O documento descreve um dia de formação para catequistas de uma paróquia. A formação focou-se na alegria do evangelho e no compromisso dos agentes pastorais. Os catequistas discutiram desafios como individualismo e falta de coerência com a fé. A meta para o próximo ano é convidar todos em Pardilhó à partilha nas diversas situações da vida.
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Formação catequistas - 20 de setembro 2014
1. Dia 20 de setembro 2014 – FORMAÇÃO DE CATEQUISTAS
Preparando o novo ano pastoral, os catequistas da paróquia foram convidados a um dia de
formação/reflecção.
A manhã iniciou com uma oração orientada pelo Pe Filipe, continuando com o Nuno Bessa
que se disponibilizou a ajudar e propor ao grupo um momento de reflexão.
O tema escolhido foi:
“A alegria do Evangelho na transmissão da fé
Agentes Pastorais – Pessoas comprometidas na fé e pela fé.”
Quando estamos alegres essa alegria irradia para quem está perto de nós.
A transmissão da fé, o falar de Jesus deve ser feito na e com alegria.
“1. A ALEGRIA DO EVANGELHO enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram
com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio
interior, do isolamento. Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria.”
Evangelli Gaudium – Papa Francisco
Convite a cada um de vós…
“3. Convido todo o cristão, em qualquer lugar e situação que se encontre, a renovar hoje
mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos, a tomar a decisão de se
deixar encontrar por Ele, de o procurar dia a dia sem cessar. Não há motivo para alguém poder
pensar que este convite não lhe diz respeito, já que «da alegria trazida pelo Senhor ninguém é
excluído»(Paulo VI Exort. Apost. Gaudete in Domini 1975).” Evangelli Gaudium – Papa Francisco
Com base na Evangelli Gaudium do Papa Francisco, com exemplos práticos centrados na
realidade de Pardilhó, os presentes foram convidados a envolver-se, a estarem, a acompanhar,
a renovarem-se, a resistirem às tentações dos Agentes da Pastoral:
“78. Hoje nota-se em muitos agentes pastorais, mesmo pessoas consagradas, uma
preocupação exacerbada pelos espaços pessoais de autonomia e relaxamento, que leva a
viver os próprios deveres como mero apêndice da vida, como se não fizessem parte da própria
identidade. Ao mesmo tempo, a vida espiritual confunde-se com alguns momentos religiosos
que proporcionam algum alívio, mas não alimentam o encontro com os outros, o compromisso
no mundo, a paixão pela evangelização. Assim, é possível notar em muitos agentes
evangelizadores – não obstante rezarem – uma acentuação do individualismo, uma crise de
identidade e um declínio do fervor. São três males que se alimentam entre si.”
79. A cultura mediática e alguns ambientes intelectuais transmitem, às vezes, uma acentuada
desconfiança quanto à mensagem da Igreja, e um certo desencanto. Em consequência disso,
embora rezando, muitos agentes pastorais desenvolvem uma espécie de complexo de
inferioridade que os leva a relativizar ou esconder a sua identidade cristã e as suas convicções.
Gera-se então um círculo vicioso, porque assim não se sentem felizes com o que são nem com
o que fazem, não se sentem identificados com a missão evangelizadora, e isto debilita a
entrega. Evangelli Gaudium – Papa Francisco
2. Foi proposto trabalho de grupos para responderem às seguintes questões:
Olhando para a nossa comunidade, quais são as grandes tentações?
Focalizando a nossa catequese, quais as principais dificuldades?
O que consideras que faz falta aos catequistas, para serem melhores?
As respostas dos grupos centraram-se no individualismo das pessoas; na não coerência com a
fé que dizem professar; o deixar-se levar pelo mais fácil; a falta de compromisso; falta de
sentido de comunidade; falta de formação; o receio de viver cristãmente; o sentir de que “eu
não sou preciso, alguém fará; a incompatibilidade de horários que às vezes cria mal-estar nas
famílias; falta de organização dos próprios catequistas; falta de catequistas; falta de apoio por
parte dos pais que têm uma maneira de estar diferente em relação à igreja numa fé não vivida.
Numa segunda parte depois do chá, o grupo teve oportunidade de relembrar as FINALIDADES
E TAREFAS DA CATEQUESE
Não se trata só de uma educação da fé,
mas também de uma educação humana.
Na educação o mais importante não é
fazer que a pessoa adquirida o maior
número de conhecimentos, mas que
desenvolva integralmente todo o seu
ser, enquanto pessoa.
O cristianismo apresenta-nos este
conceito de pessoa onde está presente
os valores do homem: pessoa
consciente, responsável, livre, capaz de
dialogar, disposta a construir a
convivência humana no respeito
mútuo…
Assim pretende formar pessoas de
acordo com os valores do Evangelho.
A finalidade da catequese tem por objetivo último a comunhão de cada pessoa
com Jesus Cristo. Por Ele, chegaremos a Deus Pai, pela ação do Espírito Santo.
A catequese é o
DESPERTAR,
FAZER CRESCER
AMADURECER
Depois do almoço partilhado e de tomar café foi apresentado ao grupo a meta para o próximo
Ano Pastoral, sua justificação e a necessidade da catequese não ter um caminho paralelo mas
sim integrado na própria programação. Foram discutidas algumas estratégias para que o
catequista não deixe de anunciar as ações e perceber qual o objetivo de cada uma e transmiti-lo
aos catequizandos.
META GERAL:
Até Junho de 2015, todo o povo de Pardilhó é convidado à partilha com os outros, nas diversas
situações da sua vida.
EXPLICAÇÃO:
3. Até Junho de 2015: No decorrer do ano pastoral 2014/ 2015
Todo o Povo de Pardilhó: Todas as pessoas que vivem em Pardilhó, crentes ou não,
É convidado, nas diversas situações da sua vida a partilhar:
É chamado a viver no seu dia-a-dia, os bens como dons de Deus, partilhar os bens
materiais e culturais, ser caridoso, fraterno, dialogar e doar-se ao outro.
Razão Sociológica:
O povo de Pardilhó tem feito um caminho de crescimento vivendo experiências de ajuda mútua
mas ainda tem dificuldade em partilhar.
Razão Teológica:
De que adianta, meus irmãos, alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Acaso a fé pode
salvá-lo? Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada dia e um
de vocês lhe disser: Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se, sem porém lhe
dar nada, de que adianta isso? Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de
obras, está morta. Tiago 2:14-17
Razão Pastoral:
É necessário proporcionar momentos que levem as pessoas a partilhar a sua vida, bens
culturais e materiais abrindo-se à fraternidade.
Distribuição dos valores pelas ações a desenvolver ao longo do ano:
NOVEMBRO: S. Martinho - Ser Caridoso
DEZEMBRO: Semana da Família - os bens são dons de Deus
JANEIRO: Mártir S. Sebastião - Fraternidade
MARÇO: Tempo Quaresmal – doar-se aos outros
ABRIL: Cortejo de Oferendas - partilhar os bens materiais
MAIO: Mês de Maria - Partilhar e Dialogar
JUNHO: Semana da Comunidade - Partilhar os Dons Culturais
NO FINAL DO ENCONTRO FOI FEITA UMA AVALIAÇÃO SUMÁRIA DO DIA:
Foi um dia onde houve Partilha, Escuta, Comunicação, Enriquecimento, Disponibilidade.
Foi um dia Oportuno, Essencial, Importante, Esclarecido, com Troca de Ideias no sentido de
melhorar, Oportunidade para limar arestas.
Foi um dia em que se sentiu a falta de quem não pode estar, para dar o seu contributo e o seu
testemunho.