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Pós – Graduação em Marketing Turístico
Estudo sobre o impacto da implementação de uma
extranet na Atracção de Turismo no Concelho de
Alcochete
Unidade Curricular: ”Sistema de Informação de Empresas Turísticas”
Docente: Prof. Doutor Henrique Mamede
Discente: Cláudia Vasconcellos - N.º 2009 5935
Lisboa, 13 de Junho de 2010
2
LISTA DE ABREVIATURAS
B2B – Business to Business
CRM - Customer Relationship Management
DMO –Destination Management Organization
ERP - Enterprise Resource Planning
PDA – Personal Development Assistant
SIG – Sistema de informação Geográfica
TIC – Tecnologias de Informação e Comunicação
WWW – World Wide Web
3
ÍNDICE
ÍNDICE...........................................................................................................................3
1. RESUMO................................................................................................................5
2. INTRODUÇÃO.......................................................................................................5
3. ENQUADRAMENTO DO CONCELHO DE ALCOCHETE E O TURISMO........8
4. CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA DO CONCELHO DE ALCOCHETE........10
5. NOVAS FORMAS DE GESTÃO PARA A ACTIVIDADE DO TURISMO AO
NÍVEL LOCAL.............................................................................................................. 12
6. A IMPORTÂNCIA DA INTERNET NO TURISMO............................................ 14
7. CONCEITO DE INTERNET, INTRANET E EXTRANET.................................. 19
8. IMPLEMENTAÇÃO DE UMA EXTRANET DIRECCIONADA AO TURISMO 19
9. TENDÊNCIAS DAS TIC APLICADAS AO TURISMO LOCAL..........................23
10. CONCLUSÃO...................................................................................................25
11. GLOSSÁRIO ....................................................................................................26
12. BIBLIOGRAFIA...............................................................................................28
13. WEBOGRAFIA ................................................................................................28
4
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Sites de Turismo: utilizadores únicos (Janeiro-Dezembro/2008)
Figura 2 – Sites de Turismo: TOP utilizadores únicos (Janeiro-Dezembro/2008)
Figura 3 – Sites de Turismo: TOP páginas visitadas (Janeiro-Dezembro/2008)
Figura 4 – Sites de Turismo: TOP tempo despendido (Janeiro-Dezembro/2008)
ÍNDICE DE IMAGENS
Imagem 1 – Localização Geográfica do concelho de Alcochete
Imagem 2 – Freguesias do Concelho de Alcochete
Imagem 3 – Vista aérea de Alcochete
Imagem 4 – Comunidade de Flamingos
Imagem 5 – Flamingo
Imagem 6 – Salinas do Samouco
Imagem 7 – Vista aérea das Salinas
5
1. RESUMO
Definido como um sector estratégico para a competitividade da economia
portuguesa, o turismo é uma das áreas agregadoras de investimento e o Governo
tem vindo a canalizar recursos que visam a modernização e a qualificação da oferta,
contemplados no Plano Estratégico Nacional do Turismo. Este plano prevê que
Portugal receba 21 milhões de turistas e atinja os 15,5 mil milhões de euros de
receitas em 2015, definindo medidas de actuação para atingir essa meta, das quais
as tecnologias da informação são parte integrante como forma de captar visitantes
mas também como ferramenta de ligação entre os agentes privados e públicos,
facilitando a desburocratização e agilização de procedimentos. O objectivo deste
estudo é apresentar uma visão abrangente sobre a utilização da TIC como forma de
atracção de mais turistas para o concelho de Alcochete. Procurou-se consolidar o
conhecimento das TIC nos negócios e gestão de destinos turísticos locais.
Palavras-Chave: Turismo, Informática, TIC, extranet, Alcochete
2. INTRODUÇÃO
Desde o lançamento da Internet, em meados da década de 90, a tecnologia e a
sociedade do conhecimento exerceram um impacto significativo no sector hoteleiro
e de viagens. À medida que as novas tecnologias de comunicação emergiam,
produzindo uma convergência para o domínio dos computadores, o sector hoteleiro
manteve-se à margem e ressentiu-se.
O facto de terem perdido parcialmente o controlo de definição dos seus preços para
terceiros, teve impactos negativos ao nível do retorno sobre o investimento. Para
completar este quadro, a evolução das redes sociais, como o Facebook, Twiteer,
6
Myspace entre outras. Estas comunidades ciberespaciais partilham informação
incluindo níveis de satisfação, relativamente aos serviços usufruídos ao longo de
toda a cadeia de valor da oferta turística.
O poder das redes sociais veio fortalecer o consumidor e a trazer grandes desafios
para as organizações hoteleiras. Os consumidores terão padrões mais elevados e
exigirão maior clareza quanto aos preços e ao nível do serviço oferecido.
O desenvolvimento tecnológico e o interesse da sociedade pela tecnologia, têm
vindo cada vez mais a reflectir-se no turismo, como por exemplo a Internet em
tempo real. Este conceito nos negócios transformou-se numa ferramenta
importante e indispensável, oferecendo aos utilizadores a escolha de seus próprios
roteiros turísticos, de férias ou negócios, que representam investimento de tempo e
financeiro, muitas vezes sem precisar passar pela ajuda de um operador turístico.
A globalização ampliou estratégias para identificar, desenvolver e comercializar o
turismo por operadores turísticos, empresas de transporte aéreo e de pequenas e
médias empresas ligadas ao turismo.
Os destinos estão sendo transformados em produtos e inseridos nos sistemas
globais de distribuição que se integram à rede e oferecem cada vez mais serviços
aos clientes, levando-os a reservar hotéis, voos e conexões.
Num mundo cada vez mais globalizado e marcado pelo aumento significativo da
competitividade, as empresas necessitam cada vez mais estar conectadas aos seus
clientes e fornecedores, procurando uma maior agilidade e eficiência em seus
negócios. Alguns exemplos destas estratégias são: o comércio electrónico, os
serviços ao cliente, a comunicação com fornecedores e clientes e as parcerias
estratégicas. Assim, Internet torna-se um dos principais catalisadores de
transformações no mundo dos negócios, impulsionando as empresas tradicionais a
migrar por este caminho para atingir seus objectivos. O turismo não foge à regra. A
revolução da tecnologia da informação causou um forte impacto e profundo na
maneira como as viagens e os serviços complementares são anunciados,
distribuídos, vendidos e entregues, simplesmente porque o negócio real por trás de
viagens é a informação. As empresas cada vez mais se adaptam em função da
informação. Neste sentido, a informação tornou-se um elemento-chave para a
competição.
O crescimento explosivo da Internet é considerado um fenómeno revolucionário
em computação e telecomunicações, e está constantemente se expandindo à
medida que mais empresas e outras organizações e seus utilizadores aderem a esta
auto-estrada de informações.
7
Ao longo deste trabalho são abordados vários pontos que dizem respeito à questão
da aplicação das TIC no sector do turismo.
No ponto 3 será efectuado um breve enquadramento da escolha deste trabalho,
relacionado com o local onde desempenho funções, mais concretamente a Câmara
Municipal de Alcochete, na Divisão de Actividades Económicas e Turismo. E qual a
situação actual do turismo neste concelho ao nível de indicadores de turismo
existentes.
Posteriormente será efectuada no ponto 4, uma breve caracterização do concelho
de Alcochete
No ponto 5 serão abordadas novas formas de gestão para a actividade do turismo
ao nível local.
No que diz respeito á importância nos dias de hoje á internet no turismo será
referida no ponto 6.
Os conceitos de internet, intranet e extranet virão no ponto 7.
No ponto 8 será analisada a questão da implementação de uma extranet agregando
parceiros público-privados, como forma de captação de mais turistas para o
concelho de Alcochete.
No ponto 9 serão abordadas as tendências futuras das TIC aplicada ao turismo.
No ponto 10 são apresentadas as principais conclusões deste trabalho, e por fim, no
ponto 11 a apresentação de um glossário com os termos utilizados no trabalho e no
ponto 12 e 13 a bibliografia e a webografia utilizadas na consulta de informação
para este trabalho.
Ao longo deste trabalho, surgiram dificuldades no que concerne à pesquisa de
dados estatísticos locais. Por outro lado, as TIC são ferramentas transversais a
todos os sectores de uma economia, havendo poucos estudos, análises efectuadas
por especialistas na matéria de TIC aplicada à actividade do turismo.
Para o desenvolvimento deste trabalho foram efectuadas pesquisas bibliográficas
em livros e revistas especializadas, artigos periódicos e páginas na internet. Ao
nível de indicadores estatísticos foram efectuadas pesquisas no instituto nacional
de estatística de Portugal (INE) e da Marktest.
A metodologia adoptada para a realização deste trabalho consistiu em pesquisas
através da internet e consulta/leitura de alguns livros da especialidade.
8
Durante a realização deste trabalho surgiram algumas dificuldades em seleccionar
a informação mais adequada, visto que existem inúmeras fontes de consulta, sejam
bibliográficas ou via internet.
3. ENQUADRAMENTO DO CONCELHO DE
ALCOCHETE E O TURISMO
O organigrama da Câmara Municipal de Alcochete e faz parte do Regulamento de
Organização dos Serviços Municipais (ROSM), tendo sido foi aprovado em 12 de
Junho de 2008.
A Câmara Municipal de Alcochete tem cerca de 430 trabalhadores.
9
A Divisão de Actividades Económicas e Turismo (DAET) é uma unidade orgânica
composta por 4 Sectores, sendo o Turismo um desses sectores.
A DAET é a unidade orgânica onde desempenho funções há 2 anos, e foi com base
do local onde trabalho que resolvi fazer este trabalho baseando-se na
implementação de um extranet como forma de atracção de mais turistas para o
concelho de Alcochete.
Ao nível de indicadores estatísticos na área do turismo do concelho de Alcochete,
são os seguintes:
Capacidade de alojamento nos estabelecimentos hoteleiros por 1000
habitantes - Alcochete encontra-se no intervalo entre 17 e 50 camas. (INE, 2008)
Dormidas nos estabelecimentos hoteleiros no município de Alcochete
2008 - É integrado no primeiro intervalo até às 12.86 dormidas por ano. (INE,
2008).
Estabelecimentos hoteleiros - O Município de Alcochete enquadra-se no
intervalo de 4 a 6 estabelecimentos hoteleiros. (INE, 2008). Actualmente, existem
seis estabelecimentos hoteleiros com capacidade para 233 camas.
Estada média nos estabelecimentos hoteleiros - Os turistas permanecem
em Alcochete até ao máximo de 1 dia e meio.
(INE, 2008).
Hóspedes nos estabelecimentos hoteleiros - se enquadra no 1º quartil, até
7.951. (INE, 2008).
Proporção de hóspedes estrangeiros - encontra-se num intervalo até 9,3%.
(INE, 2008)
10
4. CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA DO
CONCELHO DE ALCOCHETE
Alcochete é um concelho do distrito de Setúbal e é um dos 18 municípios da AML,
inserindo-se na sub-região da Península de Setúbal (NUTS III), e confinando com
os Concelhos do Montijo, Palmela e Benavente.
Imagem 1 – Localização geográfica do concelho de Alcochete
O concelho tem uma área de aproximadamente 128,5 km2, é composto por três
freguesias: Alcochete, Samouco e São Francisco, registando, de acordo com os
Censos de 2001, 13 010 habitantes, ainda que actualmente o número de habitantes
esteja estimado na ordem dos 16 000 habitantes.
