material com informações sobre uso do laboratório de ciênicas nas aulas de trilha de aprofundamento da área de ciências da natureza com a proposta de construção de um terrário para estudo de ecossistemas e ciclo da máteria
2. NORMAS GERAIS DE
TRABALHO EM
LABORATÓRIO
Não é o local de trabalho que caracteriza o pesquisador, mas a
sua maneira de trabalhar. Assim, um banheiro, uma arvore, uma
cozinha, um carro ou uma floresta, desde que sirvam de cenários
adequados à investigações, são considerados laboratórios.
Considera-se como laboratório o ambiente no qual um
pesquisador faz uma experimentação, seja ela uma indução de
fenômenos, ou mesmo observações de um fenômeno natural,
isto é, não provocado. Portanto, laboratório é a oficina de
trabalho do pesquisador.
Visando facilitar os trabalhos experimentais, costuma-se construir determinados
ambientes, equipando-os com certos materiais e aparelhos que possibilitam simular
situações por meio de variações de luz, pressão, temperatura, umidade, dietas
alimentares, espaço, aeração, etc. Esses locais são o que, comumente, se define como
laboratório. Toda escola deve possuir uma sala ambiente própria para trabalhos
científicos — ela é a oficina de trabalho do professor, o seu laboratório. Para freqüentá-
lo é necessário conhecer uma série de obrigações e cuidados, pois, assim, tem-se mais
segurança, melhor rendimento, menos acidentes. A cada vez que alguém violar urna
norma de conduta no laboratório, estará expondo a si e aos outros a um acidente
3. NORMAS DE TRABALHO EM LABORATÓRIO
É extremamente importante que o aluno siga todas as instruções
dadas pelo professor com respeito às técnicas e medidas de
segurança no laboratório, pois as atividades experimentais, para
serem bem sucedidas ou produtivas requerem vários cuidados.
4. POR QUE CONHECER OS EQUIPAMENTOS
UTILIZADOS NO LABORATÓRIO DE
QUÍMICA ?
A necessidade de conhecer os
equipamentos em geral (vidraria,
balanças, etc.) está ligado a uma
melhor noção das funções de cada um
deles no Laboratório de Química, aos
fatores de segurança e à especificidade
que cada um possui.
Imagem: Joe Sullivan /
Creative Commons Attribution 2.0 Generic.
14. PIPETA GRADUADA
• Como utilizar
• Manter a pipeta na vertical sempre;
• Fixar a pipeta na parte inferior da pró-pipeta;
• Mantendo as saliências da parte superior (A) pressionadas, apertar a pró-pipeta para
liberação do ar;
• Introduzir a ponta da pipeta na solução;
• Apertar as saliências na parte inferior (S) para que a solução seja aspirada
vagarosamente, até um pouco acima da marca zero;
• Retirar a ponta da pipeta da solução;
• Liberar o excesso de solução, pressionando as saliências da lateral da pró-pipeta (E),
para acertar o menisco na marca zero da pipeta;
• Liberar o volume a ser pipetado no local desejado;
• Esvaziar a pipeta;
• Desconectar a pró-pipeta da pipeta.
14
(A)
(S)
(E)
18. PIPETA AUTOMÁTICA
• Como utilizar:
• Manter a pipeta todo o tempo na vertical;
• (A) Acoplar a ponteira à extremidade inferior da pipeta;
• (B) Pressionar com o polegar o botão de “pipetagem” até o
primeiro estágio, para promover aspiração;
• Mantendo-o pressionado, introduzir a ponta da ponteira na
solução a ser pipetada;
• (C) Soltar delicadamente o botão, para que a solução seja
aspirada;
• Retirar a ponteira da solução e se necessário enxugar a
ponta com papel absorvente;
• (D) Liberar a solução pipetada no local desejado,
pressionando o botão até o segundo estágio;
• Retirar a ponteira.
18
23. TUBO DE ENSAIO
Empregado para fazer
reações em pequena
escala, principalmente
em testes de reação em
geral.
Deve ser aquecido em
movimentos circulares e
com cuidado
diretamente sob a
chama do bico de gás
(bico de Bünsen) (1).
Imagem:
NASA
/
Public
Domain.
Imagem: Departamento
de Agricultura dos
Estados Unidos / United
States Public Domain.
24. BALANÇA SEMI-ANALÍTICA
Usada na obtenção da massa
de sólidos e líquidos não
voláteis.
Possui menor precisão
quando comparada com a
balança analítica.
Imagem: El Carlos / GNU Free Documentation License.
25. BALANÇA ANALÍTICA
Usada na obtenção da massa de
sólidos e líquidos não voláteis
com grande precisão, algumas
chegando a 5 casas decimais.
