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BIOMAS
BRASILEIROS
FLORESTAIS
BIOMAS
DO
BRASIL
IBGE,
2004
https://ww2.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/21052004biomashtml.shtm
49,3%
1,7%
2,1%
9,9%
13%
24%
2 CONJUNTOS VEGETACIONAIS
FLORESTAS
• Floresta Ombrófila Densa *
• Floresta Ombrófila Aberta
• Floresta Ombrófila Mista *
• Floresta Estacional
Semidecidual *
• Floresta Estacional Decidual
CAMPOS
• Savana: Cerrado
• Savana estépica: a Caatinga,
os campos de Roraima e o
Pantanal
• Estepe: Campos sulinos e
a Campinarana (falta de
nutrientes minerais no solo - na
bacia do rio Negro).
Áreas pioneiras: manguezais, restingas, alagados.
FITOFISIONOMIAS DA VEGETAÇÃO, IBGE (2004)
Distribuição Natural da Vegetação Brasileira
Ciência e Cultura 51(5/6): 331-348, 1999.
Savana: Cerrado e campos
Estepe: campos (pradaria)
Savana estépica: caatinga e campos
Campinarana
Floresta ombrófila densa
Floresta ombrófila aberta
Floresta ombrófila mista
Floresta Sazonal Semidecidual
Floresta Sazonal Decidual
Formação pioneira
Ecótono
Refúgio ecológico
Regiões Fitoecológicas
Floresta Estacional Sempre-verde (2012)
COBERTURA VEGETAL NATIVA ORIGINAL - PR
Fonte: IPARDES
FLORESTA OMBRÓFILA DENSA
• = Floresta pluvial tropical – “amiga das chuvas”
• Temperaturas elevadas e alta precipitação, bem-distribuída
durante o ano (de 0 a 60 dias secos), praticamente sem
período biologicamente seco.
• Predominam as formas de vida: fanerófitos (macro e
mesofanerófitos) perenifólios;
• lianas lenhosas e epífitas em abundância
•
FLORESTA OMBRÓFILA DENSA
Amazônia
• floresta densa de planície, T 25 a
27oC média o ano todo, 2.000 a
4.000 mm chuva/ano;
• grande biomassa – árvores com
~50m (emergentes)
• dossel com cerca de 30 a 40m
• grande diversidade, variadas
formas de vida, sub-bosque escuro
pouco denso
• muitas espécies mirmecófitas:
árvores e arbustos habitados por
formigas
•Fauna arborícola e aquática
exuberante
Mata Atlântica
 floresta densa de planalto,
T 22 a 25oC, invernos mais
frios (média acima de 18ºC),
2.000 mm/ano;
 emergentes: ~40m
 dossel: de 20 a 30m;
grande diversidade, variadas
formas de vida, muitas epífitas
 sub-bosque com muitas
palmeiras, samambaias
arborescentes, trepadeiras e
arbustos
 Estrato herbáceo bem
desenvolvido
Formação Aluvial - terraços aluviais dos flúvios;
Formação das Terras Baixas - situada em áreas não susceptíveis a inundações
4o de latitude Norte a 16o lat Sul: 5 m a 100 m acima do mar;
16o a 24o de lat. Sul: de 5 m a 50 m; 24o a 32º de lat. Sul: de 5 m a 30 m;
Formação Submontana - situada nas encostas dos planaltos e/ou serras,
4o de latitude Norte a 16o lat Sul: 100 a 600 m acima do mar;
16o a 24o de lat. Sul: de 50 m a 500 m; 24o a 32º de lat. Sul: de 30 a 400 m;
Formação Montana - situada no alto dos planaltos e/ou serras,
4o de latitude Norte a 16o lat Sul: de 600 a 2.000 m acima do mar;
16o a 24o de lat. Sul: de 500 a 1.500 m; 24o a 32º de lat. Sul: de 400 a 1.000 m de altitude;
Formação Alto-Montana - situada acima dos limites estabelecidos para a formação Montana.
