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Violência e Extermínio
de Jovens
• De 1997 a 2007 morreram no Brasil, vítimas de
homicídio, 512.216 pessoas, destas 115.625 tinham
entre 15 e 29 anos.
• Precisamos olhar para além desses números e
perceber que se trata de vidas humanas, de nomes,
cheiros, histórias, sonhos, famílias, comunidades…
Vidas desperdiçadas!
• Esses números revelam uma das formas de violência, não estamos
considerando aqui outras formas de violência física e não podemos
esquecer que temos antes da física, a violência simbólica e a
estrutural que não temos a possibilidade de quantificá-las.
• A falta de respeito às nossas diferenças (físicas, psicológicas, sociais,
econômicas, culturais, raciais, étnicas, de gênero, religiosas,
geracionais e tantas outras), agride diretamente o nosso lugar
simbólico, o lugar da nossa subjetividade, do sonho, do amor próprio
e do amor mútuo. É uma agressão normalmente silenciosa, perversa
e lenta, que vai tirando aos poucos o desejo de viver.
• A falta de políticas públicas que possam garantir a
efetividade dos nossos direitos (vida, saúde, alimentação,
moradia, educação, lazer, profissionalização, cultura,
dignidade, respeito e liberdade) nos tira a estrutura que
necessitamos para viver de forma digna, justa e feliz.
• Primeiro sair do silenciamento, não nos permitir que achemos essa
cultura de morte algo natural e impossível de mudar, é preciso
falarmos com profundidade dessas violências, dessa cultura de
vingança e de morte que tem se perpetuado em nossa sociedade.
Vamos provocar nos lugares onde militamos o debate sobre as raízes
das violências.
• Não podemos aceitar as frases prontas (bandido tem que morrer
mesmo, a juventude de hoje é muito violenta) e as soluções
imediatistas. Reafirmamos a defesa da vida e dizemos NÃO a redução
da maioridade penal, ao toque de recolher, a este sistema carcerário
brasileiro que deposita pessoas como se fossem lixos humanos, a essa
segurança pública do controle, da punição, da prisão e do extermínio,
a pena de morte… Dizemos NÃO a todas as formas de opressão,
alienação, prisão, extermínio, exclusão e preconceitos.
• Segundo é preciso sair do isolamento. Nessa
luta pela vida encontramos pelo caminho
muita gente boa que deseja entrar nessa
ciranda de amor, de cuidado, de proteção e de
libertação das nossas juventudes. A nossa
missão é de ir até os pontos que formam essa
grande rede de solidariedade, justiça e paz.
Estes pontos estão espalhados pelos quatro
cantos do país e do mundo, vamos juntar as
nossas vozes, nossas mentes e nossos
corações, porque para essa luta vamos
precisar de muitos e muitas.
• O racismo que exterminou tantas vidas indígenas e explorou e matou
tantas vidas negras, nos deixou a herança maldita de coisificar as
pessoas, de tratar seres humanos como mercadorias, como
propriedades. Precisamos nos libertar dessa herança maldita e essa
libertação pode começar com a simplicidade de um abraço, porque
quando abraçamos alguém sentimos as batidas do coração humano e
percebemos que está diante de nós a imensa e extraordinária beleza
da vida.
• Então abracemos, abracemos todos os dias como uma das formas de
gritar: CHEGA DE VIOLÊNCIA E EXTERMÍNIO DE JOVENS.

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Violencia e exterminio de jovens

  • 2. • De 1997 a 2007 morreram no Brasil, vítimas de homicídio, 512.216 pessoas, destas 115.625 tinham entre 15 e 29 anos. • Precisamos olhar para além desses números e perceber que se trata de vidas humanas, de nomes, cheiros, histórias, sonhos, famílias, comunidades… Vidas desperdiçadas!
  • 3. • Esses números revelam uma das formas de violência, não estamos considerando aqui outras formas de violência física e não podemos esquecer que temos antes da física, a violência simbólica e a estrutural que não temos a possibilidade de quantificá-las. • A falta de respeito às nossas diferenças (físicas, psicológicas, sociais, econômicas, culturais, raciais, étnicas, de gênero, religiosas, geracionais e tantas outras), agride diretamente o nosso lugar simbólico, o lugar da nossa subjetividade, do sonho, do amor próprio e do amor mútuo. É uma agressão normalmente silenciosa, perversa e lenta, que vai tirando aos poucos o desejo de viver.
  • 4. • A falta de políticas públicas que possam garantir a efetividade dos nossos direitos (vida, saúde, alimentação, moradia, educação, lazer, profissionalização, cultura, dignidade, respeito e liberdade) nos tira a estrutura que necessitamos para viver de forma digna, justa e feliz.
  • 5. • Primeiro sair do silenciamento, não nos permitir que achemos essa cultura de morte algo natural e impossível de mudar, é preciso falarmos com profundidade dessas violências, dessa cultura de vingança e de morte que tem se perpetuado em nossa sociedade. Vamos provocar nos lugares onde militamos o debate sobre as raízes das violências.
  • 6. • Não podemos aceitar as frases prontas (bandido tem que morrer mesmo, a juventude de hoje é muito violenta) e as soluções imediatistas. Reafirmamos a defesa da vida e dizemos NÃO a redução da maioridade penal, ao toque de recolher, a este sistema carcerário brasileiro que deposita pessoas como se fossem lixos humanos, a essa segurança pública do controle, da punição, da prisão e do extermínio, a pena de morte… Dizemos NÃO a todas as formas de opressão, alienação, prisão, extermínio, exclusão e preconceitos.
  • 7. • Segundo é preciso sair do isolamento. Nessa luta pela vida encontramos pelo caminho muita gente boa que deseja entrar nessa ciranda de amor, de cuidado, de proteção e de libertação das nossas juventudes. A nossa missão é de ir até os pontos que formam essa grande rede de solidariedade, justiça e paz. Estes pontos estão espalhados pelos quatro cantos do país e do mundo, vamos juntar as nossas vozes, nossas mentes e nossos corações, porque para essa luta vamos precisar de muitos e muitas.
  • 8. • O racismo que exterminou tantas vidas indígenas e explorou e matou tantas vidas negras, nos deixou a herança maldita de coisificar as pessoas, de tratar seres humanos como mercadorias, como propriedades. Precisamos nos libertar dessa herança maldita e essa libertação pode começar com a simplicidade de um abraço, porque quando abraçamos alguém sentimos as batidas do coração humano e percebemos que está diante de nós a imensa e extraordinária beleza da vida.
  • 9. • Então abracemos, abracemos todos os dias como uma das formas de gritar: CHEGA DE VIOLÊNCIA E EXTERMÍNIO DE JOVENS.