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NOÇÕES BÁSICAS DE TRATAMENTO DE MINÉRIOS
SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO
INTRODUÇÃO
• OBJETIVOS
– recuperação / recirculação de águas
– preparação de polpas para operações subseqüentes
– desaguamento final de concentrados
– preparação de rejeitos para descarte / utilização
• TÉCNICAS
– espessamento
– filtragem
– ciclonagem
– peneiramento
– outros: secagem, centrifugação, flotação, separação magnética
INTRODUÇÃO
• IMPORTÂNCIA
– processo
– econômica
– ambiental
• SELEÇÃO DE EQUIPAMENTOS
– diversas opções no mercado
– tarefa executada por mais de um tipo de equipamento
– diversos roteiros para seleção
– Purchas
• tipo de serviço (escala, operação, objetivo)
• sedimentação (velocidade, sobrenadante, concentração)
• filtragem (velocidade de formação de torta)
INTRODUÇÃO
10-4 10-3 10-2 10-1 100 101 102 103 104
moléculas colóide Ultrafino Fino Médio Grosso
Silte Areia
Fina
Areia
Grossa
Cascalho
Argila
Vírus
Bactéria
Flotação
Filtragem em Leito Profundo
Peneiramento
Ciclonagem
Espessamento / Sedimentação
Filtragem
Centrifugação
Micro-Filtragem
Ultra- Filtragem
Granulometria, m
ESPESSAMENTO
• UTILIZAÇÃO
– recuperação de água de concentrados e/ou rejeitos
– preparação de rejeitos para descarte ou reutilização
– preparação de polpas para operações subseqüentes (filtragem,
moagem, flotação, lixiviação, back fill)
• EQUIPAMENTOS
– convencionais
– alta capacidade
– de lamela
– cones de sedimentação
ESPESSAMENTO
ESPESSADOR
CONVENCIONAL
ESPESSAMENTO
ESPESSADOR DE ALTA
CAPACIDADE
ALIMENTADOR
ESPESSAMENTO
ESPESSADOR DE
LAMELAS
PRINCÍPIO
FUNCIONAMENTO
ESPESSAMENTO
ESPESSADOR E-
CAT
PASTING
DISPOSIÇÃO IN PIT
PASTING
ESPESSAMENTO
Nome Concentração
(mg/l)
Faixa de pH Faixa ótima
pH
Floculantes
poliacrilamida não iônica 1-30 0-12 -
poliacrilamida aniônica 1-30 5-11 -
poliacrilamida catiônica 1-30 4-12 5-9
óxido de polietileno 1-100 3-11 -
Amido 5-200 2-10 -
Coagulantes
Cal 500-2000 5-13 10-12
sulfato de alumínio 15 5-8 6
sulfato férrico 5-150 4-8 5,6
sulfato ferroso 200 >9,5 -
FLOCULANTES E COAGULANTES
ESPESSAMENTO
Valores estimados para projeto % sólidos
alimentação
% sólidos UF área unitária
m2/t.dia
alumina,lama vermelha-Bayer
Primário 3 - 4 10 - 25 2 - 5
Lavadores 6 - 8 15 - 25 1 - 4
Final 6 - 8 20 - 35 1 - 3
Hidrato
Finos 2 - 10 30 - 50 1 - 3
cimento, processo úmido 16 - 20 60 - 70 -
Carvão
Rejeito 0,5 - 6 20 - 40 -
finos-carvão limpo - 20 - 50 -
meio denso(magnesita0 20 - 30 60 - 70 -
pó de aciaria
alto forno 0,2 - 2 40 - 60 -
BOF 0,2 - 2 30 - 70 -
hidróxido de mg de salmoura 8 - 10 25 - 50 6 - 10
hidróxido de mg de água do mar
Primário 2 - 3 15 - 20 10 - 26
Lavadores 5 - 10 20 - 30 10 - 15
Metalúrgicos
concentrados de cobre 15 - 30 50 - 75 0,2 - 0,6
rejeitos de cobre 10 - 30 45 - 65 0,04 - 1
minério de ferro
concentrados finos 20 - 35 60 - 70 0,004 - 0,008
concentrados grossos 25 - 50 65 - 80 0,002 - 0,005
Rejeitos 1 - 10 40 - 60 0,4 - 1
concentrados de chumbo 20 - 25 60 - 80 0,2 - 0,6
Manganês
resíduo de lixiviação 0,5 - 2 5 - 9 10 - 20
Molibidênio
Concentrado 10 30 1 - 1,5
concentrado scavenger 8 40 0,5
Lamas - 50 - 60 1 - 1,5
Níquel
resíduo de lixiviação 10 - 25 50 - 60 0,5 - 1,5
concentrados de sulfetos 3 - 5 65 0,5 - 2
concentrados de zinco 10 - 20 50 - 60 0,3 - 0,7
Potássio
sais de cristalização 10 - 25 35 - 50 -
Lamas 1 - 5 6 - 25 4 - 20
Urânio
minério lixiviado em ácido 10 - 30 45 - 65 0,15 - 0,6
minério lixiviado em álcalis 20 60 1
Precipitado 1 - 2 10 - 25 5 - 12,7
ESPESSAMENTO
• Dimensionamento
– Métodos Tradicionais
• Coe Clevenger
