que toda cena para crianças
precisa ter criança em cena? Foi essa
a pergunta de Ricardo que norteou o
início das discussões. Paulo
c o m p l e t o u o r a c i o c í n i o
exemplificando que na cena do fundo
do mar, feita no primeiro dia do curso
todos já estavam trazendo a
atmosfera da criança do que quando
imitavam crianças. A situação já nos
diz da infância. O Jogo instaura por si
só o universo lúdico, próprio da
criança.
Aperguntalançadaatodos:
– Quem são os espectadores que nos
assistem? Que assistem aos
espetáculos infan s que nós
fazemos?
Úl ma parada: aportamos. Terra à
vista!
O olhar de fora, de sair de
formas tradicionais do campo da
linguagem, para se debruçar em
espaços de experimentações
híbridas, se revelou como um potente
procedimento pedagógico para outra
possibilidade que se abre a ser
exploradanoteatroparacrianças.
Maria De Maria é atriz, pesquisadora e gestora de projetos da Trupe de Truões
Foto:MariaDeMaria
3
No fim do mês de Junho, a
Trupe de Truões marcou presença na
Aldeia Diabo Velho promovido pelo
Sesc Goiás. Foram dias intensos de
m u i t a s a v i d a d e s , c o m
apresentações dos espetáculos da
Trilogia As Mil e Uma Noites (Simbá o
Marujo, Ali Babá e os 40 ladrões e
Aladim e a Lâmpada Maravilhosa),
oficina teatral e bate papo. A
organização da Aldeia ainda
promoveu uma série de ações
culturais e forma vas dentro da
programaçãodoevento.
Eoquenossaltaaosolhosfoia
intensa par cipação da comunidade
nas a vidades oferecidas, se
empoderando dos espaços e
equipamentos culturais da cidade,
ar culando entretenimento e cultura
em suas diversas expressões. Diante
disto, agradecemos o público
go i a n i e n s e p e l a re c e p çã o e
parabenizamos a unidade do Sesc
Goiânia pela inicia va de promover
um evento desta proporção,
i n c e n va n d o, a r c u l a n d o e
acessibilizando à comunidade
eventos culturais que possibilitem um
apuramento esté co, a fruição de
obras de diferentes linguagens e o
exercíciodesuacidadania.
Estreamos nossa Trilogia (Ali
Babá, Simbá e Aladim) em 2012. De lá
pra cá, a ideia de viajar com os três
espetáculos juntos se transformou
numa meta. Mas o percurso para a
realização dessa meta foi tão extenso
e com obstáculos, que neste meio
t e m p o o 1 º e s p e t á c u l o s e
transformou no 3º, ou melhor, no 4º
já que Ali Babá pedia mudança, pedia
novos desafios e experimentações.
Assim, em 2014, outro Ali Babá
surgiu. E foi na Aldeia Diabo Velho
que cumprimos nossa meta! Pela
primeira vez deixamos nossa casa, o
Ponto dos Truões, e cortamos cerrado
a fora com nossos três filhos a bordo!
E pela primeira vez vimos à dimensão
que os três alcançam juntos. Desde
cenários, figurinos e adereços ao
hibridismo da cena. Foi emocionante
para nós, Truões, vivenciar o processo
d e m o n t a g e m , e x e c u ç ã o e
desmontagem de cada um! Foi como
pintar um quadro: No primeiro dia, as
nuances do azul presentes em Simbá
nos transportaram para descobrir os
mistérios, aventuras dos 7 mares e as
delícias gastronômicas que o nosso
marujo pode reverberar. E que esteve
presente na Aldeia através do Cena
Gastrô, um espaço para a arte da
culinária, onde nós pudemos
experimentar o prato Simbá, o
Marujo, criado pelo Chef Guilherme
Wohlgemuph especialmente para a
Mostra: Um delicioso camarão
passado na manteiga com calda de
limão seguido de um dos pratos
tradicionais de nosso Brasil, moqueca
de peixe guarnecida com arroz ao
alho e salada do chef e para finalizar,
p a l h a i ta l i a n a e m b e b i d a a o
conhaque, com raspas de chocolate!
Uma verdadeira aventura de sabores
que só nosso Simbá poderia nos
proporcionar.
E con nuando nossa pintura,
no segundo dia a calmaria do branco
de Aladim nos levou para viajar pelo
deserto e contar a mais linda história
de amor e no 3º dia, os tons do
vermelho e a força da terra nos
fizeram descobrir cavernas de
tesouros e mostrar a maior riqueza
quepossuímos,anossaarte!
