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SOLIDÃO 
Daniel Luccas Arenas – AD 2017 
Douglas Tomio Nakata – AD 2019
Eleanor Rigby 
Ah, look at all the lonely people 
Ah, look at all the lonely people 
Eleanor Rigby picks up the rice in 
the church where a wedding has 
been 
Lives in a dream 
Waits at the window,wearing the 
face that she keeps in a jar by the 
door 
Who is it for? 
All the lonely people, where do 
they all come from? 
All the lonely people, where do 
they all belong? 
Father McKenzie writing the 
words of a sermon that no 
one will hear 
No one comes near 
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his socks in the night when 
there's nobody there 
What does he care? 
All the lonely people, where 
do they all come from? 
All the lonely people, where 
do they all belong? 
Ah, look at all the lonely 
people 
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people 
Eleanor Rigby died in the 
church and was buried along 
with her name 
Nobody came 
Father McKenzie wiping the 
dirt from his hands as he 
walks from the grave 
No one was saved 
All the lonely people (ah, 
look at all the lonely people) 
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from? 
All the lonely people (ah, 
look at all the lonely people) 
Where do they all belong? 
The Beatles 
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De onde vêm 
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pessoas 
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Introdução
Base para todos os 
relacionamentos 
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Social 
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Bowlby 
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Gleitman, Henry. Psicologia. 7ª Edição. Porto Alegre: Artmed; 2009.
Ação 
Socialização 
Ideologias 
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social 
Gleitman, Henry. Psicologia. 7ª Edição. Porto Alegre: Artmed; 2009.
O que é 
solidão?
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solidão e 
isolamento 
social?
Definição 
• Isolamento social: comportamento no qual o indivíduo 
deixa de participar - voluntariamente ou não - de atividades 
sociais em grupo 
– Wilson - falta de contato ou interação sustentada com 
indivíduos ou instituições que representam a sociedade 
predominante 
• Solidão: percepção de isolamento social (subjetivo) 
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entre o contato desejado e o contato experimentado. 
• Solidão social (rede social) 
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• Solitude: estar só, isolamento voluntário.
Quem é solitário? 
• Todos podem ser! 
• Influenciado pela cultura e pela classe social; 
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• Alta incidência; 
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todos os grupos. 
Nicolaisen M, Thorsenwho K. Who are lonely? Loneliness in different age groups (18-81 years old), 
using two measures of lonelines. Int’L. J. Aging and Human Development, 2014; 78(3) 229-257.
Causas e 
Consequências 
da Solidão
Causas 
• Fatores genéticos (estudos com gêmeos); 
• Fatores evolutivos (espécie social); 
• Fatores ambientais, socioculturais e pessoais: 
– Contexto e influência social, rede de apoio, 
isolamento físico, mudanças, divórcio, morte de 
alguém próximo, bullyng, baixa auto-estima, baixa 
resiliência, etc. 
Cacioppo JT, Hawkley LC, Norman GJ, Berntson GG. Social isolation. Ann. N.Y. 
Acad. Sci., 2011; 17–22
Tipos 
• Solidão aguda: 
– Inevitável ; 
– Desprovida de repercussões orgânicas relevantes. 
• Solidão crônica: 
– Estigmatizada; 
– Evitável; 
– Nociva. 
Cacioppo JT, Hawkley LC, Norman GJ, Berntson GG. Social isolation. Ann. N.Y. 
Acad. Sci., 2011; 17–22
A percepção subjetiva do 
isolamento social é mais 
importante para o bem-estar 
individual do que qualquer 
medida objetiva do número 
de interações sociais.
Consequências 
• Afeta cortex pré-frontal (estudos com RMI 
funcional) 
– Alterações comportamentais. 
• Ativação crônica simpática, do eixo hipotalâmico-hipofisário- 
adrenal e estresse oxidativo 
– diminuição do controle inflamatório (resposta, 
inibição e resistência), aumento de citocinas, 
glicocorticoides e catecolaminas e diminuição da 
imunidade celular. 
Cacioppo JT, Hawkley LC, Norman GJ, Berntson GG. Social isolation. Ann. N.Y. 