Floresta Amazônica. Autoria: Foto: Filipe Frazao / Shutterstock.com
Floresta Amazônica
 Maior floresta tropical (FT) existente; de planície
 Abriga 1/5 da disponibilidade de água doce do planeta
 Sobre área de grande diversidade geológica, relevo diferenciado,
várias classes de solo, T°C e precipitação elevadas
 Solos profundos, de baixa fertilidade, cobertos por serapilheira
 Grande exuberância da floresta ombrófila densa:
autossustentável – se mantém com seus próprios nutrientes:
rápida decomposição matéria orgânica (fungos)
 Abriga ecossistemas de FLORESTAS DE TERRA FIRME,
FLORESTAS INUNDADAS (de VÁRZEA E de IGAPÓ),
CAMPINARANA
 Uso e ocupação do solo: extrativismo vegetal, incluindo extração
de madeira; pecuária; mineração e garimpo; agricultura de
subsistência e para produção de grãos
Floresta
Amazônica
Desmatamento (2010)
https://www.beautifulworld.com/south-america/brazil/amazon-
rain-forest/ Fonte: WWF
MATA DE TERRA FIRME
 Floresta densa em áreas sem risco de inundação.
 Ocupam 80 a 90% da Amazônia, sobre terrenos ondulados
e baixa altitude (~250 m ao nível mar)
 Grande biomassa, grande biodiversidade – localidades em
que em 1ha há cerca de 300 spp arbóreas
 Leguminosae, Annonaceae, Moraceae e Burseraceae: ↑ S
 Árvores mais altas: 50m altura (angelim-pedra)
 Solos variáveis: desde latossolos pobres à terra roxa (Sul)
 Há trechos com dominância de espécies: (breu,
quariquara-branca, castanheira)
 Ocorrência de Palmeiras
FLORESTA DE TERRA FIRME:
FLORESTAS INUNDÁVEIS
 Representam 5 a 10% da bacia Amazônica, dispostas ao longo
dos grandes rios, podendo chegar a 100 Km de largura
 FLORESTAS DE VÁRZEA – sujeitas a curtos períodos de
inundação
 FLORESTAS DE IGAPÓ – permanentemente inundadas ou
sujeitas a longos períodos de inundação sazonal
 MANGUEZAIS – estuário na costa do Pará e Amapá.
Inundação diária com água salgada;
 VÁRZEAS DE MARÉ: nas margens de rios que sofrem
influência das marés, resultando em inundações diárias [até a
1000km da foz do Amazonas]. Ocorrência de poucas spp e
bambus
 PÂNTANOS
FLORESTAS DE VÁRZEA
 Florestas inundáveis ao longo
de rios de águas brancas (3%
Amazônia), vegetação densa.
(Rio Amazonas, Madeira –
pequena inclinação e alta
carga de sedimentos)
 Solos submersos por quase a
metade do ano (2 a 4 meses), constantemente renovados,
recebem material em suspensão, mais ricos
 Adaptação das plantas à hipóxia (falta O2): formação de
de aerênquima e órgãos respiratórios especiais nas ervas
 Biomassa mediana, boa penetração de luz, altura ~20m.
 Adaptação em: raízes respiratórias (3%) – pneumatóforos,
madeira mais leve, sapopemas (raízes tabulares)
FLORESTAS DE IGAPÓ
 Florestas “permanentemente” inundáveis ao longo de rios de
águas claras e de águas pretas (compostos fenólicos)
formando faixas estreitas. Altura da inundação varia de 60 cm
a 6m, duração: 7 meses ou mais.
 Biomassa baixa, altura dossel: ~20 m, boa penetração de luz.
Solos pobres e ácidos.
Leguminosae, Sapotaceae,
Chrysobalanaceae,
Euphorbiaceae, Clusiaceae,
Annonaceae e Lecythidaceae
representaram 64% árvores
com CAP >10cm. (estudo em
1 ha: 546 árvores, 119 spp + 11
spp de cipós)
FLORESTA OMBRÓFILA ABERTA:
 TºC média anual ~25 a 27 graus, precipitação
~1.500mm/ano
 Vegetação aberta, com espécies comuns à floresta densa
 Floresta com cipós, reduzida biomassa e cipós em
abundância (Leguminosae, Malpighiaceae, Dilleniaceae,
Menispermaceae). Nas depressões do pré-cambriano e
encostas de planaltos. Presença de árvores altas
esparsamente distribuídas, como ex: castanha-do-pará
[entre rios Tocantins e Tapajós, entre Tocantins e Xingu).