Obrigada à Aldeia Diabo Velho
que nos possibilitou alcançar essa
meta e nos fez reabrir os olhos para o
tesouroquecarregamosnamala!
DOS TESOUROS DE AS MIL E UMA NOITES
Território de encontros: A Aldeia em Festa
Thiago Di Guerra é ator e pesquisador da Trupe de Truões
Por Thiago Di Guerra
Por Amanda Barbosa
IMPRESSÕES E REFLEXÕES
/trupedetruoes/trupedetruoes/trupedetruoes @trupedetruoes
Amanda Barbosa é atriz, pesquisadora e coordenadora de comunicação da Trupe de Truões
Foto:ThiagoDiGuerra
4
Tivemos muitas alegrias na
Mostra Sesc Aldeia Diabo velho, uma
dessasfoioreencontrocomoquerido
grupo e parceiro Zabriskie Teatro, que
conhecemos em 2013 através do
Circuito Sesc Palco Giratório e que
durante este tempo vemos o prazer
dereencontrá-losanualmente.
O primeiro encontro foi em
2013 quando fizemos intercâmbio
ar s co com o grupo ao passarmos
por Goiânia/GO, assis mo-nos uns
aos outros, conhecemos sua sede,
t r o c a m o s e x p e r i ê n c i a s e
compar lhamos do nosso fazer
ar s co,históriaselutas.
Depois de conhecê-los,
Amanda Aloysa é atriz, pesquisadora e produtora execu va da Trupe de Truões
Por Amanda Aloysa
Ser um truão é de fato um
ar sta mul facetário. De fato o ideal
de fazer teatro no interior do nosso
Brasil, nos traz a perspec va de que é
preciso ocupar diversos lugares
dentrodonosso grupo.Somosatores,
i l u m i n a d o r e s , fi g u r i n i s t a s ,
c e n ó g ra fo s , p e s q u i s a d o re s ,
p r o d u t o r e s , g e s t o r e s ,
administradores. Assim formamos
um cole vo de diferenças que nos
uneemumabasesolida.
DuranteaMostraAldeiaDiabo
Velho, nos dividimos para estarmos
em lugares diferentes, quebrando as
leis da sica, com a nossa arte, fomos
aomesmotempoemlugaresopostos.
Caminhamos além dos tabus. Na
aldeia, compar lhamos do nosso
f a z e r a r s c o e a s s i m n o s
alimentamos dos nossos ideais.
Vimos o nosso cerrado em outro
lugar. A caminhada é longa ainda,
masapossibilidadedoalcancenosfaz
seguiradiante.
DA NECESSIDADE DE SERMOS MUITOS EM UM SÓ
Por Wesley Nunes
vemos a certeza de que aquele
encontro não podia ser o único, então
e m 2 0 1 4 o s l e v a m o s à
Uberlândia/MG, através do projeto
Casa Aberta: Cole vos nas Gerais,
apoiado pelo Fundo Estadual de
Minas Gerais, onde se apresentaram
para o público mineiro, conheceram
nossa casa/sede e puderam
intercambiar não só com a Trupe, mas
também o Grupo Galhofas que
trabalhacompalhaçaria.
E este ano, ao retornarmos à
capital goiana, não poderíamos
deixar de lhes fazer uma visita.
Assis mos na noite do dia 27 de
Junho ao espetáculo Amor I Love You
e ficamos encantados com a entrega,
o amor e a persistência pelo fazer
teatral e pela arte da palhaçaria, esta
arte tão rica que há anos venho
pesquisando e vivenciando. Pós-
espetáculo, conhecemos a casa de
Alexandre Augusto e Ana Cris na
Evangelista (Integrantes Zabriskie),
onde comungamos, compar lhamos
afetosecrenças.Eduranteostrêsdias
de apresentação da trilogia, o carinho
e olhar atento do Zabriskie es veram
n a p l a t e i a . U m r e e n c o n t r o
fundamental para nossa luta, que na
maioria das vezes, é um fazer solitário
nointeriordopaís.
Wesley Nunes é ator, iluminador e pesquisador da Trupe de Truões
Um reencontro para lembrar por mil e uma noites
Realização:
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5
Até breve!
