Origens da Sociologia: Positivismo e Auguste Comte
1.
2. Positivismo: foi a primeira corrente teórica
sistematizada de pensamento social; a primeira a
definir, precisamente, como objeto de estudo a
sociedade, estabelecendo conceitos e uma
metodologia de investigação.
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3. Ao definir uma metodologia e um objeto de estudo
específico, o positivismo conseguiu distinguir-se
de outras ciências, estabelecendo um espaço
próprio à ciência da sociedade.
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4. Auguste Comte (1798-1857):
filósofo francês, é considerado
o fundador do positivismo e
da própria sociologia.
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5. Características do Positivismo
- Surge no contexto histórico europeu do século
XIX: fim da sociedade feudal e consolidação da
sociedade capitalista.
- Derivou do “cientificismo” (crença no poder
exclusivo e absoluto da razão humana em
conhecer a realidade e traduzi-la sob a forma de
leis naturais).
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6. Características do Positivismo
- Reconheceu a existência de princípios
reguladores do mundo físico e do mundo social, o
que faz com que o positivismo se aproxime do
método de investigação das ciências naturais.
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7. Características do Positivismo
- Procurava identificar na vida social as mesmas
relações e princípios com os quais os cientistas
explicavam a vida natural.
- A própria sociedade é concebida como um
organismo constituído de partes integradas e
coesas que funcionavam harmonicamente,
segundo um modelo físico ou mecânico. Por isso, o
positivismo também foi chamado de organicismo.
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8. Auguste Comte
Para Comte, haviam na sociedade dois movimentos
vitais:
Dinâmico: representava a passagem para formas mais
complexas de existência, como a industrialização;
Estático: responsável pela preservação dos elementos
permanentes de toda organização social. As instituições
que mantêm a coesão e garantem o funcionamento da
sociedade, como a família, a religião, a propriedade.
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9. Auguste Comte
Comte privilegiava o movimento estático sobre o
dinâmico, ou seja, a conservação sobre a mudança.
Isso significa que, para ele, o progresso deveria
aperfeiçoar os elementos da ordem e não destruí-los.
Assim se justifica a intervenção na sociedade sempre
que fosse necessário assegurar a ordem ou promover o
progresso.
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10. O darwinismo social
Darwinismo: teoria criada pelo cientista inglês
Charles Darwin (1809-1882). Explicava a evolução
biológica das espécies animais, a partir da ideia de
que diversas espécies de seres vivos se transformam
continuamente com a finalidade de se aperfeiçoar e
garantir a sobrevivência. Em consequência, os
organismos tendem a se adaptar cada vez melhor ao
ambiente, criando formas mais complexas e
avançadas de existência, que possibilitam, pela
competição natural, a sobrevivência dos seres mais
aptos e evoluídos.
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11. O darwinismo social
Darwinismo social: corrente teórica no interior do
positivismo. Transpõe as ideias do darwinismo para a
análise da sociedade, isto é, o princípio de que as
sociedades se modificam e se desenvolvem num
mesmo sentido e que tais transformações
representariam sempre a passagem de um estágio
inferior para outro superior, em que o organismo
social se mostraria mais evoluído, mais adaptado e
mais complexo. Esse tipo de mudança garantiria a
sobrevivência dos organismos – sociedades e
indivíduos – mais fortes e mais evoluídos.
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12. A combinação das concepções positivistas e
evolucionistas - darwinismo social - serviram de
justificativa “científica” para a intervenção europeia nos
continentes Africano, Asiático, Americano e na Oceania.
Justificava o colonialismo europeu e refletia o otimismo
dos europeus em relação à sua cultura.
A sociedade burguesa industrial europeia era defendida
tanto face dos movimentos reivindicativos que
aconteciam em seu próprio interior quanto face da
resistência das sociedades agrárias e pré-mercantis em
aceitar o modelo industrial e urbano.
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13. Crítica ao darwinismo social
- O conceito de “espécie” e, Darwin dificilmente pode ser
transposto para o estudo das diferentes sociedades e
etnias. Se o homem constitui sociologicamente uma
espécie, o mesmo não se pode dizer das diferentes
culturas que ele desenvolveu.
- O caráter cultural da vida humana imprime, no
desenvolvimento de suas formas de vida, princípios
diferentes daqueles existentes na natureza.
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14. Crítica ao darwinismo social
- A adaptabilidade do homem e a sua dependência cada
vez menor em relação ao meio têm transformado o ser
humano numa espécie a qual a seleção natural se
aplica de maneira especial e relativa.
- As regras que regem a vida social são essencialmente
humanas, e portanto históricas, resultantes do
desenvolvimento das relações entre os homens e entre
as sociedades.
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15. Em suma...
- O positivismo foi o pensamento que glorificou a
sociedade europeia do século XIX, em franca expansão.
Procurava resolver os conflitos sociais por meio da
exaltação à coesão, à harmonia natural entre os
indivíduos, ao bem-estar do todo social e justificava a
desigualdade entre sociedades a partir da perspectiva
darwinista de necessária evolução.
- O positivismo representou o primeiro esforço concreto
de se estabelecer uma análise científica da sociedade.
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