• Talmage-Fitch
• Oltmann
• Novos
– Testes em Proveta
ESPESSAMENTO
Usina / Empresa Produto Equipamento Diâmetro (m)/
Tipo de Construção/
Quantidade
Alimentação
Base Seca
(t/h)
Alimentação
(% sólidos)
Underflow
(% sólidos)
Pico / MBR Alimentação Flotação Convencional 22 / concreto / 1 600 50 65
Lamas Convencional 45,7 / aço / 1 120 10 35
Concentrado (Pellet Feed) Convencional 14 / concreto / 1 550 55 65
Mutuca / MBR Lamas + Rejeito Sep. Mag. Alta Capacidade 22 / concreto / 1 250 10 45
Vargem Grande / MBR Alimentação Flotação Convencional 22 / concreto / 1 300 50 65
Lamas Convencional 36 / aço / 1 80 10 35
Concentrado (Pellet Feed) Convencional 12 / concreto / 1 270 55 65
Ilha de Guaíba / MBR Undersize Peneiramento Alta Capacidade 5 / aço / 2 60 15 60
Casa de Pedra / CSN Rejeito Convencional 100 / concreto / 1 214 06 60
Concentrado Convencional 18 / concreto / 1 350 42 65
Cauê / CVRD Rejeito Convencional 75 / concreto / 2 300 04 45
Concentrado Convencional 30 / concreto / 2 400 15 60
Conceição / CVRD Rejeito Convencional 100 / concreto / 1 300 04 45
Concentrado Convencional 30 / concreto / 2 500 20 60 – 70
DADOS DE ESPESSAMENTO DE ALGUNS PRODUTOS DE MINÉRIOS DE FERRO DO BRASIL
FILTRAGEM
• Conceito: passagem de uma polpa através de um meio
poroso havendo retenção do sólido e passagem do líquido
• Filtragem com formação de torta
• Utilização de gravidade, pressão, vácuo, centrifugação
• Variáveis: relacionadas ao sólido, polpa e equipamento
FILTRAGEM
• TEORIA CLÁSSICA
Equação de Darcy
Q = K.P.A = P.A
.L .R
Q = fluxo do filtrado
A = área transversal
K = permeabilidade
AP = diferença de pressão
m = viscosidade do fluido
L espessura do leito (torta)
R = L/K = resistência ao fluxo
- fluxo em meio poroso
- torta não compressível
- regime laminar
FILTRAGEM
• OBSERVAÇÃO DE MEIOS POROSOS (ESFERAS REAIS)
• MICROSCOPIA (LÂMINAS/SEÇÕES POLIDAS)
• MODELOS TEÓRICOS (ESTIMAM PROPRIEDADES)
• TOMOGRAFIA (IMAGENS 3D DE TORTAS REAIS)
• SIMULAÇÃO DE TORTAS EM COMPUTADOR (2D/3D)
• MODELOS MATEMÁTICO/ESTATÍSTICOS
FILTRAGEM
IMAGEM 3D
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
MEIO POROSO
(PARTÍCULAS MINERAIS)
MODELAGEM
TORTA DE FILTRAGEM
• SIMULAÇÃO 3D
• MÉTODO DE MONTE CARLO
• ESFERAS (~20.000)
• ESTRUTURA MICROSCÓPICA
FILTRAGEM
CAPILARES
• 3D (100 CAPILARES)
• CONSTRUÇÃO RANDÔMICA
• BASE/TOPO
• ESTRUTURA/TRANSPORTE
FILTRAGEM
SUPERFÍCIE DE RESPOSTA
- AMOSTRA MINERAL PELLET FEED
- PLANEJAMENTO EXPERIMENTAL
- MODELO (EQUAÇÕES MATEMÁTICAS)
- TESTE DE FOLHA
- SIMULAÇÃO / OTIMIZAÇÃO
- CONTROLE AUTOMÁTICO DOS FILTROS
-1 -0.6 -0.2
0.2 0.6
1
pH
-1
-0.6
-0.2
0.2
0.6
1
SU
8.9
9.1
9.3
9.5
9.7
9.9
UMIDADE (%)
FILTRAGEM
• Filtro de Tambor
– tipos
• meio filtrante
• alimentação
• descarga
– permite lavagem torta
– filtragem pellet feed (50-60)
– contínuo
– vácuo
FILTRAGEM
• Filtro de Disco
– setor + tecido
– diversos tipos tecidos
– descarga com sopro
– não permite lavagem
– filtragem pellet feed
– contínuo
– vácuo
VÁLVULA
FILTRAGEM
FILTRO DE DISCO
FILTRAGEM
• Filtro Cerâmico
– setores: material poroso
– limpeza dos setores
– < nível de vácuo
– contínuo
– vácuo
FILTRAGEM
• Filtro Horizontal (Mesa)
– circulares
– secagem (opcional)
– descarga (parafuso)
– granulometria (1000-100m)
– filtragem sinter feed
– contínuo
– vácuo
FILTRAGEM
• Filtro Horizontal (Correia)
– possibilidade limpeza tecido
– granulometria + grosseira
– filtragem de re-peneirado
– contínuo
– vácuo
FILTRAGEM
• Filtro Bandeja Revolvente
– possibilidade limpeza tecido
– permite lavagem torta
– contínuo
– vácuo
FILTRAGEM
• Filtro de Pressão
– adequados a lamas
– < umidade de torta