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Trupe de Truões em Goiânia apresenta Trilogia e debate teatro infantil

  • 1. Ponto dos Truões - Av. Ana Godoy de Souza, 381. B. Santa Mônica. CEP: 38.408-290 Uberlândia/MG INFORMATIVO #01INFORMATIVO #01 Desde seu nascimento, no ano de2002,aTrupesededicaainves gar os caminhos possíveis para a criação de espetáculos voltados para o público infantojuvenil, de modo que esses processos cria vos se pautam não só no aprimoramento ar s co dos integrantes do grupo, mas também no diálogo direto com os espectadores.Noanode2013aTrupe esteve em Goiânia por meio do Circuito Sesc Palco Giratório se apresentando na Mostra Sesc Aldeia Diabo Velho - Território Livre das Artes com o espetáculo Simbá, o Marujo, um dos espetáculos que compõe a Trilogia As Mil e uma Noites. Neste ano a Trupe de Truões teve a oportunidade de voltar a capital goiana para par cipar da edição de 2015 da Mostra Sesc Aldeia Diabo Velho que vem dedicando ao p ú b l i c o i n fa n t o j u v e n i l u m a programação de uma semana inteira de espetáculos: a Cena Curumim. Só que dessa vez a par cipação da Trupe contou com a apresentação completa da sua Trilogia As mil e uma noites composta pelas histórias de Simbá, o Marujo, Aladim e a Lâmpada Maravilhosa e por Ali Babá e os 40 Ladrões. Essa foi a primeira vez que a trilogia foi apresentada fora da cidade de Uberlândia concre zando o desejo do grupo de levar o resultado de um projeto desenvolvido ao longo de 9 anosparaforadesuacidadenatal. Durante os dias em que se apresentou nas unidades do Sesc Faiçalville e Sesc Centro, a Trupe pôde dialogar diretamente com a plateia ao final de cada espetáculo a fim de dar v o z a o e s p e c t a d o r p a r a o compar lhamento de impressões e significados construídos a cada encenação apresentada/assis da. Nessesespaçosdediálogofoipossível compar lhar tanto com as crianças quantocomosadultosetambémcom ar stas da cidade que também se interessam pela criação ar s ca voltada para este público os meandros da criação do grupo na produção de teatro para crianças e jovens e mais especificamente da trilogia destacando as especificidades relacionadas a cada espetáculo. Durante o tempo em que es vemos na cidade ficou clara a proposta do Sescdedespertarnascriançasogosto pela arte e cultura através do teatro. Além da Trupe de Truões, outros grupos goianos e do cenário nacional também compuseram a programação que esteve repleta de ações ar s co- culturais capazes de preparar as crianças para apreciarem a arte, despertando o gosto pelo teatro, promovendo uma interação entre plateia e espetáculo, es mulando a c r i a v i d a d e , l u d i c i d a d e e desenvolvendo a imaginação. Com isso, o Sesc-GO mais uma vez se desponta como ins tuição que promove ações culturais capazes de formar público e espectadores crianças, adolescentes e adultos, sejam eles pais ou não, com o olhar sensívelparaaarte. ALDEIA DIABO VELHO E CENA CURUMIM FORMANDO PLATEIA NO TEATRO PARA CRIANÇAS E JOVENS Informa vo da Trupe de Truões |Ano 01 | 1ª Edição | Julho | 2015 TRUPE DE TRUÕES EM GOIÂNIA/GOTRUPE DE TRUÕES EM GOIÂNIA/GO Ronan Vaz é ator iluminador e coordenador ar s co-pedagógico da Trupe de Truões Por Ronan Vaz Foto:LaísBasta 1
  • 2. Aconteceu no dia 27 de Junho na programação da Mostra Sesc Aldeia Diabo Velho – Território Livre das Artes - o Bate Papo: “Teatro Infan l Contemporâneo: Temas Tabus” com o diretor Paulo Merisio, da Trupe de Truões. A roda teve como mediadora a atriz/diretora Ana Cris na Evangelista, do Grupo Zabriskie Teatro (GO) e contou com a par cipação de outros ar stas locais, estudantes e professores de teatro interessados em debater sobre a produção atual de teatro para criançasejovens. No debate os par cipantes foram provocados a pensar sobre “qual a compreensão (olhar) que temos sobre infância, sobre a criança?” e como essa concepção, algumas vezes imposi va, tem influenciado nega vamente as produções teatrais para o público infantojuvenil. Para fugir da