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Portugal – evolução da população
   Na observação que é feita à população residente no nosso país, por sexo, nota-se uma
tendência algo crescente da relação de masculinidade (relação de nº de homens e
mulheres numa dada população). Este indicador populacional (Quadro 1.1 – Indicadores
de população) está relacionado com a evolução positiva da esperança de média de vida,
com destaque nos homens. A esperança de vida à nascença em Portugal, no ano de
2001, era de 73,4 anos nos homens e 80,4 anos nas mulheres. Já em 2006, verificou-se
de novo um aumento deste indicador, passando para 75,2 anos para os homens e 81,7
anos nas mulheres. A variação positiva para ambos os sexos, entre 2001 e 2006, foi mais
acentuada nos homens (2,4%) do que nas mulheres (1,7%). Os valores da relação de
masculinidade situavam-se nos anos de 1991, 2001 e 2006, respectivamente em 93,0,
93,4 e em 93,8 homens por 100 mulheres.

                             Indicadores de população




Quadro 1.1 (1ª parte)




Quadro 1.1 (2ª parte)



                                          1
Em relação à análise da população por idades (Quadro 1.2 – População residente
segundo os grandes grupos etários e o sexo), a população foi dividida em quatro grupos
etários: indivíduos dos 0 aos 14 anos, dos 15 aos 24 anos, dos 25 aos 64 anos e com 65
ou mais anos. Em 2006, as estimativas da população em Portugal, na relação aos grupos
etários anteriormente considerados foram as seguintes: 1 637 637 (15,5%), 1 265 531
(11,9%), 5 867 310 (55,4%), 1 828 617 (17,2%). Em 2005, a distribuição proporcional
pelos mesmos escalões etários era feita do seguinte modo: 15,6%; 12,2%; 55,1%; 17,1%.
    Apesar das tendências dos fenómenos demográficos serem avaliados em
observações de períodos mais extensos, a evolução entre 2005 e 2006, vem confirmar o
envelhecimento da população portuguesa. Este envelhecimento populacional observa-se
quer na base quer no topo, com a diminuição da população mais jovem e o aumento na
proporção da população idosa. O índice de envelhecimento, nestes últimos dois anos
seguidos, passou de 110,1 para 111,7 idosos (65 ou mais anos) por cada 100 jovens (dos
0 aos 14 anos).

   População residente segundo os grandes grupos etários e o sexo




Quadro 1.2 (1ª parte)




Quadro 1.2 ( 2ª parte)



                                          2
Nos dados sobre a natalidade, é de reparar que em Portugal, há aproximadamente 25
anos que o índice sintético de fecundidade (calculo do nº médio de crianças nascidas
vivas por cada mulher) não atinge o valor mínimo de 2,1, para o renovar de gerações. Em
2006, este índice foi de 1,4 crianças vivas por mulher, valor idêntico no ano anterior. A
taxa bruta de natalidade (relação entre nº de nados-vivos ocorrido durante um ano e a
população média desse ano) foi em 2006 de 10 nados-vivos por cada mil habitantes, o
valor conhecido mais baixo desde sempre. Para comparação, os valores desta taxa foram
de 10,4‰, em 2005 e de 11,7‰, em 2000. Estas diminuições devem-se às dificuldades
económicas, o que faz com que os casais tenham menos filhos, e à vida laboral que os
casais mais jovens têm, dando demasiado tempo e atenção à carreira no trabalho,
podendo acontecer que uma situação origine a outra.

    No que se refere à taxa de mortalidade, em 2006 o número de óbitos de residentes
em Portugal foi de 101 990, contra os 107 462 que pereceram em 2005. Por
consequência, esta quebra teve reflexos na taxa bruta de mortalidade (relação entre nº de
óbitos registado durante um ano e a população média desse ano) que em 2006 foi de 9,6
mortes por cada mil habitantes, taxa mais baixa desde o ano de 1990 (Quadro 1.3 -
Movimento da população). Já nos anos de 2005 e 2000, os valores foram 10,2‰ e de
10,3‰, respectivamente.




                            Movimento da População




Quadro 1.3 (1ª parte)




                                           3
No ano 2006, celebraram-se 47 857 casamentos em Portugal, menos 814 do que as
uniões efectuadas no ano anterior. Na forma de como foram celebrados (católico e civil),
a evolução entre estes dois anos divergiu pois enquanto nos casamentos católicos ouve
uma diminuição (menos 1859), o número de casamentos civis aumentou (mais 1033). A
proporção de casamentos católicos manteve a maioria (52,1%), mas se formos reparar
em dados mais antigos (Quadro 1.3 – Movimento da população), têm diminuído
gradualmente desde 1990. Nesse ano, dos 71 654 casamentos realizados, 72,5% foram
realizados em igrejas católicas.

    O número de divórcios decretados em Portugal (2006) foram 22 881, um nº um pouco
superior aos 22 576 que tinham sido decretados no ano anterior. Estabelecendo-se uma
relação de correspondência entre o número de divórcios decretados e o número de
casamentos celebrados, em 2006, esta relação diz-nos que foram decretados 4,8
divórcios por cada 10 casamentos. Este rácio foi de 4,6 divórcios em 2005 e no ano 2000
de 3 divórcios por 10 casamentos.




                            Movimento da População




Quadro 1.3 (2ª parte)




    Dados indicam que existem 329 898 estrangeiros que possuem estatuto legal para
residência em Portugal. Assim, entre 2005 e 2006, registou-se um aumento de 55 267
                                          4
estrangeiros com estatuto de residência (Quadro 1.4 – População estrangeira com
estatuto legal de residente), traduzido num aumento de 20,1%, do ano 2005 para o ano
2006. Este aumento algo significativo deveu-se à conversão de “Autorizações de
Permanência”, concedidas pelo Ministério da Administração Interna através do SEF
(Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) em 2001, ao abrigo da legislação em vigor. A
distribuição por sexo dos estrangeiros legalmente residentes, em 2006, mostra uma
predominância de homens. A relação de masculinidade indica que por cada 100
mulheres existem 121 homens com residência legalizada. Na óptica da distribuição por
país de nacionalidade, em 2006, os três primeiros lugares pertencem a países
pertencentes à CPLP: Cabo Verde, Brasil e Angola. Já no 4º lugar encontra-se a Ucrânia
que se tornou um país de muita emigração não só para Portugal como para um pouco de
toda a Europa (Gráfico 1.1 ). Em 5º lugar a Guiné-Bissau, outro país da comunidade
lusófona.

   População estrangeira com estatuto legal de residente (segundo
                   nações mais representativas)




Quadro 1.4

  População estrangeira com estatuto legal de residente (principais
                      nacionalidades) - 2006




        Gráfico 1.1


                             Índices Económicos
                                          5
A estimativa rápida para o PIB (produto interno bruto) aponta para um crescimento
homólogo de 0,9% no 1º trimestre, tendo o valor para o 4º trimestre de 2007 sido revisto
em baixa para 1,8% (Gráfico 2.1 ). O abrandamento estará relacionado com um menor
dinamismo da procura interna, particularmente do investimento, mas também com
efeitos de calendário (mais 3 dias úteis no 4º trimestre de 2007 e menos um dia útil no
1º trimestre de 2008, face aos trimestres homólogos).




        Gráfico 2.1



    O crescimento do consumo privado terá estabilizado no 1º trimestre. Em relação à
procura externa (Gráfico 2.2 ), registou-se, em termos nominais, um abrandamento de
ambos os fluxos (importações e exportações) do comércio internacional, mais intenso no
caso das exportações que desaceleraram mais de 1 ponto percentual. Dada o grande
aumento do preço do barril de petróleo observada no 1º trimestre (Quadro 2.1 ), o
abrandamento das importações em volume terá sido mais expressivo que o observado
em termos nominais. No 1º trimestre de 2008, o indicador de clima (Gráfico 2.3 )
estabilizou, tendo apresentado uma pequena recuperação em Março e Abril. No mês de
Abril, o nível de confiança dos empresários em Portugal (Gráfico 2.4 ) aumentou na
Construção e nos Serviços, mas no entanto diminuiu na Indústria e, ligeiramente, no
comércio.
    Neste 1º trimestre,o indicador de actividade económica abrandou, essencialmente à
desaceleração registada em Março, que retomou o movimento de Janeiro, situando-se no
valor mais baixo dos últimos nove meses. Os dados provenientes dos Indicadores de Curto
Prazo também revelou uma menor dinâmica na actividade económica no 1º trimestre,
justificado sobretudo pelo andamento verificado em Março, em que se registaram
inclusive variações homólogas mensais negativas, depois de em Fevereiro se terem
registado crescimentos homólogos elevados.




                                           6
Gráfico 2.2




Gráfico 2.3




Gráfico 2.4



              7
Estas evoluções mensais foram influenciadas pelo calendário (mais um dia útil em
Fevereiro e menos 2 dias em Março comparativamente aos meses homólogos de 2007).
Assim, em Março, o índice de volume de negócios nos serviços abrandou de 5,7% para
3,0%, parando a trajectória ascendente que se vinha observando desde o 1º trimestre de
2007 (Gráfico 2.5 ), que culminara com o crescimento homólogo mais elevado desde
Junho de 2004. Neste mês, apenas o Comércio a Retalho e a secção de actividades
imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas não evoluíram no mesmo
sentido do índice total, o que no primeiro caso poderá estar ligado ao facto da Páscoa se
ter registado em Março em 2008 e em Abril em 2007.
    Refira-se que, em termos de variações homólogas mensais, o índice registou -3,8%
em Março (8,9% em Fevereiro), a primeira diminuição desde o final de 2006. O índice de
volume de negócios na indústria transformadora também abrandou de forma significativa
em Março, apresentando um crescimento homólogo nominal de 3,9% (menos 3,3 p.p. do
que no mês anterior).

    Em termos de classificação agregada da indústria transformadora, observaram-se
queda de valores em todos os agrupamentos. Refira-se que também este índice registou
uma variação homóloga mensal negativa em Março (-3,9%, o que compara com 10,6%
em Fevereiro). O índice de produção da indústria transformadora passou de uma taxa de
variação homóloga de 1,6% em Fevereiro para -0,1% em Março, devido ao andamento no
mesmo sentido de todos os agrupamentos, retomando a trajectória descendente iniciada
em Maio de 2007 e registando o mínimo desde Novembro de 2005.

    Em termos de variação homóloga mensal passou de 2,3% em Fevereiro para -2,7%
em Março. Contudo, refira-se que o saldo de respostas extremas nas opiniões dos
empresários da indústria transformadora sobre a procura global aumentou em Abril,
interrompendo a trajectória descendente iniciada em Julho. O índice de produção da
construção interrompeu o movimento ascendente iniciado em Março de 2007, passando
de uma variação homóloga de 0,1% (máximo desde Maio de 2002) em Fevereiro para
-2,7% em Março. Em termos de variação homóloga mensal passou de 0,5% em Fevereiro
para -6,4% em Março.




         Gráfico 2.5



                                           8
Consumo


    No 1º trimestre o indicador quantitativo (Gráfico 2.6 ) do consumo privado estabilizou,
tendo o consumo corrente acelerado e o duradouro abrandado. Em termos mensais, em
Março o indicador quantitativo do consumo privado deteriorou-se, anulando                a
recuperação do mês anterior, em resultado do comportamento no mesmo sentido da
componente de consumo duradouro. A desaceleração do indicador de consumo
duradouro foi determinada pelo comportamento negativo de todas as suas componentes,
mas principalmente da referente à aquisição de automóveis (Quadro 2.1 ).
    Por sua vez, o indicador de consumo corrente estabilizou, em consequência de
movimentos opostos das suas componentes. Assim, a componente de consumo
alimentar recuperou nos últimos três meses, o que em Março poderá estar associado ao
efeito da Páscoa já referido, registando o máximo desde o final de 2004, enquanto que a
componente de consumo corrente não alimentar abrandou ligeiramente em Março, o que
se deveu ao agravamento observado nos agrupamentos de vestuário e calçado, de
combustíveis e de electricidade.
    O indicador qualitativo do consumo (Gráfico 2.6 ), baseado nas opiniões dos
empresários do comércio a retalho, deteriorou-se em Março e Abril. Por sua vez, o
indicador de confiança dos consumidores recuperou em Abril, interrompendo a trajectória
descendente iniciada em Novembro de 2006.




