1. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
TUBULAÇÃO, ACESSÓRIOS E VÁLVULAS
1 - TUBULAÇÃO
1.1 - Introdução
Tubulação é um conduto forçado, destinado ao transporte de fluidos. Uma tubulação é
constituída de tubos de tamanhos padronizados colocados em série.
Usam-se tubulações para o transporte de todos os fluidos, materiais fluidos com sólidos em
suspensão e sólidos fluidizados.
1.2 - Classificação dos tubos
Os tubos podem ser:
1.2.1 Metálicos
a) Ferrosos: - Aço-carbono
- Aço-liga
- Aço-inoxidivel
- Ferro fundido
- Ferro forjado
b)Não Ferrosos: - Cobre
- Alumínio
- Chumbo
- Níquel
- Outros Metais
- Ligas
1.2.2 - Não Metálicos
- Cimento-amianto
- Plástico
- Vidro
- Cerâmica
- Barro Vidrificado
- Borracha
- Concreto
- P V C
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 1
2. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
Os tubos podem ter revestimentos (externos ou internos) de plástico, borracha, concreto etc.,
neste caso procura-se utilizar uma camada protetora contra a corrosão, em tubos metálicos;
como exemplo, têm-se tubulações para água salgada, que são geralmente de aço-carbono
revestidas internamente com concreto; consegue-se, assim, uma alta resistência mecânica,
aliada a uma alta resistência à corrosão e baixo custo.
Os tubos podem ser mistos, isto é, constituídos de parte metá1ica e parte não metálica; os
mangotes de borracha com armação de ferro pertencem a este tipo.
Os tubos podem ser f1exíveis e não f1exíveis, conforme possam mudar de forma ou não.
Os tubos podem, ainda, ser sem costura ou com costura: neste caso, ou a parede do tubo é
contínua ou apresenta partes soldadas, dependendo do tipo do processo de fabricação do tubo.
1.3 - Bitolas Comerciais
Os tubos de aço são construídos com diâmetros desde 1/8 até 30”: os de aço
inoxidável existem no mercado em diâmetros até 12”.
A bitola do tubo coincide com o diâmetro externo para tubos acima de 14”; não coincide com
nenhuma medida do tubo para diâmetros menores do que 12” (aproximam-se do diâmetro
interno).
Os diâmetros comerciais são: 1/8”, 1/4”, 3/8”, 1/2”, 3/4”, 1”, 1 1/4”, 1 1/2”, 2", 3", 4", 6", 8",
10", 12", ...30”.
Os tubos acima de 30” são fabricados por encomenda e, norma1mente, pelos processos com
costura.
Os tubos de cobre, latão, bronze, alumínio e suas ligas existem em bitolas de 1/4” e 1/2”.
Os tubos de chumbo existem em bitolas de 1/4” a 12”.
Os tubos de PVC existem em bitolas de 1/4” a 8”.
1.4
- Espessuras Comerciais
As paredes dos tubos de aço têm espessuras padronizadas. Para o mesmo diâmetro
pode variar a espessura da parede, de acordo com o trabalho a que se destina a tubu1ação.
A espessura é designada por meio dos números 10, 20, 30, 40, 60, 80, 120, 140,
160. Estes números são os “Schedule Number”, e quanto mais alto o Schedule,
maior será a espessura da parede do tubo.
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 2
3. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
Os tubos de metais não ferrosos e outros podem ter padronizações diferentes: exemplos são
os tubos de cobre, bronze, alumínio etc., que podem ser encontrados nos padrões K, L, M; o
tipo K é o mais pesado, ou seja, o de maior espessura nas paredes.
1.5 - Usos dos principais tipos
1.5.1 - Tubos de aço - carbono
Representam a maior parte de todos os tubos fabricados; em uma refinaria
constituem a maioria. Têm uso bastante generalizado, feita exceção para produtos corrosivos,
altas temperaturas, baixas temperaturas etc.
1.5.2 - Tubos de aço-liga
São usados para serviços especiais tais como altas ou baixas temperaturas, fluidos
corrosivos etc.
