O documento descreve aspectos da cultura e do modo de vida dos paraenses, incluindo tradições culinárias como açaí e tucupi; brincadeiras como jogar peteca; e passatempos como ir à beira do rio ou praia para relaxar. Também destaca a mistura étnica e a hospitalidade do povo paraense.
2. Tem coisas que só o paraense, seja ele de nascimento ou por adoção, sabe o que é: Passar numa esquina, e salivar só de sentir o cheiro do tucupi, ou da maniçoba, empinar papagaio do cobra; ou fazer pacientemente, com talinhas de palmeira e papel de seda, uma curica pra os filhos brincarem .
3. Paraense joga peteca, não bola de gude, tem seguro contra as mangas que quebram os pára-brisas dos carros, pena que não tem seguro pra cabeça, eu mesma já fui alvo delas...
4. Paraense conhece mato, marés, conta a estória do boto, moço bonito, mas com um pitiú de peixe, mas que mesmo assim, encanta as moçoilas mais desavisadas nas noites de lua cheia, não sabe o que é pitiú? O paraense sabe!
5. Paraense é carinhoso, chama todo mundo de mano, mana, maninho, fica logo amigo faz almoço, jantar põe logo dentro de casa, eita povo hospitaleiro, fala se não é?
6. Por aqui tomamos açaí pra dormir a sesta, com farinha d'água ou de tapioca, com açúcar ou sem, com charque, pirarucu ou sem nada só ele purinho, bom que só!
7. Tomamos banho de rio, barrento como o Guamá ou a baía do Guajará, de rio azul transparente como o Tapajós, de Igarapé Gelado de bater o queixo de frio. Paraense, tem alto verão em julho quando a maioria do Brasil morre de frio e nós por aqui bronzeadérrimos, acentuando a beleza de nossa morenice !
8. Festa! é com a gente mesmo em todo o canto tem um violão, uma música legal, um carimbó, uma guitarrada, um treme terra, botando todo mundo pra dançar .
9. Paraense quando não tem nada pra fazer vai pra beira do rio ver o pôr do sol vermelho e os pôpôpos passarem, quando está estressado vai pra Salinas, Marapanim, Algodoal, Mosqueiro, Alter-do-Chão, Ponta-de-Pedras, Aramanaí,Pindobal ou ata uma rede na sacada de casa e fica lá de pezinho pra fora esfriando a cabeça .
10. Somos índios, místicos, curandeiros, mas também com toda esta energia de águas e mata não poderia ser de outro jeito, paraense vai no ver-o-peso, compra ervas faz chá, garrafada, banho de cheiro, uma delícia! Curas de corpo e de alma.
11. Somos orgulhosos por sermos assim essa mistura morena, brejeira e gostosa, por sermos autênticos, pela cultura que temos, por nosso sangue do índio que a tantos outros se misturou e que nos faz muito, mas muito especiais!
12. “ E esta praia linda e maravilhosa que você está vendo é a praia de Salinas, sim, exatamente a do e-mail que recebi de muito amigos, só que no seu dia-a-dia, cheia de turistas boquiabertos com suas belezas naturais e desfrutando momentos especiais e inesquecíveis. O que chegou até você, não passou de uma das grandes marés altas que quem a freqüenta constantemente sabe exatamente quando vai ocorrer e o que deve fazer para não correr riscos. Venha na minha terrinha, e acredite que seu carro não vai ser engolido pelas lindas águas azuis de Salinas, como infelizmente está sendo divulgado na Net O Pará é lindo... espera por sua visita!!!! E eu também.... Beijos... Ná” (Comentário meu em, 06/05/06)
13. Autoria: Cândida Maria Interpretação musical: Flor do Grão Pará Lucinha Bastos Formatação: Ná Noronha