         Gráfico 2.6



                                       Investimento

    O indicador de formação bruta de capital fixo abrandou de forma significativa do 4º
trimestre de 2007 para o 1º trimestre de 2008, demonstrando o andamento negativo na
construção. Em termos mensais, o indicador abrandou significativamente nos três
primeiros meses do ano, tendo a sua evolução de Março resultado da deterioração das
componentes de construção e de material de transporte, enquanto que a de máquinas e
equipamentos recuperou ligeiramente.

                                            9
As vendas de veículos comerciais pesados registaram fortes abrandamentos nos
quatro primeiros meses do ano, progressivamente menos intensos, mas continuaram a
apresentar em Abril um crescimento homólogo elevado de 17,3%. As vendas de veículos
comerciais ligeiros passaram de uma variação homóloga de -18,0% em Março para
-16,9% em Abril, contrariando o movimento dos três meses anteriores (Quadro 2.1 ). Por
sua vez, as vendas de veículos ligeiros de passageiros para empresas de aluguer de
automóveis e táxis apresentam valores descendente desde Dezembro, passando de uma
variação homóloga de 13,1% em Fevereiro para -2,1% em Março.
    O indicador relativo à construção também apresentou um forte movimento
descendente nos três primeiros meses do ano, quase que anulando a recuperação que se
verificava desde o final de 2006. Em Fevereiro e Março, o número de fogos licenciados
registou reduções mais acentuadas, atingindo o mínimo desde Fevereiro de 2001, e o
mesmo sucedeu em Março ao licenciamento para construção de habitações novas
(Quadro 2.1 ). Devido à diminuição das grande obras públicas, as vendas de cimento
produzido internamente caíram significativamente, passando em termos homólogos de
+10,8% no 4º para -9,3% no 1º trimestre. Em Abril o cimento registou uma diminuição
menos intensa (-4,7%).
    O saldo de respostas extremas das opiniões dos empresários da construção e obras
públicas sobre a carteira de encomendas recuperou de forma significativa nos dois
últimos meses, atingindo o máximo desde o final de 2002. O indicador de máquinas e
equipamentos (Gráfico 2.7 ), disponível até Abril, abrandou ligeiramente, não prolongando
a recuperação de Março.
     O comportamento deste indicador em Abril foi determinado pela diminuição dos
saldos de respostas extremas das opiniões sobre o volume de vendas e actividade dos
empresários do comércio por grosso de bens de investimento, uma vez que as restantes
componentes, opiniões sobre encomendas a fornecedores e perspectivas de actividade,
recuperaram.




         Gráfico 2.7


                                    Procura Externa

    As opiniões dos empresários da indústria transformadora sobre a carteira de
encomendas externa (Gráfico 2.2 ) recuperaram ligeiramente em Abril, interrompendo a
trajectória descendente iniciada em Agosto passado. As perspectivas dos mesmos
                                          10
empresários sobre a evolução das exportações registaram uma melhoria no apuramento
trimestral de Abril, em relação ao mês de Janeiro.
    De acordo com a informação feita para o SDDS (Special Data Dissemination Standard
– padrão de qualidade da informação estatística a ser prestada pelos países membros do
FMI) sobre o comércio internacional de bens, no 1º trimestre ter-se-á registado um
abrandamento quer das importações (de 12,0% no 4º trimestre para 11,2% no 1º) quer
das exportações (de 5,8% para 4,6%). Em termos mensais, em Março também se terá
registado um abrandamento de ambos os fluxos, em termos nominais. As importações
passaram de uma taxa de variação homóloga nominal de 14,4% em Fevereiro para
11,2% em Março, interrompendo o acentuado movimento ascendente iniciado em Abril
de 2007. As exportações abrandaram 3,4 p.p., registando um crescimento homólogo de
4,6% em Março, compensando assim a aceleração registada em Fevereiro e retomando a
tendência descendente iniciada em Agosto de 2006 (Quadro 2.1 ).


                                         Preços

    Em Abril, a inflação mensal (Gráfico2.8 e Quadro 2.1 ) foi de 2,5%, menos 0,6 p.p. do
que no mês anterior, interrompendo o movimento ascendente iniciado em Outubro. Em
larga medida, esta desaceleração reflecte o efeito mecânico associado ao crescimento de
preços de alguns bens registados em Abril de 2007.
    Assim, os responsáveis pelo abrandamento do índice total foram criação e aumento
de taxas sobre serviços hospitalares (contributo de -0,4 p.p. justificado por um efeito de
base motivado pelo aumento e introdução de taxas moderadoras em Abril de 2007,
alterações que este ano ocorreram principalmente em Janeiro), os produtos de tabaco
(contributo de -0,2 p.p. devido ao desfasamento do efeito do aumento do imposto do
tabaco entre Abril de 2007 e Fevereiro e Março de 2008).
    Não obstante manterem taxas de variação homólogas relativamente elevadas, refira-
se ainda a redução dos contributos para a inflação homóloga em Abril dos produtos
alimentares (de -0,1 p.p. devido aos sub-grupos de carne e peixe) e dos combustíveis (-0,1
p.p.), neste último caso reflectindo também um forte efeito desde a base.

    Em termos da desagregação do IPC entre bens e serviços (Gráfico 2.9 ), ambas as
componentes abrandaram em Abril (0,5 e 0,8 p.p.), registando variações homólogas de
2,3% e 2,8%, respectivamente. O indicador de inflação subjacente abrandou em Abril
para 2,2%, depois de ter estabilizado nos dois meses anteriores em 2,4%. O Indice
Harmonizado de Preços do Consumidor também apresentou uma variação homóloga de
2,5% em Abril, menos 0,6 p.p. do que no mês anterior. O IHPC em Portugal tem vindo a
registar valores inferiores aos do IHPC na AE nos últimos oito meses, aumentando em
Abril para 0,8 p.p..

    O índice de preços na produção industrial (Quadro 2.1 ) estabilizou na indústria
transformadora em Abril na variação homóloga máxima da série iniciada em Março de
2001 (7,2%), depois de ter vindo a acelerar continuamente desde Agosto. Excluindo as
componentes energética e alimentar registou-se um crescimento homólogo de 2,6% em
Abril (mais 0,2 p.p. do que no mês anterior). Em Abril, o euro apreciou-se menos
intensamente face ao dólar e ao iene, apresentando taxas de variação homólogas de
16,5% (menos 0,8 p.p. do que em Março) e de 0,5% (menos 0,4 p.p.), respectivamente
(Quadro 2.1 ).




                                           11
Gráfico 2.8




Gráfico 2.9




              12
13
O desemprego em Portugal

    A população de desempregados em Portugal, foi estimada em cerca de 427 mil
indivíduos no 1º trimestre de 2008, verificando-se uma diminuição em relação ao
período homólogo, de cerca 9,1% (42,9 mil indivíduos) e ao período trimestral de 2,8%
(12,5 mil individuos).
     Estes 427 mil desempregados correspondem a uma taxa de desemprego de 7,6%,
no 1º trimestre de 2008, traduzindo um decréscimo de 0,8 p.p., face ao trimestre
homólogo de 2007, e uma diminuição de 0,2 p.p., em relação ao trimestre anterior. A
taxa de desemprego dos homens (6,4%), neste 1º trimestre, foi inferior à das mulheres
(8,9%) em 2,5 p.p.. A taxa de desemprego das mulheres diminuiu, quer em relação ao
trimestre homólogo (1,0 p.p.), quer ao anterior (0,7 p.p.). A taxa de desemprego nos
homens diminuiu face ao trimestre homólogo (0,7 p.p.) e aumentou face ao trimestre
anterior (0,2 p.p.).
    Neste 1º trimestre de 2008, a taxa de desemprego nos jovens (15 a 24 anos) foi de
16,4%, valor inferior ao observado no trimestre homólogo de 2007, em 1,7 p.p., e
também inferior em relação ao 4º trimestre de 2007, em 0,4 p.p.. Aquela taxa equivale
a mais do dobro da taxa de desemprego global. O número de desempregados jovens
representava, no 1º trimestre de 2008, 19,8% do total de desempregados, percentagem
ligeiramente superior à do trimestre anterior (19,7%), mas inferior à do trimestre
homólogo de 2007 (20,3%).
    A taxa de desemprego dos indivíduos com nível de escolaridade completo, que
corresponde ao 3º ciclo do ensino básico, foi de 7,7%, no 1º trimestre de 2008, valor
inferior ao observado para os indivíduos com ensino secundário e pós-secundário
(7,9%), mas superior ao observado para os indivíduos com nível de ensino superior
(6,8%).
    A taxa de desemprego dos indivíduos com nível de escolaridade básico desceu 0,9
p.p., face ao trimestre homólogo de 2007, e manteve o nível do trimestre anterior. A
taxa de desemprego dos indivíduos com nível de escolaridade correspondente ao ensino
secundário e pós-secundário desceu, face ao 1º trimestre de 2007 (0,8 p.p.), tendo
diminuído também, embora ligeiramente, face ao período anterior (0,1 p.p.). A taxa de
desemprego dos indivíduos com ensino superior diminuiu 0,3 p.p., face ao trimestre
homólogo, e na relação com o 4º trimestre de 2007, diminuiu 1,3 p.p.. O número de
desempregados à procura de emprego há 12 ou mais meses (desemprego de longa
duração) diminuiu 4,1%, face ao trimestre homólogo do ano anterior (9,4 mil indivíduos)
e aumentou 3,3% face ao trimestre anterior (7,1 mil). O número de desempregados à
procura de emprego há menos de um ano diminuiu, quer face ao trimestre homólogo
(14,1%; 33,4 mil), quer face ao anterior (8,6%; 19,0 mil). A taxa de desemprego de
longa duração (razão entre o número de desempregados à procura de emprego há 12
ou mais meses e a população activa) registou um valor de 3,9%, no 1º trimestre de
2008. A percentagem de desempregados à procura de emprego há 12 ou mais meses
no total dos desempregados foi estimada em 51,9%.
    A diminuição homóloga do desemprego fez-se sentir em todas as classes de
duração da procura de emprego, com excepção da classe de “12 a 24 meses”, onde o
desemprego aumentou 2,5% (2,4 mil indivíduos) face ao trimestre homólogo. (estas
informações encontram-se nos Quadros 3.1, 3.2, 3.3, 3.4 e 3.5 )




                                          14
Face ao trimestre anterior, são de destacar as seguintes evoluções: o número de
mulheres desempregadas diminuiu, enquanto que o de homens aumentou, talvez por
norma auferirem ordenados mais baixos; o desemprego diminuiu em todos os grupos
etários, com excepção do grupo etário dos 45 ou mais anos, onde aumentou, pois com
os despedimentos que têm havido no nosso país esta faixa etária é considerada velha
para encontrar emprego mas jovem para serem reformados; o número de
desempregados diminuiu em todos os níveis de escolaridade, sobretudo para os
indivíduos com ensino superior; o número de indivíduos à procura de primeiro ou de
novo emprego diminuiu (neste caso, sobretudo para os indivíduos provenientes do
sector da indústria, construção, energia e água); o número de indivíduos
desempregados à procura de emprego há menos de 12 meses diminuiu, enquanto que
o desemprego de duração igual ou superior a 12 meses aumentou. Estas diminuições
devem-se em boa parte à simples desistência das pessoas em procurar emprego e
também a um aumento na emigração dos portugueses para Espanha, Brasil, Angola e
países do Norte de África, para dar alguns exemplos.