Os elementos de liga mais usados são:
Cr, Mo - Para altas temperaturas
Ni - para baixas temperaturas
1.5.3 - Tubos de aço-inoxidáve1
São usados para condições de corrosão ainda mais severas do que os de aço - liga.
Também o Cr, Mo, Ni entram na composição do aço-inoxidáve1, além de outros.
1.5.4 - Tubos de ferro-fundido
Os tubos de ferro fundido são usados para água doce e salgada, esgotos etc.; são
usados para serviços de baixa pressão e onde não ocorram grandes esforços mecânicos.
1.5.5- Tubos não metá1icos., não ferrosos e ligas
Fabricam-se tubos de uma grande variedade de ligas de cobre; temos então,
tubos de cobre, latão (Cu-Zn), bronze (Cu-Sn), Monel (Ni-Cu), Admiralty (Cu-Zn-Sn) etc.
São usados para “steam tracing”, ar comprimido, tubos de pequeno diâmetro, serviços de alta
corrosividade etc.
Os tubos de chumbo são utilizados para instalações auxiliares de água, esgotos, ácidos etc.
Os tubos plásticos, flexíveis ou não, aplicam-se àqueles serviços em que se procura obter alta
resistência à corrosão; apresentam como desvantagens: alto custo, baixa resistência mecânica,
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 3
4. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
temperatura de trabalho baixa etc.
2 - ACESSÓRIOS DE TUBULAÇÃO
2.1 - Acessórios de tubulações
Os acessórios de tubulações destinam-se às seguintes finalidades:
a) Permitir mudanças de sentido em tubos
- Curvas de raio longo de 45º, 90º e 180º.
- Curvas de raio curto de 45º, 90º e l80º
- Joelhos de 45º e 90º
b) Fazer derivações de tubos
- Tês normais, tês de 45º, tês de redução
- Cruzetas - Derivação com colar
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 4
5. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
- Selas - Anel de reforço
c) Permitir mudanças de diâmetro em tubos
- Reduções concêntricas
- Reduções excêntricas
- Buchas de redução
c) Ligações de tubos entre si
- Luvas
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 5
6. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
- Uniões
- Niples
- Flanges
e) Fechar extremidades de tubos
- Caps ou tampões
- Bujões
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 6
7. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
- F1anges cegos
f) Isolar trechos de tubulações e equipamentos
- Raquete
-“figura - oito"
2.2 - Meios de Ligação de Tubos
Os diversos meios usados para conectar tubos, servem não só para ligá-los entre si,
como também para ligar os tubos às válvulas, aos diversos acessórios e a outros
equipamentos.
2.2.1- Classificação dos sistemas de ligação de tubos
a) Ligações rosqueadas.
b) Ligações flangeadas
c) Ligações soldadas
d) Ligações de ponta e bolsa
d) Ligações de compressão.
A escolha do meio de ligação depende de muitos fatores, como sejam: material do tubo,
pressão, temperatura, fluido que irá circular, diâmetro do tubo, segurança, custo, facilidade de
desmontagem, localização etc.
a) Ligações Rosqueadas: São os mais antigos meios de ligações usados para tubos.
São de baixo custo, de fácil execução, mas seu uso é limitado para pequenos diâmetros
(até 3”), assim mesmo em instalações domiciliares ou serviços secundários em instalações
industriais, devido á facilidade de vazamentos e a pequena resistência mecânica que
apresentam. As roscas são feitas por meio de tarrachas manuais ou motorizadas. São as únicas
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 7
8. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
empregadas em tubos galvanizados.
As varas de tubos são ligadas entre si por meio de luvas ou de uniões rosqueadas. As roscas,
tanto dos tubos, como das luvas e uniões são cônicas, de maneira que com o aperto da rosca,
há interferência metálica entre os fios das roscas, garantindo a vedação.
O rosqueamento enfraquece sempre as paredes dos tubos. Por essa razão, quando há ligações
rosqueadas, usam-se sempre tubos de parede grossa, “schedule 80”.
É conveniente o uso de materiais vedantes, para evitar vazamentos.
Os principais vedantes são:
- Pasta de litargírio com óleo de linhaça ou glicerina, para vapor, óleos e água.
- Zarcão com estopa.
