2. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
01 - NR 05
02 - ACIDENTES DO TRABALHO
03 - DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO
04 - INSPEÇÕES DE SEGURANÇA
05 - EPI/ EPC
06 - RISCOS AMBIENTAIS
07 - MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS
08 - PRINCÍPIOS BÁSICOS DE PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
09 - AIDS
3. O QUE SIGNIFICA CIPA?
O SIGNIFICADO DESTA SIGLA
NOS REMETE A UM ÒRGÃO DE
AÇÃO PREVENCIONISTA DENTRO
DA EMPRESA.
4. O que significa CIPA?
C I P A
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
Qual a regulamentação da CIPA?
Portaria 3214, de 08 de junho de 1978, da NR - Norma Regulamentadora 5 do
MTE.
Qual o objetivo da CIPA?
Tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de
modo a tornar compatível permanentemente o trabalho coma preservação da vida e
a promoção da saúde do trabalhador.
5. Qual a constituição da CIPA?
Em todas as empresas que possuem colaboradores regidos pela CLT, de
acordo com o grau de risco da atividade principal e o número de colaboradores
do estabelecimento.
• Representantes dos Empregados
• Representantes do Empregador
Corpo Funcional da CIPA:
Como é o funcionamento da CIPA?
• A CIPA tem reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário estabelecido.
• As reuniões da CIPA são realizadas durante o expediente normal da empresa.
Como funciona a questão da estabilidade do CIPISTA?
6. CARACTERÍSTICAS DO CIPISTA
Seguir rigorosamente o calendário das reuniões ordinárias;
Saber negociar com a direção da empresa;
Dar exemplo;
Desenvolver um bom relacionamento humano dentro da
equipe;
Expor suas questões e opiniões sem constrangimento;
Ser multiplicador dos conhecimentos adquiridos;
Nunca utilizar a estabilidade adquirida como meio para
propagar tumultos ou apologias ao sindicato.
Ser ÉTICO.
7. OBJETIVO DAS REUNIÕES ORDINÁRIAS
Receber e analisar informações e sugestões referentes à prevenção de
acidentes;
Fazer análise dos acidentes ocorridos;
Elaborar conclusões e sugestões de modificação;
Fazer estudos referentes a legislação de acidentes;
Participar à direção da empresa nas medidas a serem adotadas;
Promover a divulgação de assuntos referentes à prevenção de acidentes;
Ter no máximo 40 min.
8. ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA CIPA:
Dirigir e orientar as reuniões;
Encaminhar à administração as medidas recomendadas pela CIPA;
Designar grupos de trabalho para o estudo das causas dos acidentes do
trabalho, atribuindo funções a cada um de seus membros;
Coordenar todas as funções da CIPA;
Empenhar-se em cumprir o que foi definido nas reuniões;
Levar ao grupo informações de interesse geral;
Justificar, se for o caso, a não adoção de medidas sugeridas em reunião
anterior.
9. ATRIBUIÇÕES DO SECRETÁRIO:
Elaborar as atas de eleições, da posse e das reuniões, registrando-as
em livro próprio;
Preparar a correspondência;
Manter o arquivo da CIPA atualizado;
Providenciar para que as atas sejam assinadas por todos os membros
da CIPA.
A boa administração do secretário evitará o registro de multas junto ao
MTE , no caso de inspeções.
10. ATRIBUIÇÕES DOS REPRESENTANTES
DOS EMPREGADOS
Colher as opiniões dos colegas;
Trazer informações, queixas e sugestões que visem à segurança do
trabalhador;
Apresentar relatórios de acidentes, de atos inseguros e condições
inseguras;
Transmitir aos colegas. informações sobre o trabalho realizado
durante as reuniões, as conclusões tiradas e as providências que serão
tomadas;
Orientar os colegas sobre as medidas de segurança que devem ser
tomadas.
11. ATRIBUIÇÕES DO VICE-PRESIDENTE DA CIPA
Executar atribuições que lhe forem delegadas;
Substituir o presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos
seus afastamentos temporários.
12. ESTRUTURA GERAL DE UMA REUNIÃO TÍPICA
• Ler a ata da última reunião. Retomar, se necessário, algum conteúdo da ata. Assiná-la.