 Floresta com palmeiras – sobre terrenos areníticos
 Floresta com bambus – na parte ocidental da Amazônia.
Biomassa reduzida, bambus muito altos
“CAMPINARANAS”
 = Caatinga Amazônica – Savana Amazônica
 Vegetação escleromórfica, pobre em espécies, baixa
crescendo sobre solo de areias brancas, encharcado, pobre
 Formam um mosaico de vegetação campestre até florestada
(6 a 20m de altura), com fitofisionomias intermediárias
 Ocorrem muitas ervas terrestres: samambaias, aráceas, como
Anthurium preussii, e, às vezes, bromélias e orquídeas.
 Pluviosidade ~3.000mm/ano
BIOMA MATA ATLÂNTICA
• Distribui-se ao longo da costa do Rio Grande do Norte ao Rio
Grande do Sul, com amplas extensões para o interior. Área central:
Serra do Mar e da Mantiqueira - de altitude.
• Apresenta sua forma típica até 1.500 a 1.700 m altitude.
• Acima de 1.800-2.000m: vegetação arbustiva e campestre;
• Atualmente restam cerca de 7% de sua cobertura original;
• Abriga 20.000 espécies de plantas vasculares; 1.361 spp da
fauna: 261 (mamíferos); 620 (aves); 200 (répteis); 280
(anfíbios) – 567 exclusivas da Mata Atlântica;
• Sul da Bahia: maior diversidade botânica do mundo para plantas
lenhosas: 454 sp/ha (Floresta de Tabuleiros) – solos pobres.
Perfil esquemático da planície costeira e serra submontana. (Coutinho, 2016)
• Costa brasileira: clima quente e úmido
• Extensa faixa de planícies e tabuleiros
acompanhando a linha do mar até uma linha de
escudo cristalino, maciço de serras (paralelos à
linha da costa) do RN ao RS
• TºC elevada e alta pluviosidade (ventos alísios)
Floresta
Ombrófila Densa
RESTINGA ou FLORESTA
ATLÂNTICA DENSA
SEMPRE-VERDE DE
TERRAS BAIXAS OU DE
PLANÍCIE
Floresta Ombrófila Densa (ou
sempre-verde de encosta)
• Uso e ocupação: ciclos do Pau-brasil, cana-de-açúcar, ouro,
café; extração de madeira; pastagens; e urbanização!
• Remanescentes florestais em áreas de difícil acesso – atividades
de ecoturismo e abrigo de populações tradicionais
• Abriga mananciais de abastecimento para 70% da população
FLORESTA ATLÂNTICA
FLORESTA OMBRÓFILA MISTA
• Mata de Araucária ou Pinheiral: no Sul – 400 a 900m de
altitude, em latitudes mais baixas: a mais de 2.000m;
• Típica do Planalto Meridional, com disjunções em refúgios
situados nas Serras do Mar e Mantiqueira;
• TºC médias anuais: 10 a 18ºC, geadas frequentes, pluviosidade
~1.500mm/ano, sem período seco
• dominância de gêneros primitivos: Araucaria angustifolia (50m),
Drymis e Podocarpus, Ocotea spp (Lauraceae).
• Araucaria angustifolia desempenha papel de pioneira (~300 anos)
• 4 formações:
F.O.Mista ou F.Quente-Temperada Úmida
Sempre-Verde de Araucária
• Mista: dossel formado por Araucária (Gimnosperma) e sub-
bosque de “dicotiledôneas”
• Exploração de madeira e celulose devastação
do bioma (< 5%)
• Não se regenera à sombra
• Sementes da Araucária são
usadas na alimentação de
fauna variada (predadores e
dispersores que “escondem”
e esquecem-nas.
FLORESTAS
ESTACIONAIS OU
SAZONAIS
• 4 a 6 meses secos
Serras do Tumucumaque
Interior de São Paulo e
Paraná
Planaltos e Serras
Interioranas Sudeste
Em manchas dentro
do Cerrado
Planalto Sul-Brasileiro
Floresta
Estacional
Semidecidual
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL
Floresta estacional semidecidual ou Floresta
quente-temperada úmida semidecídua
• Clima estacional: semideciduidade da folhagem
• Zona tropical associada à acentuada seca “no inverno” e por
intensas chuvas de verão (~1.600mm/ano);
• Zona subtropical: sem período seco, mas com inverno
bastante frio (Temp. médias mensais inferiores a 15o C).