produção infan lizada de teatro, no sen do nega vo da palavra, se faz necessário escutar a criança, abrir-se para o diálogo com este público e, por que não, deixar este público escolher o que quer assis r e sobre o que quer falar? A par r da sua experiência enquanto diretor e idealizador da Trilogia da Trupe de Truões, Paulo pontuou algumas possibilidades cênicas quanto à cenografia, narração de histórias e atuação presentes nos espetáculos da trilogia e, que são resultados de pesquisas empenhadas por ele e pelo grupo. Essas escolhas cênicas que obje vam proporcionar a o p ú b l i c o , p a i s e fi l h o s , oportunidades de diálogo com as obras, de interpretação dos códigos postos em cena, considerando a ação a vaecria vadosespectadores. Percebe-se que não há uma fórmula correta, uma receita a seguir, quando se trata de fazer teatro para crianças, mas, deve haver, antes de tudo, o respeito pelo espectador, seja este a criança, o jovem ou o adulto. É preciso reconhecer o teatro como uma experiência e não reduzi-lo a uma ferramenta pedagógica e moralizante. Fazer teatro para crianças não tem como foco formar ou “formatar” o indivíduo – para um “viraser”,mas,dialogarcomacriança a par r do que ela é considerando tambémopontodevistadela. BATE PAPO TEATRO INFANTIL CONTEMPORÂNEO: TEMAS TABUS Laís Ba sta é atriz, pesquisadora e produtora execu va da Trupe de Truões Por Laís Ba sta Dando início às atividades da Mostra Sesc Aldeia Diabo Velho, no dia 27 de Junho aconteceu o cortejo cênico de abertura pelas ruas de Goiânia. Laís Batista foi a responsável por representar a Trupe de Truões no cortejo que reuniu artistas da cidade e de grupos convidados para a Aldeia, que movimentaram as ruas do centro de Goiânia com muita alegria, música e simpatia. Logo mais à tarde, enquanto acontecia o bate papo sobre Teatro Infantil Contemporâneo com participação de Paulo Merisio (Diretor Artístico do grupo), no Sesc Centro, parte da Trupe de Truões estava no Sesc Faiçalville apresentando o espetáculo Ali Babá e os 40 Ladrões, integrando a programação do Cortina Aberta. Um projeto que objetiva favorecer as práticas socioculturais intensificando a reflexão sobre as mesmas e, ainda, contribuir para a produção cultural.Aapresentação teve entrada franca e contou com um público atento, receptivo e que envolveu a Trupe durante toda a históriadeAliBabá. CORTEJO CÊNICO E CORTINA ABERTA Por Amanda Barbosa Amanda Barbosa é atriz, pesquisadora e coordenadora de comunicação da Trupe de Truões Contato: +55 34 3237 9440 | 3086 2030 | 9172 0574 Foto:LaísBastaFoto:LayzaVasconcelos 2
  • 3. www.trupedetruoes.blogspot.com www.trupecasaaberta.blogspot.com trupedetruoes@gmail.com Dias de marolas, ondas fortes, tufões, mar calmo e muita sede em águas salgadas... A sensação era essa mesma, de muita sede tendo muita água em volta, o problema é que água de mar nãomataasede. Cada dia de oficina foi norteado pelos espetáculos da Trilogia de As Mil e Uma Noites da TrupedeTruões,respeitandoaordem dasapresentações. 1ªPARADA:SIMBÁ,OMARUJO Paulo Merisio (Diretor Ar s co do Grupo) e Ricardo Augusto (Ator e Gestor do Grupo) conduziram a oficina. Minha função: registro. Ou pelo menos a tenta va de. Um olhar atento sobre outros olhares, curiosos, de quem busca a fórmula mágica, o segredo, a revelação. A turma que c u r s o u a o fi c i n a d e t e a t r o infantojuvenil no Sesc Goiás dentro da programação da Aldeia Diabo Velho, foi uma turma muito diver da, disponível, diversa. De professores a atores e produtores, todos, me parecia, buscavam ali, matar a sua sede. E pelo pouco tempo que vemos o que pudemos beber um bom gole refrescante de água, desses em que dá pra sen r o percurso da água tomando toda a boca, descendo CURSO – TEATRO INFANTIL CONTEMPORÂNEO: TEMAS TABUS DIÁRIO DE BORDO Por Maria De Maria pelo esôfago, até inundar o estômago. 