• Fazer a leitura das fichas de análise de acidentes, investigar causas e propor mudanças.
• Enumerar tarefas a serem realizadas nesta reunião. Se forem muitas, selecionar as mais urgentes.
• Realizar as tarefas, uma por vez, pela ordem de urgência.
• Estudar algum tema relativo à prevenção de acidentes, apresentado por um dos elementos do grupo.
• Avaliar a reunião, abordando aspectos tais como:
• Os objetivos da reunião foram alcançados?
• Que medidas de prevenção de acidentes apresentam dificuldades de solução e porquê?
• Todos os participantes tiveram oportunidade de se manifestar?
• Com base na experiência de hoje, o que poderíamos modificar ou acrescentar para as próximas
reuniões?
• Quais as novas sugestões que foram apresentadas?
• No final de cada reunião, definir o dia, local e horário do próximo encontro.
13. MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS
O mapa é um levantamento dos pontos de risco nos
diferentes setores das empresas. Trata-se de identificar
situações e locais potencialmente perigosos. A partir de
uma planta baixa de cada seção são levantados todos
os tipos de riscos, classificando-os por grau de perigo:
pequeno, médio e grande.
Estes tipos são agrupados em cinco grupos
classificados pelas cores vermelho, verde, marrom,
amarelo e azul. Cada grupo corresponde a um tipo de
agente: químico, físico, biológico, ergonômico e
mecânico.
14. HISTÓRICO DA CIPA
• O MAPEAMENTO DE RISCO no Brasil, surgiu através da portaria nº 05 de
20/08/92, modificada pelas portarias nº 25 de 29/12/94 e portaria 08 de
23/02/99, tornando obrigatória a elaboração de MAPAS DE RISCO pelas
CIPA´s.
• NR 05 – Item 5.16 Atribuições:
a) Identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o mapa de
riscos, com a participação do maior número de trabalhadores…
15. • 1921 - primeira CIPA foi formada no Brasil (LIGHT-RJ).
• 1945 - regulamentação da CIPA.
• 1964 – participação cada vez maior do sindicato dos trabalhadores e instituto
nacional de saúde.
• 1985 - Fundacentro MG desenvolve curso de CIPA com introdução do mapa de
riscos através de modelo operário italiano de 1972.
HISTÓRICO DA CIPA
16. RISCOS AMBIENTAIS / MAPA DE RISCOS
Gp Riscos Cor de identificação Descrição
1 Físicos Verde Ruído, calor, frio, pressões, umidade, radiações ionizantes e não ionizantes,
vibrações, etc.
2 Químicos Vermelho Poeiras, fumos, gases, vapores, névoas, neblinas, etc.
3 Biológicos Marrom Fungos, vírus, parasitas, bactérias, protozoários, insetos, etc.
4 Ergonômicos Amarela
Levantamento e transporte manual de peso, monotonia, repetitividade,
responsabilidade, ritmo excessivo, posturas inadequadas de trabalho, trabalho
em turnos, etc.
5 Acidentes Azul
Arranjo físico inadequado, iluminação inadequada, incêndio e explosão,
eletricidade, máquinas e equipamentos sem proteção, quedas e animais
peçonhentos.
18. CONHEÇA OS RISCOS DO SEU
SETOR DE TRABALHO!!!
O MAPA DE RISCO DEVE ESTAR
LOCALIZADO EM CADA
SETOR
SEPARADAMENTE,
BEM COMO O MAPA DE
TODA EMPRESA ESTA
LOCALIZADO NO
REFEITÓRIO.
19. 01 - RISCOS FÍSICOS
RUÍDOS
As máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas
produzem ruídos que podem atingir níveis excessivos,
podendo a curto, médio e longo prazos provocar sérios
prejuízos à saúde. Dependendo do tempo de exposição,
nível sonoro e da sensibilidade individual, as alterações
danosas poderão manifestar-se imediatamente ou
gradualmente.
Quanto maior o nível de ruído, menor deverá ser o
tempo de exposição ocupacional.