   População desempregada por grupo etário, sexo e nível escolar




Quadro 3.1




                                        15
Taxa de Desemprego por grupo etário, sexo e nível escolar




Quadro 3.2



      População desempregada por tempo na procura de emprego




Quadro 3.3




                                  16
Taxas de Desemprego por tempo na procura de emprego




Quadro 3.4




     População desempregada à procura de 1º emprego ou de novo
             emprego por relação com última actividade




Quadro 3.5




        Escolaridade e actividade da população portuguesa


                                 17
A população activa em Portugal (Quadro 4.1 e Gráfico 4.1 ), no 1º trimestre de 2008,
estimada em 5 618 mil indivíduos, aumentou 0,2%, comparando com o trimestre
homólogo de 2007 (abrangendo 12,4 mil indivíduos), e diminuiu 0,2%, face ao trimestre
anterior (9,7 mil. A população empregada aumentou 55,3 mil indivíduos e a
desempregada diminuiu 42,9 mil indivíduos, chegando assim ao aumento na população
activa de 12,4 mil indivíduos. Estes valores permitem apurar que a taxa de variação
homóloga da população activa (0,2%) resulta da soma de dois contributos – o aumento
da população empregada (contributo foi de 1,0 pontos percentuais, p.p.) e a diminuição
da população desempregada (contributo foi de -0,8 p.p.) independentemente da taxa de
variação homóloga que cada um destes grupos populacionais tenha registado.

    Numa análise por sexo, o aumento em igual período do ano 2007, da oferta de mão-
de-obra foi explicado essencialmente pelo aumento da população activa masculina
(cerca de 10,0 mil indivíduos). A população activa feminina também aumentou, mas
ligeiramente (2,5 mil), mas diminuíu em relação ao trimestre anterior (18,5 mil
indíviduos). Analisando os dados por grupo etário, verifica-se que, face ao trimestre do
ano passado, o crescimento da população activa foi sustentado somente pelo aumento
da população activa dos 35 aos 64 anos, tendo a população activa dos 45 aos 64 anos
registado o maior aumento (de 2,3%, abrangendo 42,1 mil indivíduos). A população
activa jovem (15 a 24 anos) registou o maior decréscimo em termos relativos (2,3%). A
população dos 25 aos 34 anos registou o maior decréscimo em termos absolutos.
    O número de activos com nível de escolaridade completo correspondente, no
máximo, ao 3º ciclo do ensino básico
ou ao ensino secundário e pós-secundário diminuiu, face ao trimestre homólogo de
2007, 0,3% (12,6 mil indivíduos) e 0,2% (1,6 mil), respectivamente. Por seu turno, o
número daqueles que possuem uma qualificação correspondente ao ensino superior
aumentou 3,4% (26,6 mil).
GráfiA taxa de actividade da população em idade activa (15 e mais anos) foi de 62,5%,
no 1º trimestre de 2008. Este valor é inferior ao registado no trimestre homólogo de
2007, em 0,1 p.p., e ao observado no trimestre anterior, em 0,2 p.p..
A taxa de actividade dos homens em idade activa excedeu a das mulheres em 13,6 p.p..
A taxa de actividade dos jovens (15 a 24 anos), que ascendeu a 41,7% no 1º trimestre
de 2008, corresponde a menos de metade das taxas dos dois grupos etários seguintes:
25 a 34 anos e 35 a 44 anos.




 Taxa de variação hómologa da população activa no 1º trimestre de
                              2008




                                          18
Gráfico 4.1

     População activa por grupo etário, sexo e nível de escolaridade
                              completo
                                                            Valor trimestral                         C.V.          Variação
            Portugal             Sexo   1ºT-2007   2ºT-2007    3ºT-2007      4ºT-2007   1ºT-2008   1ºT-2008   Homóloga Trimestral
                                                        Milhares de indivíduos                                   %

População activa                 HM      5 605,6    5 595,2      5 644,7     5 627,7     5 618,0        0,4         0,2      -0,2
                                  H      2 985,3    2 975,0      2 997,5     2 986,3     2 995,3        0,5         0,3       0,3
                                 M       2 620,3    2 620,2      2 647,2     2 641,3     2 622,8        0,7         0,1      -0,7
Dos 15 aos 24 anos               HM        527,2      508,2        522,5       515,5       515,0        2,0        -2,3      -0,1
                                  H        290,8      279,8        290,3       281,0       285,8        2,6        -1,7       1,7
                                 M         236,4      228,4        232,2       234,5       229,1        2,9        -3,1      -2,3
Dos 25 aos 34 anos               HM      1 482,3    1 471,6      1 477,5     1 472,1     1 466,4        0,6        -1,1      -0,4
                                  H        771,1      764,7        764,0       759,6       763,6        0,6        -1,0       0,5
                                 M         711,2      706,9        713,4       712,5       702,8        1,0        -1,2      -1,4
Dos 35 aos 44 anos               HM      1 414,6    1 421,9      1 425,8     1 420,4     1 416,9        0,5         0,2      -0,2
                                  H        731,9      737,2        746,3       745,3       745,8        0,6         1,9       0,1
                                 M         682,8      684,8        679,5       675,1       671,1        1,0        -1,7      -0,6
Dos 45 aos 64 anos               HM      1 849,3    1 858,1      1 880,3     1 890,4     1 891,4        0,7         2,3       0,1
                                  H      1 006,2    1 004,9      1 010,9     1 018,7     1 017,2        0,8         1,1      -0,1
                                 M         843,1      853,3        869,3       871,6       874,3        1,2         3,7       0,3
Com 65 e mais anos               HM        332,1      335,3        338,6       329,2       328,3        3,5        -1,1      -0,3
                                  H        185,3      188,4        185,9       181,7       182,9        3,7        -1,3       0,7
                                 M         146,8      146,9        152,7       147,5       145,4        4,9        -1,0      -1,4
Dos 15 aos 64 anos               HM      5 273,5    5 259,9      5 306,1     5 298,5     5 289,7        0,4         0,3      -0,2
                                  H      2 800,0    2 786,5      2 811,6     2 804,6     2 812,4        0,5         0,4       0,3
                                 M       2 473,5    2 473,3      2 494,5     2 493,8     2 477,3        0,6         0,2      -0,7
Nível de escolaridade completo
Até ao básico - 3º ciclo         HM      3 965,6    3 960,9      4 013,5     3 981,4     3 953,0        1,1        -0,3      -0,7
                                  H      2 240,2    2 236,6      2 261,0     2 239,0     2 238,9        1,1        -0,1         o
                                 M       1 725,4    1 724,3      1 752,5     1 742,4     1 714,1        1,4        -0,7      -1,6
Secundário e pós-secundário      HM        848,1      851,2        847,8       835,4       846,5        2,4        -0,2       1,3
                                  H        421,5      423,2        423,5       420,0       424,7        3,0         0,8       1,1
                                 M         426,6      428,0        424,4       415,4       421,7        3,3        -1,1       1,5
Superior                         HM        791,9      783,1        783,4       810,9       818,5        3,5         3,4       0,9
                                  H        323,6      315,2        313,0       327,3       331,6        4,7         2,5       1,3
                                 M         468,3      467,8        470,4       483,5       486,9        3,6         4,0       0,7
 Quadro 4.1

    Sobre a população inactiva em Portugal (Quadro 4.2 e Gráfico 4.2 ), no 1º trimestre
 de 2008, era composta por 4 997,4 mil indivíduos, tendo aumentado 0,1% face ao
                                                         19
trimestre homólogo de 2007 (7,4 mil indivíduos) e 0,2% face ao 4º trimestre de 2007
(10,5 mil). A população inactiva com 15 e mais anos, no 1º trimestre de 2008, era
composta por 3 370,4 mil indivíduos (67,4% do total de inactivos), o que se traduziu
numa taxa de inactividade de 37,5%.
    Face ao 1º trimestre de 2007, a população inactiva com 15 e mais anos aumentou
0,5% (16,8 mil indivíduos). O número de mulheres inactivas aumentou 0,6% (11,7 mil) e
o de homens inactivos aumentou 0,4% (5,1 mil). No 1º trimestre de 2008, 61,2% da
população inactiva com 15 e mais anos era composta por mulheres.
    No 1º trimestre de 2008, o número de pessoas inactivas com disponibilidade para
trabalhar era de 70,4 mil, tendo diminuído 6,5% (4,9 mil), face ao trimestre homólogo
de 2007, e aumentado 6,0% (4,0 mil), em relação ao trimestre anterior. O número de
inactivos disponíveis, no trimestre em análise, representava 2,1% da população inactiva
com 15 e mais anos e 71,6% eram mulheres. O número de inactivos desencorajados foi
estimado em 32,2 mil, no 1º trimestre de 2008, tendo-se mantido praticamente
inalterado face ao trimestre homólogo de 2007 e aumentado 29,8% (7,4 mil) face ao
trimestre anterior.
    No trimestre em análise, o número de inactivos desencorajados representava 1,0%
da população inactiva com 15 e mais anos e 76,7% eram mulheres. A diminuição
homóloga no número de inactivos disponíveis foi explicada em 73,5% pela diminuição
de homens naquela situação.
    Apesar da relativa estabilidade observada no número de inactivos desencorajados,
face ao trimestre homólogo de 2007, o número de homens naquela situação diminuiu,
enquanto que o de mulheres aumentou, em boa parte devido aos despedimentos em
locais de trabalho onde as mulheres são em maior número.




    Taxa de variação homóloga da população inactiva no 1º trimestre de
                                  2008
f




          Gráfico 4.2



                        População inactiva e taxa de inactividade

                                           20
Valor trimestral                         C.V.          Variação
             Portugal      Sexo   1ºT-2007   2ºT-2007    3ºT-2007      4ºT-2007   1ºT-2008   1ºT-2008   Homóloga Trimestral
                                                  Milhares de indivíduos                                   %

População inactiva          HM     4 990,0    5 004,9      4 962,9     4 986,9     4 997,4        0,5         0,1        0,2
                             H     2 143,4    2 156,0      2 137,2     2 151,7     2 142,6        0,7           o       -0,4
                            M      2 846,6    2 848,8      2 825,6     2 835,3     2 854,8        0,6         0,3        0,7
Menos de 15 anos            HM     1 636,4    1 635,7      1 634,4     1 633,0     1 627,0          -        -0,6       -0,4
                             H       840,6      839,7        839,2       838,5       834,6          -        -0,7       -0,5
                            M        795,9      795,9        795,2       794,5       792,4          -        -0,4       -0,3
Dos 15 aos 24 anos          HM       726,2      733,7        710,3       708,1       718,6        1,5        -1,0        1,5
                             H       347,2      353,3        338,2       342,9       343,2        2,2        -1,2        0,1
                            M        379,0      380,4        372,1       365,2       375,4        1,8        -0,9        2,8
Dos 25 aos 34 anos          HM       165,2      173,9        168,1       173,5       166,0        5,1         0,5       -4,3
                             H        57,1       63,4         64,1        68,5        58,8        8,1         3,0      -14,2
                            M        108,0      110,5        104,0       105,0       107,2        6,5        -0,7        2,1
Dos 35 aos 44 anos          HM       157,8      153,9        151,6       158,4       162,9        4,6         3,2        2,8
                             H        48,5       44,0         35,9        37,8        39,9       10,3       -17,7        5,6
                            M        109,3      109,9        115,7       120,7       123,0        5,3        12,5        1,9
Dos 45 aos 64 anos          HM       806,6      811,1        801,0       802,8       803,4        1,7        -0,4        0,1
                             H       271,2      278,3        278,3       276,5       278,6        2,8         2,7        0,8
                            M        535,4      532,8        522,7       526,3       524,8        2,0        -2,0       -0,3
Com 65 e mais anos          HM     1 497,9    1 496,6      1 497,5     1 511,1     1 519,5        0,8         1,4        0,6
                             H       579,0      577,4        581,6       587,5       587,4        1,1         1,5          o
                            M        918,9      919,3        915,9       923,6       932,0        0,8         1,4        0,9
Dos 15 aos 64 anos          HM     1 855,7    1 872,6      1 830,9     1 842,8     1 850,9        1,1        -0,3        0,4
                             H       723,9      738,9        716,5       725,7       720,6        1,8        -0,5       -0,7
                            M      1 131,8    1 133,6      1 114,5     1 117,1     1 130,4        1,4        -0,1        1,2
População inactiva          HM     3 353,6    3 369,2      3 328,5     3 353,9     3 370,4        0,7         0,5        0,5
(15 e mais anos)             H     1 302,9    1 316,3      1 298,1     1 313,2     1 308,0        1,1         0,4       -0,4
                            M      2 050,7    2 052,9      2 030,4     2 040,7     2 062,4        0,9         0,6        1,1
Estudantes                  HM       745,0      753,6        716,3       725,0       748,2        1,7         0,4        3,2
                             H       355,1      362,9        347,5       350,7       356,5        2,4         0,4        1,7
                            M        389,9      390,7        368,8       374,3       391,7        2,1         0,5        4,6
Domésticos                  HM       566,5      559,8        545,6       558,3       556,0        2,7        -1,9       -0,4
                             H         3,5        3,5          2,4         3,3         4,6       30,6        31,4       39,4
                            M        563,0      556,3        543,2       555,0       551,4        2,7        -2,1       -0,6
Reformados                  HM     1 678,2    1 682,2      1 704,8     1 713,3     1 731,4        1,0         3,2        1,1
                             H       768,8      774,2        783,2       788,8       794,3        1,3         3,3        0,7
                            M        909,4      908,0        921,7       924,5       937,1        1,4         3,0        1,4
Outros inactivos            HM       363,9      373,6        361,7       357,3       334,8        3,6        -8,0       -6,3
                             H       175,5      175,7        165,0       170,3       152,6        5,2       -13,0      -10,4
                            M        188,3      197,9        196,7       187,0       182,2        4,7        -3,2       -2,6

