SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 41
Baixar para ler offline
TRANSFORMADORES
ADRIELLE C. SANTANA
Aplicações
As três aplicações básicas dos transformadores e que os fazem
indispensáveis em diversas aplicações como, sistemas de distribuição
de energia elétrica, circuitos eletrônicos e instrumentos de medida.
 Aumentar ou diminuir o valor de tensões e correntes;
Casamento de Impedâncias (A potência fornecida a uma carga é
máxima quando a impedância da fonte é igual à da carga);
Isolar Circuitos;
Aplicações
Aplicações
Indutância Mútua
Um transformador é constituído basicamente de dois enrolamentos onde
o fluxo magnético, variável, produzido em um age sobre o outro.
O enrolamento no qual a fonte é aplicada é o primário do transformador
e o enrolamento onde a carga é conectada é o secundário.
Indutância Mútua
Da lei de Faraday tem-se que a tensão no primário depende do número
de espiras nele e da taxa de variação do fluxo que o atravessa:
=
Ou essa mesma tensão pode ser uma função da autoindutância do
primário e da taxa de variação da corrente nele.
=
Indutância Mútua
No secundário a tensão induzida é dada por:
=
Onde é o número de espiras do enrolamento do secundário e é
a parte do fluxo do primário que atravessa o secundário.
Se todo o fluxo do primário atravessa o secundário então = e
=
A relação entre e é dada pelo coeficiente de acoplamento k:
=
K Nunca é maior que 1!
Indutância Mútua
Indutância Mútua
O uso de um núcleo ferromagnético ou proximidade alta dos
enrolamentos aumenta o k fazendo-o próximo a 1. Quando k é
pequeno diz-se que os enrolamentos estão fracamente acoplados.
Indutância Mútua
Relacionando o coeficiente de acoplamento pode-se reescrever a
equação do secundário como:
Indutância Mútua
A indutância mútua entre dois enrolamentos é proporcional à taxa de
variação do fluxo de um dos enrolamentos em função da taxa de
variação da corrente no outro enrolamento.
Indutância Mútua
Assim, pode-se escrever a tensão no secundário em função de M:
E no primário,
=
Indutância Mútua
Exemplo 1 - Dado o transformador abaixo:
a) 0,24 H
b) 22,5V
c) 27V
d) es=48V ep=40V
Transformador de Núcleo de Ferro
Vimos que as linhas de fluxo sempre pegam o caminho de menor
relutância que no caso do transformador abaixo é o núcleo de ferro o
qual aumenta as linhas de fluxo do primário que passam pelo
secundário.
Transformador de Núcleo de Ferro
Vamos analisar esse transformador considerando primeiramente que
ele é um transformador ideal, ou seja, = = e k=1. Se é o
fluxo criado pela corrente ip e se esta é máxima então o fluxo também é
máximo. Se ip é senoidal então:
Onde Ip é a corrente média (RMS)
Transformador de Núcleo de Ferro
Assim a tensão no primário:
E substituindo pelo seu valor senoidal,
Caso ideal!
Transformador de Núcleo de Ferro
Fazendo a derivada,
Tensão induzida está adiantada de 90 graus da corrente no primário
(indutor).
O valor eficaz ou RMS é dado fazendo:
Transformador de Núcleo de Ferro
Como o fluxo é o mesmo no primário e no secundário (caso ideal) a
fórmula da tensão induzida eficaz no secundário é:
Relacionando ambas temos,
Transformador de Núcleo de Ferro
A relação entre os módulos das tensões induzidas no primário e no
secundário é igual à relação entre o número de enrolamentos
correspondentes.
Da mesma forma podemos relacionar ep e es:
Transformador de Núcleo de Ferro
E considerando Vg=Ep e Vc=Es (valores eficazes ou RMS) temos também,
Transformador de Núcleo de Ferro
Da relação de Np com Ns temos a relação de transformação “a”:
Onde se a<1 temo um transformador elevador de tensão e se a>1
temos um transformador abaixador de tensão.
Transformador de Núcleo de Ferro
Exemplo 2: Considerando o transformador abaixo responda:
a) 15,02 mWb
b) Aprox. 600 espiras