2ª PARADA: ALADIM E A LÂMPADA MARAVILHOSA “o discurso vem pela cena” (MERISIO, 2015). Retomaram o debate sobre o “estado de jogo”, propício para a cria vidade. Em que medida perde- se a organicidade ao passar para a cena? Talvez por isso o discurso do teatro contemporâneo sirva, de forma favorável, para a compreensão dos códigos teatrais. Jean Pierre Ryngaert em suas proposições sobre jogo alimenta caminhos dos jogos enquantoferramentadacena. 3ª PARADA: ALI BABÁ E OS 40 LADRÕES Terceira e úl ma parada, a discussão girou em torno das impressões de Aladim e as relações com o teatro para crianças. Não pudemos deixar de falar sobre a peça “Conselho de Classe” encenada pela Cia. dos Atores que compunha a programação do Fes val e que foi apresentada à noite no dia anterior, visto que ela discute escola, educação, arte, liberdade. Qual o papel da escola hoje? Qual o papel dospais? Muitas foram as tenta vas de respostas. (prefiro deixar as questões. Epravocê,oqueacha?) – Por que toda cena para crianças precisa ter criança em cena? Foi essa a pergunta de Ricardo que norteou o início das discussões. Paulo c o m p l e t o u o r a c i o c í n i o exemplificando que na cena do fundo do mar, feita no primeiro dia do curso todos já estavam trazendo a atmosfera da criança do que quando imitavam crianças. A situação já nos diz da infância. O Jogo instaura por si só o universo lúdico, próprio da criança. Aperguntalançadaatodos: – Quem são os espectadores que nos assistem? Que assistem aos espetáculos infan s que nós fazemos? Úl ma parada: aportamos. Terra à vista! O olhar de fora, de sair de formas tradicionais do campo da linguagem, para se debruçar em espaços de experimentações híbridas, se revelou como um potente procedimento pedagógico para outra possibilidade que se abre a ser exploradanoteatroparacrianças. Maria De Maria é atriz, pesquisadora e gestora de projetos da Trupe de Truões Foto:MariaDeMaria 3
  • 4. No fim do mês de Junho, a Trupe de Truões marcou presença na Aldeia Diabo Velho promovido pelo Sesc Goiás. Foram dias intensos de m u i t a s a v i d a d e s , c o m apresentações dos espetáculos da Trilogia As Mil e Uma Noites (Simbá o Marujo, Ali Babá e os 40 ladrões e Aladim e a Lâmpada Maravilhosa), oficina teatral e bate papo. A organização da Aldeia ainda promoveu uma série de ações culturais e forma vas dentro da programaçãodoevento. Eoquenossaltaaosolhosfoia intensa par cipação da comunidade nas a vidades oferecidas, se empoderando dos espaços e equipamentos culturais da cidade, ar culando entretenimento e cultura em suas diversas expressões. Diante disto, agradecemos o público go i a n i e n s e p e l a re c e p çã o e parabenizamos a unidade do Sesc Goiânia pela inicia va de promover um evento desta proporção, i n c e n va n d o, a r c u l a n d o e acessibilizando à comunidade eventos culturais que possibilitem um apuramento esté co, a fruição de obras de diferentes linguagens e o exercíciodesuacidadania. Estreamos nossa Trilogia (Ali Babá, Simbá e Aladim) em 2012. De lá pra cá, a ideia de viajar com os três espetáculos juntos se transformou numa meta. Mas o percurso para a realização dessa meta foi tão extenso e com obstáculos, que neste meio t e m p o o 1 º e s p e t á c u l o s e transformou no 3º, ou melhor, no 4º já que Ali Babá pedia mudança, pedia novos desafios e experimentações. Assim, em 2014, outro Ali Babá surgiu. E foi na Aldeia Diabo Velho que cumprimos nossa meta! Pela primeira vez deixamos nossa casa, o Ponto dos Truões, e cortamos cerrado a fora com nossos três filhos a bordo! E pela primeira vez vimos à dimensão que os três alcançam juntos. Desde cenários, figurinos e adereços ao hibridismo da cena. Foi emocionante para nós, Truões, vivenciar o processo d e m o n t a g e m , e x e c u ç ã o e desmontagem de cada um! Foi como pintar um quadro: No primeiro dia, as nuances do azul presentes em Simbá nos transportaram para descobrir os mistérios, aventuras dos 7 mares e as delícias gastronômicas que o nosso marujo pode reverberar. E que esteve presente na Aldeia através do Cena Gastrô, um espaço para a arte da culinária, onde nós pudemos experimentar o prato Simbá, o Marujo, criado