– fácil descarga
– filtragem pellet feed
– semi-contínuo
FILTRAGEM
• Desempenho Filtros
– Umidade de Torta
Pu = massa da torta úmida
Ps = massa da torta seca
– Taxa Unitária de Filtragem - tuf (produtividade)
– % Sólidos no Filtrado
Ms = massa de sólidos presente no filtrado
Mf = massa de sólidos do filtrado
100



Pu
Ps
Pu
Umidade
100
% 

Mf
Ms
Sólidos
FILTRAGEM
• MEIOS FILTRANTES
– Características
• mínima resistência ao fluxo
• propiciar baixa concentração de sólidos no filtrado
• não ter tendência ao bloqueio progressivo
• boas características de descarga
• permitir limpeza (água ou ar)
• boa resistência mecânica, química e biológica
– Tipos
• flexível
• granulado (filteraids)
• poroso
FILTRAGEM
MEIOS FILTRANTES
FLEXÍVEIS
FILTRAGEM
4,32E+11
3,52E+11 3,60E+11
1,84E+12
0,00E+00
5,00E+11
1,00E+12
1,50E+12
2,00E+12
2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
pH
R
m
(m
-1
)
2,46E+11
1,40E+11
8,52E+10
9,15E+10
1,03E+11
8,38E+10
7,71E+10
0,00E+00
5,00E+10
1,00E+11
1,50E+11
2,00E+11
2,50E+11
3,00E+11
0 20 40 60 80 100
Floculante (g/t)
R
m
(m
-1
)
RESISTÊNCIA DO MEIO FILTRANTE
EM PRODUTO DE MINÉRIO DE
FERRO
FILTRAGEM
Mina MAC MUT PIC
Fornecedor Envirotech Envirotech Miningtech Envirotech Miningtech
Diâmetro 1,8 1,8 2,7 1,8 2,7
Discos/Filtro 8 10 12 10 12
Área/Filtro (m2) 34 45 123 45 123
No de Filtros 1 12 1 3 4
Área Total (m2) 34 552 123 135 492
TUF (t/h/m2) de projeto 1,0 1,0 1,0 1,4 1,8
Produção nominal/Filtro (t/h) 34 45 123 63 221
Vácuo de Formação (Pa)
(pol Hg)
5,8x104 - 6,7x104
17 – 20
5,8x104 - 6,7x104
17 - 20
5,8x104 –
6,7x104
17 – 20
1,7x104
14
5,4x104 - 6,7x104
16 - 20
Vácuo de Secagem (Pa)
(pol Hg)
7,4x104 - 8,1x104
22 – 24
7,4x104 - 8,1x104
22 - 24
7,4x104 –
8,1x104
22 – 24
6,7x104
20
5,4x104 - 6,7x104
16 - 20
Rotação (rpm) 0,7 - 0,8 0,7 - 0,8 0,7 – 0,8 1,0 0,8 - 1,0
Blaine (cm2/g) 1100 1100 1100 800 - 900 700
Umidade PFF (%) 10,0 10,0 10,0 10,0 9,5 - 10,0
Dados sobre a filtragem nas usinas de Águas Claras (MAC), Mutuca (MUT) e Pico (PIC) - MBR
FILTRAGEM
TIPO DE CONSUMO %CONSUMO MATERIAL
USINA / CIA FILTRO ENERGÉTICO TOTAL FILTRADO
(kWh/t) DE ENERGIA
Águas Claras/MBR Disco 1,3 33,42 pellet feed
Fábrica/FERTECO Disco 2,73 13,98 pellet feed
Cauê/CVRD Horizontal / 1,27 11,63 sinter feed
Disco pellet feed
Conceição/CVRD Horizontal / 1,76 22,29 sinter feed
Disco pellet feed
Dados sobre consumo energético em algumas usinas
FILTRAGEM
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
1.4
1.6
800 850 900 950 1000 1050 1100 1150 1200 1250 1300
Blaine (cm2/g)
TUF
(t/h/m2)
Influência do Índice de Blaine (pellet feed) sobre a tuf
FILTRAGEM
Influência do Índice de Blaine em várias condições de filtragem
FILTRAGEM
PELLET FEED BLAINE (cm2/g) UMIDADE (%) TUF (t/h/m2)
800 – 1700 8,0 - 8,5 1,20 - 1,60
MAGNETÍTICO 1700 – 2000 9,0 - 9,5 0,95 - 1,20
2000 – 2200 9,5 - 10,5 0,80 - 0,95
 2200  10,5 0,10 - 0,80
800 – 1700 9,5 - 10,5 0,60 - 1,30
HEMATÍTICO 1700 – 2000 9,5 - 10,5 0,40 - 0,60
 2000  12 0,10 - 0,40
Influência da forma da partícula - hematita (~ lamelar),
magnetita (~cúbica)
FILTRAGEM
Funil de Büchner
Bomba de Vácuo
Manômetro
Balança
Suporte do funil de Büchner
Válvula de abetura e
de fechamento
do vácuo
Válvula de controle
do vácuo de formação
Vávula de controle
do vácuo de secagem
Recipiente do filtrado
Arquivo: CAM1-100
PESO HORA DATA
0.0 07:12:18 05/10/2001
0.0 07:12:19 05/10/2001
10.1 07:12:20 05/10/2001
17.2 07:12:21 05/10/2001
20.5 07:12:22 05/10/2001
25.8 07:12:23 05/10/2001
30.9 07:12:24 05/10/2001
39.6 07:12:25 05/10/2001
50.1 07:12:26 05/10/2001
55.6 07:12:27 05/10/2001