Transformador de Núcleo de Ferro
É possível também estabelecer uma relação entre os valores eficazes
das correntes induzidas no primário e no secundário com o número de
espirar dado por:
Impedância
Das relações vistas anteriormente pode-se obter uma relação entre a
impedância do primário Zp e a impedância da carga Zc.
Assim é possível trabalhas as impedâncias alterando a relação de espiras.
Impedância
Exemplo 3: Considerando o transformador com núcleo de ferro a seguir:
a) Da relação de
corrente-espiras
tem-se
Ip=12,5mA
Achando Vc e
usando a relação
tensão-espiras tem-
se Vg=1600V
b) Zp=128 kΩ
Potência
Em transformadores a potência sempre se mantém a mesma. A
potência que entra deve ser a mesma que sai (desconsiderando perda).
Transformador para Casamento de
Impedâncias
A potência máxima possibilitada pela fonte só é transferida para a carga
se esta tiver uma impedância igual à impedância interna da fonte. Veja
pelo exemplo como usar o transformador para resolver problemas de
baixa potência na carga.
Transformador para Casamento de
Impedâncias
a) Potência fornecida ao alto-falante nas condições apresentada na
figura “a”.
Sendo que a fonte forneceu: = (230,8 ) . 512 = 27,27
Transformador para Casamento de
Impedâncias
b) Na figura “b” um transformador de casamento de impedâncias de
8:1 foi inserido. Calculando a impedância de entrada do transformador
e a potência fornecida para a carga.
Transformador para Isolamento Elétrico
O isolamento elétrico significa a ausência de conexão física direta entre
circuitos. Um exemplo de aplicação do transformador para isolamento
elétrico é na medição de tensão numa linha de alta tensão. A medição
pode ser feita seguramente pelo técnico usando um transformador no
projeto original da linha que abaixa a
tensão a um nível segura para o técnico e
que a partir da qual pode-se obter a tensão
original usando a relação de espiras que
deve ser conhecida.
Circuito Equivalente do Transformador de
núcleo de ferro
Circuito Equivalente do Transformador de
núcleo de ferro
Onde Lp e Ls são indutâncias que geram reatâncias as quais
representam perdas no transformador correspondentes a um fluxo
residual que passa pelos enrolamentos do primário e secundário mas,
não pelo núcleo.
Rp e Rs são as resistências dos respectivos enrolamentos.
Circuito Equivalente do Transformador de
núcleo de ferro
Usando do coeficiente a pode-se reescrever o circuito equivalente
como:
Circuito Equivalente do Transformador de
núcleo de ferro
Do segundo circuito é possível estabelecer uma fórmula para encontrar
VC.
Note que aVc é a queda de tensão em a2Ri a qual é somente uma
parcela da tensão Vg cuja queda ocorre em todas as resistências do
circuito inclusive Ri. A corrente é a mesma nos dois casos.
Circuito Equivalente do Transformador de
núcleo de ferro
O exemplo a seguir mostra como usar essas fórmulas para facilitar o
cálculo das tensões num transformador de núcleo de ferro.
Exemplo 4: Para o transformador com circuito equivalente abaixo faça:
a) Re=5 Ω
Xe= 10 Ω
b) Fazer o circuito
equivalente (prox. slide)
Circuito Equivalente do Transformador de
núcleo de ferro
b)
Circuito Equivalente do Transformador de
núcleo de ferro
c)
Tipos de transformadores
Tipos de transformadores
Se o sentido de referência para
a corrente é tal que a corrente
entra no enrolamento pelo
terminal assinalado pelo ponto,
a tensão induzida nesse
terminal é positiva. E virse-
versa.
Tipos de transformadores - autotransformador
A desvantagem desse transformador é a
perda da característica de isolamento de
circuitos.
A vantagem é trabalhar com potência
aparente maior:
No caso (a) S=( ∗ 120) = 6
No caso (b) S=(1 ∗ 120) = 126
O primário induz tensão no secundário mas a saída é a soma
das duas tensões => Ep + Es
Tipos de transformadores

