2. Resumo do currículo
Cristal Coser de Camargo
2
2009
2012
2012-2015
2015 até o presente
2015 até o presente
2005 até o presente
↓NH3
3. • Empresa 100% nacional fundada em
1995
• Matriz Brusque – SC
• Área de atuação Tratamento de
água, efluentes, saneamento básico
e gerenciamento de resíduos
• ES operação das ETEs Lodos
Ativados da Grande Vitória
3
4. Estação de Tratamento – Brusque
• ETE Brusque maior estação de
tratamento de efluentes de Santa
Catarina, com uma área instalada de
40.000 m² e capacidade para tratamento
de 1.000 m³/h. Remoção de DBO
equivalente a uma cidade de 400.000
habitantes com eficiência de 98% no
tratamento.;
• Início de operação em 1996;
• Atende a mais de 100 indústrias via rede
coletora e caminhões;
• Produz cerca de 800 t de Lodo por Mês;
• Recebe efluente de indústrias Têxteis,
Metal Mecânica, Alimentícias, Aterros
Sanitários e esgotos sanitários. 4
5. • Efluentes chegam à
RIOVIVO por meio de
uma rede coletora
exclusiva;
• 50 km de rede em
polipropileno, 3
elevatórias equipadas
com geradores para
pressurização da rede;
ETE Brusque
5
7. Introdução
• Definição (NBR 9800 de 1987)
• Efluente líquido industrial: Despejo líquido proveniente do
estabelecimento industrial, compreendendo efluentes de processo
industrial, águas de refrigeração poluídas, águas pluviais poluídas e
esgotos domésticos;
• Efluentes de processo industrial: Despejos líquidos provenientes das
áreas de processamento industrial, incluindo os originados nos
processos de produção, as águas de lavagem da operação de limpeza
e de outras fontes, que comprovadamente apresentem poluição por
produtos utilizados ou produzidos no estabelecimento industrial”.
7
8. Introdução
Água bruta/potável Processos industriais Efluente
(GIORDANO, 2008)
Incorporação ao
produto
Lavagem de
máquinas,
tubulações e
pisos;
Águas de sistemas
de resfriamento e
geradores de
vapor;
Águas de
drenagem
pluvial
contaminada
Esgotos sanitários
dos funcionários
A água que não foi incorporada ou perdida, transforma-se em efluente industrial
Usos da água na
indústria
8
9. Introdução
• Boa notícia existe tecnologia
para tratar qualquer coisa
Má notícia o custo nem
sempre é atrativo e não existe
“receita de bolo”
9
10. 1º passo: identificação dos
pontos de geração de efluentes
(necessário conhecimento do
processo industrial);
2º passo: caracterização de
cada tipo de efluente (para
decidir quais serão misturados
e quais serão tratados em
separado) – necessário
conhecer os contaminantes;
3º passo: seleção do(s)
tratamento(s) – muitas vezes é
necessária uma combinação;
Cuidado! Muito comum a adoção de soluções “prontas”. Investimentos são realizados, estações são
construídas para somente então descobrir que o tratamento não é efetivo.
Introdução
10
11. Introdução
Na adoção dos processos de tratamento, os seguintes fatores devem ser considerados (GIORDANO, 2008):
Características do efluente Legislação ambiental Clima Interação com a vizinhança
CAPEX/OPEX Consumo de energia
Qualidade do lodo gerado Qualidade do efluente tratado
Natureza do corpo receptor Segurança operacional Geração de odor Possibilidade de reúso
11
12. 12
Legislação
- CONAMA 357/2005
- CONAMA 430/2011
- Lei 9.433 de 1997 – Política Nacional de Recursos Hídricos
- Lei 5.818 de 1998 – Política Estadual de Recursos Hídricos
Instrução Normativa 007 de 2006 – IEMA - Estabelece critérios
técnicos referentes à outorga para diluição de efluentes em corpos de
água superficiais do domínio do Estado do Espírito Santo.
- Decreto 8.468 de 1976 – Aprova o Regulamento da Lei n. 997 de 31
de maio de 1976, que dispõe sobre a prevenção e o controle da
Poluição Do Meio Ambiente
Art. 1º. A Política Nacional de Recursos
Hídricos baseia-se nos seguintes
fundamentos:
I - a água é um bem de domínio público;
II - a água é um recurso natural limitado,
dotado de valor econômico;
15. Tecnologias de tratamento
• As tecnologias apresentadas a seguir
consistem em mecanismos de
transferência de fase;
• Em geral, o que se consegue é uma
redução no volume da matriz contendo o
contaminante;
15
17. Tecnologias de tratamento
• Floculação
http://paginas.fe.up.pt/~projfeup/bestof/12_13/files/REL_MIEA102_02.PDF
17
Floculação/sedim
entação
Contaminante
transferido para
o lodo
18. Tecnologias de tratamento
• Sedimentação
As partículas mais pesadas são arrastadas pela força da gravidade
(geralmente precedida de coagulação e floculação).