- Fita de teflon.
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 8
JOELHO 90ºJOELHO 45º TÊ a 45ºTÊ
CRUZETA
LUVALUVA DE REDUÇÃOMEIA LUVABUCHA DE REDUÇÃOTAMPÃO
BUJÃO
CABEÇA REDONDA
BUJÃO
CABEÇA EXAGONAL
BUJÃO
CABEÇA QUADRADA
NIPLE
JOELHO
MACHO E
FÊMEA
9. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
b) Ligações soldadas: O uso das ligações soldadas cresce continuamente e é atua1mente
muito usado.
Vantagens do uso da solda:
- Boa aparência;
- Resistência mecânica boa (quase sempre equivalente a do tubo);
- Estanqueidade perfeita e permanente;
- Facilidade na aplicação do isolamento, quando necessário;
- Nenhuma necessidade de manutenção;
- Pequeno peso e consequente simplificação do sistema de suporte;
- Menor custo em relação aos flanges para linha de alta pressão.
Desvantagens do uso da solda:
- Dificuldade de desmontagem;
- Perigo de utilização de solda com unidade funcionando:
- Dificuldade de equipamento para solda ou de um soldador habilitado.
Tipos de soldas:
- Solda por fusão: de topo
solda de soquete
- Solda forte
- Solda fraca
O primeiro tipo é o mais comum, podendo ser elétrico ou oxi-acetilênica.
Os dois últimos tipos são processos em que se usa um metal em estado líquido para unir
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 9
JOELHO 90º JOELHO 45º
JOELHO 180º TÊ
TÊ DE REDUÇÃO
TÊ A 45º VIROLA PARA FLANGE
TAMPÃO
SELA
10. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
metais sólidos não ferrosos. A diferença de um para o outro, é que na solda forte a
temperatura é acima de 450ºC e na solda fraca a temperatura é abaixo de 450ºC.
c) Ligações Flangeadas: As ligações f1angeadas são compostas de 2 flanges, um jogo de
parafusos ou estojos com porcas e uma junta.
São usadas, principalmente, para tubos de aço de qualquer classe e para quaisquer pressões e
temperaturas.
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 10
CRUZETA REDUÇÃO CONCÊNTRICA REDUÇÃO EXCÊNTRICA
CURVA 90º CURVA 45º CURVA 90º COM PÉ CRUZETA
TÊ TÊ A 45º REDUÇÃO
CONCÊNTRICA
REDUÇÃO EXCÊNTRICA
11. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
Empregam-se os flanges nas ligações dos tubos entre si, bem como as válvulas e
equipamentos. Não se usa para tubos menores de 2”.
Os tipos de flanges encontrados são:
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 11
12. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
Os flanges acima podem ter os seguintes tipos de faces:
As juntas utilizadas nas ligações flangeadas podem ser metálicas ou não-metálicas e
constituem um selo de vedação eficiente e barato .
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 12
INTEGRAL DE PESCOÇO SOBREPOSTO
SOLDA DE
TOPO
SOLDA DE
ÂNGULO
ROSCA
ROSQUEADO
SOLDA EM ÂNGULO VIROLA
SOLDA DE
TOPO
DE ENCAIXE SOLTO
CEGO
FACE COM RESSALTO
RESSALTO
13. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
Podemos citar como principais tipos aos seguintes:
Vantagens :
- Seu uso facilita a montagem e desmontagem da tubulação;
- Não há perigo de acidentes nas montagens;
- Podem ser recuperados para futuro uso.
Desvantagens:
- Aumentam o peso da linha;
- Necessitam de espaço para colocação;
- Para alta pressão de vapor, quando há necessidade de uso de flanges de aço liga, o
seu custo é maior do que o da solda;
- Custo de manutenção;
- Dificultam a aplicação do iso1amento.
d) Ligações de Ponta e Bolsa: Muito usadas para tubos de ferro fundido e de concreto.
Uma das extremidades do tubo ou do acessório, tem uma ponta lisa, que encaixa em uma
expansão (bolsa) existente na outra extremidade do tubo ou do acessório. No interior da bolsa
coloca-se um material de vedação que pode ser estopa embebida, chumbo derretido,
argamassa, massas especiais etc.