Acad. Sci., 2011; 17–22
Objetivo 
evolutivo dessas 
alterações 
biológicas: 
procurar o apoio 
do grupo!
Manifestações Clínicas 
• Diminuição cognitiva; 
• Diminuição do poder de decisão e juízo crítico; 
• Comportamento agressivo, depreciativo e de 
isolamento; 
• Alterações do sono e fadiga; 
• Anedonia, tristeza e desesperança; 
• Ansiedade social; 
• Sintomas obsessivos e compulsivos; 
• Estresse! 
Cacioppo JT, Hawkley LC, Norman GJ, Berntson GG. Social isolation. Ann. N.Y. 
Acad. Sci., 2011; 17–22
Desfechos 
• Depressão e outros transtornos psiquiátricos; 
• Suicídio; 
• Hipertensão arterial sistêmica; 
• AVC, IAM e outras doenças cardiovasculares; 
• Alcoolismo e abuso de substâncias; 
• Obesidade, sedentarismo e Diabetes Mellitus tipo 2; 
• Doença de Alzheimer e outras demências; 
• Infecções; 
• Doenças inflamatórias; 
• Câncer. 
Cacioppo JT, Hawkley LC, Norman GJ, Berntson GG. Social isolation. Ann. N.Y. 
Acad. Sci., 2011; 17–22
A solidão 
aumenta o risco 
de morte tanto 
quanto o 
cigarro 
Mais de 100 estudos epidemiológicos publicados a partir dos anos de 1980!
Como 
resolver esse 
grande 
problema?
O que fazer? 
• Reconhecer os sinais da solidão e não 
menosprezá-la; 
• Compreender a pessoa solitária e oferecer ajuda; 
• Entender os efeitos físicos e mentais da solidão; 
• Incentivar trabalhos comunitários, participação 
em grupos e considerar terapia em grupo; 
• Valorizar as interações sociais, familiares e redes 
de apoio; 
• Evitar pensamentos negativos e de rejeição; 
• Combater opressões e desigualdades sociais. 
Cacioppo JT, Hawkley LC, Norman GJ, Berntson GG. Social isolation. Ann. N.Y. 
Acad. Sci., 2011; 17–22
Curiosidades
Hikikomori 
• Japão – “aversão anormal ao contato social“; 
• Pessoas que não saem de casa por mais de 6 
meses; 
• Descrito por Tamaki Saito em 1998 
• Isolamento social voluntário? 
• "They are tormented in the mind, they want to go 
out in the world, they want to make friends or 
lovers, but they can't." Tamaki Saito
Hikikomori 
• Alterações de sono, ansiedade, medo, anedonia, 
agressividade, dependência, etc.; 
• Uso intenso de tecnologias; 
• Correlação com transtornos psiquiátricos (humor, 
ansiedade, dependência, esquizofrenia, etc.); 
• 2010: pesquisa de prevalência do Japanese 
Cabinet Office – mais de 700,000 casos no Japão; 
• Jovens do sexo masculino – 53 a 80%
Por quê 
vocês 
acham que 
isso ocorre?
Hikikomori 
• Fatores biológicos, ambientais e socioculturais 
(trabalho, oportunidades, escola, pressão social, 
internet, sentimento de não pertencer a um 
grupo, bullyng) 
• Compreensão, suporte 
psicológico e familiar, 
terapia em grupo, 
medicações. 
Watts J. Tokyo Public health experts concerned about “hikikomori”. Lancet, 2002; 359(9312):1131.
Perguntaram a 
um paciente o 
que ele sentia 
que o impedia de 
sair de casa: 
Resposta: MEDO E 
SOLIDÃO
• Não é restrito a fatores culturais; 
• Provavelmente presente em vários países do mundo (mais 
desenvolvidos e áreas urbanas); 
• Países com rápidas mudanças socioculturais devido a 
globalização; 
• Necessidade de mais estudos, critérios específicos e 
instrumentos de medida transculturais validados.
“Eu não quero falar com 
ninguém. 
Eu não quero fazer nada. 
Eu nem mesmo quero 
atender o telefone. 
O que eu devo fazer?” 
• Welcome to NHK! 