Imagem 2 – Freguesias de Alcochete
11
Situado na margem sul do Estuário do Tejo, é porta de entrada para a mais
Imagem 3 – Vista aérea de Alcochete
importante zona húmida da Europa, beneficia de
um acesso privilegiado à capital através da Ponte
Vasco da Gama, além dos acessos à auto-estrada
do Norte, IC 32, e a ligação à A2.
A proximidade com a Reserva Natural do Estuário do Tejo, considerada uma das
mais importantes áreas em termos de invernada na Europa, para diversas espécies
de aves aquáticas, confere-lhe uma importância e constituem, por si, só um
atractivo para os que gostam de desfrutar de momentos únicos de proximidade
com a Natureza. (CMA)
Imagem 4 – Comunidade de Flamingos Imagem 5 – Flamingo
O cenário ímpar produzido pelo singular alinhamento das salinas, habitadas por
uma população de elegantes flamingos, visível para quem chega pela ponte Vasco
da Gama, e a belíssima paisagem rural típica da Lezíria, constituem mais motivos
de interesse para visitar o Concelho. (CMA)
Imagem 6 – Salinas do Samouco Imagem 7 – Vista aérea das Salinas
12
A zona ribeirinha de Alcochete alicia o visitante para um passeio encantador pela
rica e diversificada paisagem, em termos de avifauna e flora, que culmina na zona
ribeirinha de Samouco, totalmente requalificada e devolvida à população. (CMA)
5. NOVAS FORMAS DE GESTÃO PARA A
ACTIVIDADE DO TURISMO AO NÍVEL
LOCAL
No âmbito do reconhecimento das novas dinâmicas que afectam actualmente a
actividade do turismo, surgem novos modelos de gestão e planeamento dos
destinos turísticos, que permitem que estes se dotem de importantes mecanismos e
instrumentos de gestão sustentável e de manutenção de níveis de competitividade
no mercado global. Estas formas de gestão cada vez mais participadas, crescentes
níveis de colaboração e criação de estruturas em rede que permitam a gestão de
destinos turísticos em torno de metas comuns a todos os stakeholders. Estas
estruturas que se materializam em DMO têm vindo a emergir e a confirmar a sua
relevância, ao mesmo tempo que acompanham a importância concedida aos
destinos turísticos de base local, uma vez que estes se posicionam como ponto
central de avaliação dos impactos da actividade turística e de implementação da
política de turismo.
Para que estas estruturas de gestão consigam responder aos recentes desafios e aos
crescentes níveis de competitividade da actividade, é necessário que existe um
conhecimento rigoroso do sistema turístico que permita avaliar o desempenho e
evolução dos destinos e empresas que o integram, para que os gestores consigam
desenvolver decisões e respostas informadas e pró-activas adaptadas às
conjunturas que vão emergindo. (BRANDÃO, Ana; 2008)
A crescente importância da segurança e a necessidade de incorporar noções de
ética e sustentabilidade no planeamento e gestão dos destinos turísticos, através da
criação de produtos turísticos diferenciados, organizados e sustentáveis que
potenciem o desenvolvimento regional e local e a propriedade a longo prazo, são
igualmente questões às quais o novo consumidor mais exigente e mais informado
está cada vez mais atento e portanto posicionam-se como factores diferenciadores
para a competitividade dos destinos. O aumento da competitividade torna
necessária a melhoria dos níveis de conhecimento e da monitorização do sistema
turístico. Para tal, deverá existir informação de apoio á tomada de decisão, que
forneça indicações susceptíveis de promover respostas proactivas às alterações que
se processem no meio. Uma das estratégias possíveis de combater os novos desafios
que se avizinham, consiste na implementação de uma abordagem que assente
numa gestão eficaz dos destinos turísticos de base local, nomeadamente os
municípios, considerando que estes constituem o ponto central da avaliação da
13
actividade turística, do desenvolvimento de produtos turísticos e de implementação
da política de turismo. Há que salientar a necessidade de cooperação regional e
entre os sectores público-privados, bem como o desenvolvimento da investigação
sobre o turismo, o que aumentando os níveis de conhecimento sobre a actividade
turística, permitirá a criação de políticas mais eficazes de gestão dos destinos.
(BUHALIS e COSTA, 2006)
O sector do turismo, inevitavelmente, se adaptará às novas realidades emergentes.
O número de chegadas internacionais de turistas deverá ascender aos 1,6 milhões
em 2020 (UWNTO, 2007). Não obstante, nem todos os destinos turísticos
beneficiarão deste crescimento. É necessário implementar estratégias que lhes
permitam competir globalmente, adoptando às novas tendências do mercado e às
novas formas de gestão de destinos e da base económica do sector que neles se
localiza. Os transportes, alojamentos e restauração deverão continuar a constitui-se
como sectores mais significativos em termos de consumo turístico e como tal, serão
os mais atractivos para os investidores. Os destinos de sucesso serão, assim aqueles
que conseguirem oferecer diversidade, qualidade e autenticidade no âmbito das
actividades de lazer.
A identificação de clusters de produtos e a criação de parcerias e redes entre os
sectores público e privado assumem-se como veículos privilegiados para o
desenvolvimento de vantagens competitivas locais (BREDA et al, 2005). A
aplicação da teoria das redes, permite identificar as inter-relações existentes entre a
administração pública, as empresas turísticas e a comunidade, apresentado um
enorme potencial para orientar a política e prática de gestão e planeamento dos
destinos turísticos. O estabelecimento de redes permite associar uma ou mais
organizações envolvidas em relações de longo prazo e que trabalham em conjunto
para atingir um objectivo comum podendo observar-se ao nível de destinos ou de
estruturas económicas (COOPER e HALL, 2008). Existindo esta inter-relação e
inter-dependência entre as organizações turísticas do sector público e privado,
verificam-se as condições necessárias para que a governância do destino se
desenvolva através do estabelecimento de relações institucionais apropriadas à
gestão do turismo, dos seus impactos positivos e negativos e dos interesses dos
stakeholders envolvidos.
DMO assumem-se como estruturas organizacionais modernas, adaptadas aos
novos desafios da actividade do turismo, capazes de implementar uma gestão que
se apoia na criação de networks, que se consubstancia na criação de parcerias
estabelecidas entre agentes do sector público, privado e das organizações sem fins
lucrativos
À semelhança de quem tem vindo a acontecer com DMO também os observatórios
do Turismo têm vindo a emergir, devido ao reconhecimento da importância da
produção de informação para o planeamento e gestão do turismo, necessidade
14
sentida tanto pelas organizações do sector público, como pelas do sector privado.
Os observatórios do turismo são já uma realidade em vários destinos No caso do
observatório nacional do turismo efectuou-se uma selecção dos indicadores de
recolha e análise de informação alojamento, restauração e bebidas, transporte de
passageiros, operadores turísticos, agências de viagens e guias intérpretes, ren-a-
car, serviços culturais e serviços recreativos e outros de lazer demarcando-se de
abordagens passadas que privilegiam a informação relativa ao alojamento e
transportes.
O sucesso destes observatórios e a evolução do trabalho que tem sido desenvolvido
confirmam a importância da gestão da actividade do turismo a nível regional, tendo
em vista os seus impactos locais, permitindo perceber as particularidades e o
desempenho das actividades turísticas dentro das mesmas.
Ritchie e Crouch (2003), defendem a integração da componente de produção de
informação e pesquisa na Gestão do Destino Turístico (DMO) visando a utilização
efectivas de sistemas que forneçam aos gestores informação orientada à
compreensão das necessidades dos utilizadores e ao desenvolvimento de novos
produtos. Esta dimensão envolve ainda a monitorização da satisfação dos
utilizadores e do desempenho global da actividade do turismo. As DMO devem
ainda assumir a responsabilidade de disseminar e facilitar o acesso á informação
produzida.
Os destinos turísticos de base locais assumem um papel relevante na gestão do
turismo, nomeadamente através das estruturas de rede desenvolvidas em torno de
alguns aspectos relevantes, tais como a criação de uma nova política para a
actividade, gerindo e planeando o seu desenvolvimento através da inventariação da
oferta turística, da definição das capacidades e limites de utilização, da análise das
motivações da procura e da definição de produtos que estejam em sintonia com a
oferta e objectivos de desenvolvimento local.
6. A IMPORTÂNCIA DA INTERNET NO
TURISMO
No ramo do turismo, a Internet tem sido uma plataforma fundamental para a
rápida expansão de serviços de informação, aplicações comerciais, promoção e
internet marketing, incluindo sistemas colaborativos, intranet e comércio
electrónico. As empresas que actuam no mercado turístico procuram adaptar-se às
novas tecnologias, pois com a globalização, a concorrência passa a ser mundial e o
cliente cada vez está mais perto do fornecedor.
15
Uma análise dos dados do estudo Netpanel da Marktest mostra que cerca de 60%
dos internautas nacionais visitaram sites de turismo durante o ano de 2008,
quando navegaram em suas casas na internet.
Estes indivíduos visitaram cerca de 119 milhões de páginas destes sites, tendo-lhes
dedicado mais de 1,4 milhões de horas de navegação, uma média de 48 minutos por
utilizador. De Janeiro a Dezembro de 2008, foram 1 805 mil os residentes no
Continente com 4 e mais anos os que visitaram sites de turismo, quando em suas
casas navegaram na internet. Este número corresponde a 59.7% dos internautas
portugueses.
Estes indivíduos visitaram cerca de 119 milhões de páginas destes sites, tendo-lhes
dedicado mais de 1,4 milhões de horas de navegação, uma média de 48 minutos por
utilizador.
Durante o ano, Julho foi o mês com mais visitantes de sites de turismo, que
receberam 657 mil utilizadores únicos. Foi igualmente neste mês que se
visualizaram mais páginas destes sites, quase 15 milhões, e que mais tempo lhes foi
dedicado, mais de 169 mil horas.
Figura 1 – Sites de Turismo: n.º utilizadores únicos – Janeiro a Dezembro de 2008
Fonte: MARKTEST, Netpanl, 2009
16
Figura 2 – Sites de Turismo: TOP utilizadores únicos – Janeiro a Dezembro de 2008
Fonte: MARKTEST, Netpanel, 2009
Figura 3 – Sites de Turismo: TOP de páginas visitadas – Janeiro a Dezembro de 2008
Fonte: MARKTEST, Netpanel, 2009
17
Figura 4 – Sites de Turismo: TOP tempo despendido – Janeiro a Dezembro de 2008
Fonte: MARKTEST, Netpanel, 2009
Entre os operadores turísticos, regista-se o site da agência de viagens Abreu, que foi
6º em utilizadores únicos e 5º em páginas visitadas e tempo de acesso.
A análise tem como base informação do Netpanel da Marktest, um estudo que
analisa o comportamento dos internautas portugueses a partir de um painel de
utilização doméstica
Diante da perspectiva, ter um site de uma empresa na internet nos dias de hoje já
se tornou obrigatório, já não é mais um custo para o empresário, mas sim, um
investimento.
A Internet é uma óptima ferramenta de divulgação e marketing, mas ter um site
não basta. Este deve agregar mais valor para o negócio, nem que seja
disponibilizando informações básicas sobre a empresa, que são de extrema
importância no mercado.
A imagem de uma empresa de turismo na Internet é um meio para criar
oportunidades, divulgar produtos e serviços, informações sobre destino, relacionar-
se com clientes e futuros clientes, chamar a atenção do utilizador e causar boa
impressão em segundos, é o que marca a empresa/destino na web.
Para o cliente, o Turismo, até o momento de vivenciá-lo, é somente o conjunto de
informações que lhe é disponibilizado. Isso, associado ao fato de a Internet ser uma
TI que possibilita disponibilizar, amplamente, a informação de maneira rápida e
18
fácil, fez com que surgissem inúmeros sites especializados em comercializar
Turismo pela Internet.