Inactivos disponíveis       HM        75,3       80,3         77,4         66,4       70,4        8,0        -6,5        6,0
                             H        23,6       27,4         26,9         23,5       20,0       14,5       -15,3      -14,9
                            M         51,8       52,9         50,4         42,9       50,4        9,6        -2,7       17,5

Inactivos desencorajados    HM        32,5       33,9         29,6         24,8       32,2       11,7        -0,9      29,8
                             H         8,9        9,4          8,8          6,5        7,5       21,8       -15,7      15,4
                            M         23,6       24,5         20,8         18,3       24,7       13,7         4,7      35,0

                                                               %                                                p.p.

Taxa de inactividade        HM        37,4       37,6         37,1         37,3       37,5        0,7        0,1         0,2
(15 e mais anos)             H        30,4       30,7         30,2         30,5       30,4        1,1          -        -0,1
                            M         43,9       43,9         43,4         43,6       44,0        0,9        0,1         0,4


Quadro 4.2


                           Remunerações em Portugal

                                                  21
Segundo um inquérito feito pelo Ministério do Trabalho e da Segurança Social, e
com números até Abril de 2007, o ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de
outrem em regime “full time” chegava aos 1024,55 euros, apresentando assim, em
termos nominais, um aumento ao mesmo período do ano anterior de 3,9%.
    Devido a uma maior política de contenção de aumentos salariais nos últimos anos
no mercado de trabalho no nosso país, o ganho nominal denota, desde Abril de 2003
um dinamismo inferior ao período anterior e, a partir de Abril de 2004, um padrão
evolutivo quase regular, rondando os 4%. Apesar desta moderação nos salários,
verificam-se, no período de Abril de 2004 a Abril de 2007, aumentos no poder de
compra salarial, ainda que estes tenham vindo a diminuir de intensidade desde Abril de
2006 (Quadro 5.1 e Gráfico 5.1 ).
    Analisando ainda de outra perspectiva o quadro em Abril de 2007, um dirigente
ganhava em média mensalmente mais 2207,1 euros do que um operário e mais
1884,3 euros que um empregado.

                Média mensal de ganhos e remuneração de base




       Gráfico 5.1


                     Ganho Médio Mensal por Nível Profissional




   Quadro 5.1



    Apesar do ganho médio mensal (valor bruto em dinheiro pago mensalmente pelo
período mensal de trabalho juntamente com prémios, subsídios e horas extraordinárias)
                                         22
dos operários em Abril de 2007 ter ultrapassado, pela primeira vez no passado recente,
a fasquia evolutiva do conjunto total de trabalhadores, sobressai o seu ténue aumento
nos últimos três anos, comparando com os restantes níveis profissionais . Mais uma vez,
devido à pouca qualificação dos operários e à fraca produtividade destes, segundo as
entidades patronais.
    A forma do aumento do ganho médio dos empregados aparenta um padrão idêntico
ao dos operários, quando se assiste à subida do ganho de uns o dos outros retrai-se.
Desde Outubro de 2005, observam-se acréscimos salariais superiores à média para os
empregados e inferiores à média para os dirigentes. A partir de Outubro de 2006,
realça-se uma convergência entre as variações salariais dos diferentes níveis
profissionais (Gráfico 5.2 ).


 Variação Homóloga do ganho médio mensal por Nível Profissional




   Gráfico 5.2


    Analisando a remuneração de base média mensal (valor bruto em dinheiro pago
mensalmente e correspondente ao período normal de trabalho), verifica-se que a
mesma se situa em Abril de 2007 nos 860,22 euros, o que se traduz num acréscimo de
3,3% em relação ao mês de Abril do ano anterior. A proporção da remuneração de base
média em relação ao ganho de Abril de 2007 era de 84% (84,6% em Abril de 2003). Em
Abril de 2007, a remuneração de base dos dirigentes apresentava o aumento mais
significativo, 4%, quando comparada com a de Abril de 2006. Nesse mesmo período, a
remuneração de base dos empregados subiu 3,6% enquanto a dos operários só
aumentou 3,2% (Quadro 5.2 ).




                       Remuneração base média mensal




                                          23
Quadro 5.2


    O nível de ganho médio mensal e a sua evolução variam significativamente entre as
Secções da Classificação Portuguesa das Actividades Económicas . No mês de Abril de
2007, destacam- se a “Electricidade, Gás e Água” (Secção E) e a “Indústria Extractiva”
(Secção C) pelos maiores crescimentos salariais em termos homólogos, 7,7% e 7%,
respectivamente, seguidas da “Construção” (Secção F), com uma variação homóloga de
5,6%. No outro extremo encontra-se o “Comércio por grosso e retalho, reparação de
veículos automóveis” (Secção G) com um acréscimo salarial de somente 0,9% face ao
mês homólogo (Quadro 4 e Gráfico 5.3).

    Ganho médio mensal por secções das Actividades Económicas




        C – Indústrias Extractivas
        D – Indústrias Transformadoras
        E – Produção e distribuição – electricidade, gás e água
        F – Construção
        G – Comércio por Grosso e a Retalho
        H – Alojamento e restauração
        I – Transportes, armazenamento e Comunicações
        J – Actividades financeiras
        K – Actividades imobiliárias e serviços prestados às empresas
        M – Educação
        N – Saúde e acção social
        O – Outras actividades – serviços colectivos, sociais e pessoais

        Gráfico 5.3




                                                      24
A percentagem de trabalhadores por conta de outrem a tempo completo abrangidos
pelo Salário Mínimo, atingiu em Abril de 2007 os 5,5% (4% em Abril de 2006). A
incidência do Salário Mínimo no sexo feminino é tradicionalmente superior. Neste
período, 8% das Mulheres trabalhadoras por conta de outrem, contra 3,7% dos Homens,
estavam abrangidas pelo Salário Mínimo. A percentagem de trabalhadores que auferem
o Salário Mínimo sobe após Abril de 2006, rompendo desta forma a tendência
descendente iniciada em Outubro de 2003 (Gráfico 5.4 ), possivelmente pelo aumento
da oferta de empregos menos qualificados, pelo abrandamento económico e por isso as
empresas não poderem oferecer bons ordenados para quem entra de novo.




                   Trabalhadores com salário mínimo por sexo




     Gráfico 5.4




   De salientar que na quase totalidade das Secções, em Abril de 2007, aumentou a
percentagem dos trabalhadores a auferirem o Salário Mínimo (Quadro 5.3 ). Somente as
Secções “Transportes, Armazenamento e Comunicações” (Secção I) e “Outras
Actividades de Serviços Colectivos, Sociais e Pessoais” (Secção O) contrariaram essa
tendência ascendente. A proporção dos trabalhadores por conta de outrem a tempo
completo cobertos pelo Salário Mínimo apresenta maior incidência no “Alojamento e
Restauração” (Secção H), onde a oferta de trabalhadores é muito grande (sejam
nacionais como estrangeiros), e nas “Indústrias Transformadoras” (Secção D), 12,6% e
5,9%, respectivamente, em Abril de 2007.




    Em contrapartida, na “Produção e Distribuição de Electricidade, Gás e Água” (Secção
E) e nas “Actividades Financeiras” (Secção J), a percentagem de trabalhadores por conta
de outrem a receberem o Salário Mínimo, é de 0,2% e de 0,1%, respectivamente . Este
                                           25
caso, que vem seguindo uma tendência já verificada em períodos anteriores, deve-se
talvez ao maior investimento nas tecnologias e no conhecimento das empresas destas
actividades, e com isso há a necessidade de contratar pessoas mais qualificadas e com
níveis salariais mais elevados.


   Trabalhadores com salário Mínimo por Actividade Profissional




      Quadro 5.3



    Se observarmos os ganhos salariais por sexos, o ganho médio mensal dos Homens
situava-se, em Abril de 2007, nos 1142,99 euros e o das Mulheres nos 858,96 euros.
Traçando uma análise evolutiva, observa-se que o ganho médio mensal das Mulheres
registou, no mês de referência, um acréscimo homólogo mais modesto (4.1%) do que o
dos Homens (4,5%), tendo a proporção do ganho médio das Mulheres em relação ao
dos Homens atingido em Abril de 2007 os 75,2% (Quadro 5.4 ). Esta análise demonstra
ainda que continuam a haver em algumas actividades grandes diferenças médias
salariais entre homens e mulheres, sendo que o único sector onde as Mulheres têm um
salário médio mensal mais elevado que os homens (Secção F – Construção), a
diferença encontrada é de apenas 58,77 euros, provavelmente por as trabalhadoras
nesta área ocuparem cargos em que há a necessidade de serem bastante qualificadas.



       Ganho médio mensal por Actividade Económica e por sexo


                                         26
Quadro 5.4




         Índice
Portugal – Evolução da População             pág. 1
    Indicadores de População – quadro 1.1   pág. 1
                                        27
   População residente segundo grupos etários e sexo – quadro 1.2
       pág. 2
      Movimento da População – quadro 1.3                                  pág. 3
      População Estrangeira com estatuto legal de residente – quadro 1.4
        e gráfico 1.1                                                          pág. 5

Índices Económicos                                                          pág. 6
    Produto Interno Bruto – gráfico 2.1
       pág. 6
    Procura Externa – gráfico 2.2
       pág. 7
    Actividade Económica – gráfico 2.3
       pág. 7
    Indicadores de Confiança – gráfico 2.4                                      pág.
       7
    Indicadores de Actividade Económica – gráfico 2.5
       pág. 8
    Consumo                                                                pág. 9
    Investimento                                                           pág. 9
    Investimento – componentes – gráfico 2.7                               pág. 10
    Procura Externa                                                        pág. 10
    Índices de Preços                                                      pág. 11
    Indicadores de Inflacção – gráfico 2.8                                 pág. 12
    Inflacção dos Bens e dos Serviços – gráfico 2.9                        pág. 12
    Síntese Económica – quadro 2.1                                         pág. 13

Desemprego em Portugal                                                      pág. 14
    População desempregada por grupo etário, sexo e nível escolar –
      quadro 3.1                                                            pág. 15
    Taxa de Desemprego por grupo etário, sexo e nível escolar – quadro 3.2
      pág. 16
    População desempregada por tempo na procura de emprego – quadro3.3
      pág. 16
    Taxas de Desemprego por tempo na procura de emprego – quadro 3.4
      pág. 17
    População desempregada à procura de 1º emprego ou de novo emprego
       por relação com última actividade                                       pág.
   17

Escolaridade e Actividade da População Portuguesa                           pág. 18
    Taxa de variação homóloga da População Activa – 1º Tri. 2008 –
       gráfico 4.1                                                          pág. 19
    População Activa por grupo etário, sexo e nível de escolaridade
       completo – quadro 4.1                                                pág. 19
    Taxa de variação homóloga da População Inactiva – 1º Tri. 2008 –
       gráfico 4.2                                                          pág. 20
    População Inactiva e Taxa de Inactividade – quadro 4.2                 pág. 21