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 13
FACE PLANA
FACE MACHO E FÊMEA
FACE PARA JUNTA DE ANEL FACE DE FLANGE COM VIROLA
JUNTAS PLANAS JUNTAS METÁLICAS FOLHEADAS
Para flange com face de ressalto
Para flange com face plana
JUNTA METÁLICA MACIÇA
JUNTA DE ANEL
Oval
Octogonal
CURVA 90º CURVA 45º TÊ CRUZETA
14. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
e) Ligação de Compressão: São muito usadas para tubos de parede fina, principalmente
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 14
TÊ A 45º REDUÇÃO LUVA PEÇA DE LIGAÇÃO
FLANGE - BOLSA
15. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
metálicos, não ferrosos, de pequeno diâmetro (até 2”).
3- Válvulas
Válvulas são dispositivos usados para estabelecer, controlar e interromper a passagem de
fluidos em tubulações. Dentro desse conceito global, as válvulas podem ter, no entanto,
funções e características especificas que permitem uma classificação segundo seu emprego.
3.1 - Classificação e principais tipos de válvulas
3.1.1 - Válvulas que controlam o fluxo em qualquer direção
a) Válvulas de bloqueio
- Válvula gaveta
- Válvula macho
b) Válvulas de regulagem da fluxo
- Válvula globo
- Válvula de controle
- Válvula de borboleta
3.1.2 Válvulas que permitem o fluxo em uma só direção
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 15
CONECTOR MACHO UNIÃO
CONECTOR FÊMEA
JOELHO 90º
JOELHO 45º
TÊ
16. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
a) Vá1vula de retenção de portinhola
b) Válvu1a de retenção por levantamento
c) Válvula de retenção de esfera
3.1.3 - Válvulas que controlam a pressão a montante - ou vá1vu1as de segurança,
alívio e contra-pressão
3.1.4 - Válvulas que controlam a pressão a jusante - ou vá1vu1as redutoras e
reguladoras de pressão.
3.2 Detalhes Gerais
3.2.1 Corpo de vá1vu1as
O corpo ou carcaça é a parte da vá1vu1a que se conecta a tubulação e que contêm
o orifício de passagem do fluido.
As válvulas são peças sujeitas a manutenção e por isso devem ser, em princípio, facilmente
desmontáveis. Tanto as válvulas rosqueadas como as flangeadas obedecem a esse conceito.
No entanto, com o desenvolvimento dos processos de solda, passaram também a ser bastante
empregadas as válvulas com extremidades para solda de soquete e para solda de topo. A
desmontagem dessas válvulas é bem mais difícil mas, em compensação, não há riscos de
vazamentos na tubulação. São os seguintes os principais casos de emprego de cada tipo de
extremidade das válvu1as:
a) Extremidades flangeadas
Sistema usado em quase todas as válvulas, de qualquer material, empregados em
tubu1ações industriais de mais de 2”.
b) Extremidades para solda de soquete
Sistema usado principalmente em válvulas de aço, de menos de 2”, onde a solda de topo
e ineficiente.
c) Extremidades rosqueadas
Sistema usado em válvu1as menores de 4” em tubulações que não conduzem fluidos
corrosivos ou venenosos.
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 16
17. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
d) Extremidades para solda de topo
Sistema usado em válvulas de aço, de mais de 2”, em serviços com pressões muito altas
ou com fluidos em que se exija e1iminação absoluta do risco de vazamento.
3.2.2 Castelo
O castelo é a parte da válvula que suporta e contém as peças móveis de controle do
fluxo. O castelo é fixado ao corpo de maneira a permitir rápida desmontagem e
fácil acesso ao interior da válvu1a. São três os meios usuais de ligação do castelo
ao corpo:
a) Castelo e corpo rosqueados
É o sistema mais barato, usado apenas em pequenas válvulas de baixa pressão.
b) Castelo preso ao corpo por uma porca solta ou união
Usado para válvulas maiores ou para válvulas pequenas, de alta pressão. Permite uma
vedação bem melhor que o castelo rosqueado.
c) Castelo flangeado
Sistema usado para válvulas grandes e para qualquer pressão, por ser mais robusto e
permitir melhor vedação.
