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Práticas de cuidados nas civilizações
antigas, Idade Média, Idade
Moderna e Idade Contemporânea
Profa Me Karla Mychelle Cezario de Lima
Karla.lima@umj.edu.br
MACEIÓ
2023
Centro Universitário Mário Pontes Jucá – UMJ
Graduação em Enfermagem – 2023.2
Introdução à História da Enfermagem
Origens – etimologia
Enfermagem
Enfermeira
• Ato ou efeito de tratar os
enfermos.
• Enfermo - do latim infirmus, ou
seja, doente, doentio, fraco,
débil, achacoso, imperfeito
• Derivada do latim nutrix
– mãe
• Verbo nutrire - criar e nutrir.
• Séc. XIX - nurse
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O cuidado como
necessário à
manutenção da vida
• Desde que surge a vida, existe cuidado, porque é
preciso TOMAR CONTA da vida para que ela possa
permanecer;
• Durante milhares de anos os cuidados não
pertenciam a um ofício, muito menos a uma
profissão;
• Dizia respeito a qualquer pessoa que ajudava
qualquer outra a garantir o que lhe era necessário
para continuar a sua vida; em relação à vida do
grupo.
Com a evolução das sociedades...
P R Á T I C A S D E M A N U T E N Ç Ã O D A V I D A P R Á T I C A S P A R A F A Z E R R E C U A R A M O R T E
• Cuidar é tomar conta.
• Garantir a continuidade da vida do grupo e da
espécie tendo em conta tudo o que é
indispensável para garantir as funções vitais:
alimentar-se, proteção pelo vestuário e o abrigo
que se torna habitação.
• São assumidas por homens e mulheres e a
organização social dessas tarefas dá lugar à
divisão sexuada do trabalho.
• Relação com a natureza permite aquisição do
“saber fazer” e “saber utilizar’
• Parte dos discursos sobre o MAL, as
primeiras manifestações de medo;
• Emerge a orientação metafísica – nasce do
discernimento do que é bom ou mau,
interpreta e designa as forças benéficas e
maléficas, portadoras de mal, doenças e
morte.
• Rituais – xamãs, depois o padre.
• Surge dessa concepção os novos
descritores do mal – os médicos.
Práticas de
cuidado nas
primeiras
civilizações
Oriente Médio, Extremo Oriente, Mundo Mediterrâneo, mundo ocidental
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Egito
• Praticava-se o hipnotismo, a interpretação de sonhos e
influência dos astros na saúde;
• Habilidade para embalsamar e fazer ataduras → múmias.
• Uso de maquiagem com finalidade estética e higiênica.
• Óleos e cremes para hidratação.
• Conhecimento sobre ervas e drogas → química
• Parteiras: grupo profissional reconhecido
• Medicina já existia, mas não há menção de hospitais e
enfermeiros
• Controle sanitário, higiene do corpo, da comida, das bebidas,
das relações sexuais, das roupas, de matadouros, da água.
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Palestina
• Amas de leite eram também as cuidadoras dos enfermos.
• Parteiras judias → cuidados de higiene das mães e de seus bebês; estímulo ao parto de cócoras.
• Débora é a primeira enfermeira citada na história (Gênesis, capítulo 24) (história de Rebeca)
• A religião e a medicina caminhavam paralelamente → saúde pública executada por sacerdotes-
médicos
• Código de Hamurabi → regulamentos para os cuidados com a saúde pública geral
métodos de higiene pessoal para prevenção de doenças,
• Preocupação com a limpeza, o descanso, o sono e as horas de trabalho.
• Exame do doente: diagnóstico, desinfecção , afastamento de objetos contaminados. Restrições na dieta.
• Disposições relativas a cuidados com as mulheres no ciclo menstrual, na gravidez e no parto
• Leis sobre sepultamento de cadáveres
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Assíria e Babilônia
• Doenças eram causadas pela ira dos deuses e por
espíritos malignos (07 demônios).
• Código de Hamurabi → Penalidades para médicos
incompetentes
• Babilônia → menção do enfermeiro como um
profissional independente, com práticas similares às
atuais; amas de leite e parteiras.
• Assírios → sem menção hospitais e enfermeiros.
plantas em tratamentos,. Cerimônias de purificação →
a água, fogo e sacrifício humano
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Índia
• Se distinguiram dos povos antigos pela
construção de hospitais e escolha de
enfermeiros.
• O tratamento geral das doenças consistiam em
dieta, banhos, clisteres, inalações, sangrias.
• Os hindus queriam que seus enfermeiros
tivessem: asseio, habilidade, inteligência,
conhecimento de arte culinária e de preparo dos
remédios.
• Moralmente, deveriam ser: puros, dedicados e
cooperadores.
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China
• O sistema de tratamento da medicina chinesa fundamenta-se na
prevenção e no equilíbrio dinâmico “da energia da vida” (chi) →
sacerdotes
• Conhecimento médico: dissecação, sistema circulatório, massagem, uso
terapêutico do banho e o significado da frequência do pulso
• Doenças catalogadas em benignas, médias e graves
• 06 métodos de tratamento: 1) curar o espírito; 2) alimentar o corpo; 3) dar
medicamentos; 4) tratar o corpo; 5) utilizar a acupuntura, e 6) cauterizar
com moxa.
• Aplicações locais de água fria nas luxações.
• Estudavam os desequilíbrios do indivíduo e sua relação com o ambiente.
• Construíram alguns hospitais de isolamento e casas de repouso.
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Japão
• Tratamento feito com águas termais
• A eutanásia era lícita
• A morte, a doença, todas as efusões de
sangue acarretavam a impureza.