http://interna.coceducacao.com.br/ebook/pages/268.htm
18
19. Tecnologias de tratamento
• Flotação
• Introdução de água saturada com ar no fundo do tanque de forma
que as microbolhas carreiem os sólidos em suspensão e o material
coagulado/floculado para a superfície;
http://ecopreneur.com.ar/pt-br/services-view/unidade-de-flotacao-por-ar-dissolvido-daf/
19
Vantagem: necessidade
reduzida de área;
Desvantagem: alto custo
operacional.
20. Tecnologias de tratamento
• Flotação
• Pode acontecer na etapa de pré-tratamento ou pode substituir a
sedimentação;
• Aplicável para tratamento de efluentes com teores de óleos e graxas
(petroquímicas, pescado, frigoríficos);
• Não aplicada a óleos emulsionados, a menos que tenham sido
coagulados.
20
21. Tecnologias de tratamento
• Eletrocoagulação/Eletroflotação
21
Vantagem: baixo tempo de
detenção, operação simples,
Desvantagem: gasto
energético, consumo dos
eletrodos
23. Tecnologias de tratamento
• Filtração
• Passagem de um líquido por um meio poroso capaz de reter as
partículas em suspensão. A eficiência depende do tamanho das
partículas contidas no meio líquido e do tamanho dos poros.
23
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAa_wAE/apostila-geral-eta?part=8
26. Tecnologias de tratamento
• Nanofiltração
http://www.quimica.com.br/pquimica/10896/petroleo-petroleiras-removem-sulfato-de-agua-de-injecao-com-nanofiltracao-e-criam-mercado-
milionario-para-as-membranas/3/
26
27. Tecnologias de tratamento
• Osmose reversa
http://www.dreamstime.com/royalty-free-stock-image-reverse-osmosis-use-membrane-to-act-like-extremely-fine-filter-to-create-drinking-water-contaminated-water-pressure-
image36752266
27
Osmose reversa
Contaminantes
concentrados no
rejeito do
processo
28. Tecnologias de tratamento
• Adsorção
• Processo pelo qual átomos, moléculas ou íons são retidos na
superfície de sólidos através de interações de natureza química ou
física.
http://www.naturaltec.com.br/Carvao-Ativado.html
28
Adsorção
Adsorvente com
contaminante
adsorvido
29. Tecnologias de tratamento
• Resinas de troca iônica
• Remoção de compostos ionizados no meio aquoso através de resinas
aniônicas (remoção de ânions) ou catiônicas (remoção de cátions). Os
íons da solução são atraídos pela resina, onde são substituídos.
http://www.naturaltec.com.br/Filtro-desmi-abrandamento-resinas-troca-ionica.html
29
- Remoção
de ferro e
manganês;
- Remoção
de Ca e Mg
(dureza)
30. Tecnologias de tratamento
• Precipitação química
• Dependendo do composto que estiver em solução, adiciona-se um
reagente que forme um composto insolúvel e permita a precipitação.
• Ex.: Estruvita NH4MgPO4.6H2O
30
33. Tecnologias de tratamento
• Stripping
• Processo físico de arraste com ar que remove substâncias voláteis do
meio líquido;
• No caso da amônia, pH deve ser elevado para deslocar o equilíbrio da
reação para a esquerda, deixando a amônia na forma de NH3(volátil).
33
http://www.lowryh2o.com/air-strippers.html
35. Tecnologias de tratamento
• Processos Oxidativos
• Os processos oxidativos objetivam a destruição dos poluentes
orgânicos por meio da oxidação (mineralização);
• Os mais utilizados são a incineração e o tratamento biológico
(métodos oxidativos convencionais);
• Tratamento biológico matéria orgânica é convertida em produtos
mineralizados inertes por mecanismos naturais;
• Outra opção oxidação através de produtos químicos.
