Este documento é uma coleção de poemas da autora Alessandra Maiane intitulada "Um Sonho Chamado Poesia". A coleção celebra a poesia como uma forma de oferecer luz ao mundo em tempos de tribulação, como durante a pandemia de 2020. Os poemas exploram temas como a vida, o amor, a esperança, a sabedoria e a passagem do tempo.
6. O tempo é ligeiro,
refuta um passado longínquo
por ser conselheiro ingênuo,
de linguagens duradouras
e signos maravilhosos.
Nesta quarta obra,
em épocas de constantes atribulações,
a poesia transforma-se mais uma vez,
por acreditar que a vida é feita de sonhos
e que sem eles estaríamos perdidos.
Poesia é um chamado,
um desígnio divino,
um paraíso dentro do peito,
para oferecer luz para o mundo,
numa singela fração de segundos!
7. 2020
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Registro no Ministério da Cultura - Fundação Biblioteca Nacional
o
Protocolo N JU982962722BR
Ficha Técnica
Arte da Capa e Diagramação: Mídia Publicidade (35) 3291-6857
Impressão: Gráfica Rocha (35) 3292-4816
Revisão de Texto: Mary Oliveira de Carvalho
10. Introdução
O tempo é ligeiro,
refuta um passado longínquo
por ser conselheiro ingênuo,
de linguagens duradouras
e signos maravilhosos.
Nestes tempos,
épocas de constantes atribulações,
a poesia transforma-se mais uma vez,
por acreditar que a vida é feita de sonhos
e, que sem eles estaríamos perdidos.
Poesia é um chamado,
um desígnio divino,
um paraíso dentro do peito,
para oferecer luz para o mundo,
numa singela fração de segundos!
11. Um Sonho Chamado Poesia
A poesia adorna a vida
Em arco íris
De inocência,
Comovendo o coração.
A poesia tem o poder
Das palavras
Esquecidas na memória,
Como apagão.
Poesia é imaginação
Registrada às pressas,
Feito transgressão.
A poesia é um sonho
Que busca a noite,
Num mundo de escuridão!
Soneto
12. É mais que dádiva,
Semente que esquadrinha
O tempo do coração.
Signo maior
De múltiplas facetas,
Providencial vocação.
Sabedoria é somar sentidos
Num mesmo espaço,
Seguindo uma só direção.
É saber apreender,
Para depois ensinar
Como prova de mansidão.
Sabedoria é grato querer,
Que nunca mistifica
O pobre coração!
Sabedoria
13. Flor de espinhos afiados
Que buscam sangue de mansidão,
Ferem a alma em brasa
Com perfume em contemplação!
Flor de serenidade faceira
Que percorre o vento
Sem ser notada,
Numa rasteira do coração!
Flor de esperança
Que irrompe em arco íris de papel,
Entoando pensamentos
Com requinte de canção!
Flor de almas penitentes
Que os olhos não podem ver
Nem o tempo apagar,
Só um mundo de ilusão!
Flor
Um Mundo de Ilusão
14. A Vida
A vida é um ciclo maldito,
Com princípio confuso,
Meio ligeiro,
E um final indesejado.
A vida é só um momento,
Leva os sonhos
Como passatempo de criança,
Num aconchego adormecido.
A vida é constante espera,
Sinal como pássaro no céu,
Buscando refúgio atormentado.
A vida é um jogo sereno
Que ninguém vence,
Perde-se tudo.
15. Uma Luz
Uma luz que marque o coração
Como adorno traçado,
Desvendando a vida.
Um dia para nascer,
Florido como manhã
De primavera colorida.
Uma luz que reflita o amor
Como sentimento mais adorado,
Numa visão alucinada.
Uma dádiva a partilhar,
Transparente e clara,
Como água límpida.
Uma luz que transforme o tempo
Em brincadeira de criança,
Inocente e levada!
16. Mococa
Cidade das Palmeiras Imperiais
Imponente Matriz,
Gigante entre as palmeiras,
Tão altas que parecem
Pinturas descomunais.
Águas esfumaçantes e reluzentes
Emanam da praça, em fachos multicores,
É a fonte enaltecendo
Com seus encantos magistrais.
No coreto iluminado a filarmônica,
Com suas marchinhas perpetuadas
Ao sabor da pipoca e
Do algodão doce naturais.
Paisagens inesquecíveis
Molduram a vista do alto mirante
Da Mocoquinha,
Em fascínios orquestrais.
Das saudosas caminhadas
Pela avenida Dr. Américo,
Aos revigorantes banhos na “piscina”
Nas tardes dominicais.
O leite e a vaquinha,
O tempo não apaga jamais,
“Mococa cidade
Das Palmeiras imperiais”.
17. Uma História
Então é passado,
Cacos de um tempo
Que a memória
Não restaura!
Um recanto suspenso
Que a nova paisagem,
Em brando olhar
Só murmura!
Então é passado,
Sufocado pela história
De poucas palavras
E singela desventura!
Saudade é assim amarga,
Só sabe machucar
Porque história
Também vai embora!
18. Tempo Implacável
Tempo implacável
Que não avisa,
Só conta as horas.
Manipulador desalmado
De múltiplas facetas,
Que transforma Eras.
Tempo implacável,
Onde tudo é passageiro,
Numa viagem sem voltas.
Aliado de outrora,
Guardião mais fiel
De todas as desventuras.
Tempo implacável
Que não perdoa
Nem as doces lembranças!