Por fim são apresentadas considerações sobre a Internet e o negócio de turismo e
são feitas sugestões para futuros trabalhos.
Por um lado, os sistemas de informação permitem o acesso a um enorme e
detalhado conjunto de informações sobre disponibilidade e preços dos produtos,
contribuindo para um incremento nas vendas e lucros. Por outro lado, a Internet,
facilitando a comunicação directa entre produtores e consumidores, põe em
questão a função de vários agentes intermediários.
Tal como acontece noutras áreas da indústria e serviços, o sector de turismo navega
a diferentes ritmos de acordo com a capacidade de investimento e da percepção dos
proprietários dos empreendimentos em relação à rentabilidade do mesmo. Com
uma presença Web já significativamente elevada face a outras indústrias, há ainda
muito trabalho a fazer na área da operacionalização das infra-estruturas de
comunicação, software de gestão e CRM, mas quem está mais à frente começa a
desbravar os novos caminhos ligados às redes sociais, à Web 2.0 e ao potencial da
georreferenciação de conteúdos para atrair novos clientes.
Os últimos números do Instituto Nacional de Estatística, ainda relativos a 2008,
mostravam que 80% dos estabelecimentos hoteleiros em Portugal utilizavam
computador no exercício da sua actividade, estando 75% presentes na Internet,
sendo o uso destas tecnologias praticamente generalizado para os estabelecimentos
com 10 ou mais pessoas ao serviço. As reservas de alojamento através da Internet
eram também já um recurso de grande penetração, com aplicação garantida por
65% das entidades incluídas neste «Inquérito à Utilização de Tecnologias da
Informação e da Comunicação nos Estabelecimentos Hoteleiros».
O grau de utilização destas tecnologias variava, porém, de acordo com a dimensão
dos estabelecimentos, com a totalidade dos grandes hotéis (com 250 ou mais
pessoas ao serviço) a revelarem um recurso mais integrado, com 100% de uso de
computadores e presença na Web, um valor que desce para 61,5 % e 57% no caso
dos que empregavam menos de 10 pessoas. Mas este é um retrato que – embora
favorável – não passa de uma visão superficial, não revelando de que forma as
tecnologias são ou não apropriadas pelos agentes ligados ao turismo no dia-a-dia
da sua actividade operacional e na relação com os clientes.
19
7. CONCEITO DE INTERNET, INTRANET E
EXTRANET
Internet – interconexão de milhões de redes de computadores que utilizam um
protocolos comum, nomeadamente o Protocolo TCP-IP (LAUDAN, 2008)
Intranet - rede interna baseada nas tecnologias e standards da internet
(LAUDAN, 2008).
A intranet é utilizada num ambiente privado das empresas. As informações
transitam numa rede interna, permitindo a comunicação entre empregados e
acesso a consulta e informações, além de conversas on-line. As informações
sigilosas percorrem um caminho mais seguro com adopção de sistemas de senhas
de acesso com direitos específicos de acordo com a função na empresa. As
transmissões de dados são feitas normalmente em banda larga, com velocidade
superior a internet.
Extranet - rede de computadores privada que está acessível a entidades externas.
(LANDAN, 2008)
Usa o mesmo protocolo que a Internet e facilita a comunicação entre fornecedores,
clientes ou outros negócios que partilhem objectivos comuns.
Os benefícios da existência de uma extranet são vários, permitindo a interligação
com todos os parceiros estratégicos da empresa onde é estabelecida uma rede de
valor. Alguns dos benefícios associados à utilização de uma extranet:
acompanhamento de processos, produtos e projecções elaboradas, processamento
de encomendas, colaboração com sugestões e críticas, interacção com todos os
departamentos da empresa, aplicações b2b.
8. IMPLEMENTAÇÃO DE UMA EXTRANET
DIRECCIONADA AO TURISMO
A implementação de uma extranet direccionada para o turismo teria um forte
impacto directamente junto dos turistas.
Esta extranet teria como objectivo agregar as unidades hoteleiras, estabelecimentos
de restauração, outras entidades públicas como a Reserva do Estuário do Tejo, a
20
Fundação João Gonçalves Júnior cujas Salinas são propriedade desta entidade,
Freeport, e toda a informação turísticas do concelho de Alcochete, tipos de
transporte existentes, animação cultural.
Os players teriam acesso através do site da Câmara Municipal de Alcochete,
nomeadamente www.cm-alcochete.pt e a partir de um ícone como por exemplo
Turismo in Alcochete.
Vantagens
A extranet permite gerar mais valor para o seu negócio na medida que pode
concentrar todas as suas ofertas na extranet em tempo real.
Unidades Hoteleiras disponibilidade das características da unidade hoteleira,
reservas on-line, pacotes promocionais em parceria com a Câmara Municipal de
Alcochete com descontos ao nível de animação cultural desde passeios fluviais na
embarcação tradicional Alcatejo até à Reserva Natural do Estuário do Tejo,
programas culturais no Fórum Cultural de Alcochete. No sector hoteleiro, as
empresas têm de possuir sistemas de reserva, websites, programas de fidelização,
programas de gestão de relacionamento com os clientes. Estes factores são críticos
para a competitividade do sector
Unidades de Restauração: a extranet iria permitir que o potencial turista
tivesse acesso de imediato a todas as unidades de restauração, pratos do dia,
localização via GPS e através do SIG
Outras entidades:
RNET – a parceria com a RNET está intimamente relacionada com a realização de
passeios na Reserva, bem como informações adicionais sobre as aves, seus habitats,
nidificação.
Fundação João Gonçalves Júnior, por ser detentora de 45ha de salinas,
outrora elemento associado á economia local. Os turistas poderão realizar passeios
guiados até às salinas.
Claro que outras entidades seriam de crucial importância estarem na extranet,
como a Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898, Clubes desportivos, Associação
Gil Teatro entre outros como entidades ligadas à animação cultural e desportiva
essenciais para diferenciar e qualificar o destino e consequentemente atracção de
turistas.
A animação cultural, desportiva deverá tornar-se no elemento dinâmico do sector
turístico, responsável pela atracção de turistas, enquanto o alojamento, a
restauração são responsáveis pelo apoio e pela qualidade do meio onde as
21
experiências acontecem. Num contexto de elevada competitividade, será a
capacidade de oferecer experiências de lazer únicas e diferenciadas que permitirá
criar oportunidades económicas para que as empresas e os destinos turísticos
evidenciem crescentes vantagens competitivas no concelho de Alcochete.
A actualização tecnológica é de grande importância para as entidades na área do
turismo, e gestão de destinos turísticos locais, pois melhora a eficiência e a eficácia
operacional, facilita processos, oferece mais informações e aumenta a eficiência do
sector. É necessário que a Internet seja utilizada aproveitando todos os seus
recursos, como instrumento estratégico para agregar valor e gerar economia para o
turismo.
Através do registo dos fornecedores, parceiros públicos e privados, a extranet
deverá permitir a obtenção de dados estatísticos, de forma a avaliar as dimensões
da oferta e da procura e os impactos resultantes da interacção dos vários parceiros
e como da afluência dos utilizadores e motivações, perfis.
Baseada na informação recebida pelos parceiros público-privados, terá que ser
construído um portal (centro aglomerador e distribuidor de conteúdos) como
forma de disponibilizar todos os serviços e recursos do concelho de Alcochete. Este
portal direccionado ao turismo no concelho de Alcochete, permitirá que o turista
tenha acesso a toda a informação relativamente a este concelho, desde ao
alojamento, permitindo fazer reservas on-line, características dos quartos. Na
restauração obter informações sobre os restaurantes, abertos, menu do dia, preços
médios. Ao nível de animação turística, o turista poderá aceder à oferta cultural
para vários dias, compra de bilhetes para um espectáculo, agendamento de visitas
guiadas, reserva e pagamento de bilhetes para passeios fluviais na embarcação
fluvial Alcatejo, localização e tipos de trabalhos realizados pelos artesãos do
concelho. Ou seja, num só portal estará todo o tipo de serviços e recursos turísticos
de forma a facilitar todo a informação sobre o destino Alcochete, poupando tempo
e recursos, tornando-se numa destino com qualidade, diferenciador para o
utilizador mesmo antes deste sair de casa.
O turista também poderá aceder aos operadores turísticos existentes no concelho
de forma a obter serviços ad-hoc.
Os transportes também estarão disponíveis, desde horários de transportes como
autocarros, reserva de passagem de avião do seu destino para Lisboa. Possibilidade
de efectuar a reserva e pagamento de rent-a-car.
O portal permite que todos os serviços, recursos estejam acessíveis aos turistas,
trazendo como vantagens agregação, havendo uma maior eficácia do processo e
poupando recursos financeiros e humanos.
22
A extranet também permitirá obter a satisfação dos stakeholders, como forma quer
de rentabilizar o seu negócio, quer ao nível promocional das entidades público-
privados, dinamizando todos os sectores transversais à actividade turística.
Referente aos fornecedores e outros parceiros público-privados, a forma de
comunicação com a Câmara Municipal de Alcochete seria através de formulários
específicos (ou aplicações concebidas para o efeito), direccionada a cada
sector/parceria de forma a serem preenchidos semanalmente ou mensalmente de
acordo com as necessidades. Exemplos de utilização de formulários: menu de um
restaurante para a semana, promoções da semana de unidade hoteleira, ofertas de
viagens ou de espectáculos culturais, desportivos na compra de 2 noites do Hotel
Al-Foz, ou workshop sobre birdwatching promovido pela RNET, ou realização de
um passeio pedestre nas salinas com oferta de um passeio fluvial na embarcação
tradicional Alcatejo pela RNET.
Os stakeholders receberão semanalmente a newsletter com informação ad-hoc de
acordo com as preferências na altura do registo de entrada.
A Portal também verá ser contemplado o Sistema de informação geográfica (SIG)
para que os turistas obtenham informação por exemplo da localização de um hotel,
de um restaurante, museu, RNET ou mesmo da Câmara municipal de Alcochete. O
SIG permite cruzar diferentes elementos culturais, de entretenimento e até turismo
de natureza e histórico com a oferta de alojamento e gastronomia, factores cada vez
mais ligados aos pontos-chave de decisão de destinos de viagem, apresentando-a de
forma mais interactiva ao utilizador. A ligação a sistemas de referência geográfica e
de integração com plataformas Web 2.0 estão certamente na rota das tendências
dos próximos anos, onde os utilizadores são cada vez mais conhecedores das
ferramentas de pesquisa e cruzamento de informação, e exploram as plataformas
Web de forma mais intensa para escolha dos destinos de férias e lazer, mas as
apostas do sector têm de passar também pelo reforço da informação para
smartphones e outros equipamentos móveis.
O portal deverá contemplar inquéritos de satisfação do utilizador bem como deverá
contemplar o armazenamento de dados estatísticos sobre quais as pesquisas que o
utilizador tem preferência, frequência da pesquisa no portal entre outros
indicadores estatísticos importantes para melhorar o turismo no concelho de
Alcochete.
O Portal do Turismo in Alcochete será contemplado nas redes sociais como fonte de
referenciação de experiências únicas vividas no concelho de Alcochete. As redes
sociais são um meio de promoção, especialmente no Twitter e no Facebook, dois
dos serviços com maior visibilidade, embora de forma ainda incipiente.
23
O portal do turismo in Alcochete estaria traduzido em 4 línguas: inglês, francês,
alemão e espanhol, para ser acessível aos principais mercados emissores do
turismo para Alcochete.
