2. Breve cronologia do surgimento das Normas
1880 - ASME (American Society of Mechanical Engineers)
1898 - ASTM (American Society for Testing and Materials)
1901 - BSI (British Standards Institution)
1917 - DIN (Deutsches Institut für Normung)
1918 - ANSI (American National Standard Institute)
1919 - AWS (American Welding Society)
1940 - ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)
1947 - ISO (International Organization for standartization)
3. ANSI.B.31 - American Standard Code for Pressure Piping
Trata de tubulações de pressão
Obs. Antiga ASA B 31 e USAS B 31
TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS
E ACESSÓRIOS DE TUBULAÇÕES
NORMAS TÉCNICAS E PRINCIPAIS APLICAÇÕES
Algumas das normas mais usuais:
ANSI – American National Standard Institute
4. ANSI.B.31.3
Normas gerais de tubulações de refinaria, terminais, instalações de
processamento, armazenamento e carregamento de produtos de
petróleo
A ANSI. B 31 atende a um a ampla classe de tubulações de pressão.
Entre outros aspectos enfoca:
Cálculo de espessura, flexibilidade, acessórios, fabricação
montagem, inspeção e teste.
Na edição de 1955 estava subdividida em sete seções :
Seção 1 - Tubos para geração de vapor
Ar e gases
Seção 2 -
Seção 3 - Refinaria (tubulações em geral para processamento,
armazenamento, carregamento e oleodutos)
5. Seção 4 - Vapor e água quente
Seção 5 - Refrigeração
Seção 6 - Suportes, meios de ligações/fixação, detalhes de projeto,
expansão e flexibilidade, ligações soldadas (procedimentos,
qualificação e inspeção).
Seção 7 - Materiais, especificações e identificação.
Obs. Em 1959, as seções 1, 2 e 5 geraram após reestruturação , as
normas ANSI, B.31.1. B.31.2 e B.31.5 respectivamente. A seção 3
passou a ANSI B.31.3 (Petroleum Refinery Piping) e ANSI B.31.4
(Oil Transportation Piping).
A seção 6 foi extinta, sendo seus itens distribuídos em outras
seções.
Três outras normas foram então criadas:
6. ANSI B. 31. 7. Tubulações em Centrais Nucleares e,
ANSI b.31.8 (Gas Transportation and Distribution Piping)
ANSI B.31.6 (Chemical Industrial Process Piping)- voltadas para
as Indústrias Químicas e de Processos.
Obs. A Norma ANSI B-31.3, (Petroleum Refinary Piping) é um
desdobramento da Seção 3
Outro desdobramento da Seção 3 gerou a ANSI B 31.4 Oil
Transportation Pipe - trata de tubulações de óleo e naftas fora das
refinarias, terminais, etc.
7. ASTM (American Society for Testing and Materials)
P/ tubos, válvulas, acessórios, parafusos, juntas, materiais de
isolamento, etc..
Outras,
API 5L ... Tubos de aço carbono c/ e s/ costura (média qualidade)
API 5LX Tubos de alta resistência
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)
ISO/R13.... Tubo ferro fundido
ISO/R51 .. Tubo de aço p/ transporte de combustíveis líquidos
DIN (Deutscher Institur fur Normung)... Tubos, válvulas e
acessórios
ASME (American Society of Mechanical Engineers)
Power Boilers - Seção I - P/ tubulações de geração de vapor
Obs. A Norma ANSI é de uso corrente e talvez a mais importante pela
abrangência.
Especificação de Materiais
8. TUBOS– PROCESSOSDE FABRICAÇÃO
TUBOS SEM COSTURA
Processos de Fabricação:
Laminação, Extrusão, Fundição, Forjados.
Laminação
Etapas: Laminação (formação do tubo)
Desempeno por rolos
Calibradores
Alisamento (mandrilamento)
Especificação para Tubos:
Deve constar:
Material de construção, processo de fabricação, espessura x diâmetro,
sistemas de ligação.
9.
10. Fundição
Extrusão
A etapa de extrusão consta de: matriz, mandril e êmbolo,
temperatura ≈ de 1200º C.
1ª fase – tubo curto e grosso
2ª fase - laminação e desempeno
Vazado dentro de moldes (material no estado líquido)
Tubos de ferro fundido, vidro, porcelana, cimento, borracha, PVC...
Pode-se usar o processo centrífugo.
Para tubos de parede grossa ( p/ pressões muito elevadas).