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Grécia
• Medicina exercida pelos sacerdotes-médicos. Depois: Hipócrates – medicina científica → fundamentos
naturalistas de Florence
• Tratamento: banhos, massagens, sangrias, dietas, sol, ar puro, água pura mineral.
• Primavam pela higiene, tinham o hábito de tomar banhos diários nos rios e em fontes ou banheiras
públicas.
• Cuidados especiais aos mortos e os filhos se ocupavam do funeral dos pais
• Inúmeras referências a enfermeiros: indícios de que os primeiros foram homens, reservando-se às
mulheres zelar pelas crianças, serem amas e realizar partos.
• Enfermeiros: aplicação de emplastos, cataplasmas, compressas frias, dietas líquidas e banhos quentes.
• Parteiras: cuidados obstétricos.
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Roma
• Antes da conquista da Grécia → cuidados médicos combinavam
práticas populares, magia e religião.
• Depois da conquista da Grécia → medicina exercida por escravos
• Construção de hospitais militares.
• Saneamento básico com ações como sistema de calefação,
construção de cemitérios, limpeza das ruas, ventilação das casas,
aquecimento de água, provimento de água pura e instalação de
rede de esgotos com eliminação das fezes com água canalizada.
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Mundo ocidental
• Incas, maias, astecas e toltecas combinavam religião, magia, medicina,
enfermagem e farmácia, com atividades exercidas pelos bruxos ou
curandeiros (sacerdotes) → curar as doenças da mente e do corpo.
• As doenças aconteciam pela ira dos deuses.
• Acreditavam que a saúde era o equilíbrio do homem com a natureza e o sobrenatural.
• Indígenas americanos: impulsionaram a medicina e as práticas modernas
de tratamento.
• Pouca ou nenhuma menção à enfermagem
• Mulher → papel importante no conselho de mulheres das tribos; Zelava pelas
crianças, dava assistência aos partos e participava dos cuidados aos doentes e aos
idosos
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Organização da
enfermagem na
Idade Média
Metade do século V até a primeira metade do
século XV
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Cristianismo
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Os monastérios, na figura da
Igreja, tornaram-se
responsáveis pela manutenção
da ordem e dedicaram-se à
religião, educação, medicina e
enfermagem.
Todo o direito e a moral, a
ciência e a arte,
apresentavam-se sob a
capa religiosa.
Pregava-se o valor das
boas ações como forma
de purgação das almas,
sendo os hospitais
amplos campos para
essa redenção.
Mulheres nas Cruzadas:
fornecimento de água
para os combatentes, de
cuidado aos feridos e de
encorajamento à luta e à
defesa do cristianismo.
Cristianismo
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Inquisição – crença de que práticas
baseadas na relação com a natureza
seriam bruxaria, levou em torno de 100
mil mulheres queimadas vivas em
fogueiras.
Bruxas eram acusadas de terem
poderes mágicos sobre a saúde porque
cuidavam do povo que vivia na miséria e
doente, além de atuarem nos partos.
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Epidemias eram frequentes e
devastadoras, mas, sendo avaliadas
como atos de Deus, não eram
passíveis de prevenção.
Higiene era muito precária, porque
os cuidados com o corpo eram
sinônimos de perigo moral e
pecado. Aqueles que tomassem
banhos eram vistos como hereges,
pois, nessa concepção, possuíam a
alma impura.
Cuidados de enfermagem
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Homens
• Impróprio para
mulheres cuidar de
homens não
parentes
Homens e
Mulheres
• Mulheres essenciais
às visitas aos
doentes e cuidados
Mosteiros
• Monges e monjas
antecipavam curso
probatório e pré-
clínico das escolas
modernas de
enfermagem
Cuidados de Enfermagem
Cobrir os
pacientes
Dispor pedras
quentes no seu
abdômen
Colocar sal e
vinagre nos pés
Aplicar panos frios
com água de rosas
para acalmar a
febre
Oferecer leite com
açúcar de violetas
para favorecer a
digestão
Usar o suco de
romã para refrescar
a boca
Parto e nascimento:
parteiras (mulheres
de meia idade)
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Organização da
Enfermagem na Idade
Moderna
Século XV ao XVIII
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Nesse período surge um racha
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Reforma
protestante
Igreja controlando
os cuidados e
hospitais
Período obscuro da enfermagem
• A maioria dos hospitais dirigidos por ordens religiosas católicas
foram fechados → déficit de pessoal para o cuidado dos enfermos.
• Os hospitais passaram a ser vistos e compreendidos como lugares
decadentes e de horrores.
• Recrutavam-se mulheres de todas as origens e classes sociais
para os hospitais, muitas delas como uma forma de reduzir penas
que deveriam cumprir em prisões.
• Surgem os modelos como Sairey Gamp, de enfermeira criada nas
histórias de Chanes Dickens, representada como suja, bêbada e
maltrapilha, dividindo a sujeira e os leitos com os enfermos.
Paralelamente
• Há um grande avanço na Medicina com o nascimento
do método científico de investigação, com grande
desenvolvimento dos estudos anatômicos e sua
aplicação na Cirurgia e na Microbiologia
Organização da
enfermagem na Idade
Contemporânea –
atuação de Florence
Nightingale
Final do séc. XIV até a atualidade
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Aspectos gerais
• 2ª metade do séc. XIX, sob a liderança de
Florence Nightingale (1820 - 1910) →
Enfermagem surge como profissão e como um
campo do saber.