– Manga (e anime) sobre a 
vida de um hikikomori. 
(Copyright Tatsuhiko TAKIMOTO 2004, Kendi 
OIWA 2004. Published by 
KADOKAWASHOTEN.)
• Tokyo! (2008) 
• Documentário BBC 
(2002) 
• http://www.bbc.co 
m/news/magazine- 
23182523
Será que a 
hipermodernidade 
é a maior vilã?
Resumindo 
• John Cacioppo 
– The University of Chicago 
Department of Psychology, and 
Department of Psychiatry and 
Behavioral Neuroscience 
• https://www.youtube.co 
m/watch?v=_0hxl03JoA0 
• https://www.youtube.co 
m/watch?v=iEmR_Ez1dV 
E
Conclusão 
"Logo pela manhã, fora 
atormentado por um pro-fundo 
e singular aborreci-mento. 
Subitamente afi-gurou- 
se-me que estava 
só, abandonado por to-dos, 
que toda a gente se 
afastava de mim.”
Conclusão 
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de me encontrar só e 
durante três dias inteiros 
errei pela cidade mergu-lhado 
numa profunda me-lancolia, 
sem nada com-preender 
do que se pas-sava 
comigo.” 
Dostoiévski, Fiódor. Noites Brancas. 1ª Edição. São Paulo: 
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Solidão e isolamento social

  • 1.
  • 2. SOLIDÃO Daniel Luccas Arenas – AD 2017 Douglas Tomio Nakata – AD 2019
  • 3.
  • 4. Eleanor Rigby Ah, look at all the lonely people Ah, look at all the lonely people Eleanor Rigby picks up the rice in the church where a wedding has been Lives in a dream Waits at the window,wearing the face that she keeps in a jar by the door Who is it for? All the lonely people, where do they all come from? All the lonely people, where do they all belong? Father McKenzie writing the words of a sermon that no one will hear No one comes near Look at him working, darning his socks in the night when there's nobody there What does he care? All the lonely people, where do they all come from? All the lonely people, where do they all belong? Ah, look at all the lonely people Ah, look at all the lonely people Eleanor Rigby died in the church and was buried along with her name Nobody came Father McKenzie wiping the dirt from his hands as he walks from the grave No one was saved All the lonely people (ah, look at all the lonely people) Where do they all come from? All the lonely people (ah, look at all the lonely people) Where do they all belong? The Beatles http://www.youtube.com/watch?v=-LOgMWbDGPA
  • 5. De onde vêm todas as pessoas solitárias?
  • 7.
  • 9. Base para todos os relacionamentos posteriores Começa com o vínculo entre o bebê e seu principal cuidador Desenvolvimento Social Gleitman, Henry. Psicologia. 7ª Edição. Porto Alegre: Artmed; 2009.
  • 10. John Bowlby Apego depende do conforto Criança se apega a um determinado cuidador porque esse adulto proporciona uma base segura Gleitman, Henry. Psicologia. 7ª Edição. Porto Alegre: Artmed; 2009.
  • 11. Temperamento da criança Proporciona a base para o desenvolvimento da sua personalidade Gleitman, Henry. Psicologia. 7ª Edição. Porto Alegre: Artmed; 2009.
  • 12. Comportamento do cuidador Circunstâncias da família Temperamento do bebê Experiências sociais diferentes Variações na maneira como se relacionam com as pessoas que delas cuidam Gleitman, Henry. Psicologia. 7ª Edição. Porto Alegre: Artmed; 2009.
  • 13. Creche de baixa qualidade Crianças desatentas e antissociais Qualidade da vida doméstica é o principal fator Gleitman, Henry. Psicologia. 7ª Edição. Porto Alegre: Artmed; 2009.
  • 14. Menor autoestima Menor competência social Efeitos negativos sobre a criança Conflitos domésticos Divórcio Gleitman, Henry. Psicologia. 7ª Edição. Porto Alegre: Artmed; 2009.
  • 15. Socialização Processo pelo qual uma pessoa aprende a ser um membro de um grupo social. Gleitman, Henry. Psicologia. 7ª Edição. Porto Alegre: Artmed; 2009.