Uma organização moderna precisa de sistemas de informações eficientes e fáceis de
utilizar a fim de desenvolver um turismo sustentável, num ambiente globalizado e
altamente competitivo.
Desde a promoção do serviço junto de potenciais clientes à oferta de serviços
dentro das instalações hoteleiras, a extranet com portal será apontada para todos
os players como geradora de oportunidades em diferentes níveis.
9. TENDÊNCIAS DAS TIC APLICADAS AO
TURISMO LOCAL
Participação dos Turistas – deverá haver uma promoção da participação dos
turistas. Exemplo de sucessos: TripAdvisor, TravBuddy, onde milhões de
utilizadores partilham as suas experiências. A inteligência colectiva é superior a
qualquer outra fonte de conteúdo, e além disso é gratuito.
Atenção e serviço de alta disponibilidade – o turista não tem que esperar
pela informação que solicita. É de crucial importância haver um sistema de suporte
que responda em tempo real às consultas recebidas através da Web.
Ubiquidade da Informação e Serviços – devem prever o acesso a
determinada informação através de subscrições onde se forneça informação
adaptada aos novos receptores, nomeadamente aos telemóveis e PDA
Personalização da Informação e Serviços – devem permitir obter resultados
personalizados – informação ad-hoc, e até guardar o histórico de pesquisas
realizadas pelo turista, referentes à subscrição de ofertas para destinos de acordo
com o ranking de preços definidos.
Geolocalização de conteúdos e Serviços – Devem integrar nas suas ofertas
atractivos mashups de mapas. Por exemplo, o Bookings mostra um mapa com a
localização do hotel que quwer reservar, o Hostel Bookers faz o mesmo com as
pousadas e o TripAdvisor com a atracção que deseja visitar.
24
Suportes e Canais “Multimédia” – devem contar com diferentes vídeos, fotos
e podcasts que proporcionem uma experiência integral ao utilizador. Trivop, por
exemplo é um vídeo guia de unidades hoteleiras, tirando proveito deste contexto
permitindo aos potenciais turistas ver vídeos panorâmicos de hotéis, unidades de
restauração, museus, ou paisagens mais marcantes de uma localidade, que se
podem encontrar através da sua localização, qualificação.
Interconexão e Agregação de Serviços – devem combinar serviços e
informação como os sites Kayak, Sidestep, Mobissimo ou Lifecooler, que integram
motores de buscas de voos, hotéis, automóveis de aluguer que permitam encontrar
as ofertas mais baratas on-line. Mas é essencial que o site permita integrar o mapa
da Tripadvisor com os destinos visitados ou a informação da Dopplr com as viagens
que o turista vai realizar. (VARELA, Jesus; 2009)
Sistemas Inteligentes e Previsão da Informação – devem gerar previsão de
preços segundo os critérios de busca que sugiram comprar agora ou esperar
segundo a percentagem de probabilidade que o preço suba ou baixe.
Outros factores que é necessário referir é que no serviço ao cliente continuam a ser
dominados pelo aumento do sistema de reservas on-line e por serviços de reserva
pessoal, que incluem informação detalhada sobre a área envolvente e direcções a
seguir. O sistema wireless está a expandir-se rapidamente em muitos sectores
transversais à actividade do turismo, que actualmente fornecem este serviço
gratuitamente. A rede wireless compatível com dispositivos PDA está na ordem do
dia e a avançar rapidamente.
O e-commerce continua a entrar diariamente na vida dos turistas. A junção ou
alianças estratégicas entre as unidades hoteleiras, unidades de restauração,
autarquias e retalhistas crescem á medida que os turistas procuram usar os
benefícios de programas de fidelidade. As decisões de gestão avançam usando cada
vez mais softwares de apoio, como de gestão da relação com os clientes, gestão da
propriedade, gestão energética, gestão de bases de dados, controlo de custos e
sistemas de gestão de receitas. Os executivos terão de enfrentar o desafio de como
integrar estas aplicações num sistema perceptível global. (OLSEN, Michael)
25
10. CONCLUSÃO
Com a realização deste trabalho desenvolvemos os conceitos de internet, intranet,
extranet, entre outros, e perceber um pouco melhor a realidade da TIC no turismo.
Os novos perfis de turistas estão a criar novas necessidades ao nível de tecnologias
que tem surgido na medida em que mais e mais organizações utilizam-se das
ferramentas de BI, está a provocar também que apareçam novas necessidades de
análise das informações disponibilizadas.
A globalização afecta profundamente o modo como as localidades estão a
transformar em todo o mundo: na actualidade os agentes que competem no
mercado global para captar, reter e formar talentos, já não são os países como
acontecia há 10 anos atrás, mas sim as localidades que competem entre si. Cada vez
se torna mais necessário o direccionamento para as Cidades inteligentes, que
combinem de forma positiva o seu tamanho, densidade populacional e diversidade
para estabelecer conexões positivas e diferenciadas. As cidades inteligentes são
aquelas capazes de organizar e integrar em rede três agendas de prioridades que
geralmente aparecem em separado: a individual, a governamental e a empresarial.
Exemplos destes casos são as instituições públicas e entidades privadas que
trabalham em conjunto no consórcio “Turismo de Barcelona” para responder ao
exigente ambiente sócio económico actual e incrementar os níveis de
desenvolvimento e propriedade. Trata-se de um ferramenta que responde aos
desafios que derivam da globalização e do planeamento urbano e turístico, pois
potencia a interlocução entre agentes, distribui o protagonismo, facilita a
convergência entre as agendas, impulsiona o papel dos facilitadores, permite
vislumbrar um novo futuro e supera dinâmicas sectoriais.
Para além das ambições, é fundamental existirem acessibilidades fáceis, infra-
estruturas adequadas e capacidade de organização para Alcochete se posicionar em
qualquer dos níveis escolhidos num mercado internacional e nacional e local cada
vez mais competitivo, com tendência a ser diferenciador, com qualidade. É
necessário disponibilizar toda a informação dos recursos turísticos existentes no
concelho, para além dos motivos de atracção, propostas culturais e de animação,
que tornem a estada mais agradável e motivadora para um regresso do turista. Não
basta ter coisas boas dispersas, é necessário que haja qualidade, facilidade de
fruição, em programas originais e com continuidade. As possibilidades de sucesso
resumem-se a questões muito simples: ter imaginação e a capacidade para ser
diferente, original e melhor.
26
11. GLOSSÁRIO
Cluster – a essência dessa metodologia de gestão adoptada com sucesso por diferentes
sectores da economia e em diversos países
Mashups – website ou uma aplicação web que usa conteúdo de mais de uma fonte
para criar um novo serviço completo
PDA – computador de dimensões reduzidas (cerca de A6), dotado de grande
capacidade computacional, cumprindo as funções de agenda e sistema informático
de escritório elementar, com possibilidade de interconexão com um computador
pessoal e uma rede informática sem fios — Wi-Fi — para acesso a correio
electrónico e internet.
Podcasts - forma de publicação de arquivos de mídia digital (áudio, vídeo, foto,
PPS, etc…) pela Internet, através de um feed RSS, que permite aos utilizadores
acompanhar a sua actualização. Com isso, é possível o acompanhamento e/ou
download automático do conteúdo de um podcast. A palavra "podcasting" é uma
junção de iPod - marca do aparelho de midia digital da Apple de onde saíram os
primeiros scripts de podcasting -, ou a sigla para Personal On Demand (numa
tradução literal, algo pessoal e sob demanda), e broadcasting (transmissão de rádio
ou televisão). A série de arquivos publicados por podcasting é chamada de podcast.
Site – conjunto de páginas web, isto é, de hipertextos acessíveis geralmente pelo
protocolo HTTP na Internet. O conjunto de todos os sites públicos existentes
compõe a World Wide Web. As páginas num site são organizadas a partir de um
URL básico, ou sítio onde fica a página principal, e geralmente residem no mesmo
directório de um servidor. As páginas são organizadas dentro do site numa
hierarquia observável no URL, embora as hiperligações entre elas controlem o
modo como o leitor se apercebe da estrutura global, modo esse que pode ter pouco
a ver com a estrutura hierárquica dos arquivos do site.
Smartphones - telefone celular com funcionalidades avançadas que podem ser
estendidas por meio de programas executados no seu Sistema Operacional. Os
Sistemas Operacionais dos Smartphones são "abertos" (não confundir com código-
fonte aberto), o que significa que é possível que qualquer pessoa desenvolva
programas que podem funcionar nesses telefones. Numa tradução livre, do inglês
"smartphone" - "telefone inteligente". Usualmente um smartphone possui
características mínimas de hardware e software, sendo as principais: capacidade de
conexão com redes de dados para acesso à internet, capacidade de sincronização
dos dados do organizador com um computador pessoal e agenda de contatos que
utiliza toda a memória disponível no celular
27
Stakeholders – compreende todos os envolvidos em um processo, que pode ser
de carácter temporário (como um projecto) ou duradouro (como o negócio de uma
empresa ou a missão de uma organização ).O sucesso de qualquer empreendimento
depende da participação de suas partes interessadas e por isso é necessário
assegurar que suas expectativas e necessidades sejam conhecidas e consideradas
pelos gestores. De modo geral, essas expectativas envolvem satisfação de
necessidades, compensação financeira e comportamento ético. Cada interveniente
ou grupo de intervenientes representa um determinado tipo de interesse no
processo. O envolvimento de todos os intervenientes não maximiza
obrigatoriamente o processo, mas permite achar um equilíbrio de forças e
minimizar riscos e impactos negativos na execução desse processo. Uma
organização que pretende ter uma existência estável e duradoura deve atender
simultaneamente as necessidades de todas as suas partes interessadas. Para fazer
isso ela precisa "gerar valor", isto é, a aplicação dos recursos usados deve gerar um
benefício maior do que seu custo total.
Wifi - marca registada da Wi-Fi Alliance, que é utilizada por produtos certificados
que pertencem à classe de dispositivos de rede local sem fios (WLAN) baseados no
padrão IEEE 802.11. Por causa do relacionamento íntimo com seu padrão de
mesmo nome, o termo Wi-Fi é usado frequentemente usado como um sinônimo
para a tecnologia IEEE 802.11. Seu nome é uma abreviação do termo inglês
Wireless Fidelity, que significa Fidelidade Sem Fio.
Wireless – rede de computadores sem a necessidade do uso de cabos – sejam eles
telefônicos, coaxiais ou ópticos – por meio de equipamentos que usam
radiofrequência (comunicação via ondas de rádio) ou comunicação via
infravermelho, como em dispositivos compatíveis com IrDA.
Seu uso mais comum é em redes de computadores, servindo como meio de acesso à
Internet através de locais remotos como um escritório, um bar, um aeroporto, um
parque, ou até mesmo em casa, etc.
28
12. BIBLIOGRAFIA
ANTOS, Maribel Yasmina, RAMOS, Isabel, (2009) Business Intelligence –
Tecnologias da Informação na Gestão do Conhecimento; 2ª edição; FCA.
BRANDÃO, A.F. (2007), Os observatories do Turismo como meios de apoio á
gestão e à competitividade. Tese de mestrado, Universidade de Aveiro, Aveiro
BREDA, Z., COSTA C. et Al, (2005), Clustering and networking the tourism
development process, Enzo Albano, Naples
BUHALIS. D., COSTA C. (2006), Tourism Management Dynamics: Trends
Management and Tools, Elsevier, London
COOPER, C. HALL, C. M. (2008), Contemporary Tourism: An Internacional
Approach, Elsevier, Oxford and Burlington
LAUDON, Kenneth C., LAUDON, Jane P. (2006); Management Information
Systems – Managing The Digital Firm; 10ª edição; Pearson Prentice Hall.
