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SI Sistema
    Internacional
     de Unidades




2             S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I
INMETRO – INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA,
NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL


Ministro Luiz Fernando Furlan
Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior - MDIC


Armando Mariante Carvalho
Presidente do INMETRO


João Alziro Herz da Jornada
Diretor de Metrologia Científica e Industrial


Roberto Luiz de Lima Guimarães
Diretor de Metrologia Legal


Alfredo Carlos Orphão Lobo
Diretor de Qualidade


Joseph Brais
Diretor de Administração e Finanças


Ricardo de Oliveira
Coordenador-Geral de Planejamento


Elizabeth Cavalcanti
Coordenadora-Geral de Credenciamento


Paulo Ferracioli
Coordenador-Geral de Articulações Internacionais




S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I   3
SI Sistema
    Internacional
     de Unidades




          8a edição
        Rio de Janeiro
            2003
4                        S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I
 2003. INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.



NOTA DO AUTOR
Este documento é uma tradução da 7a edição do original francês “Le Système International d’Unités”, elaborada pelo
Bureau International des Poids et Mesures - BIPM.




                                                                              Ficha Catalográfica


                                                     INMETRO. SISTEMA Internacional de Unidades -
                                                         SI. 8. ed. Rio de Janeiro, 2003. 116 p.




                                                     ISBN 85-87-87090-85-2
                                                     METROLOGIA
                                                                                                  CDU: 006.915.1




INMETRO                                                                               Av. N. S. das Graças, 50 –

Instituto Nacional de                                                                 Vila Operária
                                                                                      25250-020
Metrologia,
                                                                                      Duque de Caxias – RJ
Normalização e
                                                                                      Tel.: (21) 2679-9001
Qualidade Industrial
                                                                                      Fax: (21) 2679-1409




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SUMÁRIO


    APRESENTAÇÃO



    Sistema Internacional de Unidades (SI) .............................................................. 11


    1 Introdução
      1.1 Histórico ...................................................................................................... 15
      1.2 As duas classes de unidades SI ...................................................................... 17
      1.3 Os prefixos SI ............................................................................................... 18
      1.4 Sistema de grandezas ................................................................................... 19
      1.5 As unidades SI no quadro da relatividade geral ............................................. 19
      1.6 Legislações sobre as unidades ....................................................................... 20


    2 Unidades SI
      2.1 Unidades SI de base ...................................................................................... 21
            2.1.1 Definições .......................................................................................... 21
                      2.1.1.1 Unidade de comprimento (metro) .......................................... 21
                      2.1.1.2 Unidade de massa (quilograma) ............................................. 21
                      2.1.1.3 Unidade de tempo (segundo) ................................................ 22
                      2.1.1.4 Unidade de corrente elétrica (ampère) ................................... 22
                      2.1.1.5 Unidade de temperatura termodinâmica (kelvin) .................... 23
                      2.1.1.6 Unidade de quantidade de matéria (mol) ............................... 24
                      2.1.1.7 Unidade de intensidade luminosa (candela) ............................ 25
            2.1.2 Símbolos das unidades de base............................................................ 25


      2.2 Unidades SI derivadas ............................................................................... 25
            2.2.1 Unidades expressas a partir de unidades de base ................................. 26
            2.2.2 Unidades possuidoras de nomes especiais e símbolos particulares;
                  unidades utilizando unidades possuidoras de nomes especiais
                  e símbolos particulares ....................................................................... 26
            2.2.3 Unidades de grandezas sem dimensão, grandezas de dimensão um ..... 30


    3 Múltiplos e submúltiplos decimais das unidades SI
      3.1 Prefixos SI .................................................................................................... 31
      3.2 O quilograma ............................................................................................... 32




6                                                                   S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I
4 Unidades fora do SI
                               4.1 Unidades em uso com o SI ........................................................................... 33
                               4.2 Outras unidades fora do SI ........................................................................... 35


                          5 Regras para escrita de nomes e símbolos de unidades SI
                            5.1 Princípios gerais ........................................................................................... 39
                            5.2 Símbolos das unidades SI ............................................................................. 39
                            5.3 Expressão algébrica dos símbolos das unidades SI ......................................... 39
                            5.4 Regras para emprego dos prefixos SI ............................................................ 40



                          Anexos

                          Anexo1 – Decisões da Conferência Geral
                          e do Comitê Internacional de Pesos e Medidas ................................................ 43

                          1 Decisões relativas ao estabelecimento
                          do Sistema Internacional de Unidades (SI)
                            1.1 Sistema prático de unidades: estabelecimento do SI ....................................... 45
                            1.2 O SI .............................................................................................................. 46

                          2 Decisões relativas às unidades de base do Sistema Internacional
                            2.1 Comprimento ................................................................................................ 51
                            2.2 Massa ........................................................................................................... 55
                            2.3 Tempo .......................................................................................................... 56
                            2.4 Corrente elétrica ............................................................................................ 61
                            2.5 Temperatura termodinâmica .......................................................................... 62
                            2.6 Quantidade de matéria .................................................................................. 65
                            2.7 Intensidade luminosa ..................................................................................... 66

                          3 Decisões relativas às unidades SI derivadas e suplementares
                            3.1 Unidades SI derivadas .................................................................................... 69
                            3.2 Unidades SI suplementares ............................................................................ 72

                          4 Decisões relativas à terminologia e às unidades em uso com o SI
                            4.1 Prefixos SI...................................................................................................... 75
                            4.2 Símbolos de unidades e dos números ............................................................ 76
                            4.3 Nomes de unidades ....................................................................................... 77
                            4.4 Unidades em uso com o SI; exemplo: o litro ................................................... 78




S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I                                                                         7
Anexo 2 – Realização Prática das Definições das Principais Unidades ............ 81


1 Comprimento ................................................................................................... 83
2 Massa ................................................................................................................ 95
3 Tempo ............................................................................................................... 97
4 Grandezas elétricas ........................................................................................ 101
5 Temperatura ................................................................................................... 107
6 Quantidade de matéria ................................................................................. 111
7 Grandezas fotométricas ................................................................................ 113




8                                                                                      S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I
S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I   9
Apresentação




O desenvolvimento e a consolidação da cultura metrológica vem se constituindo em uma
estratégia permanente das organizações, uma vez que resulta em ganhos de produtividade,
qualidade dos produtos e serviços, redução de custos e eliminação de desperdícios. A construção
de um senso de cultura metrológica não é tarefa simples, requer ações duradouras de longo
prazo e depende não apenas de treinamentos especializados, mas de uma ampla difusão dos
valores da qualidade em toda a sociedade.


Ciente dessa responsabilidade o Inmetro lança mais uma edição da brochura “SI - Sistema
Internacional de Unidades” com firme propósito de difundir o conhecimento metrológico através
da disseminação de literatura especializada, tornando mais acessíveis conceitos e informações
básicas para um público especializado bem como para toda a sociedade.




                                                                               Armando Mariante Carvalho
                                                                                          Presidente do Inmetro




10                                                        S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I
S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I   11
Sistema Internacional de Unidades (SI)
                                                                      O BIPM e a Convenção do Metro




O Bureau Internacional de Pesos e Medidas (BIPM) foi criado pela Convenção do Metro, assinada
em Paris em 20 de maio de 1875 por 17 Estados, por ocasião da última sessão da Conferência
Diplomática do Metro. Esta Convenção foi modificada em 1921.

                                                                                                                                                  2
O Bureau Internacional tem sua sede perto de Paris, nos domínios do Pavilhão Breteuil (43.520 m )
(Parque de Saint-Cloud), posto à sua disposição pelo governo francês; e sua manutenção no que se
                                                                                                               (1)
refere às despesas é assegurada pelos Estados Membros da Convenção do Metro.


O Bureau Internacional, que tem por missão assegurar a unificação mundial das medidas físicas, é
encarregado:
– de estabelecer os padrões fundamentais e as escalas das principais grandezas físicas, e de
conservar os protótipos internacionais;
– de efetuar a comparação dos padrões nacionais e internacionais;
– de assegurar a coordenação das técnicas de medidas correspondentes;
– de efetuar e de coordenar as determinações relativas às constantes físicas que intervêm
naquelas atividades.


O Bureau Internacional funciona sob a fiscalização exclusiva do Comitê Internacional de Pesos e
Medidas (CIPM), sob autoridade da Conferência Geral de Pesos e Medidas (CGPM).


A Conferência Geral é formada de delegados de todos os Estados Membros da Convenção do Metro
e reúne-se, atualmente, de quatro em quatro anos. Ela recebe em cada uma de suas sessões o
Relatório do Comitê Internacional sobre os trabalhos executados, e tem por missão:
– discutir e provocar as medidas necessárias para assegurar a propagação e o aperfeiçoamento do
Sistema Internacional de Unidades (SI), forma moderna do Sistema Métrico;



(1) Em 31 de dezembro de 1997, 48 Estados eram membros desta Convenção: África do Sul, Alemanha, Argentina,
Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, Bulgária, Camarões, Canadá, Chile, China, Coréia (República da), Coréia (República
Popular Democrática da), Dinamarca, Dominicana (República), Egito, Espanha, Estados Unidos, Eslováquia, Finlândia,
França, Holanda, Hungria, Índia, Indonésia, Irã (Rep. Islâmica), Irlanda, Israel, Itália, Japão, México, Noruega, Nova
Zelândia, Paquistão, Polônia, Portugal, Reino Unido, Romênia, Rússia (Federação) , Cingapura, Suécia, Suíça, Tcheca
(Rep.), Tailândia, Turquia, Uruguai e Venezuela.


12                                                                        S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -       S I
– sancionar os resultados das novas determinações metrológicas fundamentais e as diversas
resoluções científicas de cunho internacional;
– adotar as decisões importantes concernentes à organização e ao desenvolvimento do Bureau
Internacional.


O Comitê Internacional é composto de 18 membros pertencentes a Estados diferentes, reunindo-se
atualmente todos os anos. A mesa dirigente deste Comitê (composta pelo Presidente,
Vice-Presidente e Secretário) envia aos governos dos Estados Membros da Convenção do Metro um
Relatório Anual sobre a situação administrativa e financeira do Bureau Internacional. A principal
missão do Comitê Internacional é garantir a unificação mundial das unidades de medidas, tratando
diretamente ou submetendo propostas à Conferência Geral.


Limitadas, inicialmente, às medidas de comprimento e de massa e aos estudos metrológicos
relacionados com essas grandezas, as atividades do Bureau Internacional foram estendidas aos
padrões de medidas elétricas (1927), fotométricas (1937), radiações ionizantes (1960) e às escalas de
tempos (1988).


Para este fim, em 1929 teve lugar uma expansão dos primeiros laboratórios construídos em 1876-78.
Dois novos edifícios foram construídos em 1963-64, para os laboratórios da Seção de Radiações
Ionizantes, e em 1984 para os trabalhos sobre lasers. Em 1988, foi inaugurado um prédio para
biblioteca e escritórios.


Aproximadamente 45 físicos e técnicos trabalham nos laboratórios do Bureau Internacional; fazem
pesquisas metrológicas, principalmente, e comparações internacionais das realizações das unidades
e verificações de padrões. Esses trabalhos são objeto de um relatório anual detalhado, que é
publicado como procès-verbaux das sessões do Comitê Internacional.


Diante da extensão das tarefas confiadas ao BIPM, em 1927, o Comitê Internacional instituiu os
Comitês Consultivos, órgãos destinados a esclarecer as questões que ele submete a seu exame. Os
Comitês Consultivos, que podem criar “Grupos de Trabalho” temporários ou permanentes para o
estudo de assuntos particulares, são encarregados de coordenar os trabalhos internacionais
efetuados nos seus domínios respectivos, e de propor ao Comitê Internacional as recomendações
concernentes às unidades.


Os Comitês Consultivos têm um regulamento comum (PV, 1963, 31, 97). Cada Comitê Consultivo,
cuja presidência é geralmente confiada a um membro do Comitê Internacional, é composto por um
delegado dos grandes laboratórios de metrologia e dos institutos especializados, cuja lista é
estabelecida pelo Comitê Internacional, bem como por membros individuais designados igualmente


S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I                         13
pelo Comitê Internacional e por um representante do Bureau Internacional. Estes Comitês, que
têm suas sessões com intervalos regulares, são atualmente em número de nove:


1 - Comitê Consultivo de Eletricidade (CCE), criado em 1927.


2 - Comitê Consultivo de Fotometria e Radiometria (CCPR), novo nome dado em 1971 ao Comitê
Consultivo de Fotometria (CCP), criado em 1933 (de 1930 a 1933, as questões eram tratadas pelo
Comitê precedente, CCE).


3 - Comitê Consultivo de Termometria (CCT), antes denominado Comitê Consultivo de Termometria
e Calorimetria (CCTC), criado em 1937.


4 - Comitê Consultivo para a Definição do Metro (CCDM), criado em 1952.


5 - Comitê Consultivo para a Definição do Segundo (CCDS), criado em 1956.