20. CONSEQUÊNCIAS
O ruído age diretamente sobre o sistema nervoso, ocasionando: fadiga nervosa; alterações
mentais; perda de memória, irritabilidade, dificuldade em coordenar ideias; hipertensão;
Modificação do ritmo cardíaco; modificação do calibre dos vasos sanguíneos; modificação
do ritmo respiratório; perturbações gastrointestinais; diminuição da visão noturna;
dificuldade na percepção de cores. Além destas consequências, o ruído atinge também o
aparelho auditivo causando a perda temporária ou definitiva da audição.
MEDIDAS DE CONTROLE
·Medidas de proteção coletiva: Enclausuramento da máquina produtora de ruído; isolamento de ruído.
·Medida de proteção individual: Fornecimento de equipamento de proteção individual (EPI) (no caso, protetor
auricular). O EPI deve ser fornecido na impossibilidade de eliminar o ruído ou como medida complementar.
·Medidas médicas: Exames audiométricos periódicos, afastamento do local de trabalho, revezamento.
·Medidas educacionais: Orientação para o uso correto do EPI, campanha de conscientização.
·Medidas administrativas: Tornar obrigatório o uso do EPI: controlar seu uso.
24. Generalizadas - (ou do corpo inteiro) . As lesões ocorrem com os operadores de grandes
máquinas, como os motoristas de caminhões, ônibus e tratores. Consequências: Lesões na
coluna vertebral; dores lombares.
VIBRAÇÕES
Na indústria é comum o uso de máquinas e equipamentos que
produzem vibrações, as quais podem ser nocivas ao trabalhador.
As vibrações podem ser:
Localizadas - (em certas partes do corpo) . São provocadas por ferramentas manuais,
elétricas e pneumáticas. Consequências: Alterações neurovasculares nas mãos, problemas
nas articulações das mãos e braços; osteoporose (perda de substância óssea).
Medidas de controle:
Para evitar ou diminuir as conseqüências das vibrações é recomendado o
revezamento dos trabalhadores expostos aos riscos (menor tempo de
exposição).
25. Radiações ionizantes: Os operadores de raio-x e radioterapia estão frequentemente expostos
a esse tipo de radiação, que pode afetar o organismo ou se manifestar nos descendentes das
pessoas expostas.
RADIAÇÕES
São formas de energia que se transmitem por ondas eletromagnéticas. A
absorção das radiações pelo organismo é responsável pelo aparecimento
de diversas lesões. Podem ser classificadas em dois grupos:
Radiações não ionizantes: São radiações não ionizantes a radiação
infravermelha, proveniente de operação em fornos , ou de solda
oxiacetilênica, radiação ultravioleta como a gerada por operações em solda
elétrica, ou ainda raios laser, micro-ondas, etc. Seus efeitos são perturbações
visuais (conjuntivites, cataratas), queimaduras, lesões na pele, etc.
26. MEDIDAS DE CONTROLE
·Medidas de proteção coletiva: isolamento da fonte de radiação (Ex: biombo protetor para
operação em solda), enclausuramento da fonte de radiação (Ex: pisos e paredes
revestidas de chumbo em salas de raio-x).
·Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI adequado ao risco (Ex: avental, luva,
perneira e mangote de raspa para soldador , óculos para operadores de forno).
·Medida administrativa: (Ex: dosimetros de bolso para técnicos de raio-x).
·Medida médica: exames periódicos.
27. CALOR
Altas temperaturas podem provocar:
· Desidratação;
· Erupção da pele;
· Câimbras;
· Fadiga física;
· Distúrbios psiconeuróticos;
· Problemas cardiocirculatórios;
· Insolação.
FRIO
Baixas temperaturas podem provocar:
· Feridas;
· Rachaduras e necrose na pele;
· Enregelamento: ficar congelado;
· Agravamento de doenças reumáticas;
· Predisposição para acidentes;
· Predisposição para doenças das vias
respiratórias.
MEDIDAS DE CONTROLE
Medidas de proteção coletiva: ventilação local exaustora com a função de retirar o calor e gases dos
ambientes, isolamento das fontes de calor/frio.
Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI (ex: avental, bota, capuz, luvas especiais para
trabalhar no frio).
28. PRESSÕES ANORMAIS
Há uma série de atividades em que os trabalhadores ficam sujeitos a pressões
ambientais acima ou abaixo das pressões normais, isto é, da pressão atmosférica a
que normalmente estamos expostos.