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a TRANSFORMADORES aula especifica de como projetar_13.pdf

IPP UFSC Nocoes basicas de circuitos eletricos.pdf
IPP UFSC Nocoes basicas de circuitos eletricos.pdfIPP UFSC Nocoes basicas de circuitos eletricos.pdf
IPP UFSC Nocoes basicas de circuitos eletricos.pdfMussageVirgilioSaide
 
31_oscilacoes_eletromag_e_corr_alternada.pdf
31_oscilacoes_eletromag_e_corr_alternada.pdf31_oscilacoes_eletromag_e_corr_alternada.pdf
31_oscilacoes_eletromag_e_corr_alternada.pdfBaptistaBoanha
 
Corrente elétrica
Corrente elétricaCorrente elétrica
Corrente elétricafisicaatual
 
Corrente elétrica
Corrente elétricaCorrente elétrica
Corrente elétricafisicaatual
 
Transformadores teori pratica_dicas
Transformadores teori pratica_dicasTransformadores teori pratica_dicas
Transformadores teori pratica_dicasDouglas Roberto
 
Circuitos de corrente alternada
Circuitos de corrente alternadaCircuitos de corrente alternada
Circuitos de corrente alternadaRammon Carvalho
 
Lista 20 eletrodinamica 3
Lista 20 eletrodinamica 3Lista 20 eletrodinamica 3
Lista 20 eletrodinamica 3rodrigoateneu
 
Exercícios de thevénin
Exercícios de thevéninExercícios de thevénin
Exercícios de thevéninGabriel Dutra
 
85433895 apostila-de-acionamentos-eletricos
85433895 apostila-de-acionamentos-eletricos85433895 apostila-de-acionamentos-eletricos
85433895 apostila-de-acionamentos-eletricosCristilano Pacheco
 
8 transformadores de corrente
8   transformadores de corrente8   transformadores de corrente
8 transformadores de correnteLuiz Phelipe
 

Semelhante a TRANSFORMADORES aula especifica de como projetar_13.pdf (20)

Indução magnética
Indução magnéticaIndução magnética
Indução magnética
 
IPP UFSC Nocoes basicas de circuitos eletricos.pdf
IPP UFSC Nocoes basicas de circuitos eletricos.pdfIPP UFSC Nocoes basicas de circuitos eletricos.pdf
IPP UFSC Nocoes basicas de circuitos eletricos.pdf
 
Transformers
TransformersTransformers
Transformers
 
Transformers
TransformersTransformers
Transformers
 
31_oscilacoes_eletromag_e_corr_alternada.pdf
31_oscilacoes_eletromag_e_corr_alternada.pdf31_oscilacoes_eletromag_e_corr_alternada.pdf
31_oscilacoes_eletromag_e_corr_alternada.pdf
 
Corrente elétrica
Corrente elétricaCorrente elétrica
Corrente elétrica
 
Corrente elétrica
Corrente elétricaCorrente elétrica
Corrente elétrica
 
2 representação sep
2 representação sep2 representação sep
2 representação sep
 
Transformadores teori pratica_dicas
Transformadores teori pratica_dicasTransformadores teori pratica_dicas
Transformadores teori pratica_dicas
 
Circuitos de corrente alternada
Circuitos de corrente alternadaCircuitos de corrente alternada
Circuitos de corrente alternada
 
Lista 20 eletrodinamica 3
Lista 20 eletrodinamica 3Lista 20 eletrodinamica 3
Lista 20 eletrodinamica 3
 
Caralho
CaralhoCaralho
Caralho
 
Exercícios de thevénin
Exercícios de thevéninExercícios de thevénin
Exercícios de thevénin
 
85433895 apostila-de-acionamentos-eletricos
85433895 apostila-de-acionamentos-eletricos85433895 apostila-de-acionamentos-eletricos
85433895 apostila-de-acionamentos-eletricos
 
8 transformadores de corrente
8   transformadores de corrente8   transformadores de corrente
8 transformadores de corrente
 
8 transformadores de corrente
8   transformadores de corrente8   transformadores de corrente
8 transformadores de corrente
 