• A porcentagem das árvores caducifólias (semi) no conjunto
florestal, e não das espécies, situa-se entre 20% e 50%.
• Nas áreas tropicais, é composta por mesofanerófitos (20 a
30m) que em geral revestem solos areníticos distróficos.
• Já nas áreas subtropicais, é composta por macrofanerófitos
(30 a 50m) que recobrem solos basálticos eutróficos.
• Flora composta por: jatobá, pau d’alho, peroba-rosa,
canafístula, palmito
• Estrato superior: macro e mesofanerófitos caducifólios: mais de
50% dos indivíduos perdem a folhagem no período desfavorável.
Compreende grandes áreas descontínuas localizadas:
• N - S entre a Floresta Ombrófila Aberta e a Savana (Cerrado);
• L – O entre a Savana-Estépica (Caatinga do Sertão Árido) e a
Floresta Estacional Semidecidual);
• Ao sul: no vale do Rio Uruguai:
entre a Floresta Ombrófila Mista do
Planalto Meridional e a Estepe
(Campos Gaúchos).
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL OU
FLORESTA QUENTE-TEMPERADA
ÚMIDA DECÍDUA
RESTINGA ou FLORESTA ATLÂNTICA
DENSA SEMPRE-VERDE DE TERRAS BAIXAS
OU DE PLANÍCIE
 Sobre planícies de sedimentos arenosos (ácidos e pobres em
nutrientes) de origem marinha - eventos de transgressão e
regressão do nível do mar (Quaternário), altitude ~ 10m
 Lençol freático superficial: alagamentos c/elevadas chuvas
 Faixas descontínuas (exceto litoral N) - 5.000 km de extensão
 Salinidade (solo e maresia) é um
fator determinante: ervas de
hábito rizomatoso e suculentas,
bromélias e orquídeas terrestres
 ↓salinidade: fisionomia de escrube
(arbustiva) e arvoretas
 Floresta baixa com palmeiras
 Restiga alta: floresta densa, ~20m
Mata de Restinga
(labtrop.ibusp.br)
MANGUEZAL
• Região litorânea quente (↑T 18ºC) e úmida do mundo - interface
marinha, terrestre e água doce (rios)
• Faixa descontínua de SC ao Amapá, ambientes fluvio-marinhos:
desembocadura de rios, áreas estuarino-lagunares, enseadas no interior
de baías, mar pouco agitado, não ocorrem em costão rochoso
• São florestas tropicais densas sempre-verdes.
• Praticamente só um estrato, epífitas são raras e lianas não existem.
Porte chega a 20m, sendo maior no litoral do Maranhão. Solos lodosos,
encharcados 2x ao dia com a maré alta:
• ambiente anóxico, que requer raízes aéreas: pneumatóforos
• Excesso de salinidade: tolerância e capacidade de excreção
• ↑ densidade de caules e raízes: retenção de partículas e sedimentos:
solo fértil, que abriga poucas espécies (20 spp em todo o mundo)
• Solo lamacento: “raízes escoras” (rizóforos) – Rizophora mangle –
órgãos aéreos que promovem a sustentação (natureza caulinar)
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schaueriana (mangue preto), Laguncularia racemosa (mangue branco),
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• Berçário para a fauna marinha (crustáceos, moluscos, peixes),
encontram-se aves e poucos répteis
MANGUEZAL
REFERÊNCIAS
https://youtu.be/HR3tE01iPC0 florestas - IBGE
https://youtu.be/s1jQnc9nGhs Amazonia
https://youtu.be/0Mwo5PVB0ro Amazônia, rios voadores
https://youtu.be/2h5EG0dJ9VU floresta igapó
https://youtu.be/LeI9Wnc29C8 - Reserva Salto Morato (M. Atl.)
https://youtu.be/jzEOk6dOcKE restinga
https://media.gettyimages.com/videos/aerial-drone-shots-of-iriomote-island-
okinawa-video-id1125819893 manguezal no rio Nakama, Japão
https://www.passosmaia.sc.gov.br/cms/pagina/ver/codMapaItem/15383
floresta ombrófila mista
https://medium.com/biomas-brasileiros/mata-atl%C3%A2ntica-3c17a8ad1522
mata atlântica longo
Manual Técnico de Classificação da Vegetação Brasileira, IBGE, 2012
Ecossistemas do Brasil. A. Ab’Saber.