Remunerações em Portugal                                                    pág. 22
   Média mensal de ganhos e remuneração base – gráfico 5.1
     pág. 22
   Ganho médio mensal por nível profissional – quadro 5.1
     pág. 22
                                          28
     Variação homóloga do ganho médio mensal por nível profissional –
         gráfico 5.2                                                           pág. 23
        Remuneração base média mensal – quadro 5.2                            pág. 24
        Ganho médio mensal por secções das Actividades Económicas –
         gráfico 5.3                                                           pág. 24
        Trabalhadores com salário mínimo por sexo – gráfico 5.4               pág. 25
        Trabalhadores com salário mínimo por actividade profissional –
         Quadro 5.3                                                            pág. 26
          Índice (continuação)
        Ganho médio mensal por actividade económica e por sexo – quadro 5.4   pág. 27

Índice                                                                         pág. 28

Fontes de Informação                                                           pág. 29




          Fontes de informação
        www.ine.pt

        www.dgeep.mtss.gov.pt

        www.iefp.pt




                                            29
Joaquim de SouSa Ferreira   nº4941   eFa n.L. 05
31/07/2008




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Trab. População em Portugal

  • 1. Portugal – evolução da população Na observação que é feita à população residente no nosso país, por sexo, nota-se uma tendência algo crescente da relação de masculinidade (relação de nº de homens e mulheres numa dada população). Este indicador populacional (Quadro 1.1 – Indicadores de população) está relacionado com a evolução positiva da esperança de média de vida, com destaque nos homens. A esperança de vida à nascença em Portugal, no ano de 2001, era de 73,4 anos nos homens e 80,4 anos nas mulheres. Já em 2006, verificou-se de novo um aumento deste indicador, passando para 75,2 anos para os homens e 81,7 anos nas mulheres. A variação positiva para ambos os sexos, entre 2001 e 2006, foi mais acentuada nos homens (2,4%) do que nas mulheres (1,7%). Os valores da relação de masculinidade situavam-se nos anos de 1991, 2001 e 2006, respectivamente em 93,0, 93,4 e em 93,8 homens por 100 mulheres. Indicadores de população Quadro 1.1 (1ª parte) Quadro 1.1 (2ª parte) 1
  • 2. Em relação à análise da população por idades (Quadro 1.2 – População residente segundo os grandes grupos etários e o sexo), a população foi dividida em quatro grupos etários: indivíduos dos 0 aos 14 anos, dos 15 aos 24 anos, dos 25 aos 64 anos e com 65 ou mais anos. Em 2006, as estimativas da população em Portugal, na relação aos grupos etários anteriormente considerados foram as seguintes: 1 637 637 (15,5%), 1 265 531 (11,9%), 5 867 310 (55,4%), 1 828 617 (17,2%). Em 2005, a distribuição proporcional pelos mesmos escalões etários era feita do seguinte modo: 15,6%; 12,2%; 55,1%; 17,1%. Apesar das tendências dos fenómenos demográficos serem avaliados em observações de períodos mais extensos, a evolução entre 2005 e 2006, vem confirmar o envelhecimento da população portuguesa. Este envelhecimento populacional observa-se quer na base quer no topo, com a diminuição da população mais jovem e o aumento na proporção da população idosa. O índice de envelhecimento, nestes últimos dois anos seguidos, passou de 110,1 para 111,7 idosos (65 ou mais anos) por cada 100 jovens (dos 0 aos 14 anos). População residente segundo os grandes grupos etários e o sexo Quadro 1.2 (1ª parte) Quadro 1.2 ( 2ª parte) 2
  • 3. Nos dados sobre a natalidade, é de reparar que em Portugal, há aproximadamente 25 anos que o índice sintético de fecundidade (calculo do nº médio de crianças nascidas vivas por cada mulher) não atinge o valor mínimo de 2,1, para o renovar de gerações. Em 2006, este índice foi de 1,4 crianças vivas por mulher, valor idêntico no ano anterior. A taxa bruta de natalidade (relação entre nº de nados-vivos ocorrido durante um ano e a população média desse ano) foi em 2006 de 10 nados-vivos por cada mil habitantes, o valor conhecido mais baixo desde sempre. Para comparação, os valores desta taxa foram de 10,4‰, em 2005 e de 11,7‰, em 2000. Estas diminuições devem-se às dificuldades económicas, o que faz com que os casais tenham menos filhos, e à vida laboral que os casais mais jovens têm, dando demasiado tempo e atenção à carreira no trabalho, podendo acontecer que uma situação origine a outra. No que se refere à taxa de mortalidade, em 2006 o número de óbitos de residentes em Portugal foi de 101 990, contra os 107 462 que pereceram em 2005. Por consequência, esta quebra teve reflexos na taxa bruta de mortalidade (relação entre nº de óbitos registado durante um ano e a população média desse ano) que em 2006 foi de 9,6 mortes por cada mil habitantes, taxa mais baixa desde o ano de 1990 (Quadro 1.3 - Movimento da população). Já nos anos de 2005 e 2000, os valores foram 10,2‰ e de 10,3‰, respectivamente. Movimento da População Quadro 1.3 (1ª parte) 3
  • 4. No ano 2006, celebraram-se 47 857 casamentos em Portugal, menos 814 do que as uniões efectuadas no ano anterior. Na forma de como foram celebrados (católico e civil), a evolução entre estes dois anos divergiu pois enquanto nos casamentos católicos ouve uma diminuição (menos 1859), o número de casamentos civis aumentou (mais 1033). A proporção de casamentos católicos manteve a maioria (52,1%), mas se formos reparar em dados mais antigos (Quadro 1.3 – Movimento da população), têm diminuído gradualmente desde 1990. Nesse ano, dos 71 654 casamentos realizados, 72,5% foram realizados em igrejas católicas. O número de divórcios decretados em Portugal (2006) foram 22 881, um nº um pouco superior aos 22 576 que tinham sido decretados no ano anterior. Estabelecendo-se uma relação de correspondência entre o número de divórcios decretados e o número de casamentos celebrados, em 2006, esta relação diz-nos que foram decretados 4,8 divórcios por cada 10 casamentos. Este rácio foi de 4,6 divórcios em 2005 e no ano 2000 de 3 divórcios por 10 casamentos. Movimento da População Quadro 1.3 (2ª parte) Dados indicam que existem 329 898 estrangeiros que possuem estatuto legal para residência em Portugal. Assim, entre 2005 e 2006, registou-se um aumento de 55 267 4
  • 5. estrangeiros com estatuto de residência (Quadro 1.4 – População estrangeira com estatuto legal de residente), traduzido num aumento de 20,1%, do ano 2005 para o ano 2006. Este aumento algo significativo deveu-se à conversão de “Autorizações de Permanência”, concedidas pelo Ministério da Administração Interna através do SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) em 2001, ao abrigo da legislação em vigor. A distribuição por sexo dos estrangeiros legalmente residentes, em 2006, mostra uma predominância de homens. A relação de masculinidade indica que por cada 100 mulheres existem 121 homens com residência legalizada. Na óptica da distribuição por país de nacionalidade, em 2006, os três primeiros lugares pertencem a países pertencentes à CPLP: Cabo Verde, Brasil e Angola. Já no 4º lugar encontra-se a Ucrânia que se tornou um país de muita emigração não só para Portugal como para um pouco de toda a Europa (Gráfico 1.1 ). Em 5º lugar a Guiné-Bissau, outro país da comunidade lusófona. População estrangeira com estatuto legal de residente (segundo nações mais representativas) Quadro 1.4 População estrangeira com estatuto legal de residente (principais nacionalidades) - 2006 Gráfico 1.1 Índices Económicos 5
  • 6. A estimativa rápida para o PIB (produto interno bruto) aponta para um crescimento homólogo de 0,9% no 1º trimestre, tendo o valor para o 4º trimestre de 2007 sido revisto em baixa para 1,8% (Gráfico 2.1 ). O abrandamento estará relacionado com um menor dinamismo da procura interna, particularmente do investimento, mas também com efeitos de calendário (mais 3 dias úteis no 4º trimestre de 2007 e menos um dia útil no 1º trimestre de 2008, face aos trimestres homólogos). Gráfico 2.1 O crescimento do consumo privado terá estabilizado no 1º trimestre. Em relação à procura externa (Gráfico 2.2 ), registou-se, em termos nominais, um abrandamento de ambos os fluxos (importações e exportações) do comércio internacional, mais intenso no caso das exportações que desaceleraram mais de 1 ponto percentual. Dada o grande aumento do preço do barril de petróleo observada no 1º trimestre (Quadro 2.1 ), o abrandamento das importações em volume terá sido mais expressivo que o observado em termos nominais. No 1º trimestre de 2008, o indicador de clima (Gráfico 2.3 ) estabilizou, tendo apresentado uma pequena recuperação em Março e Abril. No mês de Abril, o nível de confiança dos empresários em Portugal (Gráfico 2.4 ) aumentou na Construção e nos Serviços, mas no entanto diminuiu na Indústria e, ligeiramente, no comércio. Neste 1º trimestre,o indicador de actividade económica abrandou, essencialmente à desaceleração registada em Março, que retomou o movimento de Janeiro, situando-se no valor mais baixo dos últimos nove meses. Os dados provenientes dos Indicadores de Curto Prazo também revelou uma menor dinâmica na actividade económica no 1º trimestre, justificado sobretudo pelo andamento verificado em Março, em que se registaram inclusive variações homólogas mensais negativas, depois de em Fevereiro se terem registado crescimentos homólogos elevados. 6
  • 8. Estas evoluções mensais foram influenciadas pelo calendário (mais um dia útil em Fevereiro e menos 2 dias em Março comparativamente aos meses homólogos de 2007). Assim, em Março, o índice de volume de negócios nos serviços abrandou de 5,7% para 3,0%, parando a trajectória ascendente que se vinha observando desde o 1º trimestre de 2007 (Gráfico 2.5 ), que culminara com o crescimento homólogo mais elevado desde Junho de 2004. Neste mês, apenas o Comércio a Retalho e a secção de actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas não evoluíram no mesmo sentido do índice total, o que no primeiro caso poderá estar ligado ao facto da Páscoa se ter registado em Março em 2008 e em Abril em 2007. Refira-se que, em termos de variações homólogas mensais, o índice registou -3,8% em Março (8,9% em Fevereiro), a primeira diminuição desde o final de 2006. O índice de volume de negócios na indústria transformadora também abrandou de forma significativa em Março, apresentando um crescimento homólogo nominal de 3,9% (menos 3,3 p.p. do que no mês anterior). Em termos de classificação agregada da indústria transformadora, observaram-se queda de valores em todos os agrupamentos. Refira-se que também este índice registou uma variação homóloga mensal negativa em Março (-3,9%, o que compara com 10,6% em Fevereiro). O índice de produção da indústria transformadora passou de uma taxa de variação homóloga de 1,6% em Fevereiro para -0,1% em Março, devido ao andamento no mesmo sentido de todos os agrupamentos, retomando a trajectória descendente iniciada em Maio de 2007 e registando o mínimo desde Novembro de 2005. Em termos de variação homóloga mensal passou de 2,3% em Fevereiro para -2,7% em Março. Contudo, refira-se que o saldo de respostas extremas nas opiniões dos empresários da indústria transformadora sobre a procura global aumentou em Abril, interrompendo a trajectória descendente iniciada em Julho. O índice de produção da construção interrompeu o movimento ascendente iniciado em Março de 2007, passando de uma variação homóloga de 0,1% (máximo desde Maio de 2002) em Fevereiro para -2,7% em Março. Em termos de variação homóloga mensal passou de 0,5% em Fevereiro para -6,4% em Março. Gráfico 2.5 8