  • 16. Ação Socialização Ideologias Interpretação do mundo social Gleitman, Henry. Psicologia. 7ª Edição. Porto Alegre: Artmed; 2009.
  • 17. O que é solidão?
  • 18. Certo! Mas então, qual a diferença entre solidão e isolamento social?
  • 19. Definição • Isolamento social: comportamento no qual o indivíduo deixa de participar - voluntariamente ou não - de atividades sociais em grupo – Wilson - falta de contato ou interação sustentada com indivíduos ou instituições que representam a sociedade predominante • Solidão: percepção de isolamento social (subjetivo) – Perplau e Perlman - sentimento negativo gerado pelo contraste entre o contato desejado e o contato experimentado. • Solidão social (rede social) • Solidão emocional (relações íntimas) • Solitude: estar só, isolamento voluntário.
  • 20. Quem é solitário? • Todos podem ser! • Influenciado pela cultura e pela classe social; • Mais prevalente em idosos; • Importante na idade escolar; • Alta incidência; • Prevalência vem crescendo a cada ano em todos os grupos. Nicolaisen M, Thorsenwho K. Who are lonely? Loneliness in different age groups (18-81 years old), using two measures of lonelines. Int’L. J. Aging and Human Development, 2014; 78(3) 229-257.
  • 21. Causas e Consequências da Solidão
  • 22. Causas • Fatores genéticos (estudos com gêmeos); • Fatores evolutivos (espécie social); • Fatores ambientais, socioculturais e pessoais: – Contexto e influência social, rede de apoio, isolamento físico, mudanças, divórcio, morte de alguém próximo, bullyng, baixa auto-estima, baixa resiliência, etc. Cacioppo JT, Hawkley LC, Norman GJ, Berntson GG. Social isolation. Ann. N.Y. Acad. Sci., 2011; 17–22
  • 23. Tipos • Solidão aguda: – Inevitável ; – Desprovida de repercussões orgânicas relevantes. • Solidão crônica: – Estigmatizada; – Evitável; – Nociva. Cacioppo JT, Hawkley LC, Norman GJ, Berntson GG. Social isolation. Ann. N.Y. Acad. Sci., 2011; 17–22
  • 24. A percepção subjetiva do isolamento social é mais importante para o bem-estar individual do que qualquer medida objetiva do número de interações sociais.
  • 25. Consequências • Afeta cortex pré-frontal (estudos com RMI funcional) – Alterações comportamentais. • Ativação crônica simpática, do eixo hipotalâmico-hipofisário- adrenal e estresse oxidativo – diminuição do controle inflamatório (resposta, inibição e resistência), aumento de citocinas, glicocorticoides e catecolaminas e diminuição da imunidade celular. Cacioppo JT, Hawkley LC, Norman GJ, Berntson GG. Social isolation. Ann. N.Y. Acad. Sci., 2011; 17–22
  • 26. Objetivo evolutivo dessas alterações biológicas: procurar o apoio do grupo!
  • 27. Manifestações Clínicas • Diminuição cognitiva; • Diminuição do poder de decisão e juízo crítico; • Comportamento agressivo, depreciativo e de isolamento; • Alterações do sono e fadiga; • Anedonia, tristeza e desesperança; • Ansiedade social; • Sintomas obsessivos e compulsivos; • Estresse! Cacioppo JT, Hawkley LC, Norman GJ, Berntson GG. Social isolation. Ann. N.Y. Acad. Sci., 2011; 17–22
  • 28. Desfechos • Depressão e outros transtornos psiquiátricos; • Suicídio; • Hipertensão arterial sistêmica; • AVC, IAM e outras doenças cardiovasculares; • Alcoolismo e abuso de substâncias; • Obesidade, sedentarismo e Diabetes Mellitus tipo 2; • Doença de Alzheimer e outras demências; • Infecções; • Doenças inflamatórias; • Câncer. Cacioppo JT, Hawkley LC, Norman GJ, Berntson GG. Social isolation. Ann. N.Y. Acad. Sci., 2011; 17–22
  • 29. A solidão aumenta o risco de morte tanto quanto o cigarro Mais de 100 estudos epidemiológicos publicados a partir dos anos de 1980!