Biomas Brasileiros, Leopoldo Magno Coutinho. 2016.

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Biodiversidade Biomas Brasileiros

  • 3. 2 CONJUNTOS VEGETACIONAIS FLORESTAS • Floresta Ombrófila Densa * • Floresta Ombrófila Aberta • Floresta Ombrófila Mista * • Floresta Estacional Semidecidual * • Floresta Estacional Decidual CAMPOS • Savana: Cerrado • Savana estépica: a Caatinga, os campos de Roraima e o Pantanal • Estepe: Campos sulinos e a Campinarana (falta de nutrientes minerais no solo - na bacia do rio Negro). Áreas pioneiras: manguezais, restingas, alagados.
  • 5. Distribuição Natural da Vegetação Brasileira Ciência e Cultura 51(5/6): 331-348, 1999. Savana: Cerrado e campos Estepe: campos (pradaria) Savana estépica: caatinga e campos Campinarana Floresta ombrófila densa Floresta ombrófila aberta Floresta ombrófila mista Floresta Sazonal Semidecidual Floresta Sazonal Decidual Formação pioneira Ecótono Refúgio ecológico Regiões Fitoecológicas Floresta Estacional Sempre-verde (2012)
  • 6. COBERTURA VEGETAL NATIVA ORIGINAL - PR Fonte: IPARDES
  • 7. FLORESTA OMBRÓFILA DENSA • = Floresta pluvial tropical – “amiga das chuvas” • Temperaturas elevadas e alta precipitação, bem-distribuída durante o ano (de 0 a 60 dias secos), praticamente sem período biologicamente seco. • Predominam as formas de vida: fanerófitos (macro e mesofanerófitos) perenifólios; • lianas lenhosas e epífitas em abundância •
  • 8. FLORESTA OMBRÓFILA DENSA Amazônia • floresta densa de planície, T 25 a 27oC média o ano todo, 2.000 a 4.000 mm chuva/ano; • grande biomassa – árvores com ~50m (emergentes) • dossel com cerca de 30 a 40m • grande diversidade, variadas formas de vida, sub-bosque escuro pouco denso • muitas espécies mirmecófitas: árvores e arbustos habitados por formigas •Fauna arborícola e aquática exuberante Mata Atlântica  floresta densa de planalto, T 22 a 25oC, invernos mais frios (média acima de 18ºC), 2.000 mm/ano;  emergentes: ~40m  dossel: de 20 a 30m; grande diversidade, variadas formas de vida, muitas epífitas  sub-bosque com muitas palmeiras, samambaias arborescentes, trepadeiras e arbustos  Estrato herbáceo bem desenvolvido
  • 9. Formação Aluvial - terraços aluviais dos flúvios; Formação das Terras Baixas - situada em áreas não susceptíveis a inundações 4o de latitude Norte a 16o lat Sul: 5 m a 100 m acima do mar; 16o a 24o de lat. Sul: de 5 m a 50 m; 24o a 32º de lat. Sul: de 5 m a 30 m; Formação Submontana - situada nas encostas dos planaltos e/ou serras, 4o de latitude Norte a 16o lat Sul: 100 a 600 m acima do mar; 16o a 24o de lat. Sul: de 50 m a 500 m; 24o a 32º de lat. Sul: de 30 a 400 m; Formação Montana - situada no alto dos planaltos e/ou serras, 4o de latitude Norte a 16o lat Sul: de 600 a 2.000 m acima do mar; 16o a 24o de lat. Sul: de 500 a 1.500 m; 24o a 32º de lat. Sul: de 400 a 1.000 m de altitude; Formação Alto-Montana - situada acima dos limites estabelecidos para a formação Montana.