35
36. Tecnologias de tratamento
36
Aeróbio – O2 Anaeróbio – O2
Vantagens Desvantagens Vantagens Desvantagens
Eficiência > 90%
Operação
complexa
Operação Simples Eficiência < 75%
Sem odor Alto custo Baixo custo Com odor (H2S)
Não forma CH4 Gera muito lodo Gera pouco lodo Formação de CH4
Demanda
digestão do lodo
Lodo mais
estabilizado
Exemplos: Lagoa aeróbia, lodos
ativados, biofiltro aerado
Exemplos: Fossa séptica, lagoa
anaeróbia, reator UASB, biofiltro
anaeróbio
X
37. Tecnologias de tratamento
• Processos biológicos – Lagoas de estabilização;
37
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe-jgAA/lagoas-estabilizacao
40. Tecnologias de tratamento
• Processos Oxidativos
Avançados (POA´s)
• São processos de oxidação que
geram radicais hidroxila;
• Objetivam transformar os
contaminantes inorgânicos em
dióxido de carbono, água e
ânions orgânicos.
http://lqa.iqm.unicamp.br/cadernos/caderno3.pdf
40
41. Tecnologias de tratamento
• Processos Oxidativos Avançados (POA´s)
• Vantagens:
• mineralizam o poluente;
• transformam produtos refratários em
biodegradáveis;
• Desvantagem: a oxidação pode gerar
compostos mais tóxicos do que a
substância inicial;
41
http://lqa.iqm.unicamp.br/cadernos/caderno3.pdf
Sem catalisador na forma sólida
45. ETE Brusque
45
Lagoa de
equalização
1.000 m³/h
Deep shaft
4 m
60 m Coagulação/
floculação
Sedimentação Filtração
Recebe efluente de indústrias Têxteis, Metal Mecânica,
Alimentícias, Aterros Sanitários e esgotos sanitários.
46. Abatedouros e frigoríficos
Principais poluentes
• Proteínas;
• Gorduras;
• Sais minerais;
• Hormônios de crescimento;
• Produtos de limpeza.
Etapas do tratamento
• Peneiramento
• Caixa de gordura
• Coagulação/floculação
• Flotação
• Processo biológico
anaeróbio
• Processo biológico aeróbio
46
(GIORDANO; SURERUS, 2015)
http://www.vet.ufmg.br/noticias/exibir/1003/sistema_de_tratamento_de_efluente_melhora_a_qualidade_da_agua
47. Indústria metalúrgica
Principais poluentes
• Metais tóxicos e não tóxicos
• Óleos e graxas
• Sólidos inorgânicos dissolvidos e
em suspensão
Etapas do tratamento
• Caixa de areia
• Correção de pH com
precipitação química
47
(GIORDANO; SURERUS, 2015)
49. Conclusão
• Importante conhecer o processo de
geração dos efluentes;
• Estudo de tratabilidade é
fundamental para balizar a escolha
da tecnologia;
• Tendência reúso.
51. Referências
• GIORDANO, Gandhi.Apostila do curso de Tratamento de Efluentes
Industriais.Vitória-ES: ABES-ES, 2008. 72 p.
• GIORDANO, Gandhi; SURERUS, Victor. Efluentes Industriais: Volume 1
- Estudo de Tratabilidade. Rio de Janeiro: Publit, 2015. 196 p.
• Apresentação do Mini-curso do 7º Encontro Nacional de Tecnologia
Química (ENTEQUI) –Água para fins de reuso, MSc. Mônica Maria
Perim de Almeida, Vitória-ES, setembro de 2014.
• NBR 9800 de 1987 -Critérios para lançamento de efluentes líquidos
industriais no sistema coletor público de esgoto sanitário
51
52. Referências
• FORNARI, M. M. T. Aplicação da Técnica de Eletro-Floculação no
Tratamento de Efluentes de Curtume. Dissertação de Mestrado,
Centro de Engenharia e Ciências Exatas, Universidade Estadual do
Paraná, Toledo –PR, 2007.
• CRESPILHO, F.; REZENDE, M. O. O. Eletroflotação –Princípios e
Aplicações. São Carlos, Ed. Rima, 2004, 96p.
• SOUTO, Gabriel D’arrigo de Brito. Lixiviados de aterros sanitários
brasileiros –estudo de remoção do nitrogênio amoniacal por
processo de arraste com ar (“stripping”). 2009. 371 f. Tese
(Doutorado) -Departamento de Hidráulica e Saneamento,
Universidade Federal de São Paulo, São Carlos, 2009.
52
Notas do Editor
Em sua forma mais simples um reator utilizado para eletro-coagulação é composto de um ânodo e um cátodo. Quando um potencial é aplicado, por uma fonte externa, o material do ânodo é oxidado, da mesma forma o cátodo estará sujeito à redução ou deposição redutiva do elemento metálico. (FORNARI, 2007)
Souto (2009, p.178) define que arraste com gás:
“qualquer processo de transferência de massa em que a passagem de um determinado composto de uma fase líquida para uma fase gasosa seja acelerada forçando-se o contato do líquido com um gás que não contenha o composto que se deseja remover ou que, se contiver, esteja em concentrações suficientemente baixas para que o processo de transferência não seja significativamente prejudicado.”