1. NOÇÕES BÁSICAS DE TRATAMENTO DE MINÉRIOS
SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO
INTRODUÇÃO
• OBJETIVOS
– recuperação / recirculação de águas
– preparação de polpas para operações subseqüentes
– desaguamento final de concentrados
– preparação de rejeitos para descarte / utilização
• TÉCNICAS
– espessamento
– filtragem
– ciclonagem
– peneiramento
– outros: secagem, centrifugação, flotação, separação magnética
2. INTRODUÇÃO
• IMPORTÂNCIA
– processo
– econômica
– ambiental
• SELEÇÃO DE EQUIPAMENTOS
– diversas opções no mercado
– tarefa executada por mais de um tipo de equipamento
– diversos roteiros para seleção
– Purchas
• tipo de serviço (escala, operação, objetivo)
• sedimentação (velocidade, sobrenadante, concentração)
• filtragem (velocidade de formação de torta)
4. ESPESSAMENTO
• UTILIZAÇÃO
– recuperação de água de concentrados e/ou rejeitos
– preparação de rejeitos para descarte ou reutilização
– preparação de polpas para operações subseqüentes (filtragem,
moagem, flotação, lixiviação, back fill)
• EQUIPAMENTOS
– convencionais
– alta capacidade
– de lamela
– cones de sedimentação
15. FILTRAGEM
• Conceito: passagem de uma polpa através de um meio
poroso havendo retenção do sólido e passagem do líquido
• Filtragem com formação de torta
• Utilização de gravidade, pressão, vácuo, centrifugação
• Variáveis: relacionadas ao sólido, polpa e equipamento
16. FILTRAGEM
• TEORIA CLÁSSICA
Equação de Darcy
Q = K.P.A = P.A
.L .R
Q = fluxo do filtrado
A = área transversal
K = permeabilidade
AP = diferença de pressão
m = viscosidade do fluido
L espessura do leito (torta)
R = L/K = resistência ao fluxo
- fluxo em meio poroso
- torta não compressível
- regime laminar
17. FILTRAGEM
• OBSERVAÇÃO DE MEIOS POROSOS (ESFERAS REAIS)
• MICROSCOPIA (LÂMINAS/SEÇÕES POLIDAS)
• MODELOS TEÓRICOS (ESTIMAM PROPRIEDADES)
• TOMOGRAFIA (IMAGENS 3D DE TORTAS REAIS)
• SIMULAÇÃO DE TORTAS EM COMPUTADOR (2D/3D)
• MODELOS MATEMÁTICO/ESTATÍSTICOS
29. FILTRAGEM
• Filtro de Pressão
– adequados a lamas
– < umidade de torta
– fácil descarga
– filtragem pellet feed
– semi-contínuo
30. FILTRAGEM
• Desempenho Filtros
– Umidade de Torta
Pu = massa da torta úmida
Ps = massa da torta seca
– Taxa Unitária de Filtragem - tuf (produtividade)
– % Sólidos no Filtrado
Ms = massa de sólidos presente no filtrado
Mf = massa de sólidos do filtrado
100
Pu
Ps
Pu
Umidade
100
%
Mf
Ms
Sólidos
31. FILTRAGEM
• MEIOS FILTRANTES
– Características
• mínima resistência ao fluxo
• propiciar baixa concentração de sólidos no filtrado
• não ter tendência ao bloqueio progressivo
• boas características de descarga
• permitir limpeza (água ou ar)
• boa resistência mecânica, química e biológica
– Tipos
• flexível
• granulado (filteraids)
• poroso
34. FILTRAGEM
Mina MAC MUT PIC
Fornecedor Envirotech Envirotech Miningtech Envirotech Miningtech
Diâmetro 1,8 1,8 2,7 1,8 2,7
Discos/Filtro 8 10 12 10 12
Área/Filtro (m2) 34 45 123 45 123
No de Filtros 1 12 1 3 4
Área Total (m2) 34 552 123 135 492
TUF (t/h/m2) de projeto 1,0 1,0 1,0 1,4 1,8
Produção nominal/Filtro (t/h) 34 45 123 63 221
Vácuo de Formação (Pa)
(pol Hg)
5,8x104 - 6,7x104
17 – 20
5,8x104 - 6,7x104
17 - 20
5,8x104 –
6,7x104
17 – 20
1,7x104
14
5,4x104 - 6,7x104
16 - 20
Vácuo de Secagem (Pa)
(pol Hg)
7,4x104 - 8,1x104
22 – 24
7,4x104 - 8,1x104
22 - 24
7,4x104 –
8,1x104
22 – 24
6,7x104
20
5,4x104 - 6,7x104
16 - 20
Rotação (rpm) 0,7 - 0,8 0,7 - 0,8 0,7 – 0,8 1,0 0,8 - 1,0
Blaine (cm2/g) 1100 1100 1100 800 - 900 700
Umidade PFF (%) 10,0 10,0 10,0 10,0 9,5 - 10,0
Dados sobre a filtragem nas usinas de Águas Claras (MAC), Mutuca (MUT) e Pico (PIC) - MBR
35. FILTRAGEM
TIPO DE CONSUMO %CONSUMO MATERIAL
USINA / CIA FILTRO ENERGÉTICO TOTAL FILTRADO
(kWh/t) DE ENERGIA
Águas Claras/MBR Disco 1,3 33,42 pellet feed
Fábrica/FERTECO Disco 2,73 13,98 pellet feed