  • 10. Floresta Amazônica. Autoria: Foto: Filipe Frazao / Shutterstock.com
  • 11. Floresta Amazônica  Maior floresta tropical (FT) existente; de planície  Abriga 1/5 da disponibilidade de água doce do planeta  Sobre área de grande diversidade geológica, relevo diferenciado, várias classes de solo, T°C e precipitação elevadas  Solos profundos, de baixa fertilidade, cobertos por serapilheira  Grande exuberância da floresta ombrófila densa: autossustentável – se mantém com seus próprios nutrientes: rápida decomposição matéria orgânica (fungos)  Abriga ecossistemas de FLORESTAS DE TERRA FIRME, FLORESTAS INUNDADAS (de VÁRZEA E de IGAPÓ), CAMPINARANA  Uso e ocupação do solo: extrativismo vegetal, incluindo extração de madeira; pecuária; mineração e garimpo; agricultura de subsistência e para produção de grãos
  • 13. MATA DE TERRA FIRME
  • 14.  Floresta densa em áreas sem risco de inundação.  Ocupam 80 a 90% da Amazônia, sobre terrenos ondulados e baixa altitude (~250 m ao nível mar)  Grande biomassa, grande biodiversidade – localidades em que em 1ha há cerca de 300 spp arbóreas  Leguminosae, Annonaceae, Moraceae e Burseraceae: ↑ S  Árvores mais altas: 50m altura (angelim-pedra)  Solos variáveis: desde latossolos pobres à terra roxa (Sul)  Há trechos com dominância de espécies: (breu, quariquara-branca, castanheira)  Ocorrência de Palmeiras FLORESTA DE TERRA FIRME:
  • 15. FLORESTAS INUNDÁVEIS  Representam 5 a 10% da bacia Amazônica, dispostas ao longo dos grandes rios, podendo chegar a 100 Km de largura  FLORESTAS DE VÁRZEA – sujeitas a curtos períodos de inundação  FLORESTAS DE IGAPÓ – permanentemente inundadas ou sujeitas a longos períodos de inundação sazonal  MANGUEZAIS – estuário na costa do Pará e Amapá. Inundação diária com água salgada;  VÁRZEAS DE MARÉ: nas margens de rios que sofrem influência das marés, resultando em inundações diárias [até a 1000km da foz do Amazonas]. Ocorrência de poucas spp e bambus  PÂNTANOS
  • 16. FLORESTAS DE VÁRZEA  Florestas inundáveis ao longo de rios de águas brancas (3% Amazônia), vegetação densa. (Rio Amazonas, Madeira – pequena inclinação e alta carga de sedimentos)  Solos submersos por quase a metade do ano (2 a 4 meses), constantemente renovados, recebem material em suspensão, mais ricos  Adaptação das plantas à hipóxia (falta O2): formação de de aerênquima e órgãos respiratórios especiais nas ervas  Biomassa mediana, boa penetração de luz, altura ~20m.  Adaptação em: raízes respiratórias (3%) – pneumatóforos, madeira mais leve, sapopemas (raízes tabulares)
  • 17. FLORESTAS DE IGAPÓ  Florestas “permanentemente” inundáveis ao longo de rios de águas claras e de águas pretas (compostos fenólicos) formando faixas estreitas. Altura da inundação varia de 60 cm a 6m, duração: 7 meses ou mais.  Biomassa baixa, altura dossel: ~20 m, boa penetração de luz. Solos pobres e ácidos. Leguminosae, Sapotaceae, Chrysobalanaceae, Euphorbiaceae, Clusiaceae, Annonaceae e Lecythidaceae representaram 64% árvores com CAP >10cm. (estudo em 1 ha: 546 árvores, 119 spp + 11 spp de cipós)
  • 18. FLORESTA OMBRÓFILA ABERTA:  TºC média anual ~25 a 27 graus, precipitação ~1.500mm/ano  Vegetação aberta, com espécies comuns à floresta densa  Floresta com cipós, reduzida biomassa e cipós em abundância (Leguminosae, Malpighiaceae, Dilleniaceae, Menispermaceae). Nas depressões do pré-cambriano e encostas de planaltos. Presença de árvores altas esparsamente distribuídas, como ex: castanha-do-pará [entre rios Tocantins e Tapajós, entre Tocantins e Xingu).  Floresta com palmeiras – sobre terrenos areníticos  Floresta com bambus – na parte ocidental da Amazônia. Biomassa reduzida, bambus muito altos
  • 19.
