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 Divulgação
 
   Das frutas exóticas da Mata Atlântica, a jabuticaba


 está entre as mais populares e conhecidas do público




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Publicado em: 23/02/2012
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O exotismo das frutas da Mata Atlântica
Vilma Homero


Você conhece grumixama? Já comeu geleia de uvaia? Para a grande
maioria, provavelmente a resposta será "não". Mas no que depender de 
Marcio Schittini, das empresas Tiferet, e Paulo Lima, da Estilo Gourmand,
essas frutas da Mata Atlântica, hoje ainda consideradas exóticas, se tornarão
mais conhecidas do consumidor. Para isso, eles estão fazendo um
mapeamento de frutas nativas no estado, para identificar quais são e em que
regiões elas crescem abundantes ou têm potencial para atender demanda
comercial.
O projeto, que está sendo desenvolvido com financiamento do edital de
Inovação Tecnológica, da FAPERJ, é amplo. "A Mata Atlântica é uma fonte
de riquezas ainda pouco exploradas. Existem frutas nativas ainda muito
pouco conhecidas do consumidor e por isso mesmo consideradas como
exóticas. É o caso do cambuci, do cambucá, da grumixama, da própria
pitanga, da jabuticaba, da uvaia e do araçá. Elas são, na verdade, as nossas
berries nativas, ou seja, nossas cerejas fluminenses, bastante adequadas à
produção de geleias, sorvetes, sucos, molhos e até pratos com ingredientes
100% do Rio de Janeiro", explica Schittini.
Identificadas as regiões de maior potencial, a equipe da Tiferet e da Estilo
Gourmand vem visitando e entrando em contato com os agricultores da área para desenvolver estilos de cultivo orgânico e amplo.
"Alguns se mostram mais arredios; outros, ao saber que poderão contar com comprador para frutas que até então praticamente
não tinham mercado, se entusiasmam." Segundo Schittini, ao valorizar frutas nativas, também se está valorizando os pequenos
produtores rurais. "Nesse sentido, procuramos estabelecer treinamento e melhoria de práticas agrícolas sustentáveis,
transformando esse produtor em fornecedor de frutas frescas para uso industrial."
Apesar de serem frutas abundantes em toda a Mata Atlântica, ainda não existem cultivos em escala. "Na região do município de
Varre-Sai, encontramos agricultores bem animados em ampliar sua plantação de jabuticaba e em conhecer novos métodos de
cultivo. Na área de Quissamã, no entanto, embora adequada à grumixama, os agricultores ainda não acreditam que haja
consumidores para ela por se tratar de uma fruta esquecida", explica.
O fato é que Schittini está investindo com certo conhecimento de causa. Para saber como anda o gosto do público, a Tiferet, que já
produz molhos diferentes para atender compradores mais sofisticados, submeteu amostras de geleias de cinco sabores diferentes
a testes cegos com especialistas da área de alimentos e donos de restaurantes. "Testamos pitanga, araçá, jabuticaba, uvaia,
grumixama e cambuci, além de outras quatro mais conhecidas, como goiaba, ameixa, laranja e amora. O resultado foi que esse
público se mostra disposto e curioso a experimentar novos sabores." Segundo Schittini, ao consultar seus compradores sobre seu
interesse em geleias, o resultado foi o mesmo. "Eles querem produtos diferenciados, não o que já existe no mercado e que o
público já conhece", garante.
Enquanto procura aprimorar as amostras desses novos sabores de geleia, tanto no sabor quanto na formulação, já que se trata de
produtos que não usam conservantes, a empresa também se prepara para começar a produção. Inicialmente, serão de duas a
cinco toneladas de geléia. Isso já garantirá a aquisição de quantidades importantes de frutas in natura junto aos plantadores. "De
começo, não conseguiríamos adquirir maiores volumes devido à escassez dos plantios. Nosso objetivo é implementar novas áreas
de cultivo pelo estado. Ao comercializar produtos com valor agregado, visamos ao desenvolvimento sustentável das comunidades
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fruticultoras. Se inicialmente queremos conquistar o mercado fluminense, no futuro, pretendemos direcionar nossas geleias
também para exportação, que é um mercado sempre em busca de novidades do Brasil."
Para Schittini, estimular o consumo desses novos produtos será um grande incentivo à fruticultura no estado, com geração de
empregos e renda no interior fluminense. Como argumento, ele apresenta números: "O mercado de produtos orgânicos tem
aumentado 10% ao ano no Brasil e 20% no exterior. O público consumidor de produtos light ou diet no País é de 30 milhões de
pessoas e a receita das empresas do setor cresceu 870% nos últimos dez anos (http://www.apexbrasil.com.br). Além desses
argumentos econômicos, temos ainda o fato de que preservar e reflorestar as áreas de Mata Atlântica é uma prioridade para o
estado do Rio de Janeiro. Com a exploração econômica de frutas, é exatamente isso que estamos propondo."