  • 9. Consumo No 1º trimestre o indicador quantitativo (Gráfico 2.6 ) do consumo privado estabilizou, tendo o consumo corrente acelerado e o duradouro abrandado. Em termos mensais, em Março o indicador quantitativo do consumo privado deteriorou-se, anulando a recuperação do mês anterior, em resultado do comportamento no mesmo sentido da componente de consumo duradouro. A desaceleração do indicador de consumo duradouro foi determinada pelo comportamento negativo de todas as suas componentes, mas principalmente da referente à aquisição de automóveis (Quadro 2.1 ). Por sua vez, o indicador de consumo corrente estabilizou, em consequência de movimentos opostos das suas componentes. Assim, a componente de consumo alimentar recuperou nos últimos três meses, o que em Março poderá estar associado ao efeito da Páscoa já referido, registando o máximo desde o final de 2004, enquanto que a componente de consumo corrente não alimentar abrandou ligeiramente em Março, o que se deveu ao agravamento observado nos agrupamentos de vestuário e calçado, de combustíveis e de electricidade. O indicador qualitativo do consumo (Gráfico 2.6 ), baseado nas opiniões dos empresários do comércio a retalho, deteriorou-se em Março e Abril. Por sua vez, o indicador de confiança dos consumidores recuperou em Abril, interrompendo a trajectória descendente iniciada em Novembro de 2006. Gráfico 2.6 Investimento O indicador de formação bruta de capital fixo abrandou de forma significativa do 4º trimestre de 2007 para o 1º trimestre de 2008, demonstrando o andamento negativo na construção. Em termos mensais, o indicador abrandou significativamente nos três primeiros meses do ano, tendo a sua evolução de Março resultado da deterioração das componentes de construção e de material de transporte, enquanto que a de máquinas e equipamentos recuperou ligeiramente. 9
  • 10. As vendas de veículos comerciais pesados registaram fortes abrandamentos nos quatro primeiros meses do ano, progressivamente menos intensos, mas continuaram a apresentar em Abril um crescimento homólogo elevado de 17,3%. As vendas de veículos comerciais ligeiros passaram de uma variação homóloga de -18,0% em Março para -16,9% em Abril, contrariando o movimento dos três meses anteriores (Quadro 2.1 ). Por sua vez, as vendas de veículos ligeiros de passageiros para empresas de aluguer de automóveis e táxis apresentam valores descendente desde Dezembro, passando de uma variação homóloga de 13,1% em Fevereiro para -2,1% em Março. O indicador relativo à construção também apresentou um forte movimento descendente nos três primeiros meses do ano, quase que anulando a recuperação que se verificava desde o final de 2006. Em Fevereiro e Março, o número de fogos licenciados registou reduções mais acentuadas, atingindo o mínimo desde Fevereiro de 2001, e o mesmo sucedeu em Março ao licenciamento para construção de habitações novas (Quadro 2.1 ). Devido à diminuição das grande obras públicas, as vendas de cimento produzido internamente caíram significativamente, passando em termos homólogos de +10,8% no 4º para -9,3% no 1º trimestre. Em Abril o cimento registou uma diminuição menos intensa (-4,7%). O saldo de respostas extremas das opiniões dos empresários da construção e obras públicas sobre a carteira de encomendas recuperou de forma significativa nos dois últimos meses, atingindo o máximo desde o final de 2002. O indicador de máquinas e equipamentos (Gráfico 2.7 ), disponível até Abril, abrandou ligeiramente, não prolongando a recuperação de Março. O comportamento deste indicador em Abril foi determinado pela diminuição dos saldos de respostas extremas das opiniões sobre o volume de vendas e actividade dos empresários do comércio por grosso de bens de investimento, uma vez que as restantes componentes, opiniões sobre encomendas a fornecedores e perspectivas de actividade, recuperaram. Gráfico 2.7 Procura Externa As opiniões dos empresários da indústria transformadora sobre a carteira de encomendas externa (Gráfico 2.2 ) recuperaram ligeiramente em Abril, interrompendo a trajectória descendente iniciada em Agosto passado. As perspectivas dos mesmos 10
  • 11. empresários sobre a evolução das exportações registaram uma melhoria no apuramento trimestral de Abril, em relação ao mês de Janeiro. De acordo com a informação feita para o SDDS (Special Data Dissemination Standard – padrão de qualidade da informação estatística a ser prestada pelos países membros do FMI) sobre o comércio internacional de bens, no 1º trimestre ter-se-á registado um abrandamento quer das importações (de 12,0% no 4º trimestre para 11,2% no 1º) quer das exportações (de 5,8% para 4,6%). Em termos mensais, em Março também se terá registado um abrandamento de ambos os fluxos, em termos nominais. As importações passaram de uma taxa de variação homóloga nominal de 14,4% em Fevereiro para 11,2% em Março, interrompendo o acentuado movimento ascendente iniciado em Abril de 2007. As exportações abrandaram 3,4 p.p., registando um crescimento homólogo de 4,6% em Março, compensando assim a aceleração registada em Fevereiro e retomando a tendência descendente iniciada em Agosto de 2006 (Quadro 2.1 ). Preços Em Abril, a inflação mensal (Gráfico2.8 e Quadro 2.1 ) foi de 2,5%, menos 0,6 p.p. do que no mês anterior, interrompendo o movimento ascendente iniciado em Outubro. Em larga medida, esta desaceleração reflecte o efeito mecânico associado ao crescimento de preços de alguns bens registados em Abril de 2007. Assim, os responsáveis pelo abrandamento do índice total foram criação e aumento de taxas sobre serviços hospitalares (contributo de -0,4 p.p. justificado por um efeito de base motivado pelo aumento e introdução de taxas moderadoras em Abril de 2007, alterações que este ano ocorreram principalmente em Janeiro), os produtos de tabaco (contributo de -0,2 p.p. devido ao desfasamento do efeito do aumento do imposto do tabaco entre Abril de 2007 e Fevereiro e Março de 2008). Não obstante manterem taxas de variação homólogas relativamente elevadas, refira- se ainda a redução dos contributos para a inflação homóloga em Abril dos produtos alimentares (de -0,1 p.p. devido aos sub-grupos de carne e peixe) e dos combustíveis (-0,1 p.p.), neste último caso reflectindo também um forte efeito desde a base. Em termos da desagregação do IPC entre bens e serviços (Gráfico 2.9 ), ambas as componentes abrandaram em Abril (0,5 e 0,8 p.p.), registando variações homólogas de 2,3% e 2,8%, respectivamente. O indicador de inflação subjacente abrandou em Abril para 2,2%, depois de ter estabilizado nos dois meses anteriores em 2,4%. O Indice Harmonizado de Preços do Consumidor também apresentou uma variação homóloga de 2,5% em Abril, menos 0,6 p.p. do que no mês anterior. O IHPC em Portugal tem vindo a registar valores inferiores aos do IHPC na AE nos últimos oito meses, aumentando em Abril para 0,8 p.p.. O índice de preços na produção industrial (Quadro 2.1 ) estabilizou na indústria transformadora em Abril na variação homóloga máxima da série iniciada em Março de 2001 (7,2%), depois de ter vindo a acelerar continuamente desde Agosto. Excluindo as componentes energética e alimentar registou-se um crescimento homólogo de 2,6% em Abril (mais 0,2 p.p. do que no mês anterior). Em Abril, o euro apreciou-se menos intensamente face ao dólar e ao iene, apresentando taxas de variação homólogas de 16,5% (menos 0,8 p.p. do que em Março) e de 0,5% (menos 0,4 p.p.), respectivamente (Quadro 2.1 ). 11
  • 13. 13
  • 14. O desemprego em Portugal A população de desempregados em Portugal, foi estimada em cerca de 427 mil indivíduos no 1º trimestre de 2008, verificando-se uma diminuição em relação ao período homólogo, de cerca 9,1% (42,9 mil indivíduos) e ao período trimestral de 2,8% (12,5 mil individuos). Estes 427 mil desempregados correspondem a uma taxa de desemprego de 7,6%, no 1º trimestre de 2008, traduzindo um decréscimo de 0,8 p.p., face ao trimestre homólogo de 2007, e uma diminuição de 0,2 p.p., em relação ao trimestre anterior. A taxa de desemprego dos homens (6,4%), neste 1º trimestre, foi inferior à das mulheres (8,9%) em 2,5 p.p.. A taxa de desemprego das mulheres diminuiu, quer em relação ao trimestre homólogo (1,0 p.p.), quer ao anterior (0,7 p.p.). A taxa de desemprego nos homens diminuiu face ao trimestre homólogo (0,7 p.p.) e aumentou face ao trimestre anterior (0,2 p.p.). Neste 1º trimestre de 2008, a taxa de desemprego nos jovens (15 a 24 anos) foi de 16,4%, valor inferior ao observado no trimestre homólogo de 2007, em 1,7 p.p., e também inferior em relação ao 4º trimestre de 2007, em 0,4 p.p.. Aquela taxa equivale a mais do dobro da taxa de desemprego global. O número de desempregados jovens representava, no 1º trimestre de 2008, 19,8% do total de desempregados, percentagem ligeiramente superior à do trimestre anterior (19,7%), mas inferior à do trimestre homólogo de 2007 (20,3%). A taxa de desemprego dos indivíduos com nível de escolaridade completo, que corresponde ao 3º ciclo do ensino básico, foi de 7,7%, no 1º trimestre de 2008, valor inferior ao observado para os indivíduos com ensino secundário e pós-secundário (7,9%), mas superior ao observado para os indivíduos com nível de ensino superior (6,8%). A taxa de desemprego dos indivíduos com nível de escolaridade básico desceu 0,9 p.p., face ao trimestre homólogo de 2007, e manteve o nível do trimestre anterior. A taxa de desemprego dos indivíduos com nível de escolaridade correspondente ao ensino secundário e pós-secundário desceu, face ao 1º trimestre de 2007 (0,8 p.p.), tendo diminuído também, embora ligeiramente, face ao período anterior (0,1 p.p.). A taxa de desemprego dos indivíduos com ensino superior diminuiu 0,3 p.p., face ao trimestre homólogo, e na relação com o 4º trimestre de 2007, diminuiu 1,3 p.p.. O número de desempregados à procura de emprego há 12 ou mais meses (desemprego de longa duração) diminuiu 4,1%, face ao trimestre homólogo do ano anterior (9,4 mil indivíduos) e aumentou 3,3% face ao trimestre anterior (7,1 mil). O número de desempregados à procura de emprego há menos de um ano diminuiu, quer face ao trimestre homólogo (14,1%; 33,4 mil), quer face ao anterior (8,6%; 19,0 mil). A taxa de desemprego de longa duração (razão entre o número de desempregados à procura de emprego há 12 ou mais meses e a população activa) registou um valor de 3,9%, no 1º trimestre de 2008. A percentagem de desempregados à procura de emprego há 12 ou mais meses no total dos desempregados foi estimada em 51,9%. A diminuição homóloga do desemprego fez-se sentir em todas as classes de duração da procura de emprego, com excepção da classe de “12 a 24 meses”, onde o desemprego aumentou 2,5% (2,4 mil indivíduos) face ao trimestre homólogo. (estas informações encontram-se nos Quadros 3.1, 3.2, 3.3, 3.4 e 3.5 ) 14