OLSON, Michael, (2007), Antecipar e preparar a Mudança in Turismo em 2007,
Future Trends, Porto
RITCHIE, J.B, CROUCH, G. I (2003), The competitive Destination – A sustainable
Tourism perspective. CABI Publishing, Cambridge.
UNWTO (2007), Tourism Highlights 2007, Edition UNWTO, Madrid
VARELA, Jesus, (2009) Turismo 2.0 vs Web 2.0 in Turismo em …2009, Future
Trends, Porto,
13. WEBOGRAFIA
CÂMARA MUNICIPAL de ALCOCHETE (2010), Turismo, consultado em 02 de
Junho de 2010 em http://www.cm-
alcochete.pt/pt/conteudos/areas+interesse/turismo/

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  • 2. 2 LISTA DE ABREVIATURAS B2B – Business to Business CRM - Customer Relationship Management DMO –Destination Management Organization ERP - Enterprise Resource Planning PDA – Personal Development Assistant SIG – Sistema de informação Geográfica TIC – Tecnologias de Informação e Comunicação WWW – World Wide Web
  • 3. 3 ÍNDICE ÍNDICE...........................................................................................................................3 1. RESUMO................................................................................................................5 2. INTRODUÇÃO.......................................................................................................5 3. ENQUADRAMENTO DO CONCELHO DE ALCOCHETE E O TURISMO........8 4. CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA DO CONCELHO DE ALCOCHETE........10 5. NOVAS FORMAS DE GESTÃO PARA A ACTIVIDADE DO TURISMO AO NÍVEL LOCAL.............................................................................................................. 12 6. A IMPORTÂNCIA DA INTERNET NO TURISMO............................................ 14 7. CONCEITO DE INTERNET, INTRANET E EXTRANET.................................. 19 8. IMPLEMENTAÇÃO DE UMA EXTRANET DIRECCIONADA AO TURISMO 19 9. TENDÊNCIAS DAS TIC APLICADAS AO TURISMO LOCAL..........................23 10. CONCLUSÃO...................................................................................................25 11. GLOSSÁRIO ....................................................................................................26 12. BIBLIOGRAFIA...............................................................................................28 13. WEBOGRAFIA ................................................................................................28
  • 4. 4 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 – Sites de Turismo: utilizadores únicos (Janeiro-Dezembro/2008) Figura 2 – Sites de Turismo: TOP utilizadores únicos (Janeiro-Dezembro/2008) Figura 3 – Sites de Turismo: TOP páginas visitadas (Janeiro-Dezembro/2008) Figura 4 – Sites de Turismo: TOP tempo despendido (Janeiro-Dezembro/2008) ÍNDICE DE IMAGENS Imagem 1 – Localização Geográfica do concelho de Alcochete Imagem 2 – Freguesias do Concelho de Alcochete Imagem 3 – Vista aérea de Alcochete Imagem 4 – Comunidade de Flamingos Imagem 5 – Flamingo Imagem 6 – Salinas do Samouco Imagem 7 – Vista aérea das Salinas
  • 5. 5 1. RESUMO Definido como um sector estratégico para a competitividade da economia portuguesa, o turismo é uma das áreas agregadoras de investimento e o Governo tem vindo a canalizar recursos que visam a modernização e a qualificação da oferta, contemplados no Plano Estratégico Nacional do Turismo. Este plano prevê que Portugal receba 21 milhões de turistas e atinja os 15,5 mil milhões de euros de receitas em 2015, definindo medidas de actuação para atingir essa meta, das quais as tecnologias da informação são parte integrante como forma de captar visitantes mas também como ferramenta de ligação entre os agentes privados e públicos, facilitando a desburocratização e agilização de procedimentos. O objectivo deste estudo é apresentar uma visão abrangente sobre a utilização da TIC como forma de atracção de mais turistas para o concelho de Alcochete. Procurou-se consolidar o conhecimento das TIC nos negócios e gestão de destinos turísticos locais. Palavras-Chave: Turismo, Informática, TIC, extranet, Alcochete 2. INTRODUÇÃO Desde o lançamento da Internet, em meados da década de 90, a tecnologia e a sociedade do conhecimento exerceram um impacto significativo no sector hoteleiro e de viagens. À medida que as novas tecnologias de comunicação emergiam, produzindo uma convergência para o domínio dos computadores, o sector hoteleiro manteve-se à margem e ressentiu-se. O facto de terem perdido parcialmente o controlo de definição dos seus preços para terceiros, teve impactos negativos ao nível do retorno sobre o investimento. Para completar este quadro, a evolução das redes sociais, como o Facebook, Twiteer,
  • 6. 6 Myspace entre outras. Estas comunidades ciberespaciais partilham informação incluindo níveis de satisfação, relativamente aos serviços usufruídos ao longo de toda a cadeia de valor da oferta turística. O poder das redes sociais veio fortalecer o consumidor e a trazer grandes desafios para as organizações hoteleiras. Os consumidores terão padrões mais elevados e exigirão maior clareza quanto aos preços e ao nível do serviço oferecido. O desenvolvimento tecnológico e o interesse da sociedade pela tecnologia, têm vindo cada vez mais a reflectir-se no turismo, como por exemplo a Internet em tempo real. Este conceito nos negócios transformou-se numa ferramenta importante e indispensável, oferecendo aos utilizadores a escolha de seus próprios roteiros turísticos, de férias ou negócios, que representam investimento de tempo e financeiro, muitas vezes sem precisar passar pela ajuda de um operador turístico. A globalização ampliou estratégias para identificar, desenvolver e comercializar o turismo por operadores turísticos, empresas de transporte aéreo e de pequenas e médias empresas ligadas ao turismo. Os destinos estão sendo transformados em produtos e inseridos nos sistemas globais de distribuição que se integram à rede e oferecem cada vez mais serviços aos clientes, levando-os a reservar hotéis, voos e conexões. Num mundo cada vez mais globalizado e marcado pelo aumento significativo da competitividade, as empresas necessitam cada vez mais estar conectadas aos seus clientes e fornecedores, procurando uma maior agilidade e eficiência em seus negócios. Alguns exemplos destas estratégias são: o comércio electrónico, os serviços ao cliente, a comunicação com fornecedores e clientes e as parcerias estratégicas. Assim, Internet torna-se um dos principais catalisadores de transformações no mundo dos negócios, impulsionando as empresas tradicionais a migrar por este caminho para atingir seus objectivos. O turismo não foge à regra. A revolução da tecnologia da informação causou um forte impacto e profundo na maneira como as viagens e os serviços complementares são anunciados, distribuídos, vendidos e entregues, simplesmente porque o negócio real por trás de viagens é a informação. As empresas cada vez mais se adaptam em função da informação. Neste sentido, a informação tornou-se um elemento-chave para a competição. O crescimento explosivo da Internet é considerado um fenómeno revolucionário em computação e telecomunicações, e está constantemente se expandindo à medida que mais empresas e outras organizações e seus utilizadores aderem a esta auto-estrada de informações.
  • 7. 7 Ao longo deste trabalho são abordados vários pontos que dizem respeito à questão da aplicação das TIC no sector do turismo. No ponto 3 será efectuado um breve enquadramento da escolha deste trabalho, relacionado com o local onde desempenho funções, mais concretamente a Câmara Municipal de Alcochete, na Divisão de Actividades Económicas e Turismo. E qual a situação actual do turismo neste concelho ao nível de indicadores de turismo existentes. Posteriormente será efectuada no ponto 4, uma breve caracterização do concelho de Alcochete No ponto 5 serão abordadas novas formas de gestão para a actividade do turismo ao nível local. No que diz respeito á importância nos dias de hoje á internet no turismo será referida no ponto 6. Os conceitos de internet, intranet e extranet virão no ponto 7. No ponto 8 será analisada a questão da implementação de uma extranet agregando parceiros público-privados, como forma de captação de mais turistas para o concelho de Alcochete. No ponto 9 serão abordadas as tendências futuras das TIC aplicada ao turismo. No ponto 10 são apresentadas as principais conclusões deste trabalho, e por fim, no ponto 11 a apresentação de um glossário com os termos utilizados no trabalho e no ponto 12 e 13 a bibliografia e a webografia utilizadas na consulta de informação para este trabalho. Ao longo deste trabalho, surgiram dificuldades no que concerne à pesquisa de dados estatísticos locais. Por outro lado, as TIC são ferramentas transversais a todos os sectores de uma economia, havendo poucos estudos, análises efectuadas por especialistas na matéria de TIC aplicada à actividade do turismo. Para o desenvolvimento deste trabalho foram efectuadas pesquisas bibliográficas em livros e revistas especializadas, artigos periódicos e páginas na internet. Ao nível de indicadores estatísticos foram efectuadas pesquisas no instituto nacional de estatística de Portugal (INE) e da Marktest. A metodologia adoptada para a realização deste trabalho consistiu em pesquisas através da internet e consulta/leitura de alguns livros da especialidade.
  • 8. 8 Durante a realização deste trabalho surgiram algumas dificuldades em seleccionar a informação mais adequada, visto que existem inúmeras fontes de consulta, sejam bibliográficas ou via internet. 3. ENQUADRAMENTO DO CONCELHO DE ALCOCHETE E O TURISMO O organigrama da Câmara Municipal de Alcochete e faz parte do Regulamento de Organização dos Serviços Municipais (ROSM), tendo sido foi aprovado em 12 de Junho de 2008. A Câmara Municipal de Alcochete tem cerca de 430 trabalhadores.