• Buscou:
1. Identificar quais ações, relativas ao paciente e ao
ambiente, poderiam desencadear a manutenção e
a recuperação da saúde.
2. Delinear, por meio da definição dos padrões
morais, o perfil da profissional de Enfermagem.
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Breve biografia
• Dominava diversos idiomas, entre eles o grego e o
latim.
• Estudou artes, matemática, estatística, filosofia,
história, política e economia.
• Crenças espiritualistas nortearam sua trajetória de
vida.
• A constante preocupação e o envolvimento com o
sofrimento de seus semelhantes seriam, segundo
registro em seu diário, decorrentes dos chamados de
Deus.
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Breve biografia
• Trajetória como enfermeira iniciou após:
1. Observar a prática da Enfermagem em hospitais de quase toda a Europa
2. Analisou o trabalho desenvolvido pelas Irmãs de Caridade de São Vicente de Paulo, inicialmente em
Alexandria, onde conheceu o trabalho realizado nas escolas e hospitais
3. Realizar estágio no Instituto Kaiserswerth, na Alemanha, o qual treinava diaconisas para as atividades de
Enfermagem.
• Atuou posteriomente em Paris, no Hôtel-Dieu.
• 1853 → atuou como superintendente de Enfermagem na casa Gentleman, na Inglaterra.
• 1854 → atuou como voluntária na epidemia de cólera em Londres.
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Breve biografia
• 1854 → Prestou serviço às tropas inglesas na
Guerra da Criméia, juntamente com trinta e oito
voluntárias.
• Destacou-se tanto pela administração dos
hospitais de guerra quanto pela humanização dos
cuidados dispensados aos soldados.
• Estabeleceu melhores condições sanitárias e de
tratamento dos feridos → redução da mortalidade de
47,2% para 2,2% em 6 meses.
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Contribuições para a Enfermagem
Prevenção de infecções
• Higiene pessoal de cada paciente
• Utensílios de uso individual
• instalação de cozinha
• preparo de dieta indicada
• lavanderia e desentupimento de esgotos
Análise de dados
• anotações, gráficos e listas das atividades
desenvolvidas, aplicando o mesmo questionário de
levantamento de situação de trabalho das
enfermeiras.
• Criação do diagrama de rosa
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Contribuições para a Enfermagem
• Enfatizou o interesse da Enfermagem pelo ser humano, estivesse ele saudável ou
adoentado.
Visão humanitária
• Uma simples melhoria de construção e manutenção física poderia diminuir as taxas
de mortalidade.
Infraestrutura hospitalar
• Conhecia a melhor maneira de distribuir a roupa limpa, de manter a comida quente,
de posicionar as camas, etc.
Funcionamento do hospital
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Contribuições para
a Enfermagem
• Teoria ambientalista
1ª teoria de Enfermagem
• 1859 lança o livro notas sobre enfermagem: o
que é e o que não é
• Procurou distinguir o saber da Enfermagem, do
saber Médico.
• Estabeleceu os fundamentos da enfermagem
moderna
Definição do campo da enfermagem
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Contribuições para a Enfermagem
Formação profissional em Enfermagem
1860 → primeira escola
no padrão nightingaleano
→ St. Thomas Hospital
• Formação inicial de1 ano,
posteriormente 2 anos
Objetivos:
A melhoria dos hospitais,
a disciplina e o caráter
das enfermeiras, bem
como a manutenção da
saúde e o cuidado dos
doentes
Regras, horários rígidos,
religiosidade e divisão do
ensino por classes
sociais
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Contribuições para a Enfermagem
• Florence deu origem às prescrições
médicas por escrito e também exigia
que suas enfermeiras
acompanhassem os médicos em suas
visitas aos pacientes para prevenirem
erros, diretivas mal compreendidas e
instruções esquecidas ou ignoradas.
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Divisão social da
Enfermagem
Classe social elevada
Funções intelectuais
Comparadas às senhoras
da Confraria da Caridade
Preparadas para
atividades de supervisão,
direção e organização do
trabalho em geral.
Nível socioeconômico
inferior
Trabalho manual
Comparadas às Irmãs de
Caridade
Cuidado direto,
obediência e submissão
Lady
nurses
Nurses
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Mary Jane
Seacole
A “outra” Florence Nightingale
• Nascimento: 23 de novembro de 1805, Kingston- Jamaica - Morte: 14 de
maio de 1881 (75 anos) - Londres, Inglaterra
• Aprendeu a medicina tradicional através dos ensinamentos de sua
mãe, assim como o tratamento aos doentes e combate às doenças
endêmicas.
• Em 1854, inscreveu-se para participar da equipe de enfermagem da
Florence, para cuidar dos soldados feridos da Guerra da Criméia.
• Apesar das cartas de recomendações dos governos da Jamaica e Panamá,
não foi aceita.
• Estabeleceu o British Hotel, onde providenciou alojamento a militares
doentes e convalescentes, e socorreu feridos no campo de batalha.
• Só veio a ser reconhecida publicamente a partir de 1973 com a
redescoberta da sua autobiografia.
• A inauguração de uma estátua em sua honra, no Hospital de St Thomas,
que inclui uma descrição sua como "pioneira" gerou algumas opiniões
dissonantes.
INGLATERRA
Moderna concepção de educação de
enfermeiras
Direção da escola por
uma enfermeira não por
medico
Mais ensino metódico,
em vez de apenas
ocasional, através da
prática.