Baixas pressões: são as que se situam abaixo da pressão atmosférica normal e ocorrem com
trabalhadores que realizam tarefas em grandes altitudes. No Brasil, são raros os trabalhadores expostos
a este risco.
Altas pressões: são as que se situam acima da pressão atmosférica normal. Ocorrem em trabalhos
realizados em tubulações de ar comprimido, máquinas de perfuração, caixões pneumáticos e trabalhos
executados por mergulhadores. Ex: caixões pneumáticos, compartimentos estanques instalados nos
fundos dos mares, rios, e represas onde é injetado ar comprimido que expulsa a água do interior do
caixão, possibilitando o trabalho. São usados na construção de pontes e barragens.
Consequências:
·Ruptura do tímpano quando o aumento de pressão for brusco;
·Liberação de nitrogênio nos tecidos e vasos sanguíneos e morte.
Medidas de controle: Por ser uma atividade de alto risco, exige legislação específica (NR-15) a ser
obedecida.
29. UMIDADE
As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade
excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, são situações insalubres e
devem ter a atenção dos prevencionistas por meio de verificações realizadas nesses locais
para estudar a implantação de medida de controle.
Consequências: Doenças do aparelho respiratório/ Quedas/ Doenças de pele/ Doenças circulatórias.
MEDIDAS DE CONTROLE
·Medidas de proteção coletiva: estudo de modificações no processo do trabalho, colocação de
estrados de madeira, ralos para escoamento.
·Medidas de proteção individual: fornecimento do EPI (ex: luvas, de borracha, botas, aventa para
trabalhadores em galvanoplastia, cozinha, limpeza etc).
30. 02 - RISCOS QUÍMICOS
Os riscos químicos presentes nos locais de trabalho são encontrados na forma sólida,
líquida e gasosa e classificam-se em: poeiras, fumos, névoas, gases, vapores, neblinas e
substâncias, compostos e produtos químicos em geral.
DEFINIÇÃO DE RISCO QUÍMICO
O contaminante químico é toda substância orgânica e inorgânica, natural ou sintética, que durante sua
fabricação, manuseio, transporte e armazenamento, pode incorpora - se no ambiente em forma de pó,
fumo, gás e vapor, os quais tem efeitos prejudiciais a saúde.
31. TOXIDADE
Toxico:
É toda substância que introduzida no organismo pode
ocasionar transtornos, inclusive a morte.
Toxidade:
É a capacidade de uma substância produzir danos ao organismo, ou seja,
quanto maior a dose, maior a sua toxidade.
FASES DA AÇÃO TOXICA
Ação do organismo sobre o contaminante (absorção, distribuição, metabolismo, eliminação).
A ação do contaminante no organismo e as características de sua toxidade.
32. FATORES QUE INFLUENCIAM A TOXICIDADE DOS
CONTAMINANTES AMBIENTAIS
Para avaliar o potencial tóxico das substâncias químicas,
alguns fatores devem ser levados em consideração:
·Concentração: quanto maior a concentração, mais rapidamente seus efeitos nocivos manifestar-se-ão
no organismo;
·Índice respiratório: representa a quantidade de ar inalado pelo trabalhador durante a jornada de
trabalho;
·Sensibilidade individual: o nível de resistência varia de indivíduo para indivíduo;
·Toxicidade: é o potencial tóxico da substância no organismo;
·Tempo de exposição: é o tempo que o organismo fica exposto ao contaminante.
33. ETAPAS DO TOXICO NO ORGANISMO
Uma vez que os tóxicos tenham penetrado no organismo, podem suceder
os seguintes processos:
Absorção
Distribuição e Transporte
Acumulação
Metabolismo
Eliminação
34. Absorção por via respiratória
É a via de absorção mais importante em âmbito laboral. As
substâncias passam diretamente do órgão específico onde vão se
alojar induzindo metabolizadora do fígado. As substâncias tóxicas
lipossolúveis (solúveis em gorduras), são absorvidas com grande
facilidade.