6 - Comitê Consultivo para os Padrões de Medida das Radiações Ionizantes (CCEMR), criado em
1958. Em 1969, este Comitê Consultivo instituiu quatro seções: Seção I (Raios X e γ, Elétrons),
Seção II (Medida dos Radionuclídeos), Seção III (Medidas Neutrônicas), Seção IV (Padrões de
Energia α), sendo que esta última Seção foi dissolvida em 1975 e seu domínio de atividade confiado
à Seção II.


7 - Comitê Consultivo das Unidades (CCU), criado em 1964 (este Comitê Consultivo substituiu a
“Comissão do Sistema de Unidades”, instituída pelo CIPM em 1954).


8 - Comitê Consultivo para as Massas e as grandezas aparentes (CCM), criado em 1980.


9 - Comitê Consultivo para a quantidade de matéria, criado em 1993.


Os trabalhos da Conferência Geral, do Comitê Internacional, dos Comitês Consultivos e do Bureau
Internacional são publicados sob os cuidados deste último nas seguintes coleções ou séries:
– Comptes-Rendus das sessões da Conferência Geral de Pesos e Medidas (CR);
– Procès-verbaux das sessões do Comitê Internacional de Pesos e Medidas (PV);
– Sessões dos Comitês Consultivos.


O Bureau Internacional publica, também, monografias sobre assuntos particulares da metrologia e,
sob o título O Sistema Internacional de Unidades (SI), esta brochura, revisada periodicamente,
reunindo todas as decisões e recomendações relativas às unidades.




14                                                           S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I
A coleção dos trabalhos e memórias do Bureau Internacional de Pesos e Medidas (22 tomos
publicados de 1881 a 1966) foi suspensa em 1966 por decisão do Comitê Internacional, bem como
o recueil dos trabalhos do Bureau Internacional de Pesos e Medidas (11 volumes publicados de
1966 a 1988).


Os trabalhos do Bureau Internacional são publicados em revistas científicas; uma lista é fornecida
anualmente nos procès-verbaux do Comitê Internacional.


Após 1965 o periódico Metrologia, editado sob os auspícios do Comitê Internacional
de Pesos e Medidas, passou a publicar artigos sobre os principais trabalhos de metrologia
científica efetuados no mundo, sobre melhoramentos dos métodos de medida e dos padrões,
sobre as unidades, etc., assim como informações sobre atividades, decisões e recomendações
dos órgãos da Convenção do Metro.




S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I                          15
1 Introdução



1.1 HISTÓRICO   Em 1948 a 9ª Conferência Geral de Pesos e Medidas (CGPM), por sua
                Resolução 6, encarregou o Comitê Internacional de Pesos e Medidas
                (CIPM) de:
                “estudar o estabelecimento de uma regulamentação completa das
                unidades de medida”;
                “proceder, com esse intuito, a um inquérito oficial sobre a opinião dos
                meios científicos, técnicos e pedagógicos de todos os países”;
                “emitir recomendações atinentes ao estabelecimento de um sistema
                prático de unidades de medidas, suscetível de ser adotado por todos os
                países signatários da Convenção do Metro”.

                A mesma Conferência Geral adotou também a Resolução 7, que fixou
                princípios gerais para a grafia dos símbolos de unidades e forneceu uma
                lista de unidades com nomes especiais.

                A 10ª CGPM (1954), por meio de sua Resolução 6, e a 14ª CGPM, (1971),
                em sua Resolução 3, decidiram adotar, como unidades de base deste
                “sistema prático de unidades”, as unidades das sete grandezas seguintes:
                comprimento, massa, tempo, intensidade de corrente elétrica, temperatura
                termodinâmica, quantidade de matéria e intensidade luminosa.

                A 11ª CGPM (1960), por intermédio de sua Resolução 12, adotou
                finalmente o nome Sistema Internacional de Unidades, com abreviação
                internacional SI, para este sistema prático de unidades de medida, e
                instituiu regras para os prefixos, para as unidades derivadas e as
                unidades suplementares, além de outras indicações, estabelecendo, assim,
                uma regulamentação de conjunto para as unidades de medidas.

                Podemos, então, resumir as principais etapas históricas que levam a estas
                importantes decisões da Conferência Geral:

                • A criação do Sistema Métrico Decimal, durante a Revolução Francesa,
                  e o depósito que resultou, em 22 de junho de 1799, de dois padrões
                  de platina, representando o metro e o quilograma, nos Arquivos da


16                                               S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I
República, em Paris, podem ser considerados como a primeira etapa
                                                     que levou ao Sistema Internacional de Unidades atual.

                                                  • Em 1832, Gauss trabalhava ativamente em prol da aplicação do Sistema
                                                    Métrico, associado ao segundo, definido em astronomia como Sistema
                                                    Coerente de Unidades para as Ciências Físicas. Gauss foi o primeiro a
                                                    fazer medidas absolutas do campo magnético terrestre, utilizando um
                                                    sistema decimal baseado em três unidades mecânicas: milímetro, grama
                                                    e segundo para, respectivamente, as grandezas: comprimento, massa e
                                                    tempo. Em conseqüência, Gauss e Weber realizaram, também, medidas
                                                    de fenômenos elétricos.

                                                  • Maxwell e Thomson aplicaram de maneira mais completa essas
                                                    medidas nos domínios da eletricidade e do magnetismo junto à British
                                                    Association for the Advancement of Science (BAAS) nos anos de 1860.
                                                    Eles expressaram a necessidade de um Sistema Coerente de Unidades
                                                    formado de unidades de base e de unidades derivadas. Em 1874, a
                                                    BAAS criou o sistema CGS, um sistema tridimensional de unidades,
                                                    coerente e baseado nas três unidades mecânicas: centímetro, grama e
                                                    segundo, e utilizando os prefixos micro e mega para expressar os
                                                    submúltiplos e múltiplos decimais.
                                                    É em grande parte à utilização deste sistema que se deve o progresso
                                                    da física como ciência experimental.

                                                  • Foram escolhidas as unidades CGS coerentes para os domínios da
                                                    eletricidade e magnetismo; e a BAAS e o Congresso Internacional de
                                                    Eletricidade, que antecedeu a Comissão Eletrotécnica Internacional
                                                    (CEI), aprovaram, nos anos 1880, um sistema mutuamente coerente
                                                    de unidades práticas. Dentre elas, figuravam o ohm para a
                                                    resistência elétrica, o volt para a força eletromotriz e o ampère para
                                                    a corrente elétrica.

                                                  • Após a assinatura da Convenção do Metro, em 20 de maio de 1875, o
                                                    Comitê Internacional se dedica à construção de novos protótipos,
                                                    escolhendo o metro e o quilograma como unidades de base de
                                                    comprimento e de massa. Em 1889, a 1ª CGPM sanciona os protótipos
                                                    internacionais do metro e do quilograma.
                                                    Com o segundo dos astrônomos como unidade de tempo, essas
                                                    unidades constituíam um sistema tridimensional de unidades
                                                    mecânicas, similar ao CGS, mas cujas unidades de base eram o metro,
                                                    o quilograma e o segundo, o sistema MKS.

                                                  • Em 1901, Giorgi demonstra que seria possível associar as unidades
                                                    mecânicas desse sistema, metro-quilograma-segundo, ao sistema
                                                    prático de unidades elétricas, para formar um único sistema coerente
                                                    quadridimensional, juntando a essas três unidades de base uma quarta

S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I                                                  17
unidade, de natureza elétrica, tal como o ampère ou o ohm,
                        e racionalizando as expressões utilizadas em eletromagnetismo.
                        A proposta de Giorgi abriu caminho para outras extensões.

                      • Após a revisão da Convenção do Metro pela 6ª CGPM, em 1921, que
                        estendeu as atribuições e as responsabilidades do Bureau Internacional
                        a outros domínios da física, e a criação do CCE pela 7ª CGPM, em
                        1927, a proposta de Giorgi foi discutida detalhadamente pela CEI,
                        UIPPA e outros organismos internacionais. Essas discussões levaram o
                        CCE a propor, em 1939, a adoção de um sistema quadridimensional
                        baseado no metro, quilograma, segundo e ampère – o sistema MKSA,
                        uma proposta que foi aprovada pelo Comitê Internacional, em 1946.

                      • Como resultado de uma consulta internacional realizada pelo Bureau
                        Internacional, a partir de 1948, a 10ª CGPM, em 1954, aprova a
                        introdução do ampère, do kelvin e da candela como unidades de base,
                        respectivamente, para intensidade de corrente elétrica, temperatura
                        termodinâmica e intensidade luminosa. A 11ª CGPM dá o nome
                        Sistema Internacional de Unidades (SI) para esse sistema, em 1960. Na
                        14ª CGPM, em 1971, o mol foi incorporado ao SI como unidade de
                        base para quantidade de matéria, sendo a sétima das unidades de base
                        do SI, tal como conhecemos até hoje.



1.2 AS DUAS CLASSES   No SI distinguem-se duas classes de unidades:
DE UNIDADES SI
                      - Unidades de base;
                      - Unidades derivadas.(2)

                      Sob o aspecto científico, a divisão das unidades SI nessas duas classes é
                      arbitrária porque não é uma imposição da física.

                      Entretanto, a Conferência Geral, levando em consideração as vantagens
                      de se adotar um sistema prático único para ser utilizado mundialmente
                      nas relações internacionais, no ensino e no trabalho científico, decidiu
                      basear o Sistema Internacional em sete unidades perfeitamente definidas,
                      consideradas como independentes sob o ponto de vista dimensional: o
                      metro, o quilograma, o segundo, o ampère, o kelvin, o mol e a candela
                      (ver subitem 2.1). Estas unidades SI são chamadas unidades de base.



                      (2) A 11ª CGPM (1960, Resolução 12; CR, 87) admitia uma classe separada de unidades
                      SI, denominadas unidades suplementares, que continha o radiano e o esterradiano,
                      unidades de ângulo plano e de ângulo sólido. A 20ª CGPM (1995, Resolução 8; CR, 223
                      e Metrologia, 1996, 33, 83) eliminou a classe de unidades suplementares no SI, e o
                      radiano e o esterradiano foram integrados à classe de unidades derivadas.


18                                                            S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I
A segunda classe de unidades SI abrange as unidades derivadas, isto é,
                                                  as unidades que podem ser formadas combinando-se unidades de
                                                  base segundo relações algébricas que interligam as grandezas
                                                  correspondentes. Diversas destas expressões algébricas, em razão de
                                                  unidades de base, podem ser substituídas por nomes e símbolos
                                                  especiais, o que permite sua utilização na formação de outras unidades
                                                  derivadas (ver subitem 2.2).

                                                  As unidades SI destas duas classes constituem um conjunto coerente, na
                                                  acepção dada habitualmente à expressão “sistema coerente de unidades”,
                                                  isto é, sistema de unidades ligadas pelas regras de multiplicação e
                                                  divisão, sem qualquer fator numérico diferente de 1.

                                                  Segundo a Recomendação 1 (1969; PV, 37, 30-31 e Metrologia, 1970, 6,
                                                  66) do CIPM, as unidades desse conjunto coerente de unidades são
                                                  designadas sob o nome de unidades SI.(3)

                                                  É importante acentuar que cada grandeza física tem uma só unidade SI,
                                                  mesmo que esta unidade possa ser expressa sob diferentes formas.
                                                  Porém o inverso não é verdadeiro: a mesma unidade SI pode
                                                  corresponder a várias grandezas diferentes.



1.3 OS PREFIXOS SI                                A Conferência Geral adotou uma série de prefixos para a formação dos
                                                  múltiplos e submúltiplos decimais das unidades SI (ver subitens 3.1 e 3.2).
                                                  De acordo com a Recomendação 1 (1969) do CIPM, o conjunto desses
                                                  prefixos é designado pelo nome de prefixos SI.

                                                  As unidades SI, isto é, as unidades de base e as unidades derivadas do SI,
                                                  formam um conjunto coerente.

                                                  Os múltiplos e submúltiplos das unidades SI, formados por meio dos
                                                  prefixos SI, devem ser designados pelo seu nome completo:
                                                  “múltiplos e submúltiplos decimais das unidades SI”. Esses múltiplos e
                                                  submúltiplos decimais das unidades SI não são coerentes com as
                                                  unidades SI propriamente ditas.

                                                  Como exceção à regra, os múltiplos e submúltiplos do quilograma são
                                                  formados adicionando os nomes dos prefixos ao nome da unidade
                                                  “grama” e símbolos dos prefixos ao símbolo da unidade “g”.




                                                  (3) As recomendações do Comitê Internacional constam dos procès-verbaux das sessões
                                                  do Comitê Internacional de Pesos e Medidas (mencionados sob a forma: PV)


S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I                                                       19
1.4 SISTEMA          Essa publicação não se refere ao sistema de grandezas a ser utilizado
DE GRANDEZAS         com as unidades SI, campo do qual se ocupa o Comitê Técnico 12 da
                     Organização Internacional de Normalização (ISO), que publicou a partir
                     de 1955 uma série de normas internacionais sobre as grandezas e
                     unidades, recomendando fortemente o uso do Sistema Internacional
                                 (4)
                     de Unidades.