3.2.3 Mecanismo Interno e Gaxetas
O mecanismo móvel interno da válvula (haste e peças de fechamento) e a sede
chama-se "trim" da válvula. São as peças mais importantes da válvula, geralmente feitas de
materiais de melhor qualidade do que os da carcaça, porque estão sujeitas a grandes esforços
e a forte corrosão. Devem ter também uma usinagem cuidadosa para que a válvula tenha
fechamento estanque.
Na maioria das válvulas a haste atravessa o castelo, saindo para fora do corpo. Para evitar
vazamentos pela haste, existem gaxetas convencionais com sobreposta e parafusos ou com
porca de aperto, ou mais raramente, sistemas especiais de vedação como retentores, foles etc.
Quando a haste é rosqueada (como acontece na maioria das vá1vu1as) a rosca deve, de
preferência, estar por fora da gaxeta, para que não haja contato da rosca com o fluido.
Nas válvu1as pequenas de baixa pressão, a rosca costuma ser interna, por dentro da gaxeta,
por ser um sistema de construção mais barato.
3.2.4- Meios de operação das vá1vulas
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 17
18. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
Há uma variedade multo grande de sistemas usados para a operação das válvulas:
a) Operação manual, por meio de:
- volante;
- alavancas;
- engrenagens;
- parafusos sem fim
b) Operação motorizada:
- hidráulica
- pneumática
- elétrica
c) Operação automática:
- pelo próprio fluido;
- por meio de molas ou contrapesos;
- diferença de pressões.
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 18
Volante
Volante para corrente
Piso de
operação
Haste de extensão
Volante
Engrenagens de
redução
Castelo
Flange
Conexões para o
líquido acionador
Cilindro
hidráulico
Gaxetas
Haste deslizante
Gaveta
Válvula comandada por cilindro hidráulico
19. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
Para operação manual empregam-se volantes e alavancas em válvulas até12”. Para válvu1as
maiores usam-se os sistemas de engrenagens e parafuso sem fim, a fim de suavizar a
operação.
Para a operação manual de válvulas situadas fora do alcance do operador, utilizam-se
volantes ou alavancas com correntes ou ainda hastes de extensão.
A operação motorizada é empregada apenas nos seguintes casos:
- Em válvu1as comandadas a distância;
- Em válvulas situadas em posições inacessíveis;
- Em válvulas muito grandes, em que seja difícil a operação manual.
Nos sistemas de operação motorizada, hidráulica e pneumática, a haste de válvula é
comandada por um êmbolo ou diafragma, sujeito a pressão de um líquido ou ar comprimido.
O comando hidráulico, mais raro na prática do que o comando pneumático, é usado quase
somente para vá1vulas muito grandes.
A operação motorizada pneumática é o sistema mais usado nas válvulas comandadas por
instrumentos automáticos. É preciso não confundir vá1vulas comandadas por instrumentos
automáticos com válvulas de operação automática.
Dois sistemas de operação motorizada elétrica são de uso corrente:
- Motor elétrico acionando o volante da válvula por meio de engrenagens de redução.
Esse sistema é usado apenas em vá1vulas de grande tamanho para tornar a operação
mais fácil e mais rápida.
- Solenóide, cujo campo magnético movimenta diretamente por atração, a haste de
válvula. Esse sistema é usado apenas para pequenas válvulas, frequentemente
comandadas por relés elétricos ou instrumentos automáticos.
3.3 - Detalhes Particulares de Cada Tipo de Vá1vu1as
3.3.1 - Vá1vu1a gaveta.
É o tipo de válvula mais importante e de uso mais generalizado. São utilizadas
principalmente em todos os serviços de bloqueio nas linhas de água, óleos e líquidos em geral
(desde que não sejam muito corrosivos ou voláteis), para quaisquer diâmetros, e também para
bloqueio de vapor e ar em linhas de diâmetro acima de 8”. Em todos esses serviços as
válvulas gaveta são usadas para quaisquer pressões e temperaturas.