Seleção das
candidatas sob o ponto
de vista físico, moral,
intelectual e de aptidão
profissional
A partir da Escola de Londres
1861
• Shaw Stewart
• Superintendente do quadro de enfermagem do hospital militar
• Novo nosocômio do exército
1887
• Bedford Fenwik
• Associação Inglesa de Enfermeiras
• Conselho Internacional de Enfermeiras
• Britain Journal of Nursing
• Colaborou com a primeira organização de enfermeiras na América.
1892
• Florence Nightingale
• Missionárias da saúde
• Visita às casas da comunidade (cuidados de enfermagem e higiene)
Liverpool (Inglaterra)
1862
William Rathbone construiu e
equipou uma escola de
treinamento na Royal ln
Armary, na qual se instruíram
enfermeiras para a
assistência domiciliar e
hospitalar
1865
Agnes Jones e um grupo de
doze enfermeiras Nightingale
dirigiram-se para o asilo
Brownlow Hill In Armary.
Agnes Jones morreu de tifo,
em fevereiro de 1868.
CANADÁ
• Inicio com colonizadores apostólico franceses
• Segundo lugar na América do Norte a fundar hospitais
• 1639 – Ursulinas em Quebec
tratamento dos variolosos e pobres em domicílio
• 1658 – Hotel Dieu de Quebec
• 1660 – Congregação missionária das lrmãs Cinzentas –
França
• Séc XVII em diante - domínio inglês, hospitais municipais e
enfermagem leiga
Início da
Enfermagem
• 1874 – Escola de Ontário
• 1875 - hospital geral de Montreal
• 1881 - escola de Toronto, com diretora Miss Snively,
diplomada por Bellevue (New York)
Escolas
ESTADOS UNIDOS
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E
U
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9 / 2 9 / 2 0 2 3
46
1658
Bellevue,
estabelecido pelos
holandeses em
Manhattan (New
York)
Hospital e asilo ao
mesmo tempo
1731
Casa em Filadélfia
que recebia
doentes, órfãos,
loucos e pobres
Enfermagem do
mais baixo tipo
1771
Primeira tentativa
de formar
enfermeiras no
New York Hospital.
Limitado número de
aulas sobre
anatomia,
fisiologia, pediatria
e, principalmente,
Obstetrícia.
1861
Outra escola em
bases elementares
em Filadélfia
Hospital Nova
Inglaterra: primeira
turma diplomada
em 1873 → Linda
Richards, primeira
enfermeira norte-
americana
Primeiros hospitais
Contribuição das Irmãs Católicas
• Entre os primeiros hospitais fundados nos Estados Unidos, contam-se diversos
sob a direção de Congregações Católicas:
1. As Ursulinas, em 1127, abriram um estabelecimento na Luisiana.
2. Seguiram-se as Irmãs de Santa Cruz (1843) e as Irmãs de Caridade de Nazaré
(1832) e,
3. Um ramo das lrmãs de Caridade, fundou o Hospital São Vicente em Nova
lorque (1849).
• Criaram várias escolas no modelo Nightingaleano
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Modelo Nightingaleano
1873
• Primeira escola no
Hospital Bellevue
(Organizadora: Irmã
Helena)
• Meses depois: New
Haven
1879 – publicação de
primeiro livro para
alunas de enfermagem
Escola de
Massachusetts e
Filadélfia
1880: 115 escolas
Após 1ª Guerra
mundial - mais de
1000 escolas
1893
Fundação da
Associação de
Superintendentes
de Escolas de
Enfermagem
1911
• Associação
Americana de
Enfermeiras
(American
Nurses
Association)
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OUTROS PAÍSES
9 / 2 9 / 2 0 2 3
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Outros países
• Em países anglo-saxões como a Alemanha e Áustria, e escandinavos, como
Dinamarca, Suécia e Noruega, que iniciava juntamente com o movimento da
Cruz Vermelha, as guerras locais e mundiais desencadearam a reforma do
ensino de enfermagem, no modelo Nightingaleano.
• outros países como França, Itália e Grécia o aderiram gradativamente.
• Na Holanda o modelo teve início com a chegada da Cruz Vermelha local, que
fundou uma escola de enfermagem, pois até então as religiosas católicas foram
mantidas nos hospitais.
• Destaca-se que entre os países da América Latina, a Argentina foi o primeiro a
fundar uma escola de enfermagem, ainda no ano de 1886.
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Referencias
• COREN-SP. https://portal.coren-sp.gov.br/noticias/11-enfermeiras-negras-que-fizeram-historia-
mas-nao-foram-reconhecidas/
• PADILHA, Maria Itaira Coelho et al. (org). Enfermagem [livro eletrônico] : história de uma profissão
. 2. ed. -- São Caetano do Sul, SP : Difusão Editora, 2017
• PAIXÃO, Waleska. História da Enfermagem. Rio de Janeiro: Julio C. Reis
Livraria. 1979. 5 ed.
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Práticas de cuidados nas primeiras civilizações humanas e expansão do ensino nightingaleano.pdf

  • 1. Práticas de cuidados nas civilizações antigas, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea Profa Me Karla Mychelle Cezario de Lima Karla.lima@umj.edu.br MACEIÓ 2023 Centro Universitário Mário Pontes Jucá – UMJ Graduação em Enfermagem – 2023.2 Introdução à História da Enfermagem
  • 2. Origens – etimologia Enfermagem Enfermeira • Ato ou efeito de tratar os enfermos. • Enfermo - do latim infirmus, ou seja, doente, doentio, fraco, débil, achacoso, imperfeito • Derivada do latim nutrix – mãe • Verbo nutrire - criar e nutrir. • Séc. XIX - nurse 9 / 2 9 / 2 0 2 3 I N T R O D U Ç Ã O 2
  • 3. O cuidado como necessário à manutenção da vida • Desde que surge a vida, existe cuidado, porque é preciso TOMAR CONTA da vida para que ela possa permanecer; • Durante milhares de anos os cuidados não pertenciam a um ofício, muito menos a uma profissão; • Dizia respeito a qualquer pessoa que ajudava qualquer outra a garantir o que lhe era necessário para continuar a sua vida; em relação à vida do grupo.