É o primeiro passo do toxico na corrente sanguínea. Este passo se realiza atravessando as
membranas, correspondentes por vários mecanismos:
ABSORÇÃO
35. Substância em forma de partículas
Sua absorção pelo organismo depende do seu tamanho.
As partículas de maior tamanho são expulsadas com
a expectoração.
Absorção pela pele
As substância que se absorvem por esta são
as compostas lipossolúveis. A penetração
através da pele depende de:
Tamanho das partículas
Espessura da pele
Rugas e vascularização
36. Absorção pelo trato digestivo
É importante adotar alguns hábitos de conduta higiênicos quando se
utiliza e manipula produtos tóxicos.
37. DISTRIBUIÇÃO E TRANSPORTE
Quando o tóxico passa no sangue, este o difunde para todo o corpo e se
fixa nos órgãos.
ACUMULAÇÃO
Acumulando-se os efeitos dos tóxicos se prolongam após cessar a exposição, devido a
uma liberação excessiva do produto acumulado. Os órgãos com maior capacidade de
absorção de tóxicos são o fígado e rins, seguidos por gorduras e ossos.
METABOLISMO
Os tóxicos se transformam em metabólicos que podem ser menos tóxicos que as
substâncias de partida. O fígado é o órgão mais ativo no metabolismo.
38. ELIMINAÇÃO
As vias de eliminação de que dispomos no organismo são três:
Via renal: Pois são as que expulsam a maioria dos tóxicos.
Via biliar: Os tóxicos absorvidos por via digestiva sofrem com o fígado.processos de
transformação.
Via pulmonar: Através da exposição do ar inspirado. Os produtos eliminados são
geralmente gases e líquidos em fase de vapor.
Existem outras vias: suor, saliva etc..
AÇÃO DOS VÁRIOS PRODUTOS TÓXICOS
Efeitos simples: Cada tóxico atua sobre um órgão distinto.
Efeitos aditivos: Vários tóxicos que atuam sobre o organismo.
Efeitos potenciadores: Um tóxico multiplica a ação de outros.
39. CLASSIFICAÇÃO DOS TÓXICOS
Com efeitos reversíveis: Quando cessa a exposição aos contaminantes, as
alterações biológicas produzidas pelo tóxico, reduzem e se recuperam o estado
normal anterior ao da exposição.
Com efeitos irreversíveis: Não produz a recuperação do estado normal, as
mudanças não reduzem e permanecem.
CLASSIFICAÇÃO DOS EFEITOS
Segundo o tempo de reação:
Agudos: Aparecem pouco depois da exposição.
Crônicos: Aparecem muito tempo depois da exposição e é repetida a
pequenas doses do tóxico.
40. SEGUNDO AS ALTERAÇÕES QUE PRODUZEM
Corrosivos: Destrõem os tecidos. (ácidos, bases bromo fenol,...).
Irritantes: Alteração da pele ou mucosas (dissolventes, amoníaco , ...).
Neumoconióticos: Sólidos que se acumulam nos pulmões (pó de carvão, amianto,
algodão,...).
Asfixiantes: Impedem a chegada do oxigênio nos tecidos. (nitrogênio, CO2, CO,...)
41. CLASSIFICAÇÃO DOS EFEITOS
Narcóticos: Produzem inconsciência ( clorofôrmio, éteries, alcoois, acetonas,...).
Sensibilizantes: Produzem arlegias, requerem uma predisposição fisiológica do indivíduo
(composto de níquel, cromo, fibras vegetais ou sintéticas,...).
Cancerígenos: Produzem tumores malignos (amianto, benzeno, cadmio, cromo...).
Mutagênicos: Produzem problemas hereditários (éters de glicol, chumbo,....).
Teratogénicos: Produzem mal formação no feto (radiações ionizontes,...).
Sistêmicos: Afetam a uma órgão de forma seletiva (metílico, urânio, ....).
42. RECONHECIMENTO
Conhecendo os riscos ambientais de seus posto de trabalho.
CONTROLE
Medição corretas para eliminar ou reduzir os níveis de exposição a níveis aceitáveis.