  • 15. Face ao trimestre anterior, são de destacar as seguintes evoluções: o número de mulheres desempregadas diminuiu, enquanto que o de homens aumentou, talvez por norma auferirem ordenados mais baixos; o desemprego diminuiu em todos os grupos etários, com excepção do grupo etário dos 45 ou mais anos, onde aumentou, pois com os despedimentos que têm havido no nosso país esta faixa etária é considerada velha para encontrar emprego mas jovem para serem reformados; o número de desempregados diminuiu em todos os níveis de escolaridade, sobretudo para os indivíduos com ensino superior; o número de indivíduos à procura de primeiro ou de novo emprego diminuiu (neste caso, sobretudo para os indivíduos provenientes do sector da indústria, construção, energia e água); o número de indivíduos desempregados à procura de emprego há menos de 12 meses diminuiu, enquanto que o desemprego de duração igual ou superior a 12 meses aumentou. Estas diminuições devem-se em boa parte à simples desistência das pessoas em procurar emprego e também a um aumento na emigração dos portugueses para Espanha, Brasil, Angola e países do Norte de África, para dar alguns exemplos. População desempregada por grupo etário, sexo e nível escolar Quadro 3.1 15
  • 16. Taxa de Desemprego por grupo etário, sexo e nível escolar Quadro 3.2 População desempregada por tempo na procura de emprego Quadro 3.3 16
  • 17. Taxas de Desemprego por tempo na procura de emprego Quadro 3.4 População desempregada à procura de 1º emprego ou de novo emprego por relação com última actividade Quadro 3.5 Escolaridade e actividade da população portuguesa 17
  • 18. A população activa em Portugal (Quadro 4.1 e Gráfico 4.1 ), no 1º trimestre de 2008, estimada em 5 618 mil indivíduos, aumentou 0,2%, comparando com o trimestre homólogo de 2007 (abrangendo 12,4 mil indivíduos), e diminuiu 0,2%, face ao trimestre anterior (9,7 mil. A população empregada aumentou 55,3 mil indivíduos e a desempregada diminuiu 42,9 mil indivíduos, chegando assim ao aumento na população activa de 12,4 mil indivíduos. Estes valores permitem apurar que a taxa de variação homóloga da população activa (0,2%) resulta da soma de dois contributos – o aumento da população empregada (contributo foi de 1,0 pontos percentuais, p.p.) e a diminuição da população desempregada (contributo foi de -0,8 p.p.) independentemente da taxa de variação homóloga que cada um destes grupos populacionais tenha registado. Numa análise por sexo, o aumento em igual período do ano 2007, da oferta de mão- de-obra foi explicado essencialmente pelo aumento da população activa masculina (cerca de 10,0 mil indivíduos). A população activa feminina também aumentou, mas ligeiramente (2,5 mil), mas diminuíu em relação ao trimestre anterior (18,5 mil indíviduos). Analisando os dados por grupo etário, verifica-se que, face ao trimestre do ano passado, o crescimento da população activa foi sustentado somente pelo aumento da população activa dos 35 aos 64 anos, tendo a população activa dos 45 aos 64 anos registado o maior aumento (de 2,3%, abrangendo 42,1 mil indivíduos). A população activa jovem (15 a 24 anos) registou o maior decréscimo em termos relativos (2,3%). A população dos 25 aos 34 anos registou o maior decréscimo em termos absolutos. O número de activos com nível de escolaridade completo correspondente, no máximo, ao 3º ciclo do ensino básico ou ao ensino secundário e pós-secundário diminuiu, face ao trimestre homólogo de 2007, 0,3% (12,6 mil indivíduos) e 0,2% (1,6 mil), respectivamente. Por seu turno, o número daqueles que possuem uma qualificação correspondente ao ensino superior aumentou 3,4% (26,6 mil). GráfiA taxa de actividade da população em idade activa (15 e mais anos) foi de 62,5%, no 1º trimestre de 2008. Este valor é inferior ao registado no trimestre homólogo de 2007, em 0,1 p.p., e ao observado no trimestre anterior, em 0,2 p.p.. A taxa de actividade dos homens em idade activa excedeu a das mulheres em 13,6 p.p.. A taxa de actividade dos jovens (15 a 24 anos), que ascendeu a 41,7% no 1º trimestre de 2008, corresponde a menos de metade das taxas dos dois grupos etários seguintes: 25 a 34 anos e 35 a 44 anos. Taxa de variação hómologa da população activa no 1º trimestre de 2008 18
  • 19. Gráfico 4.1 População activa por grupo etário, sexo e nível de escolaridade completo Valor trimestral C.V. Variação Portugal Sexo 1ºT-2007 2ºT-2007 3ºT-2007 4ºT-2007 1ºT-2008 1ºT-2008 Homóloga Trimestral Milhares de indivíduos % População activa HM 5 605,6 5 595,2 5 644,7 5 627,7 5 618,0 0,4 0,2 -0,2 H 2 985,3 2 975,0 2 997,5 2 986,3 2 995,3 0,5 0,3 0,3 M 2 620,3 2 620,2 2 647,2 2 641,3 2 622,8 0,7 0,1 -0,7 Dos 15 aos 24 anos HM 527,2 508,2 522,5 515,5 515,0 2,0 -2,3 -0,1 H 290,8 279,8 290,3 281,0 285,8 2,6 -1,7 1,7 M 236,4 228,4 232,2 234,5 229,1 2,9 -3,1 -2,3 Dos 25 aos 34 anos HM 1 482,3 1 471,6 1 477,5 1 472,1 1 466,4 0,6 -1,1 -0,4 H 771,1 764,7 764,0 759,6 763,6 0,6 -1,0 0,5 M 711,2 706,9 713,4 712,5 702,8 1,0 -1,2 -1,4 Dos 35 aos 44 anos HM 1 414,6 1 421,9 1 425,8 1 420,4 1 416,9 0,5 0,2 -0,2 H 731,9 737,2 746,3 745,3 745,8 0,6 1,9 0,1 M 682,8 684,8 679,5 675,1 671,1 1,0 -1,7 -0,6 Dos 45 aos 64 anos HM 1 849,3 1 858,1 1 880,3 1 890,4 1 891,4 0,7 2,3 0,1 H 1 006,2 1 004,9 1 010,9 1 018,7 1 017,2 0,8 1,1 -0,1 M 843,1 853,3 869,3 871,6 874,3 1,2 3,7 0,3 Com 65 e mais anos HM 332,1 335,3 338,6 329,2 328,3 3,5 -1,1 -0,3 H 185,3 188,4 185,9 181,7 182,9 3,7 -1,3 0,7 M 146,8 146,9 152,7 147,5 145,4 4,9 -1,0 -1,4 Dos 15 aos 64 anos HM 5 273,5 5 259,9 5 306,1 5 298,5 5 289,7 0,4 0,3 -0,2 H 2 800,0 2 786,5 2 811,6 2 804,6 2 812,4 0,5 0,4 0,3 M 2 473,5 2 473,3 2 494,5 2 493,8 2 477,3 0,6 0,2 -0,7 Nível de escolaridade completo Até ao básico - 3º ciclo HM 3 965,6 3 960,9 4 013,5 3 981,4 3 953,0 1,1 -0,3 -0,7 H 2 240,2 2 236,6 2 261,0 2 239,0 2 238,9 1,1 -0,1 o M 1 725,4 1 724,3 1 752,5 1 742,4 1 714,1 1,4 -0,7 -1,6 Secundário e pós-secundário HM 848,1 851,2 847,8 835,4 846,5 2,4 -0,2 1,3 H 421,5 423,2 423,5 420,0 424,7 3,0 0,8 1,1 M 426,6 428,0 424,4 415,4 421,7 3,3 -1,1 1,5 Superior HM 791,9 783,1 783,4 810,9 818,5 3,5 3,4 0,9 H 323,6 315,2 313,0 327,3 331,6 4,7 2,5 1,3 M 468,3 467,8 470,4 483,5 486,9 3,6 4,0 0,7 Quadro 4.1 Sobre a população inactiva em Portugal (Quadro 4.2 e Gráfico 4.2 ), no 1º trimestre de 2008, era composta por 4 997,4 mil indivíduos, tendo aumentado 0,1% face ao 19
  • 20. trimestre homólogo de 2007 (7,4 mil indivíduos) e 0,2% face ao 4º trimestre de 2007 (10,5 mil). A população inactiva com 15 e mais anos, no 1º trimestre de 2008, era composta por 3 370,4 mil indivíduos (67,4% do total de inactivos), o que se traduziu numa taxa de inactividade de 37,5%. Face ao 1º trimestre de 2007, a população inactiva com 15 e mais anos aumentou 0,5% (16,8 mil indivíduos). O número de mulheres inactivas aumentou 0,6% (11,7 mil) e o de homens inactivos aumentou 0,4% (5,1 mil). No 1º trimestre de 2008, 61,2% da população inactiva com 15 e mais anos era composta por mulheres. No 1º trimestre de 2008, o número de pessoas inactivas com disponibilidade para trabalhar era de 70,4 mil, tendo diminuído 6,5% (4,9 mil), face ao trimestre homólogo de 2007, e aumentado 6,0% (4,0 mil), em relação ao trimestre anterior. O número de inactivos disponíveis, no trimestre em análise, representava 2,1% da população inactiva com 15 e mais anos e 71,6% eram mulheres. O número de inactivos desencorajados foi estimado em 32,2 mil, no 1º trimestre de 2008, tendo-se mantido praticamente inalterado face ao trimestre homólogo de 2007 e aumentado 29,8% (7,4 mil) face ao trimestre anterior. No trimestre em análise, o número de inactivos desencorajados representava 1,0% da população inactiva com 15 e mais anos e 76,7% eram mulheres. A diminuição homóloga no número de inactivos disponíveis foi explicada em 73,5% pela diminuição de homens naquela situação. Apesar da relativa estabilidade observada no número de inactivos desencorajados, face ao trimestre homólogo de 2007, o número de homens naquela situação diminuiu, enquanto que o de mulheres aumentou, em boa parte devido aos despedimentos em locais de trabalho onde as mulheres são em maior número. Taxa de variação homóloga da população inactiva no 1º trimestre de 2008 f Gráfico 4.2 População inactiva e taxa de inactividade 20
  • 21. Valor trimestral C.V. Variação Portugal Sexo 1ºT-2007 2ºT-2007 3ºT-2007 4ºT-2007 1ºT-2008 1ºT-2008 Homóloga Trimestral Milhares de indivíduos % População inactiva HM 4 990,0 5 004,9 4 962,9 4 986,9 4 997,4 0,5 0,1 0,2 H 2 143,4 2 156,0 2 137,2 2 151,7 2 142,6 0,7 o -0,4 M 2 846,6 2 848,8 2 825,6 2 835,3 2 854,8 0,6 0,3 0,7 Menos de 15 anos HM 1 636,4 1 635,7 1 634,4 1 633,0 1 627,0 - -0,6 -0,4 H 840,6 839,7 839,2 838,5 834,6 - -0,7 -0,5 M 795,9 795,9 795,2 794,5 792,4 - -0,4 -0,3 Dos 15 aos 24 anos HM 726,2 733,7 710,3 708,1 718,6 1,5 -1,0 1,5 H 347,2 353,3 338,2 342,9 343,2 2,2 -1,2 0,1 M 379,0 380,4 372,1 365,2 375,4 1,8 -0,9 2,8 Dos 25 aos 34 anos HM 165,2 173,9 168,1 173,5 166,0 5,1 0,5 -4,3 H 57,1 63,4 64,1 68,5 58,8 8,1 3,0 -14,2 M 108,0 110,5 104,0 105,0 107,2 6,5 -0,7 2,1 Dos 35 aos 44 anos HM 157,8 153,9 151,6 158,4 162,9 4,6 3,2 2,8 H 48,5 44,0 35,9 37,8 39,9 10,3 -17,7 5,6 M 109,3 109,9 115,7 120,7 123,0 5,3 12,5 1,9 Dos 45 aos 64 anos HM 806,6 811,1 801,0 802,8 803,4 1,7 -0,4 0,1 H 271,2 278,3 278,3 276,5 278,6 2,8 2,7 0,8 M 535,4 532,8 522,7 526,3 524,8 2,0 -2,0 -0,3 Com 65 e mais anos HM 1 497,9 1 496,6 1 497,5 1 511,1 1 519,5 0,8 1,4 0,6 H 579,0 577,4 581,6 587,5 587,4 1,1 1,5 o M 918,9 919,3 915,9 923,6 932,0 0,8 1,4 0,9 Dos 15 aos 64 anos HM 1 855,7 1 872,6 1 830,9 1 842,8 1 850,9 1,1 -0,3 0,4 H 723,9 738,9 716,5 725,7 720,6 1,8 -0,5 -0,7 M 1 131,8 1 133,6 1 114,5 1 117,1 1 130,4 1,4 -0,1 1,2 População inactiva HM 3 353,6 3 369,2 3 328,5 3 353,9 3 370,4 0,7 0,5 0,5 (15 e mais anos) H 1 302,9 1 316,3 1 298,1 1 313,2 1 308,0 1,1 0,4 -0,4 M 2 050,7 2 052,9 2 030,4 2 040,7 2 062,4 0,9 0,6 1,1 Estudantes HM 745,0 753,6 716,3 725,0 748,2 1,7 0,4 3,2 H 355,1 362,9 347,5 350,7 356,5 2,4 0,4 1,7 M 389,9 390,7 368,8 374,3 391,7 2,1 0,5 4,6 Domésticos HM 566,5 559,8 545,6 558,3 556,0 2,7 -1,9 -0,4 H 3,5 3,5 2,4 3,3 4,6 30,6 31,4 39,4 M 563,0 556,3 543,2 555,0 551,4 2,7 -2,1 -0,6 Reformados HM 1 678,2 1 682,2 1 704,8 1 713,3 1 731,4 1,0 3,2 1,1 H 768,8 774,2 783,2 788,8 794,3 1,3 3,3 0,7 M 909,4 908,0 921,7 924,5 937,1 1,4 3,0 1,4 Outros inactivos HM 363,9 373,6 361,7 357,3 334,8 3,6 -8,0 -6,3 H 175,5 175,7 165,0 170,3 152,6 5,2 -13,0 -10,4 M 188,3 197,9 196,7 187,0 182,2 4,7 -3,2 -2,6 Inactivos disponíveis HM 75,3 80,3 77,4 66,4 70,4 8,0 -6,5 6,0 H 23,6 27,4 26,9 23,5 20,0 14,5 -15,3 -14,9 M 51,8 52,9 50,4 42,9 50,4 9,6 -2,7 17,5 Inactivos desencorajados HM 32,5 33,9 29,6 24,8 32,2 11,7 -0,9 29,8 H 8,9 9,4 8,8 6,5 7,5 21,8 -15,7 15,4 M 23,6 24,5 20,8 18,3 24,7 13,7 4,7 35,0 % p.p. Taxa de inactividade HM 37,4 37,6 37,1 37,3 37,5 0,7 0,1 0,2 (15 e mais anos) H 30,4 30,7 30,2 30,5 30,4 1,1 - -0,1 M 43,9 43,9 43,4 43,6 44,0 0,9 0,1 0,4 Quadro 4.2 Remunerações em Portugal 21