O fechamento dessas vá1vulas é feito pelo movimento de uma peça chamada gaveta ou
cunha, que se desloca paralelamente ao orifício da válvula e perpendicularmente ao sentido
de escoamento do fluido.
Quando completamente abertas, a perda de carga causada pelas válvulas gaveta é desprezível
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 19
20. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
. Essas válvulas só devem trabalhar completamente abertas ou completamente fechadas, isto
é, são válvulas de bloqueio e não de regulagem. Quando parcialmente abertas, causam
laminagem da veia fluida, acompanhada de cavitação e violenta erosão.
As válvulas gaveta dificilmente dão um fechamento absolutamente estanque. Por outro lado,
na maioria das aplicações praticas, tal fechamento não é necessário.
A gaveta das válvulas pode ser em cunha ou paralela.
As gavetas de cunha são de melhor qualidade e dão, devido ação da cunha, um fechamento
mais seguro do que as gavetas paralelas, embora sejam de construção e manutenção mais
difíceis.
Empregam-se nas vá1vulas gaveta, três sistemas diferentes de movimentação da haste:
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 20
21. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
- Haste ascendente com rosca externa. É o sistema usado nas válvulas grandes e de boa
qua1idade. A haste tem apenas movimento de translação e o volante apenas movimento
de rotação, sendo preso ao castelo por uma porca fixa. A rosca da haste é externa a
válvula estando assim livre do contato com o fluido. A extensão da haste acima do
volante, dá uma indicação visual imediata da posição de abertura ou de fechamento da
válvula, sendo essa a principal vantagem desse sistema.
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 21
Volante
Sobrecastelo
Haste com rosca
externa
Sobreposta
Gaxetas
Castelo aparafusado
Junta
Corpo
Gaveta
Sedes
Flange
Flange
22. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
- Haste ascendente com rosca interna. É a disposição mais usual em válvulas pequenas, e
também em válvu1as grandes de qualidade inferior. A haste, juntamente com o volante,
tem movimentos de translação e rotação, estando a haste dentro da válvu1a.
- Haste não ascendente. A haste, juntamente com o volante tem apenas movimento de
rotação. Somente a gaveta da válvu1a que se atarraxa na extremidade da haste tem
movimento, de translação. É um sistema barato, de construção fácil, usado nas válvulas
pequenas de qualidade inferior.
- Em caso de alta pressão é difícil a operação de uma válvula gaveta: há casos em que se
torna necessário o uso de chaves apropriadas aplicadas ao volante. Há casos em que a
válvula possui um "by-pass”; na abertura ou fechamento da válvu1a utiliza-se o “by-pass”
para evitar alto diferencial de pressões na operação.
As gaxetas requerem atenção, porquanto apresentam um pequeno vazamento com o
uso; é importante que se dê atenção a elas, reapertando-as ou trocando-as em épocas
apropriadas.
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 22
VolantePorca de
aperto
Sobreposta
Gaxetas
Castelo
rosqueado
Haste com
rosca interna
Corpo
Gaveta
Extremos
rosqueados
23. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
- Ao se abrir ou fechar completamente a válvula, ela pode se trancar, ao final da operação;
existe uma pequena folga que permite inverter ligeiramente o sentido de rotação do
volante, ao final da operação, sem que se altere a posição da gaveta.
- Quando a válvula não está vedando completamente não é boa norma forçar o seu
fechamento completo; as causas podem ser depósitos na sede, defeito na sede etc, e a
operação indevida pode agravar o problema.
- A má lubrificação ou aperto demasiado das gaxetas, podem acarretar dificuldades na
operação da válvula; sendo necessário o uso de chaves para se operar a válvula, deve-se
cuidar para que não haja quebra de suas partes móveis.
3.3.2 Válvula macho
Aplicam-se principalmente nos serviços de bloqueio de gases para qualquer
diâmetro, temperatura ou pressão e também no bloqueio rápido de água, vapor e líquidos em
geral para pequenos diâmetros e baixas pressões.
Nessas vá1vu1as, o fechamento é feito pela rotação de uma peça (macho) existente no
interior do corpo da mesma. São válvulas de fecho rápido, porque bloqueiam com 1/4 de
volta do macho ou da haste.