As balanças analíticas possuem
grande sensibilidade a qualquer
perturbação externa, por
exemplo: corrente de ar,
movimentação extrema no
perímetro etc., que alteram a
precisão da medida durante seu
uso.
Imagem: Karelj / public domain
26. ALMOFARIZ (OU GRAL) COM PISTILO
E VIDRO DE RELÓGIO
Almofariz e pistilo
Usado na trituração e pulverização de
sólidos.
Vidro de relógio
É usado em análises, evaporações e como
recipiente para algumas pesagens
(obtenções de massa). Não pode ser
aquecido diretamente.
Imagem:
Ondřej
Mangl
/
Public
Domain.
Imagem:
Dvortygirl
/
GNU
Free
Documentation
License
27. CADINHO E CÁPSULA DE
PORCELANA
Cadinho:
Geralmente de porcelana
(existem de platina e outros
materiais), é usado para aquecer
substâncias a seco e com grande
intensidade, por isto pode ser
levado diretamente ao bico de
gás (5).
Cápsula de porcelana:
Peça usada para evaporar
Imagem: Autor desconhecido / Public domain.
Imagem: Simon A. Eugster / GNU Free Documentation License
28. CONDENSADOR
Utilizado na destilação, tem
como
finalidade condensar vapores
gerados pelo aquecimento de
líquidos.
Podem ser dos seguintes
tipos: reto, de bolas, de
serpentina etc. (8)
Imagem:
Ryanaxp
/
public
domain.
29. PISSETA
Usada para lavagens de
materiais
ou recipientes através de
jatos de água, álcool ou
outros solventes (9).
Imagem: Zaxxon / GNU Free Documentation License
30. SUPORTE UNIVERSAL E GARRA
Usados em conjunto nas
operações de filtração,
condensação, titulação (com
bureta), destilação etc.
Servem também para sustentar
peças em geral, com auxílio da
garra fixada ao suporte.
Imagem: Karl Bednarik /
GNU Free Documentation License.
31. PINÇA DE MADEIRA/METÁLICA
Pinça de madeira:
Usada para prender o TUBO
DE ENSAIO durante o
aquecimento.
Pinça metálica:
Usada para manipular
objetos aquecidos.
Imagem: Gmhofmann /
Public Domain.
Imagem: Jü / Creative Commons CC0 1.0
Universal Public Domain Dedication
32. FUNIL DE SEPARAÇÃO
Utilizado na separação de
líquidos não miscíveis e na
extração líquido/líquido.
Também conhecido como funil
de decantação ou funil de
bromo.
Imagem:
PRHaney
/
Creative
Commons
Attribution-Share
Alike
3.0
Unported.
33. FUNIL E PAPEL DE FILTRO
Usados na filtração e para
retenção de partículas
sólidas. Não deve ser
aquecido.
Imagem: Lilly_M / GNU Free Documentation License. Imagem: GOKLuLe /
Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported.
34. MANTA E CHAPA AQUECEDORA
Manta:
Equipamento usado juntamente
com um balão de fundo
redondo, é uma fonte de calor
que possui ajuste de
temperatura (10).
Chapa aquecedora:
Usada para o aquecimento de
substâncias. Esta é, atualmente,
a forma mais comum e segura
de aquecimento em um
laboratório de Química. Ela
também pode ser usada para
Imagem: Cjp24 / GNU Free Documentation License.
Imagem: Markbob1968 /
Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported.
35. KITASSATO E FUNIL DE BÜCHNER
Utilizados em conjunto
(kitassato e funil de Büchner)
nas filtrações a vácuo.
Imagem:
Autor
desconhecido
/
GNU
Free
Documentation
License.
36. SEGURANÇA PESSOAL
• Há ainda os equipamentos de
segurança chamados de EPIs
(Equipamento de Proteção
Individual), cuja finalidade é
amenizar os riscos de acidentes.
• Os mais usados são: óculos,
máscaras, luvas, aventais,
gorros, etc. Existem também
equipamentos tais como capelas
e blindagens plásticas que
protegem a coletividade (EPCs)
Imagem:
National
Institute
for
Occupational
Safety
and
Health
(NIOSH)
/
Creative
Commons
Attribution
2.0
Generic
37. LAVAGEM
• Todo material de vidro, que tenha sido
usado, deve ser lavado imediatamente.
• Nunca reaproveitar um recipiente sem
antes lavá-lo, mesmo que ele venha a
conter a mesma substância.
• Deve-se também observar o máximo
cuidado ao armazenar substâncias pois
algumas podem reagir e provocar sérios
acidentes (12).
38. CONSTRUINDO UM TERRÁRIO: O QUE
PODEMOS ENSINAR?