  • 9. 9 A Divisão de Actividades Económicas e Turismo (DAET) é uma unidade orgânica composta por 4 Sectores, sendo o Turismo um desses sectores. A DAET é a unidade orgânica onde desempenho funções há 2 anos, e foi com base do local onde trabalho que resolvi fazer este trabalho baseando-se na implementação de um extranet como forma de atracção de mais turistas para o concelho de Alcochete. Ao nível de indicadores estatísticos na área do turismo do concelho de Alcochete, são os seguintes: Capacidade de alojamento nos estabelecimentos hoteleiros por 1000 habitantes - Alcochete encontra-se no intervalo entre 17 e 50 camas. (INE, 2008) Dormidas nos estabelecimentos hoteleiros no município de Alcochete 2008 - É integrado no primeiro intervalo até às 12.86 dormidas por ano. (INE, 2008). Estabelecimentos hoteleiros - O Município de Alcochete enquadra-se no intervalo de 4 a 6 estabelecimentos hoteleiros. (INE, 2008). Actualmente, existem seis estabelecimentos hoteleiros com capacidade para 233 camas. Estada média nos estabelecimentos hoteleiros - Os turistas permanecem em Alcochete até ao máximo de 1 dia e meio. (INE, 2008). Hóspedes nos estabelecimentos hoteleiros - se enquadra no 1º quartil, até 7.951. (INE, 2008). Proporção de hóspedes estrangeiros - encontra-se num intervalo até 9,3%. (INE, 2008)
  • 10. 10 4. CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA DO CONCELHO DE ALCOCHETE Alcochete é um concelho do distrito de Setúbal e é um dos 18 municípios da AML, inserindo-se na sub-região da Península de Setúbal (NUTS III), e confinando com os Concelhos do Montijo, Palmela e Benavente. Imagem 1 – Localização geográfica do concelho de Alcochete O concelho tem uma área de aproximadamente 128,5 km2, é composto por três freguesias: Alcochete, Samouco e São Francisco, registando, de acordo com os Censos de 2001, 13 010 habitantes, ainda que actualmente o número de habitantes esteja estimado na ordem dos 16 000 habitantes. Imagem 2 – Freguesias de Alcochete
  • 11. 11 Situado na margem sul do Estuário do Tejo, é porta de entrada para a mais Imagem 3 – Vista aérea de Alcochete importante zona húmida da Europa, beneficia de um acesso privilegiado à capital através da Ponte Vasco da Gama, além dos acessos à auto-estrada do Norte, IC 32, e a ligação à A2. A proximidade com a Reserva Natural do Estuário do Tejo, considerada uma das mais importantes áreas em termos de invernada na Europa, para diversas espécies de aves aquáticas, confere-lhe uma importância e constituem, por si, só um atractivo para os que gostam de desfrutar de momentos únicos de proximidade com a Natureza. (CMA) Imagem 4 – Comunidade de Flamingos Imagem 5 – Flamingo O cenário ímpar produzido pelo singular alinhamento das salinas, habitadas por uma população de elegantes flamingos, visível para quem chega pela ponte Vasco da Gama, e a belíssima paisagem rural típica da Lezíria, constituem mais motivos de interesse para visitar o Concelho. (CMA) Imagem 6 – Salinas do Samouco Imagem 7 – Vista aérea das Salinas
  • 12. 12 A zona ribeirinha de Alcochete alicia o visitante para um passeio encantador pela rica e diversificada paisagem, em termos de avifauna e flora, que culmina na zona ribeirinha de Samouco, totalmente requalificada e devolvida à população. (CMA) 5. NOVAS FORMAS DE GESTÃO PARA A ACTIVIDADE DO TURISMO AO NÍVEL LOCAL No âmbito do reconhecimento das novas dinâmicas que afectam actualmente a actividade do turismo, surgem novos modelos de gestão e planeamento dos destinos turísticos, que permitem que estes se dotem de importantes mecanismos e instrumentos de gestão sustentável e de manutenção de níveis de competitividade no mercado global. Estas formas de gestão cada vez mais participadas, crescentes níveis de colaboração e criação de estruturas em rede que permitam a gestão de destinos turísticos em torno de metas comuns a todos os stakeholders. Estas estruturas que se materializam em DMO têm vindo a emergir e a confirmar a sua relevância, ao mesmo tempo que acompanham a importância concedida aos destinos turísticos de base local, uma vez que estes se posicionam como ponto central de avaliação dos impactos da actividade turística e de implementação da política de turismo. Para que estas estruturas de gestão consigam responder aos recentes desafios e aos crescentes níveis de competitividade da actividade, é necessário que existe um conhecimento rigoroso do sistema turístico que permita avaliar o desempenho e evolução dos destinos e empresas que o integram, para que os gestores consigam desenvolver decisões e respostas informadas e pró-activas adaptadas às conjunturas que vão emergindo. (BRANDÃO, Ana; 2008) A crescente importância da segurança e a necessidade de incorporar noções de ética e sustentabilidade no planeamento e gestão dos destinos turísticos, através da criação de produtos turísticos diferenciados, organizados e sustentáveis que potenciem o desenvolvimento regional e local e a propriedade a longo prazo, são igualmente questões às quais o novo consumidor mais exigente e mais informado está cada vez mais atento e portanto posicionam-se como factores diferenciadores para a competitividade dos destinos. O aumento da competitividade torna necessária a melhoria dos níveis de conhecimento e da monitorização do sistema turístico. Para tal, deverá existir informação de apoio á tomada de decisão, que forneça indicações susceptíveis de promover respostas proactivas às alterações que se processem no meio. Uma das estratégias possíveis de combater os novos desafios que se avizinham, consiste na implementação de uma abordagem que assente numa gestão eficaz dos destinos turísticos de base local, nomeadamente os municípios, considerando que estes constituem o ponto central da avaliação da
  • 13. 13 actividade turística, do desenvolvimento de produtos turísticos e de implementação da política de turismo. Há que salientar a necessidade de cooperação regional e entre os sectores público-privados, bem como o desenvolvimento da investigação sobre o turismo, o que aumentando os níveis de conhecimento sobre a actividade turística, permitirá a criação de políticas mais eficazes de gestão dos destinos. (BUHALIS e COSTA, 2006) O sector do turismo, inevitavelmente, se adaptará às novas realidades emergentes. O número de chegadas internacionais de turistas deverá ascender aos 1,6 milhões em 2020 (UWNTO, 2007). Não obstante, nem todos os destinos turísticos beneficiarão deste crescimento. É necessário implementar estratégias que lhes permitam competir globalmente, adoptando às novas tendências do mercado e às novas formas de gestão de destinos e da base económica do sector que neles se localiza. Os transportes, alojamentos e restauração deverão continuar a constitui-se como sectores mais significativos em termos de consumo turístico e como tal, serão os mais atractivos para os investidores. Os destinos de sucesso serão, assim aqueles que conseguirem oferecer diversidade, qualidade e autenticidade no âmbito das actividades de lazer. A identificação de clusters de produtos e a criação de parcerias e redes entre os sectores público e privado assumem-se como veículos privilegiados para o desenvolvimento de vantagens competitivas locais (BREDA et al, 2005). A aplicação da teoria das redes, permite identificar as inter-relações existentes entre a administração pública, as empresas turísticas e a comunidade, apresentado um enorme potencial para orientar a política e prática de gestão e planeamento dos destinos turísticos. O estabelecimento de redes permite associar uma ou mais organizações envolvidas em relações de longo prazo e que trabalham em conjunto para atingir um objectivo comum podendo observar-se ao nível de destinos ou de estruturas económicas (COOPER e HALL, 2008). Existindo esta inter-relação e inter-dependência entre as organizações turísticas do sector público e privado, verificam-se as condições necessárias para que a governância do destino se desenvolva através do estabelecimento de relações institucionais apropriadas à gestão do turismo, dos seus impactos positivos e negativos e dos interesses dos stakeholders envolvidos. DMO assumem-se como estruturas organizacionais modernas, adaptadas aos novos desafios da actividade do turismo, capazes de implementar uma gestão que se apoia na criação de networks, que se consubstancia na criação de parcerias estabelecidas entre agentes do sector público, privado e das organizações sem fins lucrativos À semelhança de quem tem vindo a acontecer com DMO também os observatórios do Turismo têm vindo a emergir, devido ao reconhecimento da importância da produção de informação para o planeamento e gestão do turismo, necessidade
  • 14. 14 sentida tanto pelas organizações do sector público, como pelas do sector privado. Os observatórios do turismo são já uma realidade em vários destinos No caso do observatório nacional do turismo efectuou-se uma selecção dos indicadores de recolha e análise de informação alojamento, restauração e bebidas, transporte de passageiros, operadores turísticos, agências de viagens e guias intérpretes, ren-a- car, serviços culturais e serviços recreativos e outros de lazer demarcando-se de abordagens passadas que privilegiam a informação relativa ao alojamento e transportes. O sucesso destes observatórios e a evolução do trabalho que tem sido desenvolvido confirmam a importância da gestão da actividade do turismo a nível regional, tendo em vista os seus impactos locais, permitindo perceber as particularidades e o desempenho das actividades turísticas dentro das mesmas. Ritchie e Crouch (2003), defendem a integração da componente de produção de informação e pesquisa na Gestão do Destino Turístico (DMO) visando a utilização efectivas de sistemas que forneçam aos gestores informação orientada à compreensão das necessidades dos utilizadores e ao desenvolvimento de novos produtos. Esta dimensão envolve ainda a monitorização da satisfação dos utilizadores e do desempenho global da actividade do turismo. As DMO devem ainda assumir a responsabilidade de disseminar e facilitar o acesso á informação produzida. Os destinos turísticos de base locais assumem um papel relevante na gestão do turismo, nomeadamente através das estruturas de rede desenvolvidas em torno de alguns aspectos relevantes, tais como a criação de uma nova política para a actividade, gerindo e planeando o seu desenvolvimento através da inventariação da oferta turística, da definição das capacidades e limites de utilização, da análise das motivações da procura e da definição de produtos que estejam em sintonia com a oferta e objectivos de desenvolvimento local. 6. A IMPORTÂNCIA DA INTERNET NO TURISMO No ramo do turismo, a Internet tem sido uma plataforma fundamental para a rápida expansão de serviços de informação, aplicações comerciais, promoção e internet marketing, incluindo sistemas colaborativos, intranet e comércio electrónico. As empresas que actuam no mercado turístico procuram adaptar-se às novas tecnologias, pois com a globalização, a concorrência passa a ser mundial e o cliente cada vez está mais perto do fornecedor.
  • 15. 15 Uma análise dos dados do estudo Netpanel da Marktest mostra que cerca de 60% dos internautas nacionais visitaram sites de turismo durante o ano de 2008, quando navegaram em suas casas na internet. Estes indivíduos visitaram cerca de 119 milhões de páginas destes sites, tendo-lhes dedicado mais de 1,4 milhões de horas de navegação, uma média de 48 minutos por utilizador. De Janeiro a Dezembro de 2008, foram 1 805 mil os residentes no Continente com 4 e mais anos os que visitaram sites de turismo, quando em suas casas navegaram na internet. Este número corresponde a 59.7% dos internautas portugueses. Estes indivíduos visitaram cerca de 119 milhões de páginas destes sites, tendo-lhes dedicado mais de 1,4 milhões de horas de navegação, uma média de 48 minutos por utilizador. Durante o ano, Julho foi o mês com mais visitantes de sites de turismo, que receberam 657 mil utilizadores únicos. Foi igualmente neste mês que se visualizaram mais páginas destes sites, quase 15 milhões, e que mais tempo lhes foi dedicado, mais de 169 mil horas. Figura 1 – Sites de Turismo: n.º utilizadores únicos – Janeiro a Dezembro de 2008 Fonte: MARKTEST, Netpanl, 2009
  • 16. 16 Figura 2 – Sites de Turismo: TOP utilizadores únicos – Janeiro a Dezembro de 2008 Fonte: MARKTEST, Netpanel, 2009 Figura 3 – Sites de Turismo: TOP de páginas visitadas – Janeiro a Dezembro de 2008 Fonte: MARKTEST, Netpanel, 2009
  • 17. 17 Figura 4 – Sites de Turismo: TOP tempo despendido – Janeiro a Dezembro de 2008 Fonte: MARKTEST, Netpanel, 2009 Entre os operadores turísticos, regista-se o site da agência de viagens Abreu, que foi 6º em utilizadores únicos e 5º em páginas visitadas e tempo de acesso. A análise tem como base informação do Netpanel da Marktest, um estudo que analisa o comportamento dos internautas portugueses a partir de um painel de utilização doméstica Diante da perspectiva, ter um site de uma empresa na internet nos dias de hoje já se tornou obrigatório, já não é mais um custo para o empresário, mas sim, um investimento. A Internet é uma óptima ferramenta de divulgação e marketing, mas ter um site não basta. Este deve agregar mais valor para o negócio, nem que seja disponibilizando informações básicas sobre a empresa, que são de extrema importância no mercado. A imagem de uma empresa de turismo na Internet é um meio para criar oportunidades, divulgar produtos e serviços, informações sobre destino, relacionar- se com clientes e futuros clientes, chamar a atenção do utilizador e causar boa impressão em segundos, é o que marca a empresa/destino na web. Para o cliente, o Turismo, até o momento de vivenciá-lo, é somente o conjunto de informações que lhe é disponibilizado. Isso, associado ao fato de a Internet ser uma TI que possibilita disponibilizar, amplamente, a informação de maneira rápida e
  • 18. 18 fácil, fez com que surgissem inúmeros sites especializados em comercializar Turismo pela Internet. Por fim são apresentadas considerações sobre a Internet e o negócio de turismo e são feitas sugestões para futuros trabalhos. Por um lado, os sistemas de informação permitem o acesso a um enorme e detalhado conjunto de informações sobre disponibilidade e preços dos produtos, contribuindo para um incremento nas vendas e lucros. Por outro lado, a Internet, facilitando a comunicação directa entre produtores e consumidores, põe em questão a função de vários agentes intermediários. Tal como acontece noutras áreas da indústria e serviços, o sector de turismo navega a diferentes ritmos de acordo com a capacidade de investimento e da percepção dos proprietários dos empreendimentos em relação à rentabilidade do mesmo. Com uma presença Web já significativamente elevada face a outras indústrias, há ainda muito trabalho a fazer na área da operacionalização das infra-estruturas de comunicação, software de gestão e CRM, mas quem está mais à frente começa a desbravar os novos caminhos ligados às redes sociais, à Web 2.0 e ao potencial da georreferenciação de conteúdos para atrair novos clientes. Os últimos números do Instituto Nacional de Estatística, ainda relativos a 2008, mostravam que 80% dos estabelecimentos hoteleiros em Portugal utilizavam computador no exercício da sua actividade, estando 75% presentes na Internet, sendo o uso destas tecnologias praticamente generalizado para os estabelecimentos com 10 ou mais pessoas ao serviço. As reservas de alojamento através da Internet eram também já um recurso de grande penetração, com aplicação garantida por 65% das entidades incluídas neste «Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação nos Estabelecimentos Hoteleiros». O grau de utilização destas tecnologias variava, porém, de acordo com a dimensão dos estabelecimentos, com a totalidade dos grandes hotéis (com 250 ou mais pessoas ao serviço) a revelarem um recurso mais integrado, com 100% de uso de computadores e presença na Web, um valor que desce para 61,5 % e 57% no caso dos que empregavam menos de 10 pessoas. Mas este é um retrato que – embora favorável – não passa de uma visão superficial, não revelando de que forma as tecnologias são ou não apropriadas pelos agentes ligados ao turismo no dia-a-dia da sua actividade operacional e na relação com os clientes.