As válvulas macho são, fundamentalmente, válvulas de bloqueio. Quando totalmente abertas,
a perda de carga é mínima e quando parcialmente fechadas a turbulência impede uma vazão
regularizada.
Existem dois tipos gerais de válvulas macho: com e sem lubrificação.
Nas vá1vu1as com lubrificação há um sistema de injeção de lubrificante sob pressão, através
do macho, para melhorar a vedação e evitar que o mesmo fique preso. Essas válvulas são
geralmente empregadas em serviços com gases.
As vá1vu1as sem lubrificação da boa qualidade, usadas para gases, têm sedes removíveis,
feitas de material resiliente (teflon, neoprene etc), dando ótima vedação estanque.
Uma das variantes da válvula macho é a válvula de três ou quatro vias. Essa válvu1a permite
operações tais como: desviar o fluxo de uma linha para outra, misturar fluxos etc.
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 23
24. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 24
Engraxadeira
Alavanca de manobra
Sobreposta
Sedes
Macho
Orifício de passagem
Rasgos de lubrificação
Posição aberta Posição fechada
Haste Alavanca de manobra
Orifício de passagem
Engaxetamento
Esfera
Retentore
s
Macho
Posição aberta
VÁLVULA ESFERA
VÁLVULA MACHO
25. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
3.3.3 - Válvulas Globo
Nas válvulas globo o fechamento é feito por meio de um tampão que se move
contra o orifício da válvula, que geralmente está em posição paralela ao sentido do fluxo. As
válvulas globo podem trabalhar em qualquer posição de fechamento, isto é, são válvulas de
regulagem. Causam, entretanto, em qualquer posição de fechamento, fortes perdas de carga.
As válvulas globo dão um fechamento bem melhor que as válvulas gaveta, podendo-se
conseguir, principalmente em válvulas pequenas, um fechamento absolutamente estanque.
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 25
Volante
Haste com rosca
externa ascendente
Sobreposta
Castelo
aparafusado
Tampão
Sede
Sentido
do fluxo
26. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
Variantes da válvula globo:
- Válvula ângulo
Essa válvula tem os bocais de entrada e saída a 90º. Permite perdas de carga menores que
a vá1vula globo comum, devido à posição do orifício de passagem.
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 26
Porca de
aperto
Gaxetas
Haste não ascendente
com rosca interna
27. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
- Válvula agulha
O tampão nessas válvulas é substituído por uma peça cônica fina, a agulha, que permite
um controle mais delicado da vazão. É usado em linhas até 2”.
3.3.4 - Vá1vulas de controle
Essas vá1vulas são usadas em combinação com instrumentos automáticos, e
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 27
Tampão
Trajetória do fluido
Castelo fixo ao corpo
com união roscada
Agulha
Trajetória
do fluido Sede
Sede
Haste e volante
ascendentes com
rosca no castelo
28. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
comandadas à distância por esses instrumentos, para controlar a vazão ou a pressão de um
fluido. A vá1vula em si é quase semelhante a uma válvula globo, sendo operada na maioria
das vezes por meio de um diafragma sujeito a pressão de ar comprimido. Há um instrumento
automático que comanda a pressão de ar, que por sua vez faz variar a posição de abertura da
válvula. A operação nas vá1vulas de controle é feita, geralmente, pelo diafragma em um
sentido (para abrir ou fechar) e por uma mola reguláve1 no outro sentido.
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 28
Mola calibrada de
retorno da haste
Diafragma
Indicador de
posição de abertura
Admissão de ar comprimido
para fechar a válvula
29. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
3.3.5 - Válvula borboleta
São válvulas usadas para tubulações de grandes diâmetro (acima de 20”) e sujeitas
a baixas pressões, onde. não se exige vedação perfeita. O fechamento da vá1vula é feito por
meio de uma peça circular que pivota em torno de um eixo perpendicular ao sentido de
escoamento do fluido.
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 29
Gaxetas
Sobreposta
Tampões duplos
balanceados
30. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
3.3.6 - Vá1vula de diafragma
São válvulas sem gaxetas muito usadas para fluidos perigosos, corrosivos, tóxicos,
inflamáveis etc. O fechamento da válvula é feito por meio de um diafragma flexível que é
apertado contra a sede.