EVOLUÇÃO
Medição dos fatores ambientais
43. Poeiras
São partículas sólidas geradas mecanicamente por ruptura de partículas maiores. As poeiras
são classificadas em:
CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS QUÍMICOS
• Poeiras minerais - Ex: sílica, asbesto, carvão mineral. Consequências: silicose (quartzo),
asbestose (amianto), pneumoconiose dos minérios de carvão (mineral).
• Poeiras vegetais - Ex: algodão, bagaço de cana-de-açúcar. Consequências: Bissinose (algodão),
bagaçose (cana-de-açúcar) etc.
• Poeiras alcalinas – Ex.: calcário. Consequências: doenças pulmonares obstrutivas crônicas,
enfisema pulmonar.
• Poeiras incômodas - Conseqüências: interação com outros agentes nocivos presentes no
ambiente de trabalho, potencializando sua nocividade.
44. FUMOS
Partículas sólidas produzidas por condensação de vapores
metálicos. Ex: fumos de óxido de zinco nas operações de
soldagem com ferro.
Consequências: doença pulmonar obstrutiva, febre de
fumos metálicos, intoxicação específica de acordo com o
metal.
NÉVOAS
Partículas líquidas resultantes da condensação de vapores ou da
dispersão mecânica de líquidos. Ex.: névoa resultante do processo de
pintura a revólver, monóxido de carbono liberado pelos escapamentos
dos carros.
45. GASES
Estado natural das substâncias nas condições usuais de
temperatura e pressão. Ex: GLP, hidrogênio, ácido nítrico,
butano, ozona, etc.
VAPORES
São dispersões de moléculas no ar que podem condensar-se para formar líquidos ou sólidos
em condições normais de temperatura e pressão. Ex: nafta, gasolina, naftalina, etc. Névoas,
gases e vapores podem ser classificados em:
· Irritantes: Irritação das vias aéreas superiores. Ex.: ácido clorídrico, ácido sulfúrico, soda cáustica,
cloro, etc.
·Asfixiantes: Dor de cabeça, náuseas, sonolência, convulsões, coma e morte. Ex.: hidrogênio, nitrogênio, hélio, metano,
acetileno, dióxido de carbono, monóxido de carbono, etc.
·Anestésicos: A maioria solventes orgânicos. Ação depressiva sobre o sistema nervoso, danos aos diversos órgãos, ao
sistema formador de sangue (benzeno), etc. Ex.: butano, propano, aldeídos, cetonas, cloreto de carbono, tricloroetileno,
benzeno, tolueno, álcoois, percloritileno, xileno, etc.
46. MEDIDAS DE CONTROLE
As medidas sugeridas abaixo pretendem dar apenas uma ideia do que pode ser adotado,
pois existe uma grande quantidade de produtos químicos em uso e as medidas de
proteção devem ser adaptadas a cada tipo.
MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA
Ventilação e exaustão do ponto de operação, substituição do produto químico utilizado por outro menos
tóxico, redução do tempo de exposição, estudo de alteração de processo de trabalho, conscientização dos
riscos no ambiente.
MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Fornecimento do EPI como medida complementar (ex.: máscara de proteção respiratória para poeira, para
gases e fumos; luvas de borracha, neoprene para trabalhos com produtos químicos, afastamento do local
de trabalho.
47. 03 - RISCOS BIOLÓGICOS
São considerados riscos biológicos: vírus, bactérias, parasitas, protozoários, fungos
e bacilos.
Os riscos biológicos ocorrem por meio de microrganismos que, em contato com o
homem, podem provocar inúmeras doenças. Muitas atividades profissionais
favorecem o contato com tais riscos. É o caso das indústrias de alimentação,
hospitais, limpeza pública (coleta de lixo), laboratórios, etc.
Entre as inúmeras doenças profissionais provocadas por microrganismos incluem-
se: tuberculose, brucelose, malária, febre amarela.
Para que essa doenças possam ser consideradas doenças profissionais é preciso
que haja exposição do funcionário a estes microrganismos.
São necessárias medidas preventivas para que as condições de higiene e
segurança nos diversos setores de trabalho sejam adequadas.
48. MEDIDAS DE CONTROLE
As mais comuns são: saneamento básico (água e esgoto), controle médico permanente, uso
de EPI, higiene rigorosa nos locais de trabalho, hábitos de higiene pessoal, uso de roupas
adequadas, vacinação, treinamento, sistema de ventilação/exaustão.