  • 19. 19 7. CONCEITO DE INTERNET, INTRANET E EXTRANET Internet – interconexão de milhões de redes de computadores que utilizam um protocolos comum, nomeadamente o Protocolo TCP-IP (LAUDAN, 2008) Intranet - rede interna baseada nas tecnologias e standards da internet (LAUDAN, 2008). A intranet é utilizada num ambiente privado das empresas. As informações transitam numa rede interna, permitindo a comunicação entre empregados e acesso a consulta e informações, além de conversas on-line. As informações sigilosas percorrem um caminho mais seguro com adopção de sistemas de senhas de acesso com direitos específicos de acordo com a função na empresa. As transmissões de dados são feitas normalmente em banda larga, com velocidade superior a internet. Extranet - rede de computadores privada que está acessível a entidades externas. (LANDAN, 2008) Usa o mesmo protocolo que a Internet e facilita a comunicação entre fornecedores, clientes ou outros negócios que partilhem objectivos comuns. Os benefícios da existência de uma extranet são vários, permitindo a interligação com todos os parceiros estratégicos da empresa onde é estabelecida uma rede de valor. Alguns dos benefícios associados à utilização de uma extranet: acompanhamento de processos, produtos e projecções elaboradas, processamento de encomendas, colaboração com sugestões e críticas, interacção com todos os departamentos da empresa, aplicações b2b. 8. IMPLEMENTAÇÃO DE UMA EXTRANET DIRECCIONADA AO TURISMO A implementação de uma extranet direccionada para o turismo teria um forte impacto directamente junto dos turistas. Esta extranet teria como objectivo agregar as unidades hoteleiras, estabelecimentos de restauração, outras entidades públicas como a Reserva do Estuário do Tejo, a
  • 20. 20 Fundação João Gonçalves Júnior cujas Salinas são propriedade desta entidade, Freeport, e toda a informação turísticas do concelho de Alcochete, tipos de transporte existentes, animação cultural. Os players teriam acesso através do site da Câmara Municipal de Alcochete, nomeadamente www.cm-alcochete.pt e a partir de um ícone como por exemplo Turismo in Alcochete. Vantagens A extranet permite gerar mais valor para o seu negócio na medida que pode concentrar todas as suas ofertas na extranet em tempo real. Unidades Hoteleiras disponibilidade das características da unidade hoteleira, reservas on-line, pacotes promocionais em parceria com a Câmara Municipal de Alcochete com descontos ao nível de animação cultural desde passeios fluviais na embarcação tradicional Alcatejo até à Reserva Natural do Estuário do Tejo, programas culturais no Fórum Cultural de Alcochete. No sector hoteleiro, as empresas têm de possuir sistemas de reserva, websites, programas de fidelização, programas de gestão de relacionamento com os clientes. Estes factores são críticos para a competitividade do sector Unidades de Restauração: a extranet iria permitir que o potencial turista tivesse acesso de imediato a todas as unidades de restauração, pratos do dia, localização via GPS e através do SIG Outras entidades: RNET – a parceria com a RNET está intimamente relacionada com a realização de passeios na Reserva, bem como informações adicionais sobre as aves, seus habitats, nidificação. Fundação João Gonçalves Júnior, por ser detentora de 45ha de salinas, outrora elemento associado á economia local. Os turistas poderão realizar passeios guiados até às salinas. Claro que outras entidades seriam de crucial importância estarem na extranet, como a Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898, Clubes desportivos, Associação Gil Teatro entre outros como entidades ligadas à animação cultural e desportiva essenciais para diferenciar e qualificar o destino e consequentemente atracção de turistas. A animação cultural, desportiva deverá tornar-se no elemento dinâmico do sector turístico, responsável pela atracção de turistas, enquanto o alojamento, a restauração são responsáveis pelo apoio e pela qualidade do meio onde as
  • 21. 21 experiências acontecem. Num contexto de elevada competitividade, será a capacidade de oferecer experiências de lazer únicas e diferenciadas que permitirá criar oportunidades económicas para que as empresas e os destinos turísticos evidenciem crescentes vantagens competitivas no concelho de Alcochete. A actualização tecnológica é de grande importância para as entidades na área do turismo, e gestão de destinos turísticos locais, pois melhora a eficiência e a eficácia operacional, facilita processos, oferece mais informações e aumenta a eficiência do sector. É necessário que a Internet seja utilizada aproveitando todos os seus recursos, como instrumento estratégico para agregar valor e gerar economia para o turismo. Através do registo dos fornecedores, parceiros públicos e privados, a extranet deverá permitir a obtenção de dados estatísticos, de forma a avaliar as dimensões da oferta e da procura e os impactos resultantes da interacção dos vários parceiros e como da afluência dos utilizadores e motivações, perfis. Baseada na informação recebida pelos parceiros público-privados, terá que ser construído um portal (centro aglomerador e distribuidor de conteúdos) como forma de disponibilizar todos os serviços e recursos do concelho de Alcochete. Este portal direccionado ao turismo no concelho de Alcochete, permitirá que o turista tenha acesso a toda a informação relativamente a este concelho, desde ao alojamento, permitindo fazer reservas on-line, características dos quartos. Na restauração obter informações sobre os restaurantes, abertos, menu do dia, preços médios. Ao nível de animação turística, o turista poderá aceder à oferta cultural para vários dias, compra de bilhetes para um espectáculo, agendamento de visitas guiadas, reserva e pagamento de bilhetes para passeios fluviais na embarcação fluvial Alcatejo, localização e tipos de trabalhos realizados pelos artesãos do concelho. Ou seja, num só portal estará todo o tipo de serviços e recursos turísticos de forma a facilitar todo a informação sobre o destino Alcochete, poupando tempo e recursos, tornando-se numa destino com qualidade, diferenciador para o utilizador mesmo antes deste sair de casa. O turista também poderá aceder aos operadores turísticos existentes no concelho de forma a obter serviços ad-hoc. Os transportes também estarão disponíveis, desde horários de transportes como autocarros, reserva de passagem de avião do seu destino para Lisboa. Possibilidade de efectuar a reserva e pagamento de rent-a-car. O portal permite que todos os serviços, recursos estejam acessíveis aos turistas, trazendo como vantagens agregação, havendo uma maior eficácia do processo e poupando recursos financeiros e humanos.
  • 22. 22 A extranet também permitirá obter a satisfação dos stakeholders, como forma quer de rentabilizar o seu negócio, quer ao nível promocional das entidades público- privados, dinamizando todos os sectores transversais à actividade turística. Referente aos fornecedores e outros parceiros público-privados, a forma de comunicação com a Câmara Municipal de Alcochete seria através de formulários específicos (ou aplicações concebidas para o efeito), direccionada a cada sector/parceria de forma a serem preenchidos semanalmente ou mensalmente de acordo com as necessidades. Exemplos de utilização de formulários: menu de um restaurante para a semana, promoções da semana de unidade hoteleira, ofertas de viagens ou de espectáculos culturais, desportivos na compra de 2 noites do Hotel Al-Foz, ou workshop sobre birdwatching promovido pela RNET, ou realização de um passeio pedestre nas salinas com oferta de um passeio fluvial na embarcação tradicional Alcatejo pela RNET. Os stakeholders receberão semanalmente a newsletter com informação ad-hoc de acordo com as preferências na altura do registo de entrada. A Portal também verá ser contemplado o Sistema de informação geográfica (SIG) para que os turistas obtenham informação por exemplo da localização de um hotel, de um restaurante, museu, RNET ou mesmo da Câmara municipal de Alcochete. O SIG permite cruzar diferentes elementos culturais, de entretenimento e até turismo de natureza e histórico com a oferta de alojamento e gastronomia, factores cada vez mais ligados aos pontos-chave de decisão de destinos de viagem, apresentando-a de forma mais interactiva ao utilizador. A ligação a sistemas de referência geográfica e de integração com plataformas Web 2.0 estão certamente na rota das tendências dos próximos anos, onde os utilizadores são cada vez mais conhecedores das ferramentas de pesquisa e cruzamento de informação, e exploram as plataformas Web de forma mais intensa para escolha dos destinos de férias e lazer, mas as apostas do sector têm de passar também pelo reforço da informação para smartphones e outros equipamentos móveis. O portal deverá contemplar inquéritos de satisfação do utilizador bem como deverá contemplar o armazenamento de dados estatísticos sobre quais as pesquisas que o utilizador tem preferência, frequência da pesquisa no portal entre outros indicadores estatísticos importantes para melhorar o turismo no concelho de Alcochete. O Portal do Turismo in Alcochete será contemplado nas redes sociais como fonte de referenciação de experiências únicas vividas no concelho de Alcochete. As redes sociais são um meio de promoção, especialmente no Twitter e no Facebook, dois dos serviços com maior visibilidade, embora de forma ainda incipiente.