Computador interligado
à balança
Teste de Folha com medida de massa de filtrado
FILTRAGEM
DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL
FILTRAGEM
INTERESSADO:
AMOSTRA: BLAINE:
TIPO DE TESTE: ALIMENTAÇÃO: TEMPERATURA: CICLO:
RESPONSÁVEL: DATA:
Reagentes Polpa Filtrado Torta
Auxiliar de Filtragem Modificador
Ensaio
Formação
Secagem
Formação
Secagem
Especificação
Concentração
(%)
Dosagem
(g/t)
Especificação
(ml)
Concentração
(%)
%
Sólidos
Densidade
de
polpa
(g/cm3)
pH
Volume
(ml)
Peso
úmido
(g)
Peso
Seco
(g)
%
Sólidos
Espessura
(mm)
Rachaduras
Peso
úmido
(g)
Peso
Seco
(g)
Umidade
(%)
TUF
(t/h/m
2
)
Taxa Unitária de Filtragem (t/h/m
2
) Umidade (%)
TUF = Peso Seco(g) x 3600 Umidade = PU - PS x 100
1.000.000 x área da folha x tempo ciclo(s) PU
PU = Peso Úmido (g)
PS = Peso Seco (g)
Vácuo (pol Hg)
Observações:
Tempo (s)
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE MINAS - UFMG
TESTE DE FILTRAGEM
REAGENTES AUXILIARES
COAGULAÇÃO
  REPULSÃO
ELETROSTÁTICA
 AGREGADOS
 PEQUENOS
  ESTABILIDADE
  RETENÇÃO DE LÍQUIDO
  TAXA UNITÁRIA
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
0 100 200 300 400 500 600 700 800
Tempo (s)
Umidade
(%)
pH3 pH6 pH 7,8 pH10
REAGENTES AUXILIARES
FLOCULAÇÃO
 FLOCULANTES (polímeros)
 AGREGADOS
 GRANDES
  ESTABILIDADE
  RETENÇÃO DE LÍQUIDO
  TAXA UNITÁRIA
  UMIDADE
REAGENTES AUXILIARES
FLOCULANTE
10
15
20
25
30
35
40
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Tempo (s)
Umidade
(%)
0 g/t 30 g/t 60 g/t 90 g/t
REAGENTES AUXILIARES
SURFATANTES
  TENSÃO SUPERFICIAL
 GRAU DE HIDROFOBICIDADE
  UMIDADE DA TORTA
20
30
40
50
60
70
80
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
Dosagem (mg/l)
Tensão
superficial
(dina/cm)
Surfatante 1 Surfatante 2
20
30
40
50
60
70
80
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
Dosagem (mg/l)
Tensão
superficial
(dina/cm)
Surfatante 3 Surfatante 4
TÉCNICA FAIXA DE
UMIDADE (%)
MAIORES VANTAGENS MAIORES DESVANTAGENS APLICAÇÕES EM
MINÉRIO DE FERRO
Decantação por
Gravidade
10 a 14 Baixo custo de capital. Umidade final elevada. Aplicável apenas
para PFF mais grosseiro. Alto custo de
operação. Perdas elevadas de material
Utilizado em casos
específicos
Filtragem a Vácuo
Discos Verticais
7 a 11 Elevada área de filtragem por área de
instalação. Médio custo de investimento.
Elevada flexibilidade operacional. Alta
produtividade;
Custo de energia de médio a elevado.
Necessidade de constante monitoramento
e controle dos parâmetros operacionais.
Umidade final afetada pelas condições da
alimentação. Alto custo operacional.
Largamente utilizada no
mundo, incluindo a
maioria das instalações
mais recentes:
(pelotizações e
tratamento de minérios).
Filtragem a Vácuo
Filtros de Tambor
7 a 12 Elevada flexibilidade operacional.
Fácil descarga da torta.
Baixa a muito baixa área de filtragem por
área de instalação. Alto custo de
investimento. Elemento filtrante caro.
Flexibilidade de operação limitada.
Atualmente pouco
utilizada.
Filtragem por
Pressão
(automática)
7 a 9 Baixa umidade. Fácil descarga da torta.
Umidade final afetada pelas condições da
alimentação. Baixo custo de operação.
Alto custo de investimento. Elementos
filtrantes caros;
Utilizado: CVRD (impl.)
LKAB.
Filtragem
Hiperbárica
6.5 a 9 Baixa umidade. Alta produtividade; Elevado custo de investimento. Elevado
custo operacional. Poucas aplicações.
Descarga da torta: cuidados especiais.
Pesquisa para
aplicações em minério
de ferro.
Filtragem Capilar 8 a 9 Produtividade comparável a filtragem a
vácuo - discos verticais. Expectativa:
baixo custo operacional
Custo elevado dos setores (reposição).
