4. INTRODUÇÃO
CONCEITO
Uso da via subcutânea para infusão contínua de medicamentos
e soluções em volumes maiores.
Hipodermóclise X Administração via subcutânea
5. INTRODUÇÃO
• A camada mais profunda da pele é
a hipoderme, separada da
superfície muscular pela fáscia;
• Composição da hipoderme: tecido
adiposo organizado em lóbulos que
variam de tamanho e que são
separados entre si por uma rede de
septos fibrovasculares de tecido
conjuntivo que compõem a maior
parte da matriz extracelular (MEC).
6. INTRODUÇÃO
• A absorção de medicamentos por
via subcutânea depende dos
capilares sanguíneos e linfáticos
presentes nos septos da hipoderme.
7. INTRODUÇÃO
FATORES QUE INTERFEREM NA ABSORÇÃO DE
MEDICAMENTOS PELA VIA SUBCUTÂNEA:
• Carga
• Tamanho das moléculas: Os capilares sanguíneos têm uma
estrutura que limita a passagem de moléculas maiores, com
peso igual ou superior a 16 kDa.
8. INTRODUÇÃO
• Em pacientes na fase final de vida, a via oral pode tornar-se
impraticável
• A administração de fármacos endovenosos pode ser
inconveniente nessa fase, tanto por fragilidade da rede
venosa, como por desconforto e maior complexidade técnica
do acesso.
• A via subcutânea pode ser utilizada para a administração de
soluções e medicamentos.
9. INTRODUÇÃO
• Comparando-se a biodisponibilidade de medicamentos por vias diferentes,
percebe-se que o perfil de absorção pela via subcutânea se assemelha ao da
via oral.
17. TOLERÂNCIA DE VOLUME A SER
INFUNDIDO DE CADA REGIÃO
A preservação do
conforto, da mobilidade
e da independência do
paciente são os fatores
determinantes para
escolha do sítio de
punção.
EVITAR : punção em
áreas próximas de
articulações.
18. MATERIAIS
PUNÇÃO COM CATÉTER AGULHADO
• Bandeja
• Luvas de procedimento
• Solução antisséptica
• Gaze não-estéril ou bola de algodão
• Cateter agulhado (scalp 21G a 25G)
• Agulha para aspiração de medicação 40 x 12 mm
• Seringa de 1ml
• Flaconete de 10 ml de soro fisiológico 0,9%
• Cobertura estéril e transparente para punção
•Esparadrapo ou fita micropore para fixação circuito
intermediário e identificação
19. MATERIAIS
PUNÇÃO COM CATÉTER NÃO AGULHADO
• Bandeja
• Luvas de procedimento
• Solução antisséptica
• Gaze não-estéril ou bola de algodão
• Cateter não-agulhado (jelco 20G a 24G)
• Agulha para aspiração da medicação 40 x 12 mm
• Seringa de 1ml • Extensor de 2 vias (Polifix)
• Flaconete de 10 ml de soro fisiológico 0,9%
• Cobertura transparente para punção
• Esparadrapo ou fita micropore para identificação
21. EXECUÇÃO DA TÉCNICA
• Escolha o sítio de punção
• Direção da punção centrípeta, levar em
consideração a direção da drenagem linfática
• Após 4 horas de punção, se não houver
absorção do conteúdo infundido deve retirar o
acesso.
• Quando uso de BIC, a velocidade máxima
deverá variar entre 62 a 125ml/h.
• Cada sítio de punção deve ser administrado no
máximo três medicamentos compatíveis.
22.
23.
24. QUAL O TEMPO DE TROCA DOS DISPOSITIVOS?
A CADA 11 DIAS
No intuito de estabelecer um padrão, uma publicação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
preconiza a troca do sítio de punção a cada 72 horas (Brasil, 2013).
A CADA 5 DIAS
Para todos os
dispositivos, a
antecipação da troca
pode ser necessária
no caso de presença
de sinais flogísticos!
25. Em casos de prescrições com volumes
superiores a 1500ml/24h é necessário
realizar novo acesso no lado oposto a
primeira punção.
Se houver medicações
incompatíveis para infusão em
um único acesso, também é
necessário a instalação de um
acesso adicional.
SÍTIOS DE PUNÇÃO
DIPIRONA
CETOROLACO
DEXAMETASONA
FENOBARBITAL
Sempre que indicada, uma nova
punção deve ser realizada,
respeitando-se a distância mínima de 5
cm do local da punção anterior.
26. CUIDADOS NO USO DA VIA
HIPODERMÓCLISE
• Assegurar que as medicações são compatíveis entre si para um mesmo
sítio de aplicação.
• Certificar-se de que as medicações a serem administradas estão
corretamente diluídas.
• Monitorar sinais flogísticos, endurecimento, edema volumoso, hematoma,
necrose tecidual e/ou queixas de dor. Destaca-se que alterações flogísticas
e queixas de dor são consideradas normais quando presentes por até
quatro horas após a infusão .
27. ● O uso de medicamentos pela via subcutânea está bem documentado em relatos de experiência
em serviços de Cuidados Paliativos e em estudos clínicos que, em sua maioria, são séries de
casos ou opiniões de especialistas – portanto, com baixo nível de evidência científica.
● Alguns antibióticos, como amicacina, gentamicina, tobramicina e teicoplanina, encontram-se
em uso em serviços de Cuidados Paliativos brasileiros, porém as evidências relativas à eficácia
do tratamento ainda são pobres.
28. ● VERDE: consenso na literatura e uso amplo
em Serviços de Cuidados Paliativos no Brasil;
● AMARELO: divergências na literatura e uso em
alguns Serviços de Cuidados Paliativos no
Brasil;
● VERMELHO: divergências na literatura e uso
muito limitado no Brasil;
MEDICAMENTOS COMPATÍVEIS COM A
VIA
29.
30.
31.
32.
33.
34. ● O uso da via subcutânea em geriatria e cuidados paliativos /
organização Daniel Lima Azevedo.– 2ª edição– Rio de Janeiro:
SBGG, 2017.
REFERÊNCIAS