                     Nessas normas internacionais, a ISO adotou um sistema de grandezas
                     físicas baseado nas sete grandezas de base: comprimento, massa, tempo,
                     intensidade de corrente elétrica, temperatura termodinâmica, quantidade
                     de matéria e intensidade luminosa.

                     As outras grandezas — grandezas derivadas — são definidas em função
                     dessas sete grandezas de base; as relações entre as grandezas derivadas e
                     as grandezas de base são expressas por um sistema de equações.
                     É conveniente empregar com as unidades SI esse sistema de grandezas e
                     esse sistema de equações.



1.5 AS UNIDADES SI   As definições das unidades SI de base foram aprovadas num contexto
NO QUADRO DA         que não leva em conta os efeitos relativistas. Se introduzimos tal noção, é
RELATIVIDADE GERAL   claro que essas condições só se aplicam ao pequeno domínio espacial
                     que acompanha, em seu movimento, os padrões que as realizam.
                     As unidades de base SI são, então, unidades próprias: suas realizações
                     provêm de experiências locais, nas quais os efeitos relativistas a serem
                     considerados são aqueles da relatividade restrita. As constantes da física
                     são grandezas locais, cujo valor é expresso em unidades próprias.*

                     As realizações de uma unidade com o auxílio de diferentes padrões são,
                     geralmente, comparadas ao nível local. Todavia, para os padrões de
                     freqüência, é possível realizar tais comparações a distância, por meio de
                     sinais eletromagnéticos. Para interpretar os resultados, é necessário apelar
                     para a teoria da relatividade geral, pois esta prevê, entre outras coisas,
                     um desvio de freqüência entre os padrões de, aproximadamente, 1 x 10-16,
                     em valor relativo, por metro de altitude à superfície da Terra. Efeitos
                     dessa ordem de grandeza podem ser comparados à incerteza da
                     realização do metro ou do segundo baseado num sinal periódico ou
                     numa dada freqüência (ver Anexo 2).


                     (4) Para mais informações sobre o sistema de grandezas em uso com as unidades SI, ver
                     a norma internacional ISO 31, grandezas e unidades (Handbook Normas ISO, 3 ª edição,
                     ISO, genebra, 1993).

                     * As questões das unidades próprias foram tratadas na Resolução A4, adotada pela XXI
                     Assembléia Geral da União Astronômica Internacional (UAI), em 1991, e no relatório do
                     Grupo de Trabalho do CCDS sobre aplicação da relatividade geral na metrologia
                     (Metrologia, 1997, 34, 261/290).


20                                                          S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I
1.6 LEGISLAÇÕES                                   Os países fixam por via legislativa as regras concernentes à utilização
SOBRE AS UNIDADES                                 das unidades no plano nacional, de uma maneira geral ou em apenas
                                                  alguns campos, como no comércio, na saúde ou na segurança pública,
                                                  no ensino, etc. Em um número crescente de países essas legislações
                                                  são baseadas no emprego do Sistema Internacional de Unidades.

                                                  A Organização Internacional de Metrologia Legal (OIML), criada em
                                                  1955, cuida da uniformidade internacional dessas legislações.




S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I                                             21
2 Unidades SI



2.1 UNIDADES SI       As definições oficiais de todas as unidades de base do SI foram
DE BASE               aprovadas pela Conferência Geral. A primeira dessas definições foi
                      aprovada em 1889, e a mais recente em 1983. Essas definições são
                      modificadas periodicamente a fim de acompanhar a evolução das
                      técnicas de medição e para permitir uma realização mais exata das
                      unidades de base.



2.1.1 DEFINIÇÕES      A definição atual de cada unidade de base, extraída dos compte-rendus
                      da Conferência Geral (CR) que a aprovou, aparece aqui em negrito.
                      O texto principal fornece notas históricas e explicativas, mas não é parte
                      integrante das definições.



2.1.1.1 UNIDADE DE    A definição do metro baseada no protótipo internacional em platina
COMPRIMENTO (METRO)   iridiada, em vigor desde 1889, foi substituída na 11ª CGPM (1960) por
                      uma outra definição baseada no comprimento de onda de uma radiação
                      do criptônio 86, com a finalidade de aumentar a exatidão da realização
                      do metro. A 17ª CGPM (1983, Resolução 1; CR 97 e Metrologia, 1984, 20,
                      25) substituiu, em 1983, essa última definição pela seguinte:
                      “O metro é o comprimento do trajeto percorrido pela luz no vácuo durante
                      um intervalo de tempo de 1/299 792 458 de segundo.”

                      Essa definição tem o efeito de fixar a velocidade da luz em 299 792 458
                      m.s-1, exatamente. O antigo protótipo internacional do metro, que fora
                      sancionado pela 1ª CGPM em 1889, é conservado no Bureau
                      Internacional de Pesos e Medidas nas mesmas condições que foram
                      fixadas em 1889.



2.1.1.2 UNIDADE       O protótipo internacional do quilograma foi sancionado pela 1ª CGPM
DE MASSA              (1889) ao declarar que “este protótipo será considerado doravante como
(QUILOGRAMA)          unidade de massa”.




22                                                      S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I
A 3ª CGPM (1901; CR,70), para acabar com a ambigüidade que ainda
                                                  existia no uso corrente sobre o significado da palavra “peso”, confirmou
                                                  que:
                                                  “O quilograma é a unidade de massa (e não de peso, nem força); ele é igual à
                                                  massa do protótipo internacional do quilograma.”

                                                  Este protótipo internacional em platina iridiada é conservado no Bureau
                                                  Internacional, nas condições que foram fixadas pela 1ª CGPM em 1889.



2.1.1.3 UNIDADE                                   Primitivamente, o segundo, unidade de tempo, era definido como a
DE TEMPO (SEGUNDO)                                fração 1/86 400 do dia solar médio. A definição exata do “dia solar
                                                  médio” fora deixada aos cuidados dos astrônomos, porém os seus
                                                  trabalhos demonstraram que o dia solar médio não apresentava as
                                                  garantias de exatidão requeridas, por causa das irregularidades da rotação
                                                  da Terra. Para conferir maior exatidão à definição da unidade de tempo,
                                                  a 11ª CGPM (1960) sancionou outra definição fornecida pela União
                                                  Astronômica Internacional, e baseada no ano trópico. Na mesma época
                                                  as pesquisas experimentais tinham já demonstrado que um padrão
                                                  atômico de intervalo de tempo, baseado numa transição entre dois níveis
                                                  de energia de um átomo, ou de uma molécula, poderia ser realizado e
                                                  reproduzido com precisão muito superior. Considerando que uma
                                                  definição de alta exatidão para a unidade de tempo do Sistema
                                                  Internacional, o segundo, é indispensável para satisfazer às exigências da
                                                  alta metrologia, a 13ª CGPM (1967) decidiu substituir a definição do
                                                  segundo pela seguinte:

                                                  “O segundo é a duração de 9 192 631 770 períodos da radiação
                                                  correspondente à transição entre os dois níveis hiperfinos do estado
                                                  fundamental do átomo de césio 133.”

                                                  Na sessão de 1997, o Comitê Internacional confirmou que:

                                                  “Essa definição se refere a um átomo de césio em repouso, a uma
                                                  temperatura de 0 K.”

2.1.1.4 UNIDADE DE                                Diversas unidades elétricas, ditas internacionais, para a intensidade de
CORRENTE ELÉTRICA                                 corrente elétrica e para a resistência, haviam sido introduzidas no
(AMPÈRE)                                          Congresso Internacional de Eletricidade, reunido em Chicago em 1893.
                                                  As definições do ampère “internacional” e do ohm “internacional” foram
                                                  confirmadas pela Conferência Internacional de Londres em 1908.

                                                  Embora por ocasião da 8ª CGPM (1933) já fosse evidente a opinião
                                                  unânime no sentido de substituir estas unidades “internacionais” por
                                                  unidades ditas “absolutas”, a decisão formal de suprimir estas unidades


S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I                                                 23
“internacionais” foi tomada somente pela 9ª CGPM (1948), que adotou
                  para o ampère, unidade de corrente elétrica, a seguinte definição:

                  “O ampère é a intensidade de uma corrente elétrica constante que, mantida
                  em dois condutores paralelos, retilíneos, de comprimento infinito, de seção
                  circular desprezível, e situados à distância de 1 metro entre si, no vácuo,
                  produz entre estes condutores uma força igual a 2 x 10-7 newton por metro
                  de comprimento.”

                  A expressão “unidade MKS de força”, que figura no texto original, foi
                  aqui substituída por “newton”, denominação adotada pela 9ª CGPM (1948
                  — Resolução 7).



2.1.1.5 UNIDADE   A definição da unidade de temperatura termodinâmica foi dada pela
DE TEMPERATURA    10ª CGPM (1954 — Resolução 3), que escolheu o ponto tríplice da água
TERMODINÂMICA     como ponto fixo fundamental, atribuindo-lhe a temperatura de 273,16oK
(KELVIN)          por definição. A 13ª CGPM (1967 — Resolução 3) adotou o nome kelvin
                  (símbolo K) em lugar de “grau kelvin” (símbolo oK) e formulou, na sua
                  Resolução 4, a definição da unidade de temperatura termodinâmica,
                  como se segue:

                  “O kelvin, unidade de temperatura termodinâmica, é a fração 1/273,16 da
                  temperatura termodinâmica no ponto tríplice da água.”

                  A 13ª CGPM (1967 — Resolução 3) decidiu também que a unidade kelvin
                  e seu símbolo K fossem utilizados para expressar um intervalo ou uma
                  diferença de temperatura.

                  Além da temperatura termodinâmica (símbolo T) expressa em kelvins,
                  utiliza-se, também, a temperatura Celsius (símbolo t), definida pela equação:

                                                    t = T - T0

                  A unidade de temperatura Celsius é o grau Celsius, símbolo oC, igual à
                  unidade kelvin, por definição. Um intervalo ou uma diferença de
                  temperatura pode ser expressa tanto em kelvins quanto em graus Celsius
                  (13ª CGPM, 1967-1968, Resolução 3, mencionada acima).
                  O valor numérico de uma temperatura Celsius t, expressa em graus
                  Celsius, é dada pela relação:

                                               t/oC = T/K - 273,15

                  O kelvin e o grau Celsius são também as unidades da Escala
                  Internacional de Temperatura de 1990 (EIT-90) adotada pelo Comitê



24                                                   S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I
Internacional em 1989, em sua Recomendação 5 (CI-1989) (PV, 57, 26
                                                  e Metrologia, 1990, 27, 13).



2.1.1.6 UNIDADE                                   Desde a descoberta das leis fundamentais da química, utilizaram-se
DE QUANTIDADE                                     diversas unidades denominadas, por exemplo, “átomo grama” ou
DE MATÉRIA (MOL)                                  “molécula grama”, para especificar quantidades de diversos elementos ou
                                                  compostos químicos. Estas unidades eram estritamente ligadas aos “pesos
                                                  atômicos” ou aos “pesos moleculares”. Originalmente os “pesos atômicos”
                                                  eram referidos ao elemento químico oxigênio (16 por convenção).
                                                  Porém, enquanto os físicos separavam os isótopos no espectrógrafo de
                                                  massa e atribuíam o valor 16 a um dos isótopos de oxigênio, os químicos
                                                  atribuíam o mesmo valor à mistura (levemente variável) dos isótopos 16,
                                                  17 e 18, que para eles constituía o elemento oxigênio natural.
                                                  Um acordo entre a União Internacional de Física Pura e Aplicada (UIPPA)
                                                  e a União Internacional de Química Pura e Aplicada (UICPA) resolveu
                                                  esta dualidade em 1959-1960. Desde esta época, físicos e químicos
                                                  concordam em atribuir o valor 12 ao isótopo 12 do carbono.

                                                  A escala unificada assim obtida dá os valores das “massas atômicas
                                                  relativas”. Faltava determinar a massa que corresponde à unidade de
                                                  quantidade de carbono 12. Por acordo internacional, esta massa foi
                                                  fixada em 0,012kg, e deu-se o nome de mol (símbolo mol) à unidade da
                                                  grandeza “quantidade de matéria”.

                                                  Aderindo à proposta da UIPPA, da UICPA e da ISO, o CIPM deu em 1967,
                                                  e confirmou em 1969, a seguinte definição do mol, que foi finalmente
                                                  adotada pela 14ª CGPM (1971 — Resolução 3):

                                                  1º) O mol é a quantidade de matéria de um sistema contendo tantas
                                                  entidades elementares quantos átomos existem em 0,012 quilograma de
                                                  carbono 12.

                                                  2º) Quando se utiliza o mol, as entidades elementares devem ser
                                                  especificadas, podendo ser átomos, moléculas, íons, elétrons, assim como
                                                  outras partículas, ou agrupamentos especificados em tais partículas.