O lingote é furado a frio, e o pré-tubo conformado sob
aquecimento e recebe pancadas contra o madril até atingir
a espessura desejada.
Forjado
11.
12. Solda de topo ou solda sobreposta (em relação as bordas)
Solda longitudinal ou solda radial (conformação)
Tipos de solda:
Solda elétrica (Arco protegido, adição de metal do eletrodo).
Arco submerso ou
Com gás inerte
Resistência elétrica
Obs.*Tubos de diâmetros maiores que 12” e a partir de 4”.
TUBOS COM COSTURA*
Disposição da solda
19. ASTM A- 106 (alta qualidade)
S/ costura
Ø nominal - 1/8 “ a 24 “
Acalmado* (Si até 0,1% ), (uso para temperatura elevada)
* remoção de bolhas de H2
MATERIAIS PARA TUBULAÇÕES
ALGUNS MATERIAIS TÍPICOS DE TUBULAÇÕES
AÇO CARBONO
Características: baixo custo, fácil soldagem.
Tipos :
Galvanizado (Zn)
Preto
Temperatura de operação: de - 40ºC a 450ºC serviço contínuo
(ANSI B 31)
Tipos: (Alguns mais usuais):
20.
21.
22. Grau B - médio até 0.30%, Mn, 0,29%, Si 0,1%,
Grau C - alto até 0,35%, uso até 200º C,
41 kgf/mm2
48 kgf/mm2
Grau A *- baixo carbono até 0,25% p/ Temp. > 400º C, Mn 0,27%,
Aço carbono
(encurvamento) *
34 kgf/mm2
23. ASTM A-333. Tubos sem costura recomendados para baixas
temperaturas (refrigeração). 0,3% de C e 0,4 a 1% de Mn. Outros
elementos de composição: S de 1 a 1,5 % resistência à oxidação.
Associados ou não a outros elementos, ainda que em baixo percentual,
Ni, Cr, ex. 310, 314.
ASTM A- 53 ≈ (API 5L) (média qualidade) uso geral. Disponível
acalmado e efervecente.
Disponível com e sem costura
Ø nominal - 1/8 “ a 24 “, nos graus A e B.
Obs. Se necessário encurvamento a frio usar grau A
ASTM A – 120. Disponível com e sem costura
Ø nominal - 1/8 “ a 12 “
Obs. 1 - Se utilizado em temperatura elevada ocorre grafitização.
2 - Não exigência de composição química definida
3 - A norma ANSI B 31 proíbe o emprego do ASTM A- 120
para altas pressões assim como para Hidrocarbonetos, inflamáveis e
produtos tóxicos. Não apresenta restrição para água, ar comprimido e
condensado.
24. Outros:
Tubos com costura
ASTM A134 – por solda elétrica arco protegido
Ø nominal > 16 ”.
ASTM A135 - por solda de resistência elétrica
Ø nominal até 30 ”.
Ambos proibidos para temperatura maior que 100º C, como
também para Hidrocarbonetos, vapor d´água e produtos tóxicos.
25. Características do aço carbono
A 370º C início de fluência (creep)
530º C intensa oxidação (scaling)
> 440º C grafitização. Torna-se quebradiço (precipitação de carbono)
Obs. Quanto mais carbono, mais duro perdendo características de
ductilidade e soldagem.
informações complementares
Efervescente
Acalmado - com 0,1% de Si - modifica o equilíbrio termodinâmico,
reduzindo a quantidade de gás adsorvido - granulometria mais fina.
26. COMPOSIÇÃO DE ALGUNS AÇOS CARBONO
ANSI Série 44 ( Mn de 0,3 a 1,65%, P 0,04 %máx., S 0,05% máx).
Série 11 resulfurizado tendo15 composições, S acima de 0,33%.
Série 12 Resulfurizados e refosforizados.
Série 40 Mo, 0,2% a 0,25%.
Série 41 Cr 0,95 % , Mo 0,3%.
AÇOS INOXIDÁVEIS E AÇOS LIGAS
Baixa liga até 5%
Média “ de 5 a 10 %
Alta “ maior que 10%.
Justificativa de uso: corrosão, temperaturas elevadas e baixas, não
contaminantes, segurança, etc..
27. ELEMENTOS MODIFICADORES DE PROPRIEDADES
Elementos
Mo - Resistência à cristalização (aumenta a resistência à fluência),
mantendo a resistência mecânica (mesmo em temperatura elevada).
reduz corrosão alveolar. Ideal para HC, hidrogênio, vapor. Ótimo para
temperaturas elevadas. Aumenta a resistência a corrosão via úmida.