Para que uma substância seja nociva ao homem, é necessário que ela entre em contato com
seu corpo. Existem diferentes vias de penetração no organismo humano, com relação à ação
dos riscos biológicos:
·Cutânea: Ex.: A leptospirose é adquirida pelo contato com águas contaminadas pela urina do
rato;
·Digestiva: Ex.: ingestão de alimentos deteriorados;
·Respiratória: Ex.: a pneumonia é transmitida pela aspiração de ar contaminado.
49. 04 - RISCOS ERGONÔMICOS
São considerados riscos ergonômicos: esforço físico, levantamento de peso,
postura inadequada, controle rígido de produtividade, situação de estresse,
trabalhos em período noturno, jornada de trabalho prolongada, monotonia e
repetitividade, imposição de rotina intensa.
A ergonomia ou engenharia humana é uma ciência relativamente recente que
estuda as relações entre o homem e seu ambiente de trabalho.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) define a ergonomia como " a
aplicação das ciências biológicas humanas em conjunto com os recursos e
técnicas da engenharia para alcançar o ajustamento mútuo, ideal entre o
homem e o seu trabalho, e cujos resultados se medem em termos de
eficiência humana e bem-estar no trabalho".
50. CONSEQUÊNCIAS
Os riscos ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos e
provocar sérios danos à saúde do trabalhador porque produzem alterações no
organismo e no estado emocional, comprometendo sua produtividade, saúde e
segurança, tais como: cansaço físico, dores musculares, hipertensão arterial,
alteração do sono, diabetes, doenças nervosas, taquicardia, doenças do aparelho
digestivo (gastrite e úlcera), tensão, ansiedade, problemas de coluna, etc.
MEDIDAS DE CONTROLE
Para evitar que estes riscos comprometam as atividades e a saúde do
trabalhador, é necessário um ajuste entre as condições de trabalho e o homem
sob os aspectos de praticidade, conforto físico e psíquico por meio de: melhoria
no processo de trabalho, melhores condições no local de trabalho, modernização
de máquinas e equipamentos, melhoria no relacionamento entre as pessoas,
alteração no ritmo de trabalho, ferramentas adequadas, postura adequada, etc.
52. 05 - RISCOS DE ACIDENTES
São considerados como riscos geradores de acidentes: arranjo físico deficiente;
máquinas e equipamentos sem proteção; ferramentas inadequadas; ou defeituosas;
eletricidade; incêndio ou explosão; animais peçonhentos; armazenamento
inadequado.
Arranjo físico
deficiente: É
resultante de: prédios
com área insuficiente;
localização imprópria
de máquinas e
equipamentos; má
arrumação e limpeza;
sinalização incorreta ou
inexistente; pisos
fracos e/ou irregulares.
Máquinas e
equipamentos sem
proteção: Máquinas
obsoletas; máquinas sem
proteção em pontos de
transmissão e de operação;
comando de liga/desliga fora
do alcance do operador;
máquinas e equipamentos
com defeitos ou
inadequados; EPI
inadequado ou não
fornecido.
Eletricidade:
Instalação
elétrica
imprópria , com
defeito ou
exposta; fios
desencapados;
falta de
aterramento
elétrico; falta de
manutenção.
Incêndio ou explosão:
Armazenamento inadequado
de inflamáveis e/ou gases;
manipulação e transporte
inadequado de produtos
inflamáveis e perigosos;
sobrecarga em rede elétrica;
falta de sinalização; falta de
equipamentos de combate
ou equipamentos
defeituosos.
Ferramentas
inadequadas ou
defeituosas:
Ferramentas
usadas de forma
incorreta; falta de
fornecimento de
ferramentas
adequadas; falta de
manutenção; falta
de inspeção na
ferramenta antes de
iniciar a jornada de
trabalho.
54. Eu sei como realizar este tipo de trabalho?
Conheço os risco desta área?
Estou habilitado para realizar este trabalho?
Conheço o procedimento?
Conheço os perigos de cada etapa deste trabalho?
Estou utilizando os EPIs previstos?
As ferramentas são adequadas à cada tarefa e estão em
condições de uso?