  • 30.
  • 31. Como resolver esse grande problema?
  • 32. O que fazer? • Reconhecer os sinais da solidão e não menosprezá-la; • Compreender a pessoa solitária e oferecer ajuda; • Entender os efeitos físicos e mentais da solidão; • Incentivar trabalhos comunitários, participação em grupos e considerar terapia em grupo; • Valorizar as interações sociais, familiares e redes de apoio; • Evitar pensamentos negativos e de rejeição; • Combater opressões e desigualdades sociais. Cacioppo JT, Hawkley LC, Norman GJ, Berntson GG. Social isolation. Ann. N.Y. Acad. Sci., 2011; 17–22
  • 33.
  • 34.
  • 36. Hikikomori • Japão – “aversão anormal ao contato social“; • Pessoas que não saem de casa por mais de 6 meses; • Descrito por Tamaki Saito em 1998 • Isolamento social voluntário? • "They are tormented in the mind, they want to go out in the world, they want to make friends or lovers, but they can't." Tamaki Saito
  • 37. Hikikomori • Alterações de sono, ansiedade, medo, anedonia, agressividade, dependência, etc.; • Uso intenso de tecnologias; • Correlação com transtornos psiquiátricos (humor, ansiedade, dependência, esquizofrenia, etc.); • 2010: pesquisa de prevalência do Japanese Cabinet Office – mais de 700,000 casos no Japão; • Jovens do sexo masculino – 53 a 80%
  • 38. Por quê vocês acham que isso ocorre?
  • 39. Hikikomori • Fatores biológicos, ambientais e socioculturais (trabalho, oportunidades, escola, pressão social, internet, sentimento de não pertencer a um grupo, bullyng) • Compreensão, suporte psicológico e familiar, terapia em grupo, medicações. Watts J. Tokyo Public health experts concerned about “hikikomori”. Lancet, 2002; 359(9312):1131.
  • 40. Perguntaram a um paciente o que ele sentia que o impedia de sair de casa: Resposta: MEDO E SOLIDÃO
  • 41. • Não é restrito a fatores culturais; • Provavelmente presente em vários países do mundo (mais desenvolvidos e áreas urbanas); • Países com rápidas mudanças socioculturais devido a globalização; • Necessidade de mais estudos, critérios específicos e instrumentos de medida transculturais validados.
  • 42. “Eu não quero falar com ninguém. Eu não quero fazer nada. Eu nem mesmo quero atender o telefone. O que eu devo fazer?” • Welcome to NHK! – Manga (e anime) sobre a vida de um hikikomori. (Copyright Tatsuhiko TAKIMOTO 2004, Kendi OIWA 2004. Published by KADOKAWASHOTEN.)
  • 43. • Tokyo! (2008) • Documentário BBC (2002) • http://www.bbc.co m/news/magazine- 23182523
  • 44. Será que a hipermodernidade é a maior vilã?
  • 45.
  • 46. Resumindo • John Cacioppo – The University of Chicago Department of Psychology, and Department of Psychiatry and Behavioral Neuroscience • https://www.youtube.co m/watch?v=_0hxl03JoA0 • https://www.youtube.co m/watch?v=iEmR_Ez1dV E
  • 47. Conclusão "Logo pela manhã, fora atormentado por um pro-fundo e singular aborreci-mento. Subitamente afi-gurou- se-me que estava só, abandonado por to-dos, que toda a gente se afastava de mim.”
  • 48. Conclusão “Fui tomado pelo receio de me encontrar só e durante três dias inteiros errei pela cidade mergu-lhado numa profunda me-lancolia, sem nada com-preender do que se pas-sava comigo.” Dostoiévski, Fiódor. Noites Brancas. 1ª Edição. São Paulo: Editora 34; 2013.
  • 49.

Notas do Editor

  1. http://www.citador.pt/poemas/comeca-a-ir-ser-dia-fernando-pessoa http://www.citador.pt/poemas/estas-so-ricardo-reisbrheteronimo-de-fernando-pessoa http://www.citador.pt/poemas/so-heitor-saldanha