Elevado custo de investimento.
Aplicação industrial:
LKAB, CVRD (projeto)
Filtro de Correia
Horizontal
9 a 13 Simplicidade de operação. Menor
dependência da %sólidos alimentação.
Valor de investimento intermediário.
Umidade adequada 2mm – 0,045mm.
Maior controle do filtrado, com “lavagem”
da torta e/ou adição de reagentes;
Umidade final mais elevada para PFF
mais fino. Custo do elemento filtrante
elevado;
CVRD (Carajás/FRD).
MBR (em instalação).
Técnicas de desaguamento de pellet feed (Araujo e Amarante)
Tratamento de minérios: separação sólido-líquido

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Tratamento de minérios: separação sólido-líquido

  • 1. NOÇÕES BÁSICAS DE TRATAMENTO DE MINÉRIOS SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO INTRODUÇÃO • OBJETIVOS – recuperação / recirculação de águas – preparação de polpas para operações subseqüentes – desaguamento final de concentrados – preparação de rejeitos para descarte / utilização • TÉCNICAS – espessamento – filtragem – ciclonagem – peneiramento – outros: secagem, centrifugação, flotação, separação magnética
  • 2. INTRODUÇÃO • IMPORTÂNCIA – processo – econômica – ambiental • SELEÇÃO DE EQUIPAMENTOS – diversas opções no mercado – tarefa executada por mais de um tipo de equipamento – diversos roteiros para seleção – Purchas • tipo de serviço (escala, operação, objetivo) • sedimentação (velocidade, sobrenadante, concentração) • filtragem (velocidade de formação de torta)
  • 3. INTRODUÇÃO 10-4 10-3 10-2 10-1 100 101 102 103 104 moléculas colóide Ultrafino Fino Médio Grosso Silte Areia Fina Areia Grossa Cascalho Argila Vírus Bactéria Flotação Filtragem em Leito Profundo Peneiramento Ciclonagem Espessamento / Sedimentação Filtragem Centrifugação Micro-Filtragem Ultra- Filtragem Granulometria, m
  • 4. ESPESSAMENTO • UTILIZAÇÃO – recuperação de água de concentrados e/ou rejeitos – preparação de rejeitos para descarte ou reutilização – preparação de polpas para operações subseqüentes (filtragem, moagem, flotação, lixiviação, back fill) • EQUIPAMENTOS – convencionais – alta capacidade – de lamela – cones de sedimentação
  • 11. ESPESSAMENTO Nome Concentração (mg/l) Faixa de pH Faixa ótima pH Floculantes poliacrilamida não iônica 1-30 0-12 - poliacrilamida aniônica 1-30 5-11 - poliacrilamida catiônica 1-30 4-12 5-9 óxido de polietileno 1-100 3-11 - Amido 5-200 2-10 - Coagulantes Cal 500-2000 5-13 10-12 sulfato de alumínio 15 5-8 6 sulfato férrico 5-150 4-8 5,6 sulfato ferroso 200 >9,5 - FLOCULANTES E COAGULANTES
  • 12. ESPESSAMENTO Valores estimados para projeto % sólidos alimentação % sólidos UF área unitária m2/t.dia alumina,lama vermelha-Bayer Primário 3 - 4 10 - 25 2 - 5 Lavadores 6 - 8 15 - 25 1 - 4 Final 6 - 8 20 - 35 1 - 3 Hidrato Finos 2 - 10 30 - 50 1 - 3 cimento, processo úmido 16 - 20 60 - 70 - Carvão Rejeito 0,5 - 6 20 - 40 - finos-carvão limpo - 20 - 50 - meio denso(magnesita0 20 - 30 60 - 70 - pó de aciaria alto forno 0,2 - 2 40 - 60 - BOF 0,2 - 2 30 - 70 - hidróxido de mg de salmoura 8 - 10 25 - 50 6 - 10 hidróxido de mg de água do mar Primário 2 - 3 15 - 20 10 - 26 Lavadores 5 - 10 20 - 30 10 - 15 Metalúrgicos concentrados de cobre 15 - 30 50 - 75 0,2 - 0,6 rejeitos de cobre 10 - 30 45 - 65 0,04 - 1 minério de ferro concentrados finos 20 - 35 60 - 70 0,004 - 0,008 concentrados grossos 25 - 50 65 - 80 0,002 - 0,005 Rejeitos 1 - 10 40 - 60 0,4 - 1 concentrados de chumbo 20 - 25 60 - 80 0,2 - 0,6 Manganês resíduo de lixiviação 0,5 - 2 5 - 9 10 - 20 Molibidênio Concentrado 10 30 1 - 1,5 concentrado scavenger 8 40 0,5 Lamas - 50 - 60 1 - 1,5 Níquel resíduo de lixiviação 10 - 25 50 - 60 0,5 - 1,5 concentrados de sulfetos 3 - 5 65 0,5 - 2 concentrados de zinco 10 - 20 50 - 60 0,3 - 0,7 Potássio sais de cristalização 10 - 25 35 - 50 - Lamas 1 - 5 6 - 25 4 - 20 Urânio minério lixiviado em ácido 10 - 30 45 - 65 0,15 - 0,6 minério lixiviado em álcalis 20 60 1 Precipitado 1 - 2 10 - 25 5 - 12,7