O trabalho é seguro?
56. T P C S
Técnica de Prevenção e Combate
ao Sinistro
“O incêndio só acontece onde
não se tem prevenção”.
As informações fornecidas a seguir constituem apenas um guia
rudimentar relativo a incêndios e uso de extintores. Na questão
da segurança não se pode improvisar e/ ou ser negligente.
57. FOGO: É uma reação química denominada combustão gerando luz e calor podendo o homem
interromper esta reação.
INCÊNDIO: É a mesma reação do fogo, porém foge ao controle do homem causando
ferimentos e grandes tragédias.
TRIÂNGULO DO FOGO: Para existir a combustão é necessário que exista três elementos
presentes em um ambiente.
1 - Combustível:
Tudo que vai
queimar e
transformar-se.
2 - Comburente:
Oxigênio
3 - Fonte de Calor: Tudo que dará
início a combustão.
58. TRANSMISSÃO DE CALOR
Condução: O calor se propaga de um corpo para o outro por contato direto
ou através de um meio condutor de calor intermediário.
Convecção: O calor se propaga através de um meio circulante, líquido ou
gases, a partir da fonte de calor.
Radiação: O calor se propaga por meio de ar irradiado do corpo em chamas.
59. CLASSES DE INCÊNDIO
Os materiais combustíveis têm características diferentes e, portanto, queimam
de modos diferentes. Conforme o tipo de material, existem quatro classes de
incêndio.
CLASSE A – COMBUSTÍVEIS SÓLIDOS: Enquadram-se como materiais de fácil combustão, que
queimam tanto em superfície quanto em profundidade e deixam resíduos. Ex.: Papel/ Madeira/
Tecidos/ Borracha
CLASSE B – LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS: São materiais que queimam apenas em sua superfície e
que não deixam resíduos. Ex.: Gasolina/ Óleo/ Verniz/ Álcool.
CLASSE C – EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS ENERGIZADOS: É o fogo ocorre em equipamentos
elétricos quando energizados, como máquinas elétricas, quadros de força, computadores, etc.
Obs.: Ao se desligar o circuito elétrico, o incêndio passa a ser de classe A.
CLASSE D – MATERIAIS PIROFÓRICOS: É o fogo em metais que inflamam facilmente. Ex..:
Potássio/ Alumínio em Pó/ Sódio/ Magnésio.
60. MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO
1- Resfriamento: Trata-se de diminuir a
temperatura do material em chamas e ou agir na
fonte de calor.
2- Abafamento: Trata-se de eliminar o oxigênio
(comburente) da reação, por meio do
abafamento do fogo.
3- Isolamento: Trata-se de retirar do local o
material (combustível) que está pegando fogo
e também outros materiais que estejam
próximos às chamas.
61. Extintor de Água Pressurizada: É indicado para incêndios de classe A (papel,
madeira, tecido, borracha, etc.). O agente propulsor (propelente) é o gás
carbônico - CO2 e o elemento extintor é a água, que atua através do
resfriamento do material em combustão.
CARACTERÍSTICAS DOS EXTINTORES
Extintor de Pó Químico Seco: É indicado para incêndios de classe B (líquidos
inflamáveis). Age por abafamento, pois forma uma nuvem de pó sobre a chama que visa
a exclusão do oxigênio; posteriormente são acrescidos à nuvem, gás carbônico e o vapor
de água devido a queima do pó. Pode ser utilizado em incêndios da classe A e C.
Extintor de Gás Carbônico: É indicado para incêndios de classe C
(equipamentos elétricos energizados). Age por abafamento e resfriamento, pois
o gás carbônico é liberado formando uma nuvem. Pode ser utilizado em
incêndios da classe B.
62.
63. COMO UTILIZAR OS EXTINTORES?
Extintor de Água Pressurizada
1 - Retirar o pino de segurança ou se for de pressão injetada deve-
se antes abrir a válvula do cilindro de gás.
2 - Empunhar a mangueira e apertar o gatilho, dirigindo o jato
para a base do fogo.
3 - Só utilizar em madeira, papel, fibras, plásticos e similares.
4 -Proibido a utilização em equipamentos elétricos energizados.