  • 20. “CAMPINARANAS”  = Caatinga Amazônica – Savana Amazônica  Vegetação escleromórfica, pobre em espécies, baixa crescendo sobre solo de areias brancas, encharcado, pobre  Formam um mosaico de vegetação campestre até florestada (6 a 20m de altura), com fitofisionomias intermediárias  Ocorrem muitas ervas terrestres: samambaias, aráceas, como Anthurium preussii, e, às vezes, bromélias e orquídeas.  Pluviosidade ~3.000mm/ano
  • 21.
  • 22. BIOMA MATA ATLÂNTICA • Distribui-se ao longo da costa do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, com amplas extensões para o interior. Área central: Serra do Mar e da Mantiqueira - de altitude. • Apresenta sua forma típica até 1.500 a 1.700 m altitude. • Acima de 1.800-2.000m: vegetação arbustiva e campestre; • Atualmente restam cerca de 7% de sua cobertura original; • Abriga 20.000 espécies de plantas vasculares; 1.361 spp da fauna: 261 (mamíferos); 620 (aves); 200 (répteis); 280 (anfíbios) – 567 exclusivas da Mata Atlântica; • Sul da Bahia: maior diversidade botânica do mundo para plantas lenhosas: 454 sp/ha (Floresta de Tabuleiros) – solos pobres.
  • 23.
  • 24. Perfil esquemático da planície costeira e serra submontana. (Coutinho, 2016) • Costa brasileira: clima quente e úmido • Extensa faixa de planícies e tabuleiros acompanhando a linha do mar até uma linha de escudo cristalino, maciço de serras (paralelos à linha da costa) do RN ao RS • TºC elevada e alta pluviosidade (ventos alísios) Floresta Ombrófila Densa
  • 25. RESTINGA ou FLORESTA ATLÂNTICA DENSA SEMPRE-VERDE DE TERRAS BAIXAS OU DE PLANÍCIE Floresta Ombrófila Densa (ou sempre-verde de encosta)
  • 26.
  • 27. • Uso e ocupação: ciclos do Pau-brasil, cana-de-açúcar, ouro, café; extração de madeira; pastagens; e urbanização! • Remanescentes florestais em áreas de difícil acesso – atividades de ecoturismo e abrigo de populações tradicionais • Abriga mananciais de abastecimento para 70% da população FLORESTA ATLÂNTICA
  • 28. FLORESTA OMBRÓFILA MISTA • Mata de Araucária ou Pinheiral: no Sul – 400 a 900m de altitude, em latitudes mais baixas: a mais de 2.000m; • Típica do Planalto Meridional, com disjunções em refúgios situados nas Serras do Mar e Mantiqueira; • TºC médias anuais: 10 a 18ºC, geadas frequentes, pluviosidade ~1.500mm/ano, sem período seco • dominância de gêneros primitivos: Araucaria angustifolia (50m), Drymis e Podocarpus, Ocotea spp (Lauraceae). • Araucaria angustifolia desempenha papel de pioneira (~300 anos) • 4 formações:
  • 29. F.O.Mista ou F.Quente-Temperada Úmida Sempre-Verde de Araucária • Mista: dossel formado por Araucária (Gimnosperma) e sub- bosque de “dicotiledôneas” • Exploração de madeira e celulose devastação do bioma (< 5%) • Não se regenera à sombra • Sementes da Araucária são usadas na alimentação de fauna variada (predadores e dispersores que “escondem” e esquecem-nas.