                                                  Em 1980, o Comitê Internacional aprovou o relatório do CCU (1980), que
                                                  determinava:

                                                  Nesta definição, entende-se que se faz referência aos átomos de carbono
                                                  12 livres, em repouso e no seu estado fundamental.*




                                                  * Quando se cita a definição do mol, é conveniente adicionar, também, essa observação.


S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I                                                          25
2.1.1.7 UNIDADE      As unidades de intensidade luminosa baseadas em padrões de chama
DE INTENSIDADE       ou filamento incandescente, que eram usadas em diversos países, foram
LUMINOSA (CANDELA)   substituídas em 1948 pela “vela nova”, que correspondia à luminância
                     do emissor de radiação Planck (corpo negro) à temperatura de
                     solidificação da platina. Esta decisão preparada pela Comissão
                     Internacional de Iluminação e pelo CIPM, desde antes de 1937, foi
                     tomada pelo Comitê Internacional em sua sessão de 1946. A 9ª CGPM
                     (1948) ratificou a decisão do Comitê e adotou novo nome internacional,
                     candela (símbolo cd), para designar a unidade de intensidade luminosa.
                     Em 1967, a 13ª CGPM modificou a definição de 1946. Em virtude das
                     dificuldades experimentais da realização do irradiador de Planck a
                     temperaturas elevadas e das novas possibilidades oferecidas pela
                     radiometria, isto é, a medida de potência dos raios ópticos, a 16ª CGPM
                     adotou em 1979 a nova definição:

                     “A candela é a intensidade luminosa, numa dada direção de uma fonte que
                     emite uma radiação monocromática de freqüência 540 x 1012 hertz e cuja
                     intensidade energética nessa direção é 1/683 watt por esterradiano.”



2.1.2 SÍMBOLOS DAS   As unidades de base do Sistema Internacional estão reunidas no Quadro 1
UNIDADES DE BASE     com seus nomes e símbolos (10ª CGPM — 1954, Resolução 6; 11ª CGPM
                     — 1960, Resolução 12; 13ª CGPM — 1967, Resolução 3; 14ª CGPM —
                     1971, Resolução 3).

                     Quadro 1 - Unidades SI de Base

                                                                  [UNIDADES SI DE BASE]
                       GRANDEZA                            NOME                           SÍMBOLO

                       comprimento                        metro                                   m

                       massa                              quilograma                              kg

                       tempo                              segundo                                 s

                       corrente elétrica                  ampère                                  A

                       temperatura termodinâmica          kelvin                                  K

                       quantidade de matéria              mol                                     mol

                       intensidade luminosa               candela                                 cd




2.2 UNIDADES SI      As unidades derivadas são unidades que podem ser expressas a partir
DERIVADAS            das unidades de base, utilizando símbolos matemáticos de multiplicação
                     e de divisão. Dentre essas unidades derivadas, diversas receberam nome
                     especial e símbolo particular, que podem ser utilizados, por sua vez, com
                     os símbolos de outras unidades de base ou derivadas para expressar
                     unidades de outras grandezas.


26                                                    S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I
2.2.1 UNIDADES                                    O Quadro 2 fornece alguns exemplos de unidades derivadas expressas
EXPRESSAS A PARTIR                                diretamente a partir de unidades de base. As unidades derivadas são
DE UNIDADES DE BASE                               obtidas por multiplicação e divisão das unidades de base.



Quadro 2 - Exemplos de unidades SI derivadas, expressas a partir das unidades de base.

                                                                                                         [UNIDADE SI]
     GRANDEZA                                                                      NOME                                 SÍMBOLO
                                                                                                                               2
     superfície                                                               metro quadrado                               m
                                                                                                                               3
     volume                                                                   metro cúbico                                 m

     velocidade                                                               metro por segundo                            m/s
                                                                                                                                    2
     aceleração                                                               metro por segundo ao quadrado                m/s
                                                                                                                               -1
     número de ondas                                                          metro elevado à potência                     m
                                                                              menos um (1 por metro)
                                                                                                                                        3
     massa específica                                                         quilograma por metro cúbico                  kg/m
                                                                                                                               3
     volume específico                                                        metro cúbico por quilograma                  m /kg
                                                                                                                                    2
     densidade de corrente                                                    ampère por metro quadrado                    A/m

     campo magnético                                                          ampère por metro                             A/m
                                                                                                                                            3
     concentração                                                             mol por metro cúbico                         mol/m
     (de quantidade de matéria)
                                                                                                                                        2
     luminância                                                               candela por metro quadrado                   cd/m

     índice de refração                                                       (o número) um                                1*


* Geralmente, não se emprega o símbolo “1”, com um valor numérico.



2.2.2 UNIDADES                                    Por questões de comodidade, certas unidades derivadas, que são
POSSUIDORAS DE                                    mencionadas no Quadro 3, receberam nome especial e símbolo
NOMES ESPECIAIS                                   particular. Esses nomes e símbolos podem ser utilizados, por sua vez,
E SÍMBOLOS                                        para expressar outras unidades derivadas: alguns exemplos figuram no
PARTICULARES;                                     Quadro 4. Os nomes especiais e os símbolos particulares permitem
UNIDADES                                          expressar, de maneira mais simples, unidades freqüentemente utilizadas.
UTILIZANDO
UNIDADES                                          Os três últimos nomes e símbolos que figuram no final do Quadro 3 são
POSSUIDORAS DE                                    unidades particulares: elas foram, respectivamente, aprovadas pela
NOMES ESPECIAIS                                   15ª CGPM (1975, Resoluções 8 e 9; CR, 105 e Metrologia, 1975, 11, 1980);
E SÍMBOLOS                                        16ª CGPM (1979, Resoluções 5; CR; 100 e Metrologia, 1980, 16, 56)
PARTICULARES                                      visando à proteção da saúde humana.

                                                  Na última coluna dos Quadros 3 e 4, encontramos a expressão das
                                                  unidades SI mencionadas em função das unidades SI de base.
                                                  Nesta coluna, fatores tais como mo, kgo, etc., considerados como iguais
                                                  a 1, não são geralmente escritos explicitamente.


S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I                                                                     27
Quadro 3 - Unidades SI derivadas possuidoras de nomes especiais e símbolos particulares.

                                                                            UNIDADE SI DERIVADA
     GRANDEZA                                   NOME                  SÍMBOLO                EXPRESSÃO                   EXPRESSÃO
     DERIVADA                                                                                EM OUTRAS                   EM UNIDADES
                                                                                             UNIDADES SI                 SI DE BASE
                                                          (a)                                                                       -1                 (b)
     ângulo plano                               radiano               rad                                                m.m =1
                                                                (a)        (c)                                                2      -2                 (b)
     ângulo sólido                              esterradiano          sr                                                 m .m =1
                                                                                                                             -1
     freqüência                                 hertz                 Hz                                                 s
                                                                                                                                              -2
     força                                      newton                N                                                  m . kg . s
                                                                                                      2                       -1               -2
     pressão, esforço                           pascal                Pa                     N/m                         m . kg . s
                                                                                                                              2                -2
     energia, trabalho,                         joule                 J                      N.m                         m . kg . s
     quantidade de calor
                                                                                                                              2                -3
     potência,                                  watt                  W                      J/s                         m . kg . s
     fluxo de energia

     quantidade de eletricidade,                coulomb               C                                                  s.A
     carga elétrica
                                                                                                                              2               -3             -1
     diferença de potencial elétrico,           volt                  V                      W/A                         m . kg .s . A
     força eletromotriz
                                                                                                                              -2         -1        4              2
     capacidade elétrica                        farad                 F                      C/V                         m . kg . s . A
                                                                                                                              2      -1        -3             -2
     resistência elétrica                       ohm                   Ω                      V/A                         m . kg . s . A
                                                                                                                              2      -1            3          2
     condutância elétrica                       siemens               S                      A/V                         m . kg . s . A
                                                                                                                              2               -2              -1
     fluxo de indução magnética                 weber                 Wb                     V.s                         m . kg . s . A
                                                                                                           2                        -2         -1
     indução magnética                          tesla                 T                      Wb / m                      kg . s . A
                                                                                                                              2               -2              -2
     indutância                                 henry                 H                      Wb / A                      m . kg . s . A
                                                                (d)
     temperatura Celsius                        grau Celsius          ºC                     Ω                           K
                                                                                                          (c)                 2     -2
     fluxo luminoso                             lúmen                 Im                     cd . sr                     m .m . cd = cd
                                                                                                      2                       -2     -4                           -2
     iluminamento                               lux                   Ix                     Im/m                        m . m .cd= m .cd
                                                                                                                             -1
     atividade (de um radionucleico)            becquerel             Bq                                                 s
                                                                                                                              2     -2
     dose absorvida, energia específica,        gray                  Gy                     J / kg                      m .s
     (comunicada), kerma
                                                                                                                              2     -2
     equivalente de dose,                       sievert               Sv                     J / kg                      m .s
     equivalente de dose ambiente,
     equivalente de dose direcional,
     equivalente de dose individual,
     dose equivalente num órgão

                                   (a) O radiano e o esterradiano podem ser utilizados nas expressões das unidades
                                   derivadas, a fim de distinguir grandezas de natureza diferente tendo a mesma dimensão.
                                   No Quadro 4 são dados exemplos de sua utilização para formar nomes de unidades
                                   derivadas.
                                   (b) Na prática, emprega-se os símbolos rad e sr, quando útil, porém a unidade derivada
                                   “1” não é habitualmente mencionada.
                                   (c) Em fotometria, mantém-se, geralmente, o nome e o símbolo do esterradiano, sr, na
                                   expressão das unidades.
                                   (d) Esta unidade pode ser utilizada associada aos prefixos SI, como, por exemplo, para
                                   exprimir o submúltiplo miligrau Celsius, moC.


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Quadro 4 - Exemplos de unidades SI derivadas, cujos nome e símbolo compreendem unidades
SI derivadas tendo nomes especiais e símbolos particulares

                                                                                    UNIDADE SI DERIVADA
     GRANDEZA                                                 NOME                          SÍMBOLO            EXPRESSÃO EM
                                                                                                             UNIDADES SI DE BASE
                                                                                                                  -1                    -1
     viscosidade dinâmica                                 pascal segundo                    Pa . s              m . kg . s
                                                                                                                  2                -2
     momento de uma força                                 newton metro                      N.m                 m . kg . s
                                                                                                                         -2
     tensão superficial                                   newton por metro                  N/m                 kg . s
                                                                                                                         -1         -1                 -1
     velocidade angular                                   radiano por segundo                rad / s            m.m .s =s
                                                                                                         2               -1         -2                 -2
     aceleração angular                                   radiano por segundo quadrado      rad / s             m.m .s =s
                                                                                                      2                  -3
     fluxo térmico superficial,                           watt por metro quadrado           W/m                 kg . s
     iluminamento energético
                                                                                                                  2                 -2            -1
     capacidade térmica, entropia                         joule por kelvin                  J/K                 m . kg . s . K
                                                                                                                  2      -2         -1
     capacidade térmica específica,                       joule por quilograma kelvin        J / (kg . K)       m .s .K
     entropia específica
                                                                                                                  2      -2
     energia mássica                                      joule por quilograma              J / kg              m .s
                                                                                                                                   -3         -1
     condutividade térmica                                watt por metro kelvin             W / (m . K)         m . kg . s . K
                                                                                                  3               -1                    -2
     densidade de energia                                 joule por metro cúbico            J/m                 m . kg . s
                                                                                                                               -3            -1
     campo elétrico                                       volt por metro                     V/m                m . kg .s .A
                                                                                                     3            -3
     densidade de carga (elétrica)                        coulomb por metro cúbico          C/m                 m .s . A
                                                                                                     2            -2
     densidade de fluxo elétrico                          coulomb por metro quadrado        C/m                 m .s.A
                                                                                                                  -3          -1         4             2
     permissividade                                       farad por metro                   F/m                 m . kg . s . A
                                                                                                                                   -2             -2
     permeabilidade                                       henry por metro                   H/m                 m . kg . s . A
                                                                                                                  -2                    -2                  -1
     energia molar                                        joule por mol                     J / mol             m . kg . s . mol
                                                                                                                  2                 -2            -1             -1
     entropia molar,                                      joule por mol kelvin              J / (mol . K)       m . kg . s . K . mol

     capacidade térmica molar
                                                                                                                  -1
     exposição (raio X e γ)                               coulomb por quilograma            C / kg              kg . s . A
                                                                                                                  2      -3
     taxa de dose absorvida                               gray por segundo                  Gy / s              m .s
                                                                                                                  4      -2              -3                 2         -3
     intensidade energética                               watt por esterradiano             W / sr              m .m .kg.s = m .kg.s
                                                                                                         2        2      -2                       -3                  -3
     luminância energética                                watt por metro quadrado           W / (m . sr)        m .m . kg . s = kg . s
                                                          esterradiano




S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I                                                                                            29
Assim como mencionado no subitem 1.2, uma mesma unidade SI pode
     corresponder a várias grandezas distintas. Vários exemplos são dados
     no Quadro 4, onde a enumeração das grandezas citadas não deve ser
     considerada como limitada. Assim, joule por kelvin (J / K) é o nome da
     unidade SI para a grandeza capacidade térmica, como também para a
     grandeza entropia; da mesma forma, ampère (A) é o nome da unidade SI
     para a grandeza de base corrente elétrica, como também para a
     grandeza derivada força magnetomotriz. O nome da unidade não é
     suficiente, então, para se conhecer a grandeza medida: essa regra se
     aplica não somente aos textos científicos e técnicos, como também,
     por exemplo, aos instrumentos de medição (isto é, eles deveriam
     apresentar não somente a indicação da unidade, mas também a indicação
     da grandeza medida).