Efeito semelhante apresenta o Cobre quando presente.
Risco de fratura a temperaturas baixas.
Cr - Aumenta resistência à corrosão em temperatura elevada porém
fragiliza mecanicamente, por isso normalmente incorpora-se o Mo.
Obs. Tubos de aço inoxidável com mais de 10% de Cr
apresentam facilidade para soldagem.
S - Melhora a usinagem.
28. Cr / Mo – Excelente resistência à corrosão
Ni – Bom para temperaturas baixas. Eleva o limite de elasticidade,
mantendo-o ductil e com elevada tenacidade.
Ex. De ligas contendo níquel: A 335 Cr- Mo, A 333 Ni.
Si e Al também atribuem resistência à corrosão a temperaturas
elevadas. Ambos quando adicionados a liga servem para
acalmar a liga (remoção de gases absorvidos).
Si – suprime magnetismo de uma liga, enquanto o Co favorece
as propriedades magnéticas da liga. Nos aços carbono, em
concentrações mais elevadas torna a liga mais dura e tenaz.
V – Aumenta a resistência a tração, melhorando assim os limites de
elasticidade, trazendo em consequência a boa ductilidade e
aumentando também a resistência a fadiga.
Outros modificadores: Mn, Co, B, terras raras, W, etc.
29. Austenítico - Cr- Ni (não magnéticos) - Apresentam resistência à
fluência e oxidação.
Não estabilizados – Estão sujeitos à precipitação de Carbêto de Cromo
”sensitização”, quando submetidos a temp. de 450º C a 850º C ,
perdendo, em conseqüência, a resistência a corrosão.
O Ti, Ta e Nb estabilizam a liga, ex. ANSI 321.
Obs. O Mo também estabiliza a liga inibindo a precipitação de
carbêto de cromo.
Alguns aços inoxidáveis de uso freqüente e algumas características
importantes
ANSI 304 (austenítico) Cr- Ni 18-8 , 0.1 % de C
ANSI 304 L, Ti e Nb para temperatura baixa. (– 273º C)
ANSI 303 Cr-Ni , fácil usinagem
Ferríticos – (magnéticos), de 12 a 30 % de Cr- Baixo custo. Baixa
propriedade mecânica, Apresentam baixa corrosão sob tensão mas
são difíceis de soldar.
Martensíticos – apresentam maiores teores de C, são mais duros,
apresentando maior resistência mecânica e à abrasão.
30. FERRO FUNDIDO
Tipo – (normalmente galvanizados),
Aplicação :
Água, gás, água salgada e esgoto.
Recomendados, p/ temperatura baixa (ambiente),
Pressão baixa e sem esforço mecânico.
Apresentam boa resistência à corrosão.
São fabricados com ponta e bolsa ou com flanges.
31. METAIS NÃO FERROSOS
COBRE E LIGAS.
Resistência à oxidação. Usado para trocadores de
calor, serpentinas, sistemas de refrigeração (Freon).
Não pode ser usado em contato com amônia, ácido
nítrico e aminas. Apresentam corrosão sob tensão.
ALUMÍNIO E LIGAS
Criogenia e aquecimento
CHUMBO:
Uso em unidades de ácido sulfúrico.
Outros:
Níquel, Titânio, Zircônio e suas ligas.
Para aplicações que envolvem alta temperatura.
32. NÃO METÁLICOS
POLIMÉRICOS: PE, PP, PVC, Epoxi, Poliésteres, ABS,
OUTROS MATERIAS: Vidro, concreto, borracha,
porcelana, grafite,.....
Os não metais (polímeros, cerâmica) podem ainda ser
usados como revestimento interno de tubos metálicos.
33. SELEÇÃO DO MATERIAL – CRITÉRIOS
Diâmetro
Custo
Condição de serviço ( P e T )
Fluido, tipo (gás ou líquido), presença de impurezas, sólidos
suspensos, pH, concentração
Nível de tensão a que estará submetida à tubulação (dilatação
Térmica, peso da tubulação).
Esforços mecânicos: compressão, flexão, vibração.
Segurança
Facilidade de obtenção (compra), reposição, ...