  • 4. Com a evolução das sociedades... P R Á T I C A S D E M A N U T E N Ç Ã O D A V I D A P R Á T I C A S P A R A F A Z E R R E C U A R A M O R T E • Cuidar é tomar conta. • Garantir a continuidade da vida do grupo e da espécie tendo em conta tudo o que é indispensável para garantir as funções vitais: alimentar-se, proteção pelo vestuário e o abrigo que se torna habitação. • São assumidas por homens e mulheres e a organização social dessas tarefas dá lugar à divisão sexuada do trabalho. • Relação com a natureza permite aquisição do “saber fazer” e “saber utilizar’ • Parte dos discursos sobre o MAL, as primeiras manifestações de medo; • Emerge a orientação metafísica – nasce do discernimento do que é bom ou mau, interpreta e designa as forças benéficas e maléficas, portadoras de mal, doenças e morte. • Rituais – xamãs, depois o padre. • Surge dessa concepção os novos descritores do mal – os médicos.
  • 5. Práticas de cuidado nas primeiras civilizações Oriente Médio, Extremo Oriente, Mundo Mediterrâneo, mundo ocidental 9 / 2 9 / 2 0 2 3 C I V I L I Z A Ç Õ E S A N T I G A S 5
  • 6. Egito • Praticava-se o hipnotismo, a interpretação de sonhos e influência dos astros na saúde; • Habilidade para embalsamar e fazer ataduras → múmias. • Uso de maquiagem com finalidade estética e higiênica. • Óleos e cremes para hidratação. • Conhecimento sobre ervas e drogas → química • Parteiras: grupo profissional reconhecido • Medicina já existia, mas não há menção de hospitais e enfermeiros • Controle sanitário, higiene do corpo, da comida, das bebidas, das relações sexuais, das roupas, de matadouros, da água. 9 / 2 9 / 2 0 2 3 O R I E N E M E D I O 6
  • 7. Palestina • Amas de leite eram também as cuidadoras dos enfermos. • Parteiras judias → cuidados de higiene das mães e de seus bebês; estímulo ao parto de cócoras. • Débora é a primeira enfermeira citada na história (Gênesis, capítulo 24) (história de Rebeca) • A religião e a medicina caminhavam paralelamente → saúde pública executada por sacerdotes- médicos • Código de Hamurabi → regulamentos para os cuidados com a saúde pública geral métodos de higiene pessoal para prevenção de doenças, • Preocupação com a limpeza, o descanso, o sono e as horas de trabalho. • Exame do doente: diagnóstico, desinfecção , afastamento de objetos contaminados. Restrições na dieta. • Disposições relativas a cuidados com as mulheres no ciclo menstrual, na gravidez e no parto • Leis sobre sepultamento de cadáveres 9 / 2 9 / 2 0 2 3 O R I E N T E M É D I O 7
  • 8. Assíria e Babilônia • Doenças eram causadas pela ira dos deuses e por espíritos malignos (07 demônios). • Código de Hamurabi → Penalidades para médicos incompetentes • Babilônia → menção do enfermeiro como um profissional independente, com práticas similares às atuais; amas de leite e parteiras. • Assírios → sem menção hospitais e enfermeiros. plantas em tratamentos,. Cerimônias de purificação → a água, fogo e sacrifício humano 9 / 2 9 / 2 0 2 3 O R I E N T E M É D I O 8
  • 9. Índia • Se distinguiram dos povos antigos pela construção de hospitais e escolha de enfermeiros. • O tratamento geral das doenças consistiam em dieta, banhos, clisteres, inalações, sangrias. • Os hindus queriam que seus enfermeiros tivessem: asseio, habilidade, inteligência, conhecimento de arte culinária e de preparo dos remédios. • Moralmente, deveriam ser: puros, dedicados e cooperadores. 9 / 2 9 / 2 0 2 3 E X T R E M O O R I E N T E 9
  • 10. China • O sistema de tratamento da medicina chinesa fundamenta-se na prevenção e no equilíbrio dinâmico “da energia da vida” (chi) → sacerdotes • Conhecimento médico: dissecação, sistema circulatório, massagem, uso terapêutico do banho e o significado da frequência do pulso • Doenças catalogadas em benignas, médias e graves • 06 métodos de tratamento: 1) curar o espírito; 2) alimentar o corpo; 3) dar medicamentos; 4) tratar o corpo; 5) utilizar a acupuntura, e 6) cauterizar com moxa. • Aplicações locais de água fria nas luxações. • Estudavam os desequilíbrios do indivíduo e sua relação com o ambiente. • Construíram alguns hospitais de isolamento e casas de repouso. 9 / 2 9 / 2 0 2 3 E X T R E M O O R I E N T E 10
  • 11. Japão • Tratamento feito com águas termais • A eutanásia era lícita • A morte, a doença, todas as efusões de sangue acarretavam a impureza. 9 / 2 9 / 2 0 2 3 E X T R E M O O R I E N T E 11