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  • 1. 21/06/2022 18:39 FAPERJ https://siteantigo.faperj.br/?id=2149.2.8 1/2  Divulgação      Das frutas exóticas da Mata Atlântica, a jabuticaba  está entre as mais populares e conhecidas do público Você está em: Página Inicial > Comunicação > Arquivo de Notícias > O exotismo das frutas da Mata Atlântica Publicado em: 23/02/2012 ATENÇÃO: Você está acessando o site antigo da FAPERJ, as informações contidas aqui podem estar desatualizadas. Acesse o novo site em www.faperj.br O exotismo das frutas da Mata Atlântica Vilma Homero Você conhece grumixama? Já comeu geleia de uvaia? Para a grande maioria, provavelmente a resposta será "não". Mas no que depender de  Marcio Schittini, das empresas Tiferet, e Paulo Lima, da Estilo Gourmand, essas frutas da Mata Atlântica, hoje ainda consideradas exóticas, se tornarão mais conhecidas do consumidor. Para isso, eles estão fazendo um mapeamento de frutas nativas no estado, para identificar quais são e em que regiões elas crescem abundantes ou têm potencial para atender demanda comercial. O projeto, que está sendo desenvolvido com financiamento do edital de Inovação Tecnológica, da FAPERJ, é amplo. "A Mata Atlântica é uma fonte de riquezas ainda pouco exploradas. Existem frutas nativas ainda muito pouco conhecidas do consumidor e por isso mesmo consideradas como exóticas. É o caso do cambuci, do cambucá, da grumixama, da própria pitanga, da jabuticaba, da uvaia e do araçá. Elas são, na verdade, as nossas berries nativas, ou seja, nossas cerejas fluminenses, bastante adequadas à produção de geleias, sorvetes, sucos, molhos e até pratos com ingredientes 100% do Rio de Janeiro", explica Schittini. Identificadas as regiões de maior potencial, a equipe da Tiferet e da Estilo Gourmand vem visitando e entrando em contato com os agricultores da área para desenvolver estilos de cultivo orgânico e amplo. "Alguns se mostram mais arredios; outros, ao saber que poderão contar com comprador para frutas que até então praticamente não tinham mercado, se entusiasmam." Segundo Schittini, ao valorizar frutas nativas, também se está valorizando os pequenos produtores rurais. "Nesse sentido, procuramos estabelecer treinamento e melhoria de práticas agrícolas sustentáveis, transformando esse produtor em fornecedor de frutas frescas para uso industrial." Apesar de serem frutas abundantes em toda a Mata Atlântica, ainda não existem cultivos em escala. "Na região do município de Varre-Sai, encontramos agricultores bem animados em ampliar sua plantação de jabuticaba e em conhecer novos métodos de cultivo. Na área de Quissamã, no entanto, embora adequada à grumixama, os agricultores ainda não acreditam que haja consumidores para ela por se tratar de uma fruta esquecida", explica. O fato é que Schittini está investindo com certo conhecimento de causa. Para saber como anda o gosto do público, a Tiferet, que já produz molhos diferentes para atender compradores mais sofisticados, submeteu amostras de geleias de cinco sabores diferentes a testes cegos com especialistas da área de alimentos e donos de restaurantes. "Testamos pitanga, araçá, jabuticaba, uvaia, grumixama e cambuci, além de outras quatro mais conhecidas, como goiaba, ameixa, laranja e amora. O resultado foi que esse público se mostra disposto e curioso a experimentar novos sabores." Segundo Schittini, ao consultar seus compradores sobre seu interesse em geleias, o resultado foi o mesmo. "Eles querem produtos diferenciados, não o que já existe no mercado e que o público já conhece", garante. Enquanto procura aprimorar as amostras desses novos sabores de geleia, tanto no sabor quanto na formulação, já que se trata de produtos que não usam conservantes, a empresa também se prepara para começar a produção. Inicialmente, serão de duas a cinco toneladas de geléia. Isso já garantirá a aquisição de quantidades importantes de frutas in natura junto aos plantadores. "De começo, não conseguiríamos adquirir maiores volumes devido à escassez dos plantios. Nosso objetivo é implementar novas áreas de cultivo pelo estado. Ao comercializar produtos com valor agregado, visamos ao desenvolvimento sustentável das comunidades
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