  • 23. 23 O portal do turismo in Alcochete estaria traduzido em 4 línguas: inglês, francês, alemão e espanhol, para ser acessível aos principais mercados emissores do turismo para Alcochete. Uma organização moderna precisa de sistemas de informações eficientes e fáceis de utilizar a fim de desenvolver um turismo sustentável, num ambiente globalizado e altamente competitivo. Desde a promoção do serviço junto de potenciais clientes à oferta de serviços dentro das instalações hoteleiras, a extranet com portal será apontada para todos os players como geradora de oportunidades em diferentes níveis. 9. TENDÊNCIAS DAS TIC APLICADAS AO TURISMO LOCAL Participação dos Turistas – deverá haver uma promoção da participação dos turistas. Exemplo de sucessos: TripAdvisor, TravBuddy, onde milhões de utilizadores partilham as suas experiências. A inteligência colectiva é superior a qualquer outra fonte de conteúdo, e além disso é gratuito. Atenção e serviço de alta disponibilidade – o turista não tem que esperar pela informação que solicita. É de crucial importância haver um sistema de suporte que responda em tempo real às consultas recebidas através da Web. Ubiquidade da Informação e Serviços – devem prever o acesso a determinada informação através de subscrições onde se forneça informação adaptada aos novos receptores, nomeadamente aos telemóveis e PDA Personalização da Informação e Serviços – devem permitir obter resultados personalizados – informação ad-hoc, e até guardar o histórico de pesquisas realizadas pelo turista, referentes à subscrição de ofertas para destinos de acordo com o ranking de preços definidos. Geolocalização de conteúdos e Serviços – Devem integrar nas suas ofertas atractivos mashups de mapas. Por exemplo, o Bookings mostra um mapa com a localização do hotel que quwer reservar, o Hostel Bookers faz o mesmo com as pousadas e o TripAdvisor com a atracção que deseja visitar.
  • 24. 24 Suportes e Canais “Multimédia” – devem contar com diferentes vídeos, fotos e podcasts que proporcionem uma experiência integral ao utilizador. Trivop, por exemplo é um vídeo guia de unidades hoteleiras, tirando proveito deste contexto permitindo aos potenciais turistas ver vídeos panorâmicos de hotéis, unidades de restauração, museus, ou paisagens mais marcantes de uma localidade, que se podem encontrar através da sua localização, qualificação. Interconexão e Agregação de Serviços – devem combinar serviços e informação como os sites Kayak, Sidestep, Mobissimo ou Lifecooler, que integram motores de buscas de voos, hotéis, automóveis de aluguer que permitam encontrar as ofertas mais baratas on-line. Mas é essencial que o site permita integrar o mapa da Tripadvisor com os destinos visitados ou a informação da Dopplr com as viagens que o turista vai realizar. (VARELA, Jesus; 2009) Sistemas Inteligentes e Previsão da Informação – devem gerar previsão de preços segundo os critérios de busca que sugiram comprar agora ou esperar segundo a percentagem de probabilidade que o preço suba ou baixe. Outros factores que é necessário referir é que no serviço ao cliente continuam a ser dominados pelo aumento do sistema de reservas on-line e por serviços de reserva pessoal, que incluem informação detalhada sobre a área envolvente e direcções a seguir. O sistema wireless está a expandir-se rapidamente em muitos sectores transversais à actividade do turismo, que actualmente fornecem este serviço gratuitamente. A rede wireless compatível com dispositivos PDA está na ordem do dia e a avançar rapidamente. O e-commerce continua a entrar diariamente na vida dos turistas. A junção ou alianças estratégicas entre as unidades hoteleiras, unidades de restauração, autarquias e retalhistas crescem á medida que os turistas procuram usar os benefícios de programas de fidelidade. As decisões de gestão avançam usando cada vez mais softwares de apoio, como de gestão da relação com os clientes, gestão da propriedade, gestão energética, gestão de bases de dados, controlo de custos e sistemas de gestão de receitas. Os executivos terão de enfrentar o desafio de como integrar estas aplicações num sistema perceptível global. (OLSEN, Michael)
  • 25. 25 10. CONCLUSÃO Com a realização deste trabalho desenvolvemos os conceitos de internet, intranet, extranet, entre outros, e perceber um pouco melhor a realidade da TIC no turismo. Os novos perfis de turistas estão a criar novas necessidades ao nível de tecnologias que tem surgido na medida em que mais e mais organizações utilizam-se das ferramentas de BI, está a provocar também que apareçam novas necessidades de análise das informações disponibilizadas. A globalização afecta profundamente o modo como as localidades estão a transformar em todo o mundo: na actualidade os agentes que competem no mercado global para captar, reter e formar talentos, já não são os países como acontecia há 10 anos atrás, mas sim as localidades que competem entre si. Cada vez se torna mais necessário o direccionamento para as Cidades inteligentes, que combinem de forma positiva o seu tamanho, densidade populacional e diversidade para estabelecer conexões positivas e diferenciadas. As cidades inteligentes são aquelas capazes de organizar e integrar em rede três agendas de prioridades que geralmente aparecem em separado: a individual, a governamental e a empresarial. Exemplos destes casos são as instituições públicas e entidades privadas que trabalham em conjunto no consórcio “Turismo de Barcelona” para responder ao exigente ambiente sócio económico actual e incrementar os níveis de desenvolvimento e propriedade. Trata-se de um ferramenta que responde aos desafios que derivam da globalização e do planeamento urbano e turístico, pois potencia a interlocução entre agentes, distribui o protagonismo, facilita a convergência entre as agendas, impulsiona o papel dos facilitadores, permite vislumbrar um novo futuro e supera dinâmicas sectoriais. Para além das ambições, é fundamental existirem acessibilidades fáceis, infra- estruturas adequadas e capacidade de organização para Alcochete se posicionar em qualquer dos níveis escolhidos num mercado internacional e nacional e local cada vez mais competitivo, com tendência a ser diferenciador, com qualidade. É necessário disponibilizar toda a informação dos recursos turísticos existentes no concelho, para além dos motivos de atracção, propostas culturais e de animação, que tornem a estada mais agradável e motivadora para um regresso do turista. Não basta ter coisas boas dispersas, é necessário que haja qualidade, facilidade de fruição, em programas originais e com continuidade. As possibilidades de sucesso resumem-se a questões muito simples: ter imaginação e a capacidade para ser diferente, original e melhor.
  • 26. 26 11. GLOSSÁRIO Cluster – a essência dessa metodologia de gestão adoptada com sucesso por diferentes sectores da economia e em diversos países Mashups – website ou uma aplicação web que usa conteúdo de mais de uma fonte para criar um novo serviço completo PDA – computador de dimensões reduzidas (cerca de A6), dotado de grande capacidade computacional, cumprindo as funções de agenda e sistema informático de escritório elementar, com possibilidade de interconexão com um computador pessoal e uma rede informática sem fios — Wi-Fi — para acesso a correio electrónico e internet. Podcasts - forma de publicação de arquivos de mídia digital (áudio, vídeo, foto, PPS, etc…) pela Internet, através de um feed RSS, que permite aos utilizadores acompanhar a sua actualização. Com isso, é possível o acompanhamento e/ou download automático do conteúdo de um podcast. A palavra "podcasting" é uma junção de iPod - marca do aparelho de midia digital da Apple de onde saíram os primeiros scripts de podcasting -, ou a sigla para Personal On Demand (numa tradução literal, algo pessoal e sob demanda), e broadcasting (transmissão de rádio ou televisão). A série de arquivos publicados por podcasting é chamada de podcast. Site – conjunto de páginas web, isto é, de hipertextos acessíveis geralmente pelo protocolo HTTP na Internet. O conjunto de todos os sites públicos existentes compõe a World Wide Web. As páginas num site são organizadas a partir de um URL básico, ou sítio onde fica a página principal, e geralmente residem no mesmo directório de um servidor. As páginas são organizadas dentro do site numa hierarquia observável no URL, embora as hiperligações entre elas controlem o modo como o leitor se apercebe da estrutura global, modo esse que pode ter pouco a ver com a estrutura hierárquica dos arquivos do site. Smartphones - telefone celular com funcionalidades avançadas que podem ser estendidas por meio de programas executados no seu Sistema Operacional. Os Sistemas Operacionais dos Smartphones são "abertos" (não confundir com código- fonte aberto), o que significa que é possível que qualquer pessoa desenvolva programas que podem funcionar nesses telefones. Numa tradução livre, do inglês "smartphone" - "telefone inteligente". Usualmente um smartphone possui características mínimas de hardware e software, sendo as principais: capacidade de conexão com redes de dados para acesso à internet, capacidade de sincronização dos dados do organizador com um computador pessoal e agenda de contatos que utiliza toda a memória disponível no celular
  • 27. 27 Stakeholders – compreende todos os envolvidos em um processo, que pode ser de carácter temporário (como um projecto) ou duradouro (como o negócio de uma empresa ou a missão de uma organização ).O sucesso de qualquer empreendimento depende da participação de suas partes interessadas e por isso é necessário assegurar que suas expectativas e necessidades sejam conhecidas e consideradas pelos gestores. De modo geral, essas expectativas envolvem satisfação de necessidades, compensação financeira e comportamento ético. Cada interveniente ou grupo de intervenientes representa um determinado tipo de interesse no processo. O envolvimento de todos os intervenientes não maximiza obrigatoriamente o processo, mas permite achar um equilíbrio de forças e minimizar riscos e impactos negativos na execução desse processo. Uma organização que pretende ter uma existência estável e duradoura deve atender simultaneamente as necessidades de todas as suas partes interessadas. Para fazer isso ela precisa "gerar valor", isto é, a aplicação dos recursos usados deve gerar um benefício maior do que seu custo total. Wifi - marca registada da Wi-Fi Alliance, que é utilizada por produtos certificados que pertencem à classe de dispositivos de rede local sem fios (WLAN) baseados no padrão IEEE 802.11. Por causa do relacionamento íntimo com seu padrão de mesmo nome, o termo Wi-Fi é usado frequentemente usado como um sinônimo para a tecnologia IEEE 802.11. Seu nome é uma abreviação do termo inglês Wireless Fidelity, que significa Fidelidade Sem Fio. Wireless – rede de computadores sem a necessidade do uso de cabos – sejam eles telefônicos, coaxiais ou ópticos – por meio de equipamentos que usam radiofrequência (comunicação via ondas de rádio) ou comunicação via infravermelho, como em dispositivos compatíveis com IrDA. Seu uso mais comum é em redes de computadores, servindo como meio de acesso à Internet através de locais remotos como um escritório, um bar, um aeroporto, um parque, ou até mesmo em casa, etc.
  • 28. 28 12. BIBLIOGRAFIA ANTOS, Maribel Yasmina, RAMOS, Isabel, (2009) Business Intelligence – Tecnologias da Informação na Gestão do Conhecimento; 2ª edição; FCA. BRANDÃO, A.F. (2007), Os observatories do Turismo como meios de apoio á gestão e à competitividade. Tese de mestrado, Universidade de Aveiro, Aveiro BREDA, Z., COSTA C. et Al, (2005), Clustering and networking the tourism development process, Enzo Albano, Naples BUHALIS. D., COSTA C. (2006), Tourism Management Dynamics: Trends Management and Tools, Elsevier, London COOPER, C. HALL, C. M. (2008), Contemporary Tourism: An Internacional Approach, Elsevier, Oxford and Burlington LAUDON, Kenneth C., LAUDON, Jane P. (2006); Management Information Systems – Managing The Digital Firm; 10ª edição; Pearson Prentice Hall. OLSON, Michael, (2007), Antecipar e preparar a Mudança in Turismo em 2007, Future Trends, Porto RITCHIE, J.B, CROUCH, G. I (2003), The competitive Destination – A sustainable Tourism perspective. CABI Publishing, Cambridge. UNWTO (2007), Tourism Highlights 2007, Edition UNWTO, Madrid VARELA, Jesus, (2009) Turismo 2.0 vs Web 2.0 in Turismo em …2009, Future Trends, Porto, 13. WEBOGRAFIA CÂMARA MUNICIPAL de ALCOCHETE (2010), Turismo, consultado em 02 de Junho de 2010 em http://www.cm- alcochete.pt/pt/conteudos/areas+interesse/turismo/