     Uma unidade derivada pode ser expressa, freqüentemente, de várias
     maneiras diferentes, utilizando nomes de unidades de base e nomes
     especiais de unidades derivadas. Contudo, esta liberdade algébrica é
     limitada pelas considerações físicas de bom senso. O joule, por exemplo,
     pode-se escrever newton por metro, ou quilograma metro quadrado por
     segundo quadrado, porém, em determinadas situações, algumas formas
     podem ser mais úteis que outras.

     Na prática, a fim de reduzir o risco de confusão entre grandezas de
     mesma dimensão, emprega-se para exprimir sua unidade, de preferência,
     um nome especial ou uma combinação particular de unidades.
     Por exemplo, emprega-se mais vezes a unidade SI de freqüência hertz do
     que segundo elevado à potência menos um; e a unidade SI de
     velocidade angular, radiano por segundo, mais vezes que segundo
     elevado à potência menos um (nesse caso, o uso da palavra radiano
     enfatiza que a velocidade angular é igual a 2 π vezes a freqüência de
     rotação). Do mesmo modo, emprega-se a unidade SI de momento de
     força, newton metro, mais vezes que joule. No domínio das radiações
     ionizantes, emprega-se a unidade SI de atividade, becquerel, mais
     vezes que o segundo elevado à potência menos um; e utiliza-se a
     unidade SI de dose absorvida e a unidade SI equivalente de dose,
     respectivamente, gray e sievert, mais vezes que joule por quilograma.
     Os nomes especiais becquerel, gray e sievert foram, especificamente,
     introduzidos, por motivo de riscos para a saúde humana que poderiam
     resultar de erros no uso das unidades: segundo elevado à potência
     menos um e joule por quilograma.*



     * O Comitê Internacional, reconhecendo a importância particular das unidades relativas
     à saúde humana, aprovou um texto aplicativo sobre o sievert, quando da redação da 5ª
     edição desta brochura, ver p. 52, Recomendação 1 (CI-1984) do Comitê Internacional
     (PV, 1984, 52, 31 e Metrologia, 1985, 21, 90).


30                                             S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I
2.2.3 UNIDADES                                    Certas grandezas são definidas em relação a duas grandezas de mesma
DE GRANDEZAS                                      natureza; essas grandezas possuem uma dimensão que pode ser
SEM DIMENSÃO,                                     expressa pelo número um. A unidade associada a tais grandezas é
GRANDEZAS                                         necessariamente uma unidade derivada coerente com as outras unidades
DE DIMENSÃO UM                                    do SI, e como ela resulta da relação dessas duas unidades SI idênticas,
                                                  essa unidade pode também ser expressa pelo número um. Então, a
                                                  unidade SI de todas as grandezas, cuja dimensão é um produto de
                                                  dimensão igual a um, é igual a um. Podemos citar, como exemplo dessas
                                                  grandezas, o índice de refração, a permeabilidade relativa e o fator de
                                                  fricção. Outras grandezas, que possuem para unidade o número um,
                                                  recebem “nomes característicos”, como o número de Prandtl ηcp /λ e os
                                                  números que servem para indicar um contador, como o número de
                                                  moléculas, degeneração (número de níveis de energia) ou função de
                                                  repartição em termodinâmica estática.

                                                  Todas essas grandezas são descritas como sendo sem dimensão, ou de
                                                  dimensão um, e possuem, como unidade, a unidade SI coerente 1.
                                                  O valor dessas grandezas só é expresso por um número, geralmente, a
                                                  unidade 1 não é mencionada explicitamente. Entretanto, em certos casos,
                                                  essa unidade recebe um nome especial, principalmente para evitar
                                                  confusão com algumas unidades derivadas compostas. É o caso do
                                                  radiano, do esterradiano e do neper.




S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I                                            31
3 Múltiplos e submúltiplos
                            decimais das unidades SI


3.1 PREFIXOS SI             A 11ª CGPM (1960, Resolução 12; CR, 87) adotou uma série de prefixos
                            e símbolos prefixos para formar os nomes e símbolos dos múltiplos e
                            submúltiplos decimais das unidades SI de 1012 a 10-12. Os prefixos para
                            10-15 e 10-18 foram adicionados pela 12ª CGPM (1964, Resolução 8; CR, 94),
                            1015 e 1018 pela 15ª CGPM (1975, Resolução 10; CR 106 e Metrologia, 1975,
                            11,180-181) e 1021, 1024, 10-21, 10-24 pela 19ª CGPM (1991, Resolução 4; CR
                            97 e Metrologia, 1992, 29, 3). Os prefixos e símbolos de prefixos
                            adotados constam do Quadro 5.*



Quadro 5 - Prefixos SI

     FATOR         PREFIXO         SÍMBOLO                         FATOR                   PREFIXO                    SÍMBOLO


          24                                                            -1
     10             yotta              Y                           10                        deci                       d
          21                                                            -2
     10             zetta              Z                           10                        centi                      c
          18                                                            -3
     10             exa                E                           10                        mili                       m
          15                                                            -6
     10             peta               P                           10                        micro                      m
          12                                                            -9
     10             tera               T                           10                        nano                       n
          9                                                             -12
     10             giga               G                           10                        pico                       p
          6                                                             -15
     10             mega               M                           10                        femto                      f
          3                                                             -18
     10             quilo              k                           10                        atto                       a
          2                                                             -21
     10             hecto              h                           10                        zepto                      z
          1                                                             -24
     10             deca               da                          10                        yocto                      y




                            * Estes prefixos representam, estritamente, potências de 10. Eles não devem ser
                            utilizados para exprimir múltiplos de 2 (por exemplo, um kilobit representa 1.000 bits
                            e não 1.024 bits).


32                                                                  S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I
3.2 O QUILOGRAMA                                  Entre as unidades de base do Sistema Internacional, a unidade de massa
                                                  é a única cujo nome, por motivos históricos, contém um prefixo. Os
                                                  nomes dos múltiplos e dos submúltiplos decimais da unidade de massa
                                                  são formados pelo acréscimo dos prefixos à palavra “grama” (CIPM —
                                                  1967, Recomendação 2; PV, 35, 29 e Metrologia, 1968, 4, 45).

                                                  Por exemplo:
                                                  10-6kg = 1 miligrama (1mg), porém nunca 1 microquilograma (1µkg).




S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I                                           33
4 Unidades fora do SI



4.1 UNIDADES EM                  O CIPM (1969) reconheceu que os utilizadores do SI terão necessidade
USO COM O SI                     de empregar conjuntamente certas unidades que não fazem parte do
                                 Sistema Internacional, porém estão amplamente difundidas.
                                 Estas unidades desempenham papel tão importante que é necessário
                                 conservá-las para uso geral com o Sistema Internacional de Unidades.
                                 Elas figuram no Quadro 6 a seguir.

                                 A combinação de unidades deste quadro com unidades SI, para formar
                                 unidades compostas, não deve ser praticada senão em casos limitados, a
                                 fim de não perder as vantagens de coerência das unidades SI.



Quadro 6 - Unidades fora do Sistema Internacional, em uso com o Sistema Internacional

     NOME                            SÍMBOLO                             VALOR EM UNIDADE SI
     minuto                          min                                 1 min = 60s
             (a)
     hora                            h                                   1 h = 60 min = 3.600s
     dia                             d                                   1 d = 24 h = 86.400s
             (b)
     grau                            º                                   1º = (π /180) rad
     minuto                          ‘                                   1’ = (1/60)º = (π / 10 800) rad
     segundo                         ‘’                                  1’’ = (1/60)’ = (π / 648 000) rad
           (c)                                                                            3       -3   3
     litro                           l, L                                1l = 1 dm = 10 m
                      (d), (e)                                                       3
     tonelada                        t                                   1 t = 10 kg
                 (f), (h)
     neper                           Np                                  1 Np = 1
        (g), (h)                                                                                           (i)
     bel                             B                                   1B = (1/2) ln 10 (Np)

                                 a) O símbolo h desta unidade foi incluído na Resolução 7 da 9ª CGPM (1948; CR, 70).
                                 b) A norma ISO 31 recomenda que o grau seja subdividido preferencialmente de
                                 maneira decimal a se utilizar o minuto e o segundo.
                                 c) Esta unidade e o símbolo l foram adotados pelo Comitê Internacional em 1879
                                 (Procès-verbaux — CIPM, 1879, p. 41); o outro símbolo L foi adotado pela 16ª CGPM
                                 (1979, Resolução 6; CR 101 e Metrologia, 1980, 16, 56-57) a fim de se evitar a confusão
                                 entre a letra l e o algarismo 1. A definição atual do litro encontra-se na Resolução 6 da
                                 12ª CGPM (1964; CR, 93).
                                 d) O símbolo t e a unidade foram adotados pelo Comitê Internacional em 1879 (Procès-
                                 verbaux — CIPM, 1879, p. 41).


34                                                                        S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I
e) Em alguns países de língua inglesa, essa unidade apresenta o nome de “tonelada
                                                  métrica” (metric ton).
                                                  f) O neper é utilizado para expressar o valor de grandezas logarítmicas, tais como nível
                                                  de campo, nível de potência, nível de pressão acrílica ou decremento logarítmico. Os
                                                  logaritmos naturais são utilizados para obter os valores numéricos das grandezas
                                                  expressas em nepers. O neper é coerente com o SI, mas ainda não foi adotado pela
                                                  Conferência Geral como unidade SI. Para mais informações, ver a norma internacional
                                                  ISO 31.
                                                  g) O bel é utilizado para expressar o valor de grandezas logarítmicas, tais como nível de
                                                  campo, nível de potência, nível de pressão acústica ou atenuação. Os logaritmos de
                                                  base 10 são utilizados para se obter os valores numéricos das grandezas expressas em
                                                  bels. O submúltiplo decimal decibel, dB, é de uso corrente. Para mais informações, ver a
                                                  norma internacional ISO 31.
                                                  h) É especialmente importante especificar a grandeza em questão quando se utiliza
                                                  essas unidades. Não é necessário considerar a unidade para especificar a grandeza.
                                                  i) Np figura entre parênteses porque, embora o neper seja coerente com o SI, ainda não
                                                  foi adotado pela Conferência Geral.


                                                  Do mesmo modo é necessário admitir algumas outras unidades não
                                                  pertencentes ao Sistema Internacional, cujo uso é útil em domínios
                                                  especializados da pesquisa científica, pois seu valor (a ser expresso em
                                                  unidades SI) tem de ser obtido experimentalmente, portanto não é
                                                  exatamente conhecido (Quadro 7).

Quadro 7 - Unidades fora do SI, em uso com o Sistema Internacional, cujo valor em Unidades SI
é obtido experimentalmente

           NOME                               SÍMBOLO                         DEFINIÇÃO         VALOR EM UNIDADES SI
                       (a)                                                      (b)                                          -19
     eletronvolt                                   eV                                      1 eV = 1,602 177 33 (49) x 10           J
                                                                                (c)                                    -27
     unidade (unificada)                           u                                       1 u = 1,660 540 2 (10) x 10       kg
     de massa atômica
                                                                                (d)                                                    11
     unidade astronômica                           ua                                      1 ua = 1,495 978 706 91 (30) x 10                m

                                                  a) Os valores do eletronvolt e da unidade massa atômica unificada são dados no Boletim
                                                  CODATA, 1986, nº 63.
                                                  b) 1 eletronvolt é a energia cinética adquirida por um elétron atravessando uma
                                                  diferença de potencial de 1 volt no vácuo:
                                                  1 eV = 1,602 19 x 10-19 , aproximadamente.
                                                  c) A unidade unificada de massa atômica é igual à fração 1/12 da massa de um átomo
                                                  do nuclídio 12C.
                                                  1 u = 1,660 57 x 10-27kg, aproximadamente.
                                                  d) A unidade astronômica é unidade de comprimento; seu valor é, aproximadamente,
                                                  igual à distância média entre a Terra e o Sol. Essa unidade é tal que, quando utilizada
                                                  para descrever os movimentos dos corpos no Sistema Solar, a constante gravitacional
                                                  heliocêntrica é de (0,017 202 098 95)2 ua3 . d-2.