Transformador
TransformadorTransformador
Transformador
 
Eletricidade básica
Eletricidade básicaEletricidade básica
Eletricidade básica
 
Corrente alternada
Corrente alternadaCorrente alternada
Corrente alternada
 
trafo3.pdf
trafo3.pdftrafo3.pdf
trafo3.pdf
 

Último

ST 2024 Apresentação Comercial - VF.ppsx
ST 2024 Apresentação Comercial - VF.ppsxST 2024 Apresentação Comercial - VF.ppsx
ST 2024 Apresentação Comercial - VF.ppsxmarketing18485
 
Proposta de dimensionamento. PROJETO DO CURSO 2023.pptx
Proposta de dimensionamento. PROJETO DO CURSO 2023.pptxProposta de dimensionamento. PROJETO DO CURSO 2023.pptx
Proposta de dimensionamento. PROJETO DO CURSO 2023.pptxWiliamArmandoHarisso
 
CONCEITOS BÁSICOS DE CONFIABILIDADE COM EMBASAMENTO DE QUALIDADE
CONCEITOS BÁSICOS DE CONFIABILIDADE COM EMBASAMENTO DE QUALIDADECONCEITOS BÁSICOS DE CONFIABILIDADE COM EMBASAMENTO DE QUALIDADE
CONCEITOS BÁSICOS DE CONFIABILIDADE COM EMBASAMENTO DE QUALIDADEssusercc9a5f
 
ATIVIDADE 1 - FSCE - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II - 52_2024.pdf
ATIVIDADE 1 - FSCE - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II - 52_2024.pdfATIVIDADE 1 - FSCE - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II - 52_2024.pdf
ATIVIDADE 1 - FSCE - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II - 52_2024.pdftatebib346
 
SEG NR 18 - SEGURANÇA E SAÚDE O TRABALHO NA INDUSTRIA DA COSTRUÇÃO CIVIL.pptx
SEG NR 18 - SEGURANÇA E SAÚDE O TRABALHO NA INDUSTRIA DA COSTRUÇÃO CIVIL.pptxSEG NR 18 - SEGURANÇA E SAÚDE O TRABALHO NA INDUSTRIA DA COSTRUÇÃO CIVIL.pptx
SEG NR 18 - SEGURANÇA E SAÚDE O TRABALHO NA INDUSTRIA DA COSTRUÇÃO CIVIL.pptxavaseg
 
treinamento de moldagem por injeção plástica
treinamento de moldagem por injeção plásticatreinamento de moldagem por injeção plástica
treinamento de moldagem por injeção plásticaleilannygaldino
 

Último (6)

ST 2024 Apresentação Comercial - VF.ppsx
ST 2024 Apresentação Comercial - VF.ppsxST 2024 Apresentação Comercial - VF.ppsx
ST 2024 Apresentação Comercial - VF.ppsx
 
Proposta de dimensionamento. PROJETO DO CURSO 2023.pptx
Proposta de dimensionamento. PROJETO DO CURSO 2023.pptxProposta de dimensionamento. PROJETO DO CURSO 2023.pptx
Proposta de dimensionamento. PROJETO DO CURSO 2023.pptx
 
CONCEITOS BÁSICOS DE CONFIABILIDADE COM EMBASAMENTO DE QUALIDADE
CONCEITOS BÁSICOS DE CONFIABILIDADE COM EMBASAMENTO DE QUALIDADECONCEITOS BÁSICOS DE CONFIABILIDADE COM EMBASAMENTO DE QUALIDADE
CONCEITOS BÁSICOS DE CONFIABILIDADE COM EMBASAMENTO DE QUALIDADE
 
ATIVIDADE 1 - FSCE - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II - 52_2024.pdf
ATIVIDADE 1 - FSCE - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II - 52_2024.pdfATIVIDADE 1 - FSCE - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II - 52_2024.pdf
ATIVIDADE 1 - FSCE - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II - 52_2024.pdf
 
SEG NR 18 - SEGURANÇA E SAÚDE O TRABALHO NA INDUSTRIA DA COSTRUÇÃO CIVIL.pptx
SEG NR 18 - SEGURANÇA E SAÚDE O TRABALHO NA INDUSTRIA DA COSTRUÇÃO CIVIL.pptxSEG NR 18 - SEGURANÇA E SAÚDE O TRABALHO NA INDUSTRIA DA COSTRUÇÃO CIVIL.pptx
SEG NR 18 - SEGURANÇA E SAÚDE O TRABALHO NA INDUSTRIA DA COSTRUÇÃO CIVIL.pptx
 
treinamento de moldagem por injeção plástica
treinamento de moldagem por injeção plásticatreinamento de moldagem por injeção plástica
treinamento de moldagem por injeção plástica
 