  • 13. ESPESSAMENTO • Dimensionamento – Métodos Tradicionais • Coe Clevenger • Talmage-Fitch • Oltmann • Novos – Testes em Proveta
  • 14. ESPESSAMENTO Usina / Empresa Produto Equipamento Diâmetro (m)/ Tipo de Construção/ Quantidade Alimentação Base Seca (t/h) Alimentação (% sólidos) Underflow (% sólidos) Pico / MBR Alimentação Flotação Convencional 22 / concreto / 1 600 50 65 Lamas Convencional 45,7 / aço / 1 120 10 35 Concentrado (Pellet Feed) Convencional 14 / concreto / 1 550 55 65 Mutuca / MBR Lamas + Rejeito Sep. Mag. Alta Capacidade 22 / concreto / 1 250 10 45 Vargem Grande / MBR Alimentação Flotação Convencional 22 / concreto / 1 300 50 65 Lamas Convencional 36 / aço / 1 80 10 35 Concentrado (Pellet Feed) Convencional 12 / concreto / 1 270 55 65 Ilha de Guaíba / MBR Undersize Peneiramento Alta Capacidade 5 / aço / 2 60 15 60 Casa de Pedra / CSN Rejeito Convencional 100 / concreto / 1 214 06 60 Concentrado Convencional 18 / concreto / 1 350 42 65 Cauê / CVRD Rejeito Convencional 75 / concreto / 2 300 04 45 Concentrado Convencional 30 / concreto / 2 400 15 60 Conceição / CVRD Rejeito Convencional 100 / concreto / 1 300 04 45 Concentrado Convencional 30 / concreto / 2 500 20 60 – 70 DADOS DE ESPESSAMENTO DE ALGUNS PRODUTOS DE MINÉRIOS DE FERRO DO BRASIL
  • 15. FILTRAGEM • Conceito: passagem de uma polpa através de um meio poroso havendo retenção do sólido e passagem do líquido • Filtragem com formação de torta • Utilização de gravidade, pressão, vácuo, centrifugação • Variáveis: relacionadas ao sólido, polpa e equipamento
  • 16. FILTRAGEM • TEORIA CLÁSSICA Equação de Darcy Q = K.P.A = P.A .L .R Q = fluxo do filtrado A = área transversal K = permeabilidade AP = diferença de pressão m = viscosidade do fluido L espessura do leito (torta) R = L/K = resistência ao fluxo - fluxo em meio poroso - torta não compressível - regime laminar
  • 17. FILTRAGEM • OBSERVAÇÃO DE MEIOS POROSOS (ESFERAS REAIS) • MICROSCOPIA (LÂMINAS/SEÇÕES POLIDAS) • MODELOS TEÓRICOS (ESTIMAM PROPRIEDADES) • TOMOGRAFIA (IMAGENS 3D DE TORTAS REAIS) • SIMULAÇÃO DE TORTAS EM COMPUTADOR (2D/3D) • MODELOS MATEMÁTICO/ESTATÍSTICOS
  • 19. MODELAGEM TORTA DE FILTRAGEM • SIMULAÇÃO 3D • MÉTODO DE MONTE CARLO • ESFERAS (~20.000) • ESTRUTURA MICROSCÓPICA
  • 20. FILTRAGEM CAPILARES • 3D (100 CAPILARES) • CONSTRUÇÃO RANDÔMICA • BASE/TOPO • ESTRUTURA/TRANSPORTE
  • 21. FILTRAGEM SUPERFÍCIE DE RESPOSTA - AMOSTRA MINERAL PELLET FEED - PLANEJAMENTO EXPERIMENTAL - MODELO (EQUAÇÕES MATEMÁTICAS) - TESTE DE FOLHA - SIMULAÇÃO / OTIMIZAÇÃO - CONTROLE AUTOMÁTICO DOS FILTROS -1 -0.6 -0.2 0.2 0.6 1 pH -1 -0.6 -0.2 0.2 0.6 1 SU 8.9 9.1 9.3 9.5 9.7 9.9 UMIDADE (%)
  • 22. FILTRAGEM • Filtro de Tambor – tipos • meio filtrante • alimentação • descarga – permite lavagem torta – filtragem pellet feed (50-60) – contínuo – vácuo
  • 23. FILTRAGEM • Filtro de Disco – setor + tecido – diversos tipos tecidos – descarga com sopro – não permite lavagem – filtragem pellet feed – contínuo – vácuo VÁLVULA
  • 25. FILTRAGEM • Filtro Cerâmico – setores: material poroso – limpeza dos setores – < nível de vácuo – contínuo – vácuo
  • 26. FILTRAGEM • Filtro Horizontal (Mesa) – circulares – secagem (opcional) – descarga (parafuso) – granulometria (1000-100m) – filtragem sinter feed – contínuo – vácuo
  • 27. FILTRAGEM • Filtro Horizontal (Correia) – possibilidade limpeza tecido – granulometria + grosseira – filtragem de re-peneirado – contínuo – vácuo
  • 28. FILTRAGEM • Filtro Bandeja Revolvente – possibilidade limpeza tecido – permite lavagem torta – contínuo – vácuo
  • 29. FILTRAGEM • Filtro de Pressão – adequados a lamas – < umidade de torta – fácil descarga – filtragem pellet feed – semi-contínuo