S I S T E M A   I N T E R N A C I O N A L   D E   U N I D A D E S   -   S I                                                                     35
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  • 1. S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I 1
  • 2. SI Sistema Internacional de Unidades 2 S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I
  • 3. INMETRO – INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL Ministro Luiz Fernando Furlan Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC Armando Mariante Carvalho Presidente do INMETRO João Alziro Herz da Jornada Diretor de Metrologia Científica e Industrial Roberto Luiz de Lima Guimarães Diretor de Metrologia Legal Alfredo Carlos Orphão Lobo Diretor de Qualidade Joseph Brais Diretor de Administração e Finanças Ricardo de Oliveira Coordenador-Geral de Planejamento Elizabeth Cavalcanti Coordenadora-Geral de Credenciamento Paulo Ferracioli Coordenador-Geral de Articulações Internacionais S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I 3
  • 4. SI Sistema Internacional de Unidades 8a edição Rio de Janeiro 2003 4 S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I
  • 5.  2003. INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte. NOTA DO AUTOR Este documento é uma tradução da 7a edição do original francês “Le Système International d’Unités”, elaborada pelo Bureau International des Poids et Mesures - BIPM. Ficha Catalográfica INMETRO. SISTEMA Internacional de Unidades - SI. 8. ed. Rio de Janeiro, 2003. 116 p. ISBN 85-87-87090-85-2 METROLOGIA CDU: 006.915.1 INMETRO Av. N. S. das Graças, 50 – Instituto Nacional de Vila Operária 25250-020 Metrologia, Duque de Caxias – RJ Normalização e Tel.: (21) 2679-9001 Qualidade Industrial Fax: (21) 2679-1409 S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I 5
  • 6. SUMÁRIO APRESENTAÇÃO Sistema Internacional de Unidades (SI) .............................................................. 11 1 Introdução 1.1 Histórico ...................................................................................................... 15 1.2 As duas classes de unidades SI ...................................................................... 17 1.3 Os prefixos SI ............................................................................................... 18 1.4 Sistema de grandezas ................................................................................... 19 1.5 As unidades SI no quadro da relatividade geral ............................................. 19 1.6 Legislações sobre as unidades ....................................................................... 20 2 Unidades SI 2.1 Unidades SI de base ...................................................................................... 21 2.1.1 Definições .......................................................................................... 21 2.1.1.1 Unidade de comprimento (metro) .......................................... 21 2.1.1.2 Unidade de massa (quilograma) ............................................. 21 2.1.1.3 Unidade de tempo (segundo) ................................................ 22 2.1.1.4 Unidade de corrente elétrica (ampère) ................................... 22 2.1.1.5 Unidade de temperatura termodinâmica (kelvin) .................... 23 2.1.1.6 Unidade de quantidade de matéria (mol) ............................... 24 2.1.1.7 Unidade de intensidade luminosa (candela) ............................ 25 2.1.2 Símbolos das unidades de base............................................................ 25 2.2 Unidades SI derivadas ............................................................................... 25 2.2.1 Unidades expressas a partir de unidades de base ................................. 26 2.2.2 Unidades possuidoras de nomes especiais e símbolos particulares; unidades utilizando unidades possuidoras de nomes especiais e símbolos particulares ....................................................................... 26 2.2.3 Unidades de grandezas sem dimensão, grandezas de dimensão um ..... 30 3 Múltiplos e submúltiplos decimais das unidades SI 3.1 Prefixos SI .................................................................................................... 31 3.2 O quilograma ............................................................................................... 32 6 S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I
  • 7. 4 Unidades fora do SI 4.1 Unidades em uso com o SI ........................................................................... 33 4.2 Outras unidades fora do SI ........................................................................... 35 5 Regras para escrita de nomes e símbolos de unidades SI 5.1 Princípios gerais ........................................................................................... 39 5.2 Símbolos das unidades SI ............................................................................. 39 5.3 Expressão algébrica dos símbolos das unidades SI ......................................... 39 5.4 Regras para emprego dos prefixos SI ............................................................ 40 Anexos Anexo1 – Decisões da Conferência Geral e do Comitê Internacional de Pesos e Medidas ................................................ 43 1 Decisões relativas ao estabelecimento do Sistema Internacional de Unidades (SI) 1.1 Sistema prático de unidades: estabelecimento do SI ....................................... 45 1.2 O SI .............................................................................................................. 46 2 Decisões relativas às unidades de base do Sistema Internacional 2.1 Comprimento ................................................................................................ 51 2.2 Massa ........................................................................................................... 55 2.3 Tempo .......................................................................................................... 56 2.4 Corrente elétrica ............................................................................................ 61 2.5 Temperatura termodinâmica .......................................................................... 62 2.6 Quantidade de matéria .................................................................................. 65 2.7 Intensidade luminosa ..................................................................................... 66 3 Decisões relativas às unidades SI derivadas e suplementares 3.1 Unidades SI derivadas .................................................................................... 69 3.2 Unidades SI suplementares ............................................................................ 72 4 Decisões relativas à terminologia e às unidades em uso com o SI 4.1 Prefixos SI...................................................................................................... 75 4.2 Símbolos de unidades e dos números ............................................................ 76 4.3 Nomes de unidades ....................................................................................... 77 4.4 Unidades em uso com o SI; exemplo: o litro ................................................... 78 S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I 7
  • 8. Anexo 2 – Realização Prática das Definições das Principais Unidades ............ 81 1 Comprimento ................................................................................................... 83 2 Massa ................................................................................................................ 95 3 Tempo ............................................................................................................... 97 4 Grandezas elétricas ........................................................................................ 101 5 Temperatura ................................................................................................... 107 6 Quantidade de matéria ................................................................................. 111 7 Grandezas fotométricas ................................................................................ 113 8 S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I
  • 9. S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I 9
  • 10. Apresentação O desenvolvimento e a consolidação da cultura metrológica vem se constituindo em uma estratégia permanente das organizações, uma vez que resulta em ganhos de produtividade, qualidade dos produtos e serviços, redução de custos e eliminação de desperdícios. A construção de um senso de cultura metrológica não é tarefa simples, requer ações duradouras de longo prazo e depende não apenas de treinamentos especializados, mas de uma ampla difusão dos valores da qualidade em toda a sociedade. Ciente dessa responsabilidade o Inmetro lança mais uma edição da brochura “SI - Sistema Internacional de Unidades” com firme propósito de difundir o conhecimento metrológico através da disseminação de literatura especializada, tornando mais acessíveis conceitos e informações básicas para um público especializado bem como para toda a sociedade. Armando Mariante Carvalho Presidente do Inmetro 10 S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I
  • 11. S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I 11
  • 12. Sistema Internacional de Unidades (SI) O BIPM e a Convenção do Metro O Bureau Internacional de Pesos e Medidas (BIPM) foi criado pela Convenção do Metro, assinada em Paris em 20 de maio de 1875 por 17 Estados, por ocasião da última sessão da Conferência Diplomática do Metro. Esta Convenção foi modificada em 1921. 2 O Bureau Internacional tem sua sede perto de Paris, nos domínios do Pavilhão Breteuil (43.520 m ) (Parque de Saint-Cloud), posto à sua disposição pelo governo francês; e sua manutenção no que se (1) refere às despesas é assegurada pelos Estados Membros da Convenção do Metro. O Bureau Internacional, que tem por missão assegurar a unificação mundial das medidas físicas, é encarregado: – de estabelecer os padrões fundamentais e as escalas das principais grandezas físicas, e de conservar os protótipos internacionais; – de efetuar a comparação dos padrões nacionais e internacionais; – de assegurar a coordenação das técnicas de medidas correspondentes; – de efetuar e de coordenar as determinações relativas às constantes físicas que intervêm naquelas atividades. O Bureau Internacional funciona sob a fiscalização exclusiva do Comitê Internacional de Pesos e Medidas (CIPM), sob autoridade da Conferência Geral de Pesos e Medidas (CGPM). A Conferência Geral é formada de delegados de todos os Estados Membros da Convenção do Metro e reúne-se, atualmente, de quatro em quatro anos. Ela recebe em cada uma de suas sessões o Relatório do Comitê Internacional sobre os trabalhos executados, e tem por missão: – discutir e provocar as medidas necessárias para assegurar a propagação e o aperfeiçoamento do Sistema Internacional de Unidades (SI), forma moderna do Sistema Métrico; (1) Em 31 de dezembro de 1997, 48 Estados eram membros desta Convenção: África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, Bulgária, Camarões, Canadá, Chile, China, Coréia (República da), Coréia (República Popular Democrática da), Dinamarca, Dominicana (República), Egito, Espanha, Estados Unidos, Eslováquia, Finlândia, França, Holanda, Hungria, Índia, Indonésia, Irã (Rep. Islâmica), Irlanda, Israel, Itália, Japão, México, Noruega, Nova Zelândia, Paquistão, Polônia, Portugal, Reino Unido, Romênia, Rússia (Federação) , Cingapura, Suécia, Suíça, Tcheca (Rep.), Tailândia, Turquia, Uruguai e Venezuela. 12 S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I
  • 13. – sancionar os resultados das novas determinações metrológicas fundamentais e as diversas resoluções científicas de cunho internacional; – adotar as decisões importantes concernentes à organização e ao desenvolvimento do Bureau Internacional. O Comitê Internacional é composto de 18 membros pertencentes a Estados diferentes, reunindo-se atualmente todos os anos. A mesa dirigente deste Comitê (composta pelo Presidente, Vice-Presidente e Secretário) envia aos governos dos Estados Membros da Convenção do Metro um Relatório Anual sobre a situação administrativa e financeira do Bureau Internacional. A principal missão do Comitê Internacional é garantir a unificação mundial das unidades de medidas, tratando diretamente ou submetendo propostas à Conferência Geral. Limitadas, inicialmente, às medidas de comprimento e de massa e aos estudos metrológicos relacionados com essas grandezas, as atividades do Bureau Internacional foram estendidas aos padrões de medidas elétricas (1927), fotométricas (1937), radiações ionizantes (1960) e às escalas de tempos (1988). Para este fim, em 1929 teve lugar uma expansão dos primeiros laboratórios construídos em 1876-78. Dois novos edifícios foram construídos em 1963-64, para os laboratórios da Seção de Radiações Ionizantes, e em 1984 para os trabalhos sobre lasers. Em 1988, foi inaugurado um prédio para biblioteca e escritórios. Aproximadamente 45 físicos e técnicos trabalham nos laboratórios do Bureau Internacional; fazem pesquisas metrológicas, principalmente, e comparações internacionais das realizações das unidades e verificações de padrões. Esses trabalhos são objeto de um relatório anual detalhado, que é publicado como procès-verbaux das sessões do Comitê Internacional. Diante da extensão das tarefas confiadas ao BIPM, em 1927, o Comitê Internacional instituiu os Comitês Consultivos, órgãos destinados a esclarecer as questões que ele submete a seu exame. Os Comitês Consultivos, que podem criar “Grupos de Trabalho” temporários ou permanentes para o estudo de assuntos particulares, são encarregados de coordenar os trabalhos internacionais efetuados nos seus domínios respectivos, e de propor ao Comitê Internacional as recomendações concernentes às unidades. Os Comitês Consultivos têm um regulamento comum (PV, 1963, 31, 97). Cada Comitê Consultivo, cuja presidência é geralmente confiada a um membro do Comitê Internacional, é composto por um delegado dos grandes laboratórios de metrologia e dos institutos especializados, cuja lista é estabelecida pelo Comitê Internacional, bem como por membros individuais designados igualmente S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I 13