TRANSFORMADORES aula especifica de como projetar_13.pdf

  • 2. Aplicações As três aplicações básicas dos transformadores e que os fazem indispensáveis em diversas aplicações como, sistemas de distribuição de energia elétrica, circuitos eletrônicos e instrumentos de medida.  Aumentar ou diminuir o valor de tensões e correntes; Casamento de Impedâncias (A potência fornecida a uma carga é máxima quando a impedância da fonte é igual à da carga); Isolar Circuitos;
  • 5. Indutância Mútua Um transformador é constituído basicamente de dois enrolamentos onde o fluxo magnético, variável, produzido em um age sobre o outro. O enrolamento no qual a fonte é aplicada é o primário do transformador e o enrolamento onde a carga é conectada é o secundário.
  • 6. Indutância Mútua Da lei de Faraday tem-se que a tensão no primário depende do número de espiras nele e da taxa de variação do fluxo que o atravessa: = Ou essa mesma tensão pode ser uma função da autoindutância do primário e da taxa de variação da corrente nele. =
  • 7. Indutância Mútua No secundário a tensão induzida é dada por: = Onde é o número de espiras do enrolamento do secundário e é a parte do fluxo do primário que atravessa o secundário. Se todo o fluxo do primário atravessa o secundário então = e = A relação entre e é dada pelo coeficiente de acoplamento k: = K Nunca é maior que 1!
  • 9. Indutância Mútua O uso de um núcleo ferromagnético ou proximidade alta dos enrolamentos aumenta o k fazendo-o próximo a 1. Quando k é pequeno diz-se que os enrolamentos estão fracamente acoplados.
  • 10. Indutância Mútua Relacionando o coeficiente de acoplamento pode-se reescrever a equação do secundário como:
  • 11. Indutância Mútua A indutância mútua entre dois enrolamentos é proporcional à taxa de variação do fluxo de um dos enrolamentos em função da taxa de variação da corrente no outro enrolamento.
  • 12. Indutância Mútua Assim, pode-se escrever a tensão no secundário em função de M: E no primário, =
  • 13. Indutância Mútua Exemplo 1 - Dado o transformador abaixo: a) 0,24 H b) 22,5V c) 27V d) es=48V ep=40V
  • 14. Transformador de Núcleo de Ferro Vimos que as linhas de fluxo sempre pegam o caminho de menor relutância que no caso do transformador abaixo é o núcleo de ferro o qual aumenta as linhas de fluxo do primário que passam pelo secundário.
  • 15. Transformador de Núcleo de Ferro Vamos analisar esse transformador considerando primeiramente que ele é um transformador ideal, ou seja, = = e k=1. Se é o fluxo criado pela corrente ip e se esta é máxima então o fluxo também é máximo. Se ip é senoidal então: Onde Ip é a corrente média (RMS)
  • 16. Transformador de Núcleo de Ferro Assim a tensão no primário: E substituindo pelo seu valor senoidal, Caso ideal!
  • 17. Transformador de Núcleo de Ferro Fazendo a derivada, Tensão induzida está adiantada de 90 graus da corrente no primário (indutor). O valor eficaz ou RMS é dado fazendo:
  • 18. Transformador de Núcleo de Ferro Como o fluxo é o mesmo no primário e no secundário (caso ideal) a fórmula da tensão induzida eficaz no secundário é: Relacionando ambas temos,
  • 19. Transformador de Núcleo de Ferro A relação entre os módulos das tensões induzidas no primário e no secundário é igual à relação entre o número de enrolamentos correspondentes. Da mesma forma podemos relacionar ep e es:
  • 20. Transformador de Núcleo de Ferro E considerando Vg=Ep e Vc=Es (valores eficazes ou RMS) temos também,
  • 21. Transformador de Núcleo de Ferro Da relação de Np com Ns temos a relação de transformação “a”: Onde se a<1 temo um transformador elevador de tensão e se a>1 temos um transformador abaixador de tensão.
  • 22. Transformador de Núcleo de Ferro Exemplo 2: Considerando o transformador abaixo responda: a) 15,02 mWb b) Aprox. 600 espiras