  • 30. FILTRAGEM • Desempenho Filtros – Umidade de Torta Pu = massa da torta úmida Ps = massa da torta seca – Taxa Unitária de Filtragem - tuf (produtividade) – % Sólidos no Filtrado Ms = massa de sólidos presente no filtrado Mf = massa de sólidos do filtrado 100    Pu Ps Pu Umidade 100 %   Mf Ms Sólidos
  • 31. FILTRAGEM • MEIOS FILTRANTES – Características • mínima resistência ao fluxo • propiciar baixa concentração de sólidos no filtrado • não ter tendência ao bloqueio progressivo • boas características de descarga • permitir limpeza (água ou ar) • boa resistência mecânica, química e biológica – Tipos • flexível • granulado (filteraids) • poroso
  • 33. FILTRAGEM 4,32E+11 3,52E+11 3,60E+11 1,84E+12 0,00E+00 5,00E+11 1,00E+12 1,50E+12 2,00E+12 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 pH R m (m -1 ) 2,46E+11 1,40E+11 8,52E+10 9,15E+10 1,03E+11 8,38E+10 7,71E+10 0,00E+00 5,00E+10 1,00E+11 1,50E+11 2,00E+11 2,50E+11 3,00E+11 0 20 40 60 80 100 Floculante (g/t) R m (m -1 ) RESISTÊNCIA DO MEIO FILTRANTE EM PRODUTO DE MINÉRIO DE FERRO
  • 34. FILTRAGEM Mina MAC MUT PIC Fornecedor Envirotech Envirotech Miningtech Envirotech Miningtech Diâmetro 1,8 1,8 2,7 1,8 2,7 Discos/Filtro 8 10 12 10 12 Área/Filtro (m2) 34 45 123 45 123 No de Filtros 1 12 1 3 4 Área Total (m2) 34 552 123 135 492 TUF (t/h/m2) de projeto 1,0 1,0 1,0 1,4 1,8 Produção nominal/Filtro (t/h) 34 45 123 63 221 Vácuo de Formação (Pa) (pol Hg) 5,8x104 - 6,7x104 17 – 20 5,8x104 - 6,7x104 17 - 20 5,8x104 – 6,7x104 17 – 20 1,7x104 14 5,4x104 - 6,7x104 16 - 20 Vácuo de Secagem (Pa) (pol Hg) 7,4x104 - 8,1x104 22 – 24 7,4x104 - 8,1x104 22 - 24 7,4x104 – 8,1x104 22 – 24 6,7x104 20 5,4x104 - 6,7x104 16 - 20 Rotação (rpm) 0,7 - 0,8 0,7 - 0,8 0,7 – 0,8 1,0 0,8 - 1,0 Blaine (cm2/g) 1100 1100 1100 800 - 900 700 Umidade PFF (%) 10,0 10,0 10,0 10,0 9,5 - 10,0 Dados sobre a filtragem nas usinas de Águas Claras (MAC), Mutuca (MUT) e Pico (PIC) - MBR
  • 35. FILTRAGEM TIPO DE CONSUMO %CONSUMO MATERIAL USINA / CIA FILTRO ENERGÉTICO TOTAL FILTRADO (kWh/t) DE ENERGIA Águas Claras/MBR Disco 1,3 33,42 pellet feed Fábrica/FERTECO Disco 2,73 13,98 pellet feed Cauê/CVRD Horizontal / 1,27 11,63 sinter feed Disco pellet feed Conceição/CVRD Horizontal / 1,76 22,29 sinter feed Disco pellet feed Dados sobre consumo energético em algumas usinas
  • 36. FILTRAGEM 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 800 850 900 950 1000 1050 1100 1150 1200 1250 1300 Blaine (cm2/g) TUF (t/h/m2) Influência do Índice de Blaine (pellet feed) sobre a tuf
  • 37. FILTRAGEM Influência do Índice de Blaine em várias condições de filtragem
  • 38. FILTRAGEM PELLET FEED BLAINE (cm2/g) UMIDADE (%) TUF (t/h/m2) 800 – 1700 8,0 - 8,5 1,20 - 1,60 MAGNETÍTICO 1700 – 2000 9,0 - 9,5 0,95 - 1,20 2000 – 2200 9,5 - 10,5 0,80 - 0,95  2200  10,5 0,10 - 0,80 800 – 1700 9,5 - 10,5 0,60 - 1,30 HEMATÍTICO 1700 – 2000 9,5 - 10,5 0,40 - 0,60  2000  12 0,10 - 0,40 Influência da forma da partícula - hematita (~ lamelar), magnetita (~cúbica)
  • 39. FILTRAGEM Funil de Büchner Bomba de Vácuo Manômetro Balança Suporte do funil de Büchner Válvula de abetura e de fechamento do vácuo Válvula de controle do vácuo de formação Vávula de controle do vácuo de secagem Recipiente do filtrado Arquivo: CAM1-100 PESO HORA DATA 0.0 07:12:18 05/10/2001 0.0 07:12:19 05/10/2001 10.1 07:12:20 05/10/2001 17.2 07:12:21 05/10/2001 20.5 07:12:22 05/10/2001 25.8 07:12:23 05/10/2001 30.9 07:12:24 05/10/2001 39.6 07:12:25 05/10/2001 50.1 07:12:26 05/10/2001 55.6 07:12:27 05/10/2001 Computador interligado à balança Teste de Folha com medida de massa de filtrado