  • 31. Serras do Tumucumaque Interior de São Paulo e Paraná Planaltos e Serras Interioranas Sudeste Em manchas dentro do Cerrado Planalto Sul-Brasileiro Floresta Estacional Semidecidual
  • 33. Floresta estacional semidecidual ou Floresta quente-temperada úmida semidecídua • Clima estacional: semideciduidade da folhagem • Zona tropical associada à acentuada seca “no inverno” e por intensas chuvas de verão (~1.600mm/ano); • Zona subtropical: sem período seco, mas com inverno bastante frio (Temp. médias mensais inferiores a 15o C). • A porcentagem das árvores caducifólias (semi) no conjunto florestal, e não das espécies, situa-se entre 20% e 50%. • Nas áreas tropicais, é composta por mesofanerófitos (20 a 30m) que em geral revestem solos areníticos distróficos. • Já nas áreas subtropicais, é composta por macrofanerófitos (30 a 50m) que recobrem solos basálticos eutróficos. • Flora composta por: jatobá, pau d’alho, peroba-rosa, canafístula, palmito
  • 34. • Estrato superior: macro e mesofanerófitos caducifólios: mais de 50% dos indivíduos perdem a folhagem no período desfavorável. Compreende grandes áreas descontínuas localizadas: • N - S entre a Floresta Ombrófila Aberta e a Savana (Cerrado); • L – O entre a Savana-Estépica (Caatinga do Sertão Árido) e a Floresta Estacional Semidecidual); • Ao sul: no vale do Rio Uruguai: entre a Floresta Ombrófila Mista do Planalto Meridional e a Estepe (Campos Gaúchos). FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL OU FLORESTA QUENTE-TEMPERADA ÚMIDA DECÍDUA
  • 35. RESTINGA ou FLORESTA ATLÂNTICA DENSA SEMPRE-VERDE DE TERRAS BAIXAS OU DE PLANÍCIE  Sobre planícies de sedimentos arenosos (ácidos e pobres em nutrientes) de origem marinha - eventos de transgressão e regressão do nível do mar (Quaternário), altitude ~ 10m  Lençol freático superficial: alagamentos c/elevadas chuvas  Faixas descontínuas (exceto litoral N) - 5.000 km de extensão  Salinidade (solo e maresia) é um fator determinante: ervas de hábito rizomatoso e suculentas, bromélias e orquídeas terrestres  ↓salinidade: fisionomia de escrube (arbustiva) e arvoretas  Floresta baixa com palmeiras  Restiga alta: floresta densa, ~20m
  • 37. MANGUEZAL • Região litorânea quente (↑T 18ºC) e úmida do mundo - interface marinha, terrestre e água doce (rios) • Faixa descontínua de SC ao Amapá, ambientes fluvio-marinhos: desembocadura de rios, áreas estuarino-lagunares, enseadas no interior de baías, mar pouco agitado, não ocorrem em costão rochoso • São florestas tropicais densas sempre-verdes. • Praticamente só um estrato, epífitas são raras e lianas não existem. Porte chega a 20m, sendo maior no litoral do Maranhão. Solos lodosos, encharcados 2x ao dia com a maré alta: • ambiente anóxico, que requer raízes aéreas: pneumatóforos • Excesso de salinidade: tolerância e capacidade de excreção
  • 38. • ↑ densidade de caules e raízes: retenção de partículas e sedimentos: solo fértil, que abriga poucas espécies (20 spp em todo o mundo) • Solo lamacento: “raízes escoras” (rizóforos) – Rizophora mangle – órgãos aéreos que promovem a sustentação (natureza caulinar) • Zonação (“faixas”): Rizophora mangle (mangue vermelho), Avicennia schaueriana (mangue preto), Laguncularia racemosa (mangue branco), Hibiscus tiliaceus , ... • Berçário para a fauna marinha (crustáceos, moluscos, peixes), encontram-se aves e poucos répteis MANGUEZAL
  • 39. REFERÊNCIAS https://youtu.be/HR3tE01iPC0 florestas - IBGE https://youtu.be/s1jQnc9nGhs Amazonia https://youtu.be/0Mwo5PVB0ro Amazônia, rios voadores https://youtu.be/2h5EG0dJ9VU floresta igapó https://youtu.be/LeI9Wnc29C8 - Reserva Salto Morato (M. Atl.) https://youtu.be/jzEOk6dOcKE restinga https://media.gettyimages.com/videos/aerial-drone-shots-of-iriomote-island- okinawa-video-id1125819893 manguezal no rio Nakama, Japão https://www.passosmaia.sc.gov.br/cms/pagina/ver/codMapaItem/15383 floresta ombrófila mista https://medium.com/biomas-brasileiros/mata-atl%C3%A2ntica-3c17a8ad1522 mata atlântica longo Manual Técnico de Classificação da Vegetação Brasileira, IBGE, 2012 Ecossistemas do Brasil. A. Ab’Saber. Biomas Brasileiros, Leopoldo Magno Coutinho. 2016.