O mecanismo móvel que controla o diafragma fica completamente fora do contato com o
fluido. O corpo da válvula é geralmente, de material não metálico ou metal revestido contra a
corrosão. O diafragma pode ser de borracha sintética, neoprene, teflon etc. São empregadas
para diâmetros de até 6”.
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 30
Borboleta
Diafragma na
posição aberta
Diafragma na
posição fechada
31. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
3.3.7 - Válvulas de retenção
Essas válvulas permitem a passagem do fluido apenas em um sentido, fechando-se
automaticamente, por diferença de pressões exercidas pelo próprio fluido, se houver
tendência à inversão no sentido de escoamento. São ,por isso, válvulas de operação
automática.
Um Caso típico do uso de válvulas de retenção é na linha de recalque de bombas em paralelo
para evitar o retorno do fluido através das bombas paradas. Outro caso do uso dessas
válvulas é na linha de carregamento de um tanque para evitar um possível esvaziamento.
Existem três tipos principais de válvulas de retenção:
- Válvula de retenção de portinhola
É o tipo mais comum de válvu1a de retenção. O fechamento é feito por uma portinhola
articulada, que se assenta no orifício da válvula.
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 31
32. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
- Válvula de retenção de levantamento
O fechamento dessa vá1vu1a é feito por meio de um tampão, semelhante ao das válvulas
globo, onde uma haste desliza em uma guia interna. Essas válvulas causam perdas de
carga muito grandes e por isso são pouco usadas em linhas de diâmetro acima de 6”.
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 32
Portinhola
Guia da haste Haste do obturador
33. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
- Válvulas de retenção de esfera
São semelhantes às válvulas de retenção de levantamento, sendo porém o tampão
substituído por uma esfera. Sistema usado apenas para válvulas de pequeno diâmetro, até
2”.
3.3.8 - Válvulas de Segurança e de Alívio
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 33
34. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
São válvulas que controlam a pressão a seu montante abrindo-se automaticamente,
quando essa pressão ultrapassa um determinado valor para o qual a ,válvula foi ajustada.
(set-pressure).
Aconstrução dessas válvulas é semelhante à das válvu1as globo angulares. O tampão é
mantido fechado contra a sede pela ação de uma mola, com parafuso de regulagem, ou de um
contrapeso externo de posição ajustável. Regula-se a tensão ou a posição do contrapeso, de
maneira a se ter a desejada pressão de abertura da válvula.
As válvulas de mola são as mais comuns. A mola pode ser interna, dentro do castelo da
válvula, ou externa, preferindo-se essa última disposição para serviços com fluidos
corrosivos, muito viscosos, ou gases liquefeitos que possam congelar, prendendo a mola.
Essas válvulas são chamadas de “segurança’quando destinadas a trabalhar com fluidos
elásticos (vapor, ar, gases) e de alivio quando destinadas a trabalhar com líquidos, que são
fluidos incompressíveis. A construção das válvulas de segurança e de alívio é basicamente a
mesma e a principal diferença reside no perfil da sede e do tampão. Nas vá1vulas de
segurança, o desenho desses perfis é feito de tal forma que a abertura total da válvula se dê
imediatamente após a “set-pressure”, e o fechamento se faça repentinamente abaixo da "set-
pressure”. Nas válvulas de alivio, a abertura é gradua1, atingindo o máximo com 110% a
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 34
Tampão
Bocal de entrada
Bocal de saída
Porca de regulagem
35. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
125% da “set-pressure".
As válvulas de segurança costumam ter uma alavanca externa com a qual é possível fazer-se
manualmente o disparo da válvula para teste.
3.3.9 - Válvulas redutoras de pressão
São va1vulas que operam automaticamente, controlando a pressão a jusante das
mesmas. O ajuste da pressão de fechamento é conseguido através de molas de tensão
regulável.
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 35
36. CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA
UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO
PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 36
TUBULAÇÕES ACESSÓRIOS E
VÁLVULAS
PROFº RÚI MOTA