  • 14. pelo Comitê Internacional e por um representante do Bureau Internacional. Estes Comitês, que têm suas sessões com intervalos regulares, são atualmente em número de nove: 1 - Comitê Consultivo de Eletricidade (CCE), criado em 1927. 2 - Comitê Consultivo de Fotometria e Radiometria (CCPR), novo nome dado em 1971 ao Comitê Consultivo de Fotometria (CCP), criado em 1933 (de 1930 a 1933, as questões eram tratadas pelo Comitê precedente, CCE). 3 - Comitê Consultivo de Termometria (CCT), antes denominado Comitê Consultivo de Termometria e Calorimetria (CCTC), criado em 1937. 4 - Comitê Consultivo para a Definição do Metro (CCDM), criado em 1952. 5 - Comitê Consultivo para a Definição do Segundo (CCDS), criado em 1956. 6 - Comitê Consultivo para os Padrões de Medida das Radiações Ionizantes (CCEMR), criado em 1958. Em 1969, este Comitê Consultivo instituiu quatro seções: Seção I (Raios X e γ, Elétrons), Seção II (Medida dos Radionuclídeos), Seção III (Medidas Neutrônicas), Seção IV (Padrões de Energia α), sendo que esta última Seção foi dissolvida em 1975 e seu domínio de atividade confiado à Seção II. 7 - Comitê Consultivo das Unidades (CCU), criado em 1964 (este Comitê Consultivo substituiu a “Comissão do Sistema de Unidades”, instituída pelo CIPM em 1954). 8 - Comitê Consultivo para as Massas e as grandezas aparentes (CCM), criado em 1980. 9 - Comitê Consultivo para a quantidade de matéria, criado em 1993. Os trabalhos da Conferência Geral, do Comitê Internacional, dos Comitês Consultivos e do Bureau Internacional são publicados sob os cuidados deste último nas seguintes coleções ou séries: – Comptes-Rendus das sessões da Conferência Geral de Pesos e Medidas (CR); – Procès-verbaux das sessões do Comitê Internacional de Pesos e Medidas (PV); – Sessões dos Comitês Consultivos. O Bureau Internacional publica, também, monografias sobre assuntos particulares da metrologia e, sob o título O Sistema Internacional de Unidades (SI), esta brochura, revisada periodicamente, reunindo todas as decisões e recomendações relativas às unidades. 14 S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I
  • 15. A coleção dos trabalhos e memórias do Bureau Internacional de Pesos e Medidas (22 tomos publicados de 1881 a 1966) foi suspensa em 1966 por decisão do Comitê Internacional, bem como o recueil dos trabalhos do Bureau Internacional de Pesos e Medidas (11 volumes publicados de 1966 a 1988). Os trabalhos do Bureau Internacional são publicados em revistas científicas; uma lista é fornecida anualmente nos procès-verbaux do Comitê Internacional. Após 1965 o periódico Metrologia, editado sob os auspícios do Comitê Internacional de Pesos e Medidas, passou a publicar artigos sobre os principais trabalhos de metrologia científica efetuados no mundo, sobre melhoramentos dos métodos de medida e dos padrões, sobre as unidades, etc., assim como informações sobre atividades, decisões e recomendações dos órgãos da Convenção do Metro. S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I 15
  • 16. 1 Introdução 1.1 HISTÓRICO Em 1948 a 9ª Conferência Geral de Pesos e Medidas (CGPM), por sua Resolução 6, encarregou o Comitê Internacional de Pesos e Medidas (CIPM) de: “estudar o estabelecimento de uma regulamentação completa das unidades de medida”; “proceder, com esse intuito, a um inquérito oficial sobre a opinião dos meios científicos, técnicos e pedagógicos de todos os países”; “emitir recomendações atinentes ao estabelecimento de um sistema prático de unidades de medidas, suscetível de ser adotado por todos os países signatários da Convenção do Metro”. A mesma Conferência Geral adotou também a Resolução 7, que fixou princípios gerais para a grafia dos símbolos de unidades e forneceu uma lista de unidades com nomes especiais. A 10ª CGPM (1954), por meio de sua Resolução 6, e a 14ª CGPM, (1971), em sua Resolução 3, decidiram adotar, como unidades de base deste “sistema prático de unidades”, as unidades das sete grandezas seguintes: comprimento, massa, tempo, intensidade de corrente elétrica, temperatura termodinâmica, quantidade de matéria e intensidade luminosa. A 11ª CGPM (1960), por intermédio de sua Resolução 12, adotou finalmente o nome Sistema Internacional de Unidades, com abreviação internacional SI, para este sistema prático de unidades de medida, e instituiu regras para os prefixos, para as unidades derivadas e as unidades suplementares, além de outras indicações, estabelecendo, assim, uma regulamentação de conjunto para as unidades de medidas. Podemos, então, resumir as principais etapas históricas que levam a estas importantes decisões da Conferência Geral: • A criação do Sistema Métrico Decimal, durante a Revolução Francesa, e o depósito que resultou, em 22 de junho de 1799, de dois padrões de platina, representando o metro e o quilograma, nos Arquivos da 16 S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I
  • 17. República, em Paris, podem ser considerados como a primeira etapa que levou ao Sistema Internacional de Unidades atual. • Em 1832, Gauss trabalhava ativamente em prol da aplicação do Sistema Métrico, associado ao segundo, definido em astronomia como Sistema Coerente de Unidades para as Ciências Físicas. Gauss foi o primeiro a fazer medidas absolutas do campo magnético terrestre, utilizando um sistema decimal baseado em três unidades mecânicas: milímetro, grama e segundo para, respectivamente, as grandezas: comprimento, massa e tempo. Em conseqüência, Gauss e Weber realizaram, também, medidas de fenômenos elétricos. • Maxwell e Thomson aplicaram de maneira mais completa essas medidas nos domínios da eletricidade e do magnetismo junto à British Association for the Advancement of Science (BAAS) nos anos de 1860. Eles expressaram a necessidade de um Sistema Coerente de Unidades formado de unidades de base e de unidades derivadas. Em 1874, a BAAS criou o sistema CGS, um sistema tridimensional de unidades, coerente e baseado nas três unidades mecânicas: centímetro, grama e segundo, e utilizando os prefixos micro e mega para expressar os submúltiplos e múltiplos decimais. É em grande parte à utilização deste sistema que se deve o progresso da física como ciência experimental. • Foram escolhidas as unidades CGS coerentes para os domínios da eletricidade e magnetismo; e a BAAS e o Congresso Internacional de Eletricidade, que antecedeu a Comissão Eletrotécnica Internacional (CEI), aprovaram, nos anos 1880, um sistema mutuamente coerente de unidades práticas. Dentre elas, figuravam o ohm para a resistência elétrica, o volt para a força eletromotriz e o ampère para a corrente elétrica. • Após a assinatura da Convenção do Metro, em 20 de maio de 1875, o Comitê Internacional se dedica à construção de novos protótipos, escolhendo o metro e o quilograma como unidades de base de comprimento e de massa. Em 1889, a 1ª CGPM sanciona os protótipos internacionais do metro e do quilograma. Com o segundo dos astrônomos como unidade de tempo, essas unidades constituíam um sistema tridimensional de unidades mecânicas, similar ao CGS, mas cujas unidades de base eram o metro, o quilograma e o segundo, o sistema MKS. • Em 1901, Giorgi demonstra que seria possível associar as unidades mecânicas desse sistema, metro-quilograma-segundo, ao sistema prático de unidades elétricas, para formar um único sistema coerente quadridimensional, juntando a essas três unidades de base uma quarta S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I 17
  • 18. unidade, de natureza elétrica, tal como o ampère ou o ohm, e racionalizando as expressões utilizadas em eletromagnetismo. A proposta de Giorgi abriu caminho para outras extensões. • Após a revisão da Convenção do Metro pela 6ª CGPM, em 1921, que estendeu as atribuições e as responsabilidades do Bureau Internacional a outros domínios da física, e a criação do CCE pela 7ª CGPM, em 1927, a proposta de Giorgi foi discutida detalhadamente pela CEI, UIPPA e outros organismos internacionais. Essas discussões levaram o CCE a propor, em 1939, a adoção de um sistema quadridimensional baseado no metro, quilograma, segundo e ampère – o sistema MKSA, uma proposta que foi aprovada pelo Comitê Internacional, em 1946. • Como resultado de uma consulta internacional realizada pelo Bureau Internacional, a partir de 1948, a 10ª CGPM, em 1954, aprova a introdução do ampère, do kelvin e da candela como unidades de base, respectivamente, para intensidade de corrente elétrica, temperatura termodinâmica e intensidade luminosa. A 11ª CGPM dá o nome Sistema Internacional de Unidades (SI) para esse sistema, em 1960. Na 14ª CGPM, em 1971, o mol foi incorporado ao SI como unidade de base para quantidade de matéria, sendo a sétima das unidades de base do SI, tal como conhecemos até hoje. 1.2 AS DUAS CLASSES No SI distinguem-se duas classes de unidades: DE UNIDADES SI - Unidades de base; - Unidades derivadas.(2) Sob o aspecto científico, a divisão das unidades SI nessas duas classes é arbitrária porque não é uma imposição da física. Entretanto, a Conferência Geral, levando em consideração as vantagens de se adotar um sistema prático único para ser utilizado mundialmente nas relações internacionais, no ensino e no trabalho científico, decidiu basear o Sistema Internacional em sete unidades perfeitamente definidas, consideradas como independentes sob o ponto de vista dimensional: o metro, o quilograma, o segundo, o ampère, o kelvin, o mol e a candela (ver subitem 2.1). Estas unidades SI são chamadas unidades de base. (2) A 11ª CGPM (1960, Resolução 12; CR, 87) admitia uma classe separada de unidades SI, denominadas unidades suplementares, que continha o radiano e o esterradiano, unidades de ângulo plano e de ângulo sólido. A 20ª CGPM (1995, Resolução 8; CR, 223 e Metrologia, 1996, 33, 83) eliminou a classe de unidades suplementares no SI, e o radiano e o esterradiano foram integrados à classe de unidades derivadas. 18 S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I
  • 19. A segunda classe de unidades SI abrange as unidades derivadas, isto é, as unidades que podem ser formadas combinando-se unidades de base segundo relações algébricas que interligam as grandezas correspondentes. Diversas destas expressões algébricas, em razão de unidades de base, podem ser substituídas por nomes e símbolos especiais, o que permite sua utilização na formação de outras unidades derivadas (ver subitem 2.2). As unidades SI destas duas classes constituem um conjunto coerente, na acepção dada habitualmente à expressão “sistema coerente de unidades”, isto é, sistema de unidades ligadas pelas regras de multiplicação e divisão, sem qualquer fator numérico diferente de 1. Segundo a Recomendação 1 (1969; PV, 37, 30-31 e Metrologia, 1970, 6, 66) do CIPM, as unidades desse conjunto coerente de unidades são designadas sob o nome de unidades SI.(3) É importante acentuar que cada grandeza física tem uma só unidade SI, mesmo que esta unidade possa ser expressa sob diferentes formas. Porém o inverso não é verdadeiro: a mesma unidade SI pode corresponder a várias grandezas diferentes. 1.3 OS PREFIXOS SI A Conferência Geral adotou uma série de prefixos para a formação dos múltiplos e submúltiplos decimais das unidades SI (ver subitens 3.1 e 3.2). De acordo com a Recomendação 1 (1969) do CIPM, o conjunto desses prefixos é designado pelo nome de prefixos SI. As unidades SI, isto é, as unidades de base e as unidades derivadas do SI, formam um conjunto coerente. Os múltiplos e submúltiplos das unidades SI, formados por meio dos prefixos SI, devem ser designados pelo seu nome completo: “múltiplos e submúltiplos decimais das unidades SI”. Esses múltiplos e submúltiplos decimais das unidades SI não são coerentes com as unidades SI propriamente ditas. Como exceção à regra, os múltiplos e submúltiplos do quilograma são formados adicionando os nomes dos prefixos ao nome da unidade “grama” e símbolos dos prefixos ao símbolo da unidade “g”. (3) As recomendações do Comitê Internacional constam dos procès-verbaux das sessões do Comitê Internacional de Pesos e Medidas (mencionados sob a forma: PV) S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I 19