Tempo de vida (compatível com o tempo de vida útil da instalação)
Velocidade do fluido
Perda de carga
Acabamento interno
Facilidade de montagem – custo de reposição e tempo de parada
34. ALGUMAS SITUAÇÕES (USOS)
ÁGUA DOCE
Desenterrado, pressão e temp. baixa: A 120, válvulas de bronze
ligação por rosca. Diâmetros maiores, Fe fundido, solda ou flange. Se
serviço mais severo, A-53 sobre-espessura de 1,2 mm, solda de
encaixe (diâmetro pequeno). Se diâmetro maior, solda de topo.
Válvula de aço forjado e interno de inox. Para diâmetros muito
maiores, uso de flange.
ÁGUA SALGADA
Aço revestido com PVC ou borracha (para diâmetros maiores que 4”)
Obs. O inox está sujeito à corrosão sob tensão.
VAPOR (pouco corrosivo)
Restrição: devem apresentar resistência mecânica à pressão sob
temperatura elevada.
Ligações – Até 2” solda encaixe, acima deste diâmetro solda de topo.
O mesmo para as válvulas.
35. Acessórios
Válvulas de bloqueio: globo para até 8” e gaveta p/ diâmetros maiores.
HIDROCARBONETOS
Válvulas: Até 260º C, corpo em aço carbono, internos em inox 410.
Até 350º C, corpo em aço liga. Internos em inox 410. Se,
porém % enxofre elevado, internos em inox 430 ou 304.
Na escolha do material pesam os teores de enxofre e cloretos
1% de S Aço carbono até 320º C +1,2mm Aço liga Cr/Mo - 5/0,5% até 400º C + 1,2mm
3% de S até 260º C +1,2mm até 350 + 1,2mm
>3% deS até 250º C + 4 a 6 mm até 350 + 4 a 6 mm
36. .
ACESSÓRIOS E CONEXÕES:
Até 2” solda de encaixa, Ø > que 2” - flange de pescoço ou solda de topo.
AR COMPRIMIDO
Até 7 kg/cm2 :
A – 120, galvanizado e diâmetro até 4”, rosqueadas.
Se diâmetro maior que 4”, A – 120 + 1,2 mm de sobre espessura
ou A – 134.
Pressão > 7 kg/cm2
A 53 + 1,2 mm de sobrespessura, solda de topo Ø > 2”.
Até 2”, solda de encaixe.
Válvulas:
Até 3”, bronze e rosca.
Ø > 3” Fe fundido, interno em bronze, flange.
Ø >>> corpo forjado, interno 410, flange com ressalto.
37. OPERAÇÕES EM ELEVADA TEMPERATURA
Até 550º C (máx 570º C) aço liga Cr/Mo
De 700º C (máx 880º C) inox 304
De 750º C (máx 880º C) 316
De 850º C (máx 1150º C) Inconel - Ni > 60%, Incaloy Ni >40%,
Hasteloy (Stellite) Mo até 30% e Co até 2%.
OPERAÇÕES EM TEMPERATURAS BAIXAS
Até (- 65º C), aço liga com Ni.
Até (- 100º C) cobre, latão, bronze.
Até (- 195º C) inox 316(Mo), 317(Mo), 321(Ti)
Até (- 250º C) inox 304, 310, 347
Monel Ni/Cu 67/30
Inconel Ni/Cr 80/13
38.
39.
40.
41.
42.
43. Bibliografia
Tubulações Industrial
Pedro Carlos da Silva Telles, 4ª ed. 1976
Faculdade de Tecnologia de São Paulo – Departamento de hidráulica
Materiais para tubulações Prof. Celio Carlos Zattoni – São Paulo 2005
Vol 1 Materiais metálicos
Vol 2 Tubos e conexões
Vol 3 Válvulas e acessórios
Curso de Tubulações Industriais
Faculdade de Engenharia Química de Lorena
Professor Antonio Clélio Ribeiro
Outros
Sites
http://www.matweb.com/Search/MaterialGroupSearch
Obs. Site muito bom – características físicas de ligas , composição, etc,
44. Exemplo de algumas Normas ( Do livro - Materiais para tubulações Prof. Celio
Carlos Zattoni – São Paulo 2005 -Faculdade de Tecnologia de São Paulo –
Departamento de hidráulica - Vol 1 Materiais metálicos
45.
46.
47.
48. 2 4 2 4 2 4 2 4 2 4
Março 1 3 8 10 15 17 22 24 29 31
Abril 5 7 12 14 19 21 26 28
Maio 3 5 10 12 17 19 24 26 31
Junho 2 7 9 14 16 21 23 28
Julho 5 7
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27 dias de aula
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