  • 41. FILTRAGEM INTERESSADO: AMOSTRA: BLAINE: TIPO DE TESTE: ALIMENTAÇÃO: TEMPERATURA: CICLO: RESPONSÁVEL: DATA: Reagentes Polpa Filtrado Torta Auxiliar de Filtragem Modificador Ensaio Formação Secagem Formação Secagem Especificação Concentração (%) Dosagem (g/t) Especificação (ml) Concentração (%) % Sólidos Densidade de polpa (g/cm3) pH Volume (ml) Peso úmido (g) Peso Seco (g) % Sólidos Espessura (mm) Rachaduras Peso úmido (g) Peso Seco (g) Umidade (%) TUF (t/h/m 2 ) Taxa Unitária de Filtragem (t/h/m 2 ) Umidade (%) TUF = Peso Seco(g) x 3600 Umidade = PU - PS x 100 1.000.000 x área da folha x tempo ciclo(s) PU PU = Peso Úmido (g) PS = Peso Seco (g) Vácuo (pol Hg) Observações: Tempo (s) DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE MINAS - UFMG TESTE DE FILTRAGEM
  • 42. REAGENTES AUXILIARES COAGULAÇÃO   REPULSÃO ELETROSTÁTICA  AGREGADOS  PEQUENOS   ESTABILIDADE   RETENÇÃO DE LÍQUIDO   TAXA UNITÁRIA 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 40,00 0 100 200 300 400 500 600 700 800 Tempo (s) Umidade (%) pH3 pH6 pH 7,8 pH10
  • 43. REAGENTES AUXILIARES FLOCULAÇÃO  FLOCULANTES (polímeros)  AGREGADOS  GRANDES   ESTABILIDADE   RETENÇÃO DE LÍQUIDO   TAXA UNITÁRIA   UMIDADE
  • 44. REAGENTES AUXILIARES FLOCULANTE 10 15 20 25 30 35 40 0 50 100 150 200 250 300 350 400 Tempo (s) Umidade (%) 0 g/t 30 g/t 60 g/t 90 g/t
  • 45. REAGENTES AUXILIARES SURFATANTES   TENSÃO SUPERFICIAL  GRAU DE HIDROFOBICIDADE   UMIDADE DA TORTA 20 30 40 50 60 70 80 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 Dosagem (mg/l) Tensão superficial (dina/cm) Surfatante 1 Surfatante 2 20 30 40 50 60 70 80 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000 Dosagem (mg/l) Tensão superficial (dina/cm) Surfatante 3 Surfatante 4
  • 46.
  • 47.
  • 48. TÉCNICA FAIXA DE UMIDADE (%) MAIORES VANTAGENS MAIORES DESVANTAGENS APLICAÇÕES EM MINÉRIO DE FERRO Decantação por Gravidade 10 a 14 Baixo custo de capital. Umidade final elevada. Aplicável apenas para PFF mais grosseiro. Alto custo de operação. Perdas elevadas de material Utilizado em casos específicos Filtragem a Vácuo Discos Verticais 7 a 11 Elevada área de filtragem por área de instalação. Médio custo de investimento. Elevada flexibilidade operacional. Alta produtividade; Custo de energia de médio a elevado. Necessidade de constante monitoramento e controle dos parâmetros operacionais. Umidade final afetada pelas condições da alimentação. Alto custo operacional. Largamente utilizada no mundo, incluindo a maioria das instalações mais recentes: (pelotizações e tratamento de minérios). Filtragem a Vácuo Filtros de Tambor 7 a 12 Elevada flexibilidade operacional. Fácil descarga da torta. Baixa a muito baixa área de filtragem por área de instalação. Alto custo de investimento. Elemento filtrante caro. Flexibilidade de operação limitada. Atualmente pouco utilizada. Filtragem por Pressão (automática) 7 a 9 Baixa umidade. Fácil descarga da torta. Umidade final afetada pelas condições da alimentação. Baixo custo de operação. Alto custo de investimento. Elementos filtrantes caros; Utilizado: CVRD (impl.) LKAB. Filtragem Hiperbárica 6.5 a 9 Baixa umidade. Alta produtividade; Elevado custo de investimento. Elevado custo operacional. Poucas aplicações. Descarga da torta: cuidados especiais. Pesquisa para aplicações em minério de ferro. Filtragem Capilar 8 a 9 Produtividade comparável a filtragem a vácuo - discos verticais. Expectativa: baixo custo operacional Custo elevado dos setores (reposição). Elevado custo de investimento. Aplicação industrial: LKAB, CVRD (projeto) Filtro de Correia Horizontal 9 a 13 Simplicidade de operação. Menor dependência da %sólidos alimentação. Valor de investimento intermediário. Umidade adequada 2mm – 0,045mm. Maior controle do filtrado, com “lavagem” da torta e/ou adição de reagentes; Umidade final mais elevada para PFF mais fino. Custo do elemento filtrante elevado; CVRD (Carajás/FRD). MBR (em instalação). Técnicas de desaguamento de pellet feed (Araujo e Amarante)