  • 22. Segundo um inquérito feito pelo Ministério do Trabalho e da Segurança Social, e com números até Abril de 2007, o ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem em regime “full time” chegava aos 1024,55 euros, apresentando assim, em termos nominais, um aumento ao mesmo período do ano anterior de 3,9%. Devido a uma maior política de contenção de aumentos salariais nos últimos anos no mercado de trabalho no nosso país, o ganho nominal denota, desde Abril de 2003 um dinamismo inferior ao período anterior e, a partir de Abril de 2004, um padrão evolutivo quase regular, rondando os 4%. Apesar desta moderação nos salários, verificam-se, no período de Abril de 2004 a Abril de 2007, aumentos no poder de compra salarial, ainda que estes tenham vindo a diminuir de intensidade desde Abril de 2006 (Quadro 5.1 e Gráfico 5.1 ). Analisando ainda de outra perspectiva o quadro em Abril de 2007, um dirigente ganhava em média mensalmente mais 2207,1 euros do que um operário e mais 1884,3 euros que um empregado. Média mensal de ganhos e remuneração de base Gráfico 5.1 Ganho Médio Mensal por Nível Profissional Quadro 5.1 Apesar do ganho médio mensal (valor bruto em dinheiro pago mensalmente pelo período mensal de trabalho juntamente com prémios, subsídios e horas extraordinárias) 22
  • 23. dos operários em Abril de 2007 ter ultrapassado, pela primeira vez no passado recente, a fasquia evolutiva do conjunto total de trabalhadores, sobressai o seu ténue aumento nos últimos três anos, comparando com os restantes níveis profissionais . Mais uma vez, devido à pouca qualificação dos operários e à fraca produtividade destes, segundo as entidades patronais. A forma do aumento do ganho médio dos empregados aparenta um padrão idêntico ao dos operários, quando se assiste à subida do ganho de uns o dos outros retrai-se. Desde Outubro de 2005, observam-se acréscimos salariais superiores à média para os empregados e inferiores à média para os dirigentes. A partir de Outubro de 2006, realça-se uma convergência entre as variações salariais dos diferentes níveis profissionais (Gráfico 5.2 ). Variação Homóloga do ganho médio mensal por Nível Profissional Gráfico 5.2 Analisando a remuneração de base média mensal (valor bruto em dinheiro pago mensalmente e correspondente ao período normal de trabalho), verifica-se que a mesma se situa em Abril de 2007 nos 860,22 euros, o que se traduz num acréscimo de 3,3% em relação ao mês de Abril do ano anterior. A proporção da remuneração de base média em relação ao ganho de Abril de 2007 era de 84% (84,6% em Abril de 2003). Em Abril de 2007, a remuneração de base dos dirigentes apresentava o aumento mais significativo, 4%, quando comparada com a de Abril de 2006. Nesse mesmo período, a remuneração de base dos empregados subiu 3,6% enquanto a dos operários só aumentou 3,2% (Quadro 5.2 ). Remuneração base média mensal 23
  • 24. Quadro 5.2 O nível de ganho médio mensal e a sua evolução variam significativamente entre as Secções da Classificação Portuguesa das Actividades Económicas . No mês de Abril de 2007, destacam- se a “Electricidade, Gás e Água” (Secção E) e a “Indústria Extractiva” (Secção C) pelos maiores crescimentos salariais em termos homólogos, 7,7% e 7%, respectivamente, seguidas da “Construção” (Secção F), com uma variação homóloga de 5,6%. No outro extremo encontra-se o “Comércio por grosso e retalho, reparação de veículos automóveis” (Secção G) com um acréscimo salarial de somente 0,9% face ao mês homólogo (Quadro 4 e Gráfico 5.3). Ganho médio mensal por secções das Actividades Económicas C – Indústrias Extractivas D – Indústrias Transformadoras E – Produção e distribuição – electricidade, gás e água F – Construção G – Comércio por Grosso e a Retalho H – Alojamento e restauração I – Transportes, armazenamento e Comunicações J – Actividades financeiras K – Actividades imobiliárias e serviços prestados às empresas M – Educação N – Saúde e acção social O – Outras actividades – serviços colectivos, sociais e pessoais Gráfico 5.3 24
  • 25. A percentagem de trabalhadores por conta de outrem a tempo completo abrangidos pelo Salário Mínimo, atingiu em Abril de 2007 os 5,5% (4% em Abril de 2006). A incidência do Salário Mínimo no sexo feminino é tradicionalmente superior. Neste período, 8% das Mulheres trabalhadoras por conta de outrem, contra 3,7% dos Homens, estavam abrangidas pelo Salário Mínimo. A percentagem de trabalhadores que auferem o Salário Mínimo sobe após Abril de 2006, rompendo desta forma a tendência descendente iniciada em Outubro de 2003 (Gráfico 5.4 ), possivelmente pelo aumento da oferta de empregos menos qualificados, pelo abrandamento económico e por isso as empresas não poderem oferecer bons ordenados para quem entra de novo. Trabalhadores com salário mínimo por sexo Gráfico 5.4 De salientar que na quase totalidade das Secções, em Abril de 2007, aumentou a percentagem dos trabalhadores a auferirem o Salário Mínimo (Quadro 5.3 ). Somente as Secções “Transportes, Armazenamento e Comunicações” (Secção I) e “Outras Actividades de Serviços Colectivos, Sociais e Pessoais” (Secção O) contrariaram essa tendência ascendente. A proporção dos trabalhadores por conta de outrem a tempo completo cobertos pelo Salário Mínimo apresenta maior incidência no “Alojamento e Restauração” (Secção H), onde a oferta de trabalhadores é muito grande (sejam nacionais como estrangeiros), e nas “Indústrias Transformadoras” (Secção D), 12,6% e 5,9%, respectivamente, em Abril de 2007. Em contrapartida, na “Produção e Distribuição de Electricidade, Gás e Água” (Secção E) e nas “Actividades Financeiras” (Secção J), a percentagem de trabalhadores por conta de outrem a receberem o Salário Mínimo, é de 0,2% e de 0,1%, respectivamente . Este 25
  • 26. caso, que vem seguindo uma tendência já verificada em períodos anteriores, deve-se talvez ao maior investimento nas tecnologias e no conhecimento das empresas destas actividades, e com isso há a necessidade de contratar pessoas mais qualificadas e com níveis salariais mais elevados. Trabalhadores com salário Mínimo por Actividade Profissional Quadro 5.3 Se observarmos os ganhos salariais por sexos, o ganho médio mensal dos Homens situava-se, em Abril de 2007, nos 1142,99 euros e o das Mulheres nos 858,96 euros. Traçando uma análise evolutiva, observa-se que o ganho médio mensal das Mulheres registou, no mês de referência, um acréscimo homólogo mais modesto (4.1%) do que o dos Homens (4,5%), tendo a proporção do ganho médio das Mulheres em relação ao dos Homens atingido em Abril de 2007 os 75,2% (Quadro 5.4 ). Esta análise demonstra ainda que continuam a haver em algumas actividades grandes diferenças médias salariais entre homens e mulheres, sendo que o único sector onde as Mulheres têm um salário médio mensal mais elevado que os homens (Secção F – Construção), a diferença encontrada é de apenas 58,77 euros, provavelmente por as trabalhadoras nesta área ocuparem cargos em que há a necessidade de serem bastante qualificadas. Ganho médio mensal por Actividade Económica e por sexo 26
  • 27. Quadro 5.4 Índice Portugal – Evolução da População pág. 1  Indicadores de População – quadro 1.1 pág. 1 27
  • 28. População residente segundo grupos etários e sexo – quadro 1.2 pág. 2  Movimento da População – quadro 1.3 pág. 3  População Estrangeira com estatuto legal de residente – quadro 1.4 e gráfico 1.1 pág. 5 Índices Económicos pág. 6  Produto Interno Bruto – gráfico 2.1 pág. 6  Procura Externa – gráfico 2.2 pág. 7  Actividade Económica – gráfico 2.3 pág. 7  Indicadores de Confiança – gráfico 2.4 pág. 7  Indicadores de Actividade Económica – gráfico 2.5 pág. 8  Consumo pág. 9  Investimento pág. 9  Investimento – componentes – gráfico 2.7 pág. 10  Procura Externa pág. 10  Índices de Preços pág. 11  Indicadores de Inflacção – gráfico 2.8 pág. 12  Inflacção dos Bens e dos Serviços – gráfico 2.9 pág. 12  Síntese Económica – quadro 2.1 pág. 13 Desemprego em Portugal pág. 14  População desempregada por grupo etário, sexo e nível escolar – quadro 3.1 pág. 15  Taxa de Desemprego por grupo etário, sexo e nível escolar – quadro 3.2 pág. 16  População desempregada por tempo na procura de emprego – quadro3.3 pág. 16  Taxas de Desemprego por tempo na procura de emprego – quadro 3.4 pág. 17  População desempregada à procura de 1º emprego ou de novo emprego por relação com última actividade pág. 17 Escolaridade e Actividade da População Portuguesa pág. 18  Taxa de variação homóloga da População Activa – 1º Tri. 2008 – gráfico 4.1 pág. 19  População Activa por grupo etário, sexo e nível de escolaridade completo – quadro 4.1 pág. 19  Taxa de variação homóloga da População Inactiva – 1º Tri. 2008 – gráfico 4.2 pág. 20  População Inactiva e Taxa de Inactividade – quadro 4.2 pág. 21 Remunerações em Portugal pág. 22  Média mensal de ganhos e remuneração base – gráfico 5.1 pág. 22  Ganho médio mensal por nível profissional – quadro 5.1 pág. 22 28
  • 29. Variação homóloga do ganho médio mensal por nível profissional – gráfico 5.2 pág. 23  Remuneração base média mensal – quadro 5.2 pág. 24  Ganho médio mensal por secções das Actividades Económicas – gráfico 5.3 pág. 24  Trabalhadores com salário mínimo por sexo – gráfico 5.4 pág. 25  Trabalhadores com salário mínimo por actividade profissional – Quadro 5.3 pág. 26 Índice (continuação)  Ganho médio mensal por actividade económica e por sexo – quadro 5.4 pág. 27 Índice pág. 28 Fontes de Informação pág. 29 Fontes de informação  www.ine.pt  www.dgeep.mtss.gov.pt  www.iefp.pt 29
  • 30. Joaquim de SouSa Ferreira nº4941 eFa n.L. 05 31/07/2008 30