  • 12. Grécia • Medicina exercida pelos sacerdotes-médicos. Depois: Hipócrates – medicina científica → fundamentos naturalistas de Florence • Tratamento: banhos, massagens, sangrias, dietas, sol, ar puro, água pura mineral. • Primavam pela higiene, tinham o hábito de tomar banhos diários nos rios e em fontes ou banheiras públicas. • Cuidados especiais aos mortos e os filhos se ocupavam do funeral dos pais • Inúmeras referências a enfermeiros: indícios de que os primeiros foram homens, reservando-se às mulheres zelar pelas crianças, serem amas e realizar partos. • Enfermeiros: aplicação de emplastos, cataplasmas, compressas frias, dietas líquidas e banhos quentes. • Parteiras: cuidados obstétricos. 9 / 2 9 / 2 0 2 3 M U N D O M E D I T E R R Â N E O 12
  • 13. Roma • Antes da conquista da Grécia → cuidados médicos combinavam práticas populares, magia e religião. • Depois da conquista da Grécia → medicina exercida por escravos • Construção de hospitais militares. • Saneamento básico com ações como sistema de calefação, construção de cemitérios, limpeza das ruas, ventilação das casas, aquecimento de água, provimento de água pura e instalação de rede de esgotos com eliminação das fezes com água canalizada. 9 / 2 9 / 2 0 2 3 M U N D O M E D I T E R R Â N E O 13
  • 14. Mundo ocidental • Incas, maias, astecas e toltecas combinavam religião, magia, medicina, enfermagem e farmácia, com atividades exercidas pelos bruxos ou curandeiros (sacerdotes) → curar as doenças da mente e do corpo. • As doenças aconteciam pela ira dos deuses. • Acreditavam que a saúde era o equilíbrio do homem com a natureza e o sobrenatural. • Indígenas americanos: impulsionaram a medicina e as práticas modernas de tratamento. • Pouca ou nenhuma menção à enfermagem • Mulher → papel importante no conselho de mulheres das tribos; Zelava pelas crianças, dava assistência aos partos e participava dos cuidados aos doentes e aos idosos 9 / 2 9 / 2 0 2 3 A M É R I C A 14
  • 15. Organização da enfermagem na Idade Média Metade do século V até a primeira metade do século XV 9 / 2 9 / 2 0 2 3 15
  • 16. Cristianismo 9 / 2 9 / 2 0 2 3 16 Os monastérios, na figura da Igreja, tornaram-se responsáveis pela manutenção da ordem e dedicaram-se à religião, educação, medicina e enfermagem. Todo o direito e a moral, a ciência e a arte, apresentavam-se sob a capa religiosa. Pregava-se o valor das boas ações como forma de purgação das almas, sendo os hospitais amplos campos para essa redenção. Mulheres nas Cruzadas: fornecimento de água para os combatentes, de cuidado aos feridos e de encorajamento à luta e à defesa do cristianismo.
  • 17. Cristianismo 9 / 2 9 / 2 0 2 3 17 Inquisição – crença de que práticas baseadas na relação com a natureza seriam bruxaria, levou em torno de 100 mil mulheres queimadas vivas em fogueiras. Bruxas eram acusadas de terem poderes mágicos sobre a saúde porque cuidavam do povo que vivia na miséria e doente, além de atuarem nos partos.
  • 18. 9 / 2 9 / 2 0 2 3 C R I S T I A N I S M O 18 Epidemias eram frequentes e devastadoras, mas, sendo avaliadas como atos de Deus, não eram passíveis de prevenção. Higiene era muito precária, porque os cuidados com o corpo eram sinônimos de perigo moral e pecado. Aqueles que tomassem banhos eram vistos como hereges, pois, nessa concepção, possuíam a alma impura.
  • 19. Cuidados de enfermagem 9 / 2 9 / 2 0 2 3 I D A D E M É D I A 19 Homens • Impróprio para mulheres cuidar de homens não parentes Homens e Mulheres • Mulheres essenciais às visitas aos doentes e cuidados Mosteiros • Monges e monjas antecipavam curso probatório e pré- clínico das escolas modernas de enfermagem
  • 20. Cuidados de Enfermagem Cobrir os pacientes Dispor pedras quentes no seu abdômen Colocar sal e vinagre nos pés Aplicar panos frios com água de rosas para acalmar a febre Oferecer leite com açúcar de violetas para favorecer a digestão Usar o suco de romã para refrescar a boca Parto e nascimento: parteiras (mulheres de meia idade) 9 / 2 9 / 2 0 2 3 20
  • 21.
  • 22. Organização da Enfermagem na Idade Moderna Século XV ao XVIII 9 / 2 9 / 2 0 2 3 I D A D E M O E R N A 22
  • 23. Nesse período surge um racha 9 / 2 9 / 2 0 2 3 23 Reforma protestante Igreja controlando os cuidados e hospitais
  • 24. Período obscuro da enfermagem • A maioria dos hospitais dirigidos por ordens religiosas católicas foram fechados → déficit de pessoal para o cuidado dos enfermos. • Os hospitais passaram a ser vistos e compreendidos como lugares decadentes e de horrores. • Recrutavam-se mulheres de todas as origens e classes sociais para os hospitais, muitas delas como uma forma de reduzir penas que deveriam cumprir em prisões. • Surgem os modelos como Sairey Gamp, de enfermeira criada nas histórias de Chanes Dickens, representada como suja, bêbada e maltrapilha, dividindo a sujeira e os leitos com os enfermos.