Cauê/CVRD Horizontal / 1,27 11,63 sinter feed
Disco pellet feed
Conceição/CVRD Horizontal / 1,76 22,29 sinter feed
Disco pellet feed
Dados sobre consumo energético em algumas usinas
39. FILTRAGEM
Funil de Büchner
Bomba de Vácuo
Manômetro
Balança
Suporte do funil de Büchner
Válvula de abetura e
de fechamento
do vácuo
Válvula de controle
do vácuo de formação
Vávula de controle
do vácuo de secagem
Recipiente do filtrado
Arquivo: CAM1-100
PESO HORA DATA
0.0 07:12:18 05/10/2001
0.0 07:12:19 05/10/2001
10.1 07:12:20 05/10/2001
17.2 07:12:21 05/10/2001
20.5 07:12:22 05/10/2001
25.8 07:12:23 05/10/2001
30.9 07:12:24 05/10/2001
39.6 07:12:25 05/10/2001
50.1 07:12:26 05/10/2001
55.6 07:12:27 05/10/2001
Computador interligado
à balança
Teste de Folha com medida de massa de filtrado
41. FILTRAGEM
INTERESSADO:
AMOSTRA: BLAINE:
TIPO DE TESTE: ALIMENTAÇÃO: TEMPERATURA: CICLO:
RESPONSÁVEL: DATA:
Reagentes Polpa Filtrado Torta
Auxiliar de Filtragem Modificador
Ensaio
Formação
Secagem
Formação
Secagem
Especificação
Concentração
(%)
Dosagem
(g/t)
Especificação
(ml)
Concentração
(%)
%
Sólidos
Densidade
de
polpa
(g/cm3)
pH
Volume
(ml)
Peso
úmido
(g)
Peso
Seco
(g)
%
Sólidos
Espessura
(mm)
Rachaduras
Peso
úmido
(g)
Peso
Seco
(g)
Umidade
(%)
TUF
(t/h/m
2
)
Taxa Unitária de Filtragem (t/h/m
2
) Umidade (%)
TUF = Peso Seco(g) x 3600 Umidade = PU - PS x 100
1.000.000 x área da folha x tempo ciclo(s) PU
PU = Peso Úmido (g)
PS = Peso Seco (g)
Vácuo (pol Hg)
Observações:
Tempo (s)
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE MINAS - UFMG
TESTE DE FILTRAGEM
48. TÉCNICA FAIXA DE
UMIDADE (%)
MAIORES VANTAGENS MAIORES DESVANTAGENS APLICAÇÕES EM
MINÉRIO DE FERRO
Decantação por
Gravidade
10 a 14 Baixo custo de capital. Umidade final elevada. Aplicável apenas
para PFF mais grosseiro. Alto custo de
operação. Perdas elevadas de material
Utilizado em casos
específicos
Filtragem a Vácuo
Discos Verticais
7 a 11 Elevada área de filtragem por área de
instalação. Médio custo de investimento.
Elevada flexibilidade operacional. Alta
produtividade;
Custo de energia de médio a elevado.
Necessidade de constante monitoramento
e controle dos parâmetros operacionais.
Umidade final afetada pelas condições da
alimentação. Alto custo operacional.
Largamente utilizada no
mundo, incluindo a
maioria das instalações
mais recentes:
(pelotizações e
tratamento de minérios).
Filtragem a Vácuo
Filtros de Tambor
7 a 12 Elevada flexibilidade operacional.
Fácil descarga da torta.
Baixa a muito baixa área de filtragem por
área de instalação. Alto custo de
investimento. Elemento filtrante caro.
Flexibilidade de operação limitada.
Atualmente pouco
utilizada.
Filtragem por
Pressão
(automática)
7 a 9 Baixa umidade. Fácil descarga da torta.
Umidade final afetada pelas condições da
alimentação. Baixo custo de operação.
Alto custo de investimento. Elementos
filtrantes caros;
Utilizado: CVRD (impl.)
LKAB.
Filtragem
Hiperbárica
6.5 a 9 Baixa umidade. Alta produtividade; Elevado custo de investimento. Elevado
custo operacional. Poucas aplicações.
Descarga da torta: cuidados especiais.
Pesquisa para
aplicações em minério
de ferro.
Filtragem Capilar 8 a 9 Produtividade comparável a filtragem a
vácuo - discos verticais. Expectativa:
baixo custo operacional
Custo elevado dos setores (reposição).
Elevado custo de investimento.
Aplicação industrial:
LKAB, CVRD (projeto)
Filtro de Correia
Horizontal
9 a 13 Simplicidade de operação. Menor
dependência da %sólidos alimentação.
Valor de investimento intermediário.
Umidade adequada 2mm – 0,045mm.
Maior controle do filtrado, com “lavagem”
da torta e/ou adição de reagentes;
Umidade final mais elevada para PFF
mais fino. Custo do elemento filtrante
elevado;
CVRD (Carajás/FRD).
MBR (em instalação).
Técnicas de desaguamento de pellet feed (Araujo e Amarante)