pelo Chef Guilherme Wohlgemuph especialmente para a Mostra: Um delicioso camarão passado na manteiga com calda de limão seguido de um dos pratos tradicionais de nosso Brasil, moqueca de peixe guarnecida com arroz ao alho e salada do chef e para finalizar, p a l h a i ta l i a n a e m b e b i d a a o conhaque, com raspas de chocolate! Uma verdadeira aventura de sabores que só nosso Simbá poderia nos proporcionar. E con nuando nossa pintura, no segundo dia a calmaria do branco de Aladim nos levou para viajar pelo deserto e contar a mais linda história de amor e no 3º dia, os tons do vermelho e a força da terra nos fizeram descobrir cavernas de tesouros e mostrar a maior riqueza quepossuímos,anossaarte! Obrigada à Aldeia Diabo Velho que nos possibilitou alcançar essa meta e nos fez reabrir os olhos para o tesouroquecarregamosnamala! DOS TESOUROS DE AS MIL E UMA NOITES Território de encontros: A Aldeia em Festa Thiago Di Guerra é ator e pesquisador da Trupe de Truões Por Thiago Di Guerra Por Amanda Barbosa IMPRESSÕES E REFLEXÕES /trupedetruoes/trupedetruoes/trupedetruoes @trupedetruoes Amanda Barbosa é atriz, pesquisadora e coordenadora de comunicação da Trupe de Truões Foto:ThiagoDiGuerra 4
  • 5. Tivemos muitas alegrias na Mostra Sesc Aldeia Diabo velho, uma dessasfoioreencontrocomoquerido grupo e parceiro Zabriskie Teatro, que conhecemos em 2013 através do Circuito Sesc Palco Giratório e que durante este tempo vemos o prazer dereencontrá-losanualmente. O primeiro encontro foi em 2013 quando fizemos intercâmbio ar s co com o grupo ao passarmos por Goiânia/GO, assis mo-nos uns aos outros, conhecemos sua sede, t r o c a m o s e x p e r i ê n c i a s e compar lhamos do nosso fazer ar s co,históriaselutas. Depois de conhecê-los, Amanda Aloysa é atriz, pesquisadora e produtora execu va da Trupe de Truões Por Amanda Aloysa Ser um truão é de fato um ar sta mul facetário. De fato o ideal de fazer teatro no interior do nosso Brasil, nos traz a perspec va de que é preciso ocupar diversos lugares dentrodonosso grupo.Somosatores, i l u m i n a d o r e s , fi g u r i n i s t a s , c e n ó g ra fo s , p e s q u i s a d o re s , p r o d u t o r e s , g e s t o r e s , administradores. Assim formamos um cole vo de diferenças que nos uneemumabasesolida. DuranteaMostraAldeiaDiabo Velho, nos dividimos para estarmos em lugares diferentes, quebrando as leis da sica, com a nossa arte, fomos aomesmotempoemlugaresopostos. Caminhamos além dos tabus. Na aldeia, compar lhamos do nosso f a z e r a r s c o e a s s i m n o s alimentamos dos nossos ideais. Vimos o nosso cerrado em outro lugar. A caminhada é longa ainda, masapossibilidadedoalcancenosfaz seguiradiante. DA NECESSIDADE DE SERMOS MUITOS EM UM SÓ Por Wesley Nunes vemos a certeza de que aquele encontro não podia ser o único, então e m 2 0 1 4 o s l e v a m o s à Uberlândia/MG, através do projeto Casa Aberta: Cole vos nas Gerais, apoiado pelo Fundo Estadual de Minas Gerais, onde se apresentaram para o público mineiro, conheceram nossa casa/sede e puderam intercambiar não só com a Trupe, mas também o Grupo Galhofas que trabalhacompalhaçaria. E este ano, ao retornarmos à capital goiana, não poderíamos deixar de lhes fazer uma visita. Assis mos na noite do dia 27 de Junho ao espetáculo Amor I Love You e ficamos encantados com a entrega, o amor e a persistência pelo fazer teatral e pela arte da palhaçaria, esta arte tão rica que há anos venho pesquisando e vivenciando. Pós- espetáculo, conhecemos a casa de Alexandre Augusto e Ana Cris na Evangelista (Integrantes Zabriskie), onde comungamos, compar lhamos afetosecrenças.Eduranteostrêsdias de apresentação da trilogia, o carinho e olhar atento do Zabriskie es veram n a p l a t e i a . U m r e e n c o n t r o fundamental para nossa luta, que na maioria das vezes, é um fazer solitário nointeriordopaís. Wesley Nunes é ator, iluminador e pesquisador da Trupe de Truões Um reencontro para lembrar por mil e uma noites Realização: Foto:AmandaAloysa 5 Até breve! Até breve!