  • 25. Paralelamente • Há um grande avanço na Medicina com o nascimento do método científico de investigação, com grande desenvolvimento dos estudos anatômicos e sua aplicação na Cirurgia e na Microbiologia
  • 26. Organização da enfermagem na Idade Contemporânea – atuação de Florence Nightingale Final do séc. XIV até a atualidade 9 / 2 9 / 2 0 2 3 26
  • 27. Aspectos gerais • 2ª metade do séc. XIX, sob a liderança de Florence Nightingale (1820 - 1910) → Enfermagem surge como profissão e como um campo do saber. • Buscou: 1. Identificar quais ações, relativas ao paciente e ao ambiente, poderiam desencadear a manutenção e a recuperação da saúde. 2. Delinear, por meio da definição dos padrões morais, o perfil da profissional de Enfermagem. 9 / 2 9 / 2 0 2 3 27
  • 28. Breve biografia • Dominava diversos idiomas, entre eles o grego e o latim. • Estudou artes, matemática, estatística, filosofia, história, política e economia. • Crenças espiritualistas nortearam sua trajetória de vida. • A constante preocupação e o envolvimento com o sofrimento de seus semelhantes seriam, segundo registro em seu diário, decorrentes dos chamados de Deus. 9 / 2 9 / 2 0 2 3 28
  • 29. Breve biografia • Trajetória como enfermeira iniciou após: 1. Observar a prática da Enfermagem em hospitais de quase toda a Europa 2. Analisou o trabalho desenvolvido pelas Irmãs de Caridade de São Vicente de Paulo, inicialmente em Alexandria, onde conheceu o trabalho realizado nas escolas e hospitais 3. Realizar estágio no Instituto Kaiserswerth, na Alemanha, o qual treinava diaconisas para as atividades de Enfermagem. • Atuou posteriomente em Paris, no Hôtel-Dieu. • 1853 → atuou como superintendente de Enfermagem na casa Gentleman, na Inglaterra. • 1854 → atuou como voluntária na epidemia de cólera em Londres. 9 / 2 9 / 2 0 2 3 29
  • 30. Breve biografia • 1854 → Prestou serviço às tropas inglesas na Guerra da Criméia, juntamente com trinta e oito voluntárias. • Destacou-se tanto pela administração dos hospitais de guerra quanto pela humanização dos cuidados dispensados aos soldados. • Estabeleceu melhores condições sanitárias e de tratamento dos feridos → redução da mortalidade de 47,2% para 2,2% em 6 meses. 9 / 2 9 / 2 0 2 3 30
  • 31. Contribuições para a Enfermagem Prevenção de infecções • Higiene pessoal de cada paciente • Utensílios de uso individual • instalação de cozinha • preparo de dieta indicada • lavanderia e desentupimento de esgotos Análise de dados • anotações, gráficos e listas das atividades desenvolvidas, aplicando o mesmo questionário de levantamento de situação de trabalho das enfermeiras. • Criação do diagrama de rosa 9 / 2 9 / 2 0 2 3 31
  • 32. Contribuições para a Enfermagem • Enfatizou o interesse da Enfermagem pelo ser humano, estivesse ele saudável ou adoentado. Visão humanitária • Uma simples melhoria de construção e manutenção física poderia diminuir as taxas de mortalidade. Infraestrutura hospitalar • Conhecia a melhor maneira de distribuir a roupa limpa, de manter a comida quente, de posicionar as camas, etc. Funcionamento do hospital 9 / 2 9 / 2 0 2 3 32
  • 33. Contribuições para a Enfermagem • Teoria ambientalista 1ª teoria de Enfermagem • 1859 lança o livro notas sobre enfermagem: o que é e o que não é • Procurou distinguir o saber da Enfermagem, do saber Médico. • Estabeleceu os fundamentos da enfermagem moderna Definição do campo da enfermagem 9 / 2 9 / 2 0 2 3 33
  • 34. Contribuições para a Enfermagem Formação profissional em Enfermagem 1860 → primeira escola no padrão nightingaleano → St. Thomas Hospital • Formação inicial de1 ano, posteriormente 2 anos Objetivos: A melhoria dos hospitais, a disciplina e o caráter das enfermeiras, bem como a manutenção da saúde e o cuidado dos doentes Regras, horários rígidos, religiosidade e divisão do ensino por classes sociais 9 / 2 9 / 2 0 2 3 34
  • 35. Contribuições para a Enfermagem • Florence deu origem às prescrições médicas por escrito e também exigia que suas enfermeiras acompanhassem os médicos em suas visitas aos pacientes para prevenirem erros, diretivas mal compreendidas e instruções esquecidas ou ignoradas. 9 / 2 9 / 2 0 2 3 C O N T R I B U I Ç Õ E D E F L O R E N C 35
  • 36. Divisão social da Enfermagem Classe social elevada Funções intelectuais Comparadas às senhoras da Confraria da Caridade Preparadas para atividades de supervisão, direção e organização do trabalho em geral. Nível socioeconômico inferior Trabalho manual Comparadas às Irmãs de Caridade Cuidado direto, obediência e submissão Lady nurses Nurses 9 / 2 9 / 2 0 2 3 36
  • 37. Mary Jane Seacole A “outra” Florence Nightingale
  • 38. • Nascimento: 23 de novembro de 1805, Kingston- Jamaica - Morte: 14 de maio de 1881 (75 anos) - Londres, Inglaterra • Aprendeu a medicina tradicional através dos ensinamentos de sua mãe, assim como o tratamento aos doentes e combate às doenças endêmicas. • Em 1854, inscreveu-se para participar da equipe de enfermagem da Florence, para cuidar dos soldados feridos da Guerra da Criméia. • Apesar das cartas de recomendações dos governos da Jamaica e Panamá, não foi aceita. • Estabeleceu o British Hotel, onde providenciou alojamento a militares doentes e convalescentes, e socorreu feridos no campo de batalha. • Só veio a ser reconhecida publicamente a partir de 1973 com a redescoberta da sua autobiografia. • A inauguração de uma estátua em sua honra, no Hospital de St Thomas, que inclui uma descrição sua como "pioneira" gerou algumas opiniões dissonantes.