• Os terrários são modelos de ecossistemas terrestres em pequena
escala por meio dos quais, procura-se reproduzir as condições do
meio ambiente.
• São montados em potes (caixas de vidro tipo aquário), onde são
depositados cascalhos, areia, terra preta, pequenas plantas e animais
(ex: tatuzinho do jardim, insetos, minhocas e caracóis), assim como
um pequeno recipiente com água.
39. COMO MONTAR UM TERRÁRIO
• Material utilizado:
• recipiente transparente (um aquário ou mesmo um garrafão
de vidro ou de plástico com 20 cm de largura.)
• terra;
• pedra ou pedregulhos (pequenos)
• areia;
• carvão vegetal (daqueles de churrasco);
• terra vegetal, um tipo de terra com restos de plantas
misturados.
• pó de fibras de coco ou qualquer extrato que substitua o pó
de xaxim.
40.
41. • Para evitar que o terrário exale um mau cheiro, cubra a camada de areia com cerca de
2 cm de carvão vegetal triturado.
• Não se esqueça de colocar terra vegetal: é a camada mais importante do terrário.
• Ela deve ter mais ou menos 4 cm de profundidade e ser recoberta, finalmente, com uma
camada fina de algum extrato vegetal que substitua o pó de xaxim, como o pó de fibras
de coco, por exemplo.
• O passo seguinte é o plantio das espécies de plantas escolhidas.
• Que plantas escolher?
• Você pode colocar no seu terrário pequenas plantas e musgos variados.
• O importante é manter-se atento para que não lhes falte água e luz em quantidade
suficiente.
• Dê preferência à plantas que apreciam solo úmido e temperatura constante – pequenas
samambaias, heras, musgos, avencas.
• Preste atenção para não quebrar as raízes na hora de plantá-las
42. TERRÁRIOS FECHADOS
• São os que ficam fechados com uma tampa ou plástico.
• É necessário verificar a umidade da terra e regar com
borrifador quando necessário.
• Esse tipo se observa o ciclo da água.
• A água que penetrou nas plantas pelas raízes vai evaporar-se e
formar gotículas sobre as folhas e nas paredes do recipiente.
• Quando a umidade chegar ao ponto de saturação, a água vai
condensar nas paredes do terrário, como se fosse uma chuva.
43. ECOSSISTEMA NATURAL
• A montagem e exploração do terrário favorecem etapas do método científico:
• observação (o que vai acontecer com o Terrário no decorrer do tempo?),
• formulação de hipóteses (as plantas vão morrer? vão ter novas mudas? qual
expectativa?),
• coleta de dados (através do uso de tabelas) e
• conclusões.
• O terrário é um modelo de sistema ou um microssistema, isto é, um pequeno
conjunto de elementos que interagem, funcionando juntos como uma totalidade.
• É uma reprodução de um sistema maior.
• As diferentes camadas de solo intercaladas no terrário representam as condições
geológicas da natureza.
• É possível utilizar essa construção para discutir a formação de solos e sua
composição.
44. • A água, através da transpiração das folhas e da evaporação, se condensa
sobre as paredes de vidro, de onde escorrem de volta para a terra sendo
novamente absorvidas pelas plantas.
• A partir dessa observação é possível discutir o ciclo da água.
• Além disso também é possível discutir o crescimento dos vegetais e
fotossíntese.
• É interessante que os alunos tenham um roteiro de observação e uma
questão a qual deveram responder ao longo da observação do terrário.
• Pode ser feito mais de um terrário e discutir as diferenças entre os biomas
observados, a influencia da luminosidade e o crescimento de plantas.
• Esse tipo de atividade permite uma interdisciplinaridade entre matérias
como Biologia, Física e Química.
45. POSSO UTILIZAR ANIMAIS EM UM TERRÁRIO?
• Sim, mas isso requer cuidados em dobro.
• É preciso observar o tamanho do ambiente criado para o número de animais que se pretende usar.
• Além disso é preciso alimenta-los e em caso de terrários fechados cuidado para não deixa-los sem
ar.
• Se uma espécie vegetal começar a murchar, é sinal de que não está se adaptando a esse
microssistema.
• O mesmo acontece com os insetos que permanecem imóveis.
• Além de mostrar a interação entre as espécies animais e vegetais, o solo e a água, o terrário permite
observar de perto o nascimento de mudas verdes e a evolução da vida animal.
• Até mesmo os menores insetos invertebrados – e uma grande quantidade deles – participam
ativamente da decomposição de folhas mortas e restos vegetais.
• As minhocas, por exemplo, são grandes agentes da fertilização e da aeração do solo, que revolvem
ao cavar túneis subterrâneos.