  • 23. Transformador de Núcleo de Ferro É possível também estabelecer uma relação entre os valores eficazes das correntes induzidas no primário e no secundário com o número de espirar dado por:
  • 24. Impedância Das relações vistas anteriormente pode-se obter uma relação entre a impedância do primário Zp e a impedância da carga Zc. Assim é possível trabalhas as impedâncias alterando a relação de espiras.
  • 25. Impedância Exemplo 3: Considerando o transformador com núcleo de ferro a seguir: a) Da relação de corrente-espiras tem-se Ip=12,5mA Achando Vc e usando a relação tensão-espiras tem- se Vg=1600V b) Zp=128 kΩ
  • 26. Potência Em transformadores a potência sempre se mantém a mesma. A potência que entra deve ser a mesma que sai (desconsiderando perda).
  • 27. Transformador para Casamento de Impedâncias A potência máxima possibilitada pela fonte só é transferida para a carga se esta tiver uma impedância igual à impedância interna da fonte. Veja pelo exemplo como usar o transformador para resolver problemas de baixa potência na carga.
  • 28. Transformador para Casamento de Impedâncias a) Potência fornecida ao alto-falante nas condições apresentada na figura “a”. Sendo que a fonte forneceu: = (230,8 ) . 512 = 27,27
  • 29. Transformador para Casamento de Impedâncias b) Na figura “b” um transformador de casamento de impedâncias de 8:1 foi inserido. Calculando a impedância de entrada do transformador e a potência fornecida para a carga.
  • 30. Transformador para Isolamento Elétrico O isolamento elétrico significa a ausência de conexão física direta entre circuitos. Um exemplo de aplicação do transformador para isolamento elétrico é na medição de tensão numa linha de alta tensão. A medição pode ser feita seguramente pelo técnico usando um transformador no projeto original da linha que abaixa a tensão a um nível segura para o técnico e que a partir da qual pode-se obter a tensão original usando a relação de espiras que deve ser conhecida.
  • 31. Circuito Equivalente do Transformador de núcleo de ferro
  • 32. Circuito Equivalente do Transformador de núcleo de ferro Onde Lp e Ls são indutâncias que geram reatâncias as quais representam perdas no transformador correspondentes a um fluxo residual que passa pelos enrolamentos do primário e secundário mas, não pelo núcleo. Rp e Rs são as resistências dos respectivos enrolamentos.
  • 33. Circuito Equivalente do Transformador de núcleo de ferro Usando do coeficiente a pode-se reescrever o circuito equivalente como:
  • 34. Circuito Equivalente do Transformador de núcleo de ferro Do segundo circuito é possível estabelecer uma fórmula para encontrar VC. Note que aVc é a queda de tensão em a2Ri a qual é somente uma parcela da tensão Vg cuja queda ocorre em todas as resistências do circuito inclusive Ri. A corrente é a mesma nos dois casos.
  • 35. Circuito Equivalente do Transformador de núcleo de ferro O exemplo a seguir mostra como usar essas fórmulas para facilitar o cálculo das tensões num transformador de núcleo de ferro. Exemplo 4: Para o transformador com circuito equivalente abaixo faça: a) Re=5 Ω Xe= 10 Ω b) Fazer o circuito equivalente (prox. slide)
  • 36. Circuito Equivalente do Transformador de núcleo de ferro b)
  • 37. Circuito Equivalente do Transformador de núcleo de ferro c)
  • 39. Tipos de transformadores Se o sentido de referência para a corrente é tal que a corrente entra no enrolamento pelo terminal assinalado pelo ponto, a tensão induzida nesse terminal é positiva. E virse- versa.
  • 40. Tipos de transformadores - autotransformador A desvantagem desse transformador é a perda da característica de isolamento de circuitos. A vantagem é trabalhar com potência aparente maior: No caso (a) S=( ∗ 120) = 6 No caso (b) S=(1 ∗ 120) = 126 O primário induz tensão no secundário mas a saída é a soma das duas tensões => Ep + Es