  • 40. Moderna concepção de educação de enfermeiras Direção da escola por uma enfermeira não por medico Mais ensino metódico, em vez de apenas ocasional, através da prática. Seleção das candidatas sob o ponto de vista físico, moral, intelectual e de aptidão profissional
  • 41. A partir da Escola de Londres 1861 • Shaw Stewart • Superintendente do quadro de enfermagem do hospital militar • Novo nosocômio do exército 1887 • Bedford Fenwik • Associação Inglesa de Enfermeiras • Conselho Internacional de Enfermeiras • Britain Journal of Nursing • Colaborou com a primeira organização de enfermeiras na América. 1892 • Florence Nightingale • Missionárias da saúde • Visita às casas da comunidade (cuidados de enfermagem e higiene)
  • 42. Liverpool (Inglaterra) 1862 William Rathbone construiu e equipou uma escola de treinamento na Royal ln Armary, na qual se instruíram enfermeiras para a assistência domiciliar e hospitalar 1865 Agnes Jones e um grupo de doze enfermeiras Nightingale dirigiram-se para o asilo Brownlow Hill In Armary. Agnes Jones morreu de tifo, em fevereiro de 1868.
  • 44. • Inicio com colonizadores apostólico franceses • Segundo lugar na América do Norte a fundar hospitais • 1639 – Ursulinas em Quebec tratamento dos variolosos e pobres em domicílio • 1658 – Hotel Dieu de Quebec • 1660 – Congregação missionária das lrmãs Cinzentas – França • Séc XVII em diante - domínio inglês, hospitais municipais e enfermagem leiga Início da Enfermagem • 1874 – Escola de Ontário • 1875 - hospital geral de Montreal • 1881 - escola de Toronto, com diretora Miss Snively, diplomada por Bellevue (New York) Escolas
  • 45. ESTADOS UNIDOS 9 / 2 9 / 2 0 2 3 E U A 45
  • 46. 9 / 2 9 / 2 0 2 3 46 1658 Bellevue, estabelecido pelos holandeses em Manhattan (New York) Hospital e asilo ao mesmo tempo 1731 Casa em Filadélfia que recebia doentes, órfãos, loucos e pobres Enfermagem do mais baixo tipo 1771 Primeira tentativa de formar enfermeiras no New York Hospital. Limitado número de aulas sobre anatomia, fisiologia, pediatria e, principalmente, Obstetrícia. 1861 Outra escola em bases elementares em Filadélfia Hospital Nova Inglaterra: primeira turma diplomada em 1873 → Linda Richards, primeira enfermeira norte- americana Primeiros hospitais
  • 47. Contribuição das Irmãs Católicas • Entre os primeiros hospitais fundados nos Estados Unidos, contam-se diversos sob a direção de Congregações Católicas: 1. As Ursulinas, em 1127, abriram um estabelecimento na Luisiana. 2. Seguiram-se as Irmãs de Santa Cruz (1843) e as Irmãs de Caridade de Nazaré (1832) e, 3. Um ramo das lrmãs de Caridade, fundou o Hospital São Vicente em Nova lorque (1849). • Criaram várias escolas no modelo Nightingaleano 9 / 2 9 / 2 0 2 3 47
  • 48. Modelo Nightingaleano 1873 • Primeira escola no Hospital Bellevue (Organizadora: Irmã Helena) • Meses depois: New Haven 1879 – publicação de primeiro livro para alunas de enfermagem Escola de Massachusetts e Filadélfia 1880: 115 escolas Após 1ª Guerra mundial - mais de 1000 escolas 1893 Fundação da Associação de Superintendentes de Escolas de Enfermagem 1911 • Associação Americana de Enfermeiras (American Nurses Association) 9 / 2 9 / 2 0 2 3 48
  • 49. OUTROS PAÍSES 9 / 2 9 / 2 0 2 3 49
  • 50. Outros países • Em países anglo-saxões como a Alemanha e Áustria, e escandinavos, como Dinamarca, Suécia e Noruega, que iniciava juntamente com o movimento da Cruz Vermelha, as guerras locais e mundiais desencadearam a reforma do ensino de enfermagem, no modelo Nightingaleano. • outros países como França, Itália e Grécia o aderiram gradativamente. • Na Holanda o modelo teve início com a chegada da Cruz Vermelha local, que fundou uma escola de enfermagem, pois até então as religiosas católicas foram mantidas nos hospitais. • Destaca-se que entre os países da América Latina, a Argentina foi o primeiro a fundar uma escola de enfermagem, ainda no ano de 1886. 9 / 2 9 / 2 0 2 3 50
  • 51. Referencias • COREN-SP. https://portal.coren-sp.gov.br/noticias/11-enfermeiras-negras-que-fizeram-historia- mas-nao-foram-reconhecidas/ • PADILHA, Maria Itaira Coelho et al. (org). Enfermagem [livro eletrônico] : história de uma profissão . 2. ed. -- São Caetano do Sul, SP : Difusão Editora, 2017 • PAIXÃO, Waleska. História da Enfermagem. Rio de Janeiro: Julio C. Reis Livraria. 1979. 5 ed. 9 / 2 9 / 2 0 2 3 51