  • 20. 1.4 SISTEMA Essa publicação não se refere ao sistema de grandezas a ser utilizado DE GRANDEZAS com as unidades SI, campo do qual se ocupa o Comitê Técnico 12 da Organização Internacional de Normalização (ISO), que publicou a partir de 1955 uma série de normas internacionais sobre as grandezas e unidades, recomendando fortemente o uso do Sistema Internacional (4) de Unidades. Nessas normas internacionais, a ISO adotou um sistema de grandezas físicas baseado nas sete grandezas de base: comprimento, massa, tempo, intensidade de corrente elétrica, temperatura termodinâmica, quantidade de matéria e intensidade luminosa. As outras grandezas — grandezas derivadas — são definidas em função dessas sete grandezas de base; as relações entre as grandezas derivadas e as grandezas de base são expressas por um sistema de equações. É conveniente empregar com as unidades SI esse sistema de grandezas e esse sistema de equações. 1.5 AS UNIDADES SI As definições das unidades SI de base foram aprovadas num contexto NO QUADRO DA que não leva em conta os efeitos relativistas. Se introduzimos tal noção, é RELATIVIDADE GERAL claro que essas condições só se aplicam ao pequeno domínio espacial que acompanha, em seu movimento, os padrões que as realizam. As unidades de base SI são, então, unidades próprias: suas realizações provêm de experiências locais, nas quais os efeitos relativistas a serem considerados são aqueles da relatividade restrita. As constantes da física são grandezas locais, cujo valor é expresso em unidades próprias.* As realizações de uma unidade com o auxílio de diferentes padrões são, geralmente, comparadas ao nível local. Todavia, para os padrões de freqüência, é possível realizar tais comparações a distância, por meio de sinais eletromagnéticos. Para interpretar os resultados, é necessário apelar para a teoria da relatividade geral, pois esta prevê, entre outras coisas, um desvio de freqüência entre os padrões de, aproximadamente, 1 x 10-16, em valor relativo, por metro de altitude à superfície da Terra. Efeitos dessa ordem de grandeza podem ser comparados à incerteza da realização do metro ou do segundo baseado num sinal periódico ou numa dada freqüência (ver Anexo 2). (4) Para mais informações sobre o sistema de grandezas em uso com as unidades SI, ver a norma internacional ISO 31, grandezas e unidades (Handbook Normas ISO, 3 ª edição, ISO, genebra, 1993). * As questões das unidades próprias foram tratadas na Resolução A4, adotada pela XXI Assembléia Geral da União Astronômica Internacional (UAI), em 1991, e no relatório do Grupo de Trabalho do CCDS sobre aplicação da relatividade geral na metrologia (Metrologia, 1997, 34, 261/290). 20 S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I
  • 21. 1.6 LEGISLAÇÕES Os países fixam por via legislativa as regras concernentes à utilização SOBRE AS UNIDADES das unidades no plano nacional, de uma maneira geral ou em apenas alguns campos, como no comércio, na saúde ou na segurança pública, no ensino, etc. Em um número crescente de países essas legislações são baseadas no emprego do Sistema Internacional de Unidades. A Organização Internacional de Metrologia Legal (OIML), criada em 1955, cuida da uniformidade internacional dessas legislações. S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I 21
  • 22. 2 Unidades SI 2.1 UNIDADES SI As definições oficiais de todas as unidades de base do SI foram DE BASE aprovadas pela Conferência Geral. A primeira dessas definições foi aprovada em 1889, e a mais recente em 1983. Essas definições são modificadas periodicamente a fim de acompanhar a evolução das técnicas de medição e para permitir uma realização mais exata das unidades de base. 2.1.1 DEFINIÇÕES A definição atual de cada unidade de base, extraída dos compte-rendus da Conferência Geral (CR) que a aprovou, aparece aqui em negrito. O texto principal fornece notas históricas e explicativas, mas não é parte integrante das definições. 2.1.1.1 UNIDADE DE A definição do metro baseada no protótipo internacional em platina COMPRIMENTO (METRO) iridiada, em vigor desde 1889, foi substituída na 11ª CGPM (1960) por uma outra definição baseada no comprimento de onda de uma radiação do criptônio 86, com a finalidade de aumentar a exatidão da realização do metro. A 17ª CGPM (1983, Resolução 1; CR 97 e Metrologia, 1984, 20, 25) substituiu, em 1983, essa última definição pela seguinte: “O metro é o comprimento do trajeto percorrido pela luz no vácuo durante um intervalo de tempo de 1/299 792 458 de segundo.” Essa definição tem o efeito de fixar a velocidade da luz em 299 792 458 m.s-1, exatamente. O antigo protótipo internacional do metro, que fora sancionado pela 1ª CGPM em 1889, é conservado no Bureau Internacional de Pesos e Medidas nas mesmas condições que foram fixadas em 1889. 2.1.1.2 UNIDADE O protótipo internacional do quilograma foi sancionado pela 1ª CGPM DE MASSA (1889) ao declarar que “este protótipo será considerado doravante como (QUILOGRAMA) unidade de massa”. 22 S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I
  • 23. A 3ª CGPM (1901; CR,70), para acabar com a ambigüidade que ainda existia no uso corrente sobre o significado da palavra “peso”, confirmou que: “O quilograma é a unidade de massa (e não de peso, nem força); ele é igual à massa do protótipo internacional do quilograma.” Este protótipo internacional em platina iridiada é conservado no Bureau Internacional, nas condições que foram fixadas pela 1ª CGPM em 1889. 2.1.1.3 UNIDADE Primitivamente, o segundo, unidade de tempo, era definido como a DE TEMPO (SEGUNDO) fração 1/86 400 do dia solar médio. A definição exata do “dia solar médio” fora deixada aos cuidados dos astrônomos, porém os seus trabalhos demonstraram que o dia solar médio não apresentava as garantias de exatidão requeridas, por causa das irregularidades da rotação da Terra. Para conferir maior exatidão à definição da unidade de tempo, a 11ª CGPM (1960) sancionou outra definição fornecida pela União Astronômica Internacional, e baseada no ano trópico. Na mesma época as pesquisas experimentais tinham já demonstrado que um padrão atômico de intervalo de tempo, baseado numa transição entre dois níveis de energia de um átomo, ou de uma molécula, poderia ser realizado e reproduzido com precisão muito superior. Considerando que uma definição de alta exatidão para a unidade de tempo do Sistema Internacional, o segundo, é indispensável para satisfazer às exigências da alta metrologia, a 13ª CGPM (1967) decidiu substituir a definição do segundo pela seguinte: “O segundo é a duração de 9 192 631 770 períodos da radiação correspondente à transição entre os dois níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de césio 133.” Na sessão de 1997, o Comitê Internacional confirmou que: “Essa definição se refere a um átomo de césio em repouso, a uma temperatura de 0 K.” 2.1.1.4 UNIDADE DE Diversas unidades elétricas, ditas internacionais, para a intensidade de CORRENTE ELÉTRICA corrente elétrica e para a resistência, haviam sido introduzidas no (AMPÈRE) Congresso Internacional de Eletricidade, reunido em Chicago em 1893. As definições do ampère “internacional” e do ohm “internacional” foram confirmadas pela Conferência Internacional de Londres em 1908. Embora por ocasião da 8ª CGPM (1933) já fosse evidente a opinião unânime no sentido de substituir estas unidades “internacionais” por unidades ditas “absolutas”, a decisão formal de suprimir estas unidades S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I 23
  • 24. “internacionais” foi tomada somente pela 9ª CGPM (1948), que adotou para o ampère, unidade de corrente elétrica, a seguinte definição: “O ampère é a intensidade de uma corrente elétrica constante que, mantida em dois condutores paralelos, retilíneos, de comprimento infinito, de seção circular desprezível, e situados à distância de 1 metro entre si, no vácuo, produz entre estes condutores uma força igual a 2 x 10-7 newton por metro de comprimento.” A expressão “unidade MKS de força”, que figura no texto original, foi aqui substituída por “newton”, denominação adotada pela 9ª CGPM (1948 — Resolução 7). 2.1.1.5 UNIDADE A definição da unidade de temperatura termodinâmica foi dada pela DE TEMPERATURA 10ª CGPM (1954 — Resolução 3), que escolheu o ponto tríplice da água TERMODINÂMICA como ponto fixo fundamental, atribuindo-lhe a temperatura de 273,16oK (KELVIN) por definição. A 13ª CGPM (1967 — Resolução 3) adotou o nome kelvin (símbolo K) em lugar de “grau kelvin” (símbolo oK) e formulou, na sua Resolução 4, a definição da unidade de temperatura termodinâmica, como se segue: “O kelvin, unidade de temperatura termodinâmica, é a fração 1/273,16 da temperatura termodinâmica no ponto tríplice da água.” A 13ª CGPM (1967 — Resolução 3) decidiu também que a unidade kelvin e seu símbolo K fossem utilizados para expressar um intervalo ou uma diferença de temperatura. Além da temperatura termodinâmica (símbolo T) expressa em kelvins, utiliza-se, também, a temperatura Celsius (símbolo t), definida pela equação: t = T - T0 A unidade de temperatura Celsius é o grau Celsius, símbolo oC, igual à unidade kelvin, por definição. Um intervalo ou uma diferença de temperatura pode ser expressa tanto em kelvins quanto em graus Celsius (13ª CGPM, 1967-1968, Resolução 3, mencionada acima). O valor numérico de uma temperatura Celsius t, expressa em graus Celsius, é dada pela relação: t/oC = T/K - 273,15 O kelvin e o grau Celsius são também as unidades da Escala Internacional de Temperatura de 1990 (EIT-90) adotada pelo Comitê 24 S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I
  • 25. Internacional em 1989, em sua Recomendação 5 (CI-1989) (PV, 57, 26 e Metrologia, 1990, 27, 13). 2.1.1.6 UNIDADE Desde a descoberta das leis fundamentais da química, utilizaram-se DE QUANTIDADE diversas unidades denominadas, por exemplo, “átomo grama” ou DE MATÉRIA (MOL) “molécula grama”, para especificar quantidades de diversos elementos ou compostos químicos. Estas unidades eram estritamente ligadas aos “pesos atômicos” ou aos “pesos moleculares”. Originalmente os “pesos atômicos” eram referidos ao elemento químico oxigênio (16 por convenção). Porém, enquanto os físicos separavam os isótopos no espectrógrafo de massa e atribuíam o valor 16 a um dos isótopos de oxigênio, os químicos atribuíam o mesmo valor à mistura (levemente variável) dos isótopos 16, 17 e 18, que para eles constituía o elemento oxigênio natural. Um acordo entre a União Internacional de Física Pura e Aplicada (UIPPA) e a União Internacional de Química Pura e Aplicada (UICPA) resolveu esta dualidade em 1959-1960. Desde esta época, físicos e químicos concordam em atribuir o valor 12 ao isótopo 12 do carbono. A escala unificada assim obtida dá os valores das “massas atômicas relativas”. Faltava determinar a massa que corresponde à unidade de quantidade de carbono 12. Por acordo internacional, esta massa foi fixada em 0,012kg, e deu-se o nome de mol (símbolo mol) à unidade da grandeza “quantidade de matéria”. Aderindo à proposta da UIPPA, da UICPA e da ISO, o CIPM deu em 1967, e confirmou em 1969, a seguinte definição do mol, que foi finalmente adotada pela 14ª CGPM (1971 — Resolução 3): 1º) O mol é a quantidade de matéria de um sistema contendo tantas entidades elementares quantos átomos existem em 0,012 quilograma de carbono 12. 2º) Quando se utiliza o mol, as entidades elementares devem ser especificadas, podendo ser átomos, moléculas, íons, elétrons, assim como outras partículas, ou agrupamentos especificados em tais partículas. Em 1980, o Comitê Internacional aprovou o relatório do CCU (1980), que determinava: Nesta definição, entende-se que se faz referência aos átomos de carbono 12 livres, em repouso e no seu estado fundamental.* * Quando se cita a definição do mol, é conveniente adicionar, também, essa observação. S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I 25
  • 26. 2.1.1.7 UNIDADE As unidades de intensidade luminosa baseadas em padrões de chama DE INTENSIDADE ou filamento incandescente, que eram usadas em diversos países, foram LUMINOSA (CANDELA) substituídas em 1948 pela “vela nova”, que correspondia à luminância do emissor de radiação Planck (corpo negro) à temperatura de solidificação da platina. Esta decisão preparada pela Comissão Internacional de Iluminação e pelo CIPM, desde antes de 1937, foi tomada pelo Comitê Internacional em sua sessão de 1946. A 9ª CGPM (1948) ratificou a decisão do Comitê e adotou novo nome internacional, candela (símbolo cd), para designar a unidade de intensidade luminosa. Em 1967, a 13ª CGPM modificou a definição de 1946. Em virtude das dificuldades experimentais da realização do irradiador de Planck a temperaturas elevadas e das novas possibilidades oferecidas pela radiometria, isto é, a medida de potência dos raios ópticos, a 16ª CGPM adotou em 1979 a nova definição: “A candela é a intensidade luminosa, numa dada direção de uma fonte que emite uma radiação monocromática de freqüência 540 x 1012 hertz e cuja intensidade energética nessa direção é 1/683 watt por esterradiano.” 2.1.2 SÍMBOLOS DAS As unidades de base do Sistema Internacional estão reunidas no Quadro 1 UNIDADES DE BASE com seus nomes e símbolos (10ª CGPM — 1954, Resolução 6; 11ª CGPM — 1960, Resolução 12; 13ª CGPM — 1967, Resolução 3; 14ª CGPM — 1971, Resolução 3). Quadro 1 - Unidades SI de Base [UNIDADES SI DE BASE] GRANDEZA NOME SÍMBOLO comprimento metro m massa quilograma kg tempo segundo s corrente elétrica ampère A temperatura termodinâmica kelvin K quantidade de matéria mol mol intensidade luminosa candela cd 2.2 UNIDADES SI As unidades derivadas são unidades que podem ser expressas a partir DERIVADAS das unidades de base, utilizando símbolos matemáticos de multiplicação e de divisão. Dentre essas unidades derivadas, diversas receberam nome especial e símbolo particular, que podem ser utilizados, por sua vez, com os símbolos de outras unidades de base ou derivadas para expressar unidades de outras grandezas. 26 S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I
  • 27. 2.2.1 UNIDADES O Quadro 2 fornece alguns exemplos de unidades derivadas expressas EXPRESSAS A PARTIR diretamente a partir de unidades de base. As unidades derivadas são DE UNIDADES DE BASE obtidas por multiplicação e divisão das unidades de base. Quadro 2 - Exemplos de unidades SI derivadas, expressas a partir das unidades de base. [UNIDADE SI] GRANDEZA NOME SÍMBOLO 2 superfície metro quadrado m 3 volume metro cúbico m velocidade metro por segundo m/s 2 aceleração metro por segundo ao quadrado m/s -1 número de ondas metro elevado à potência m menos um (1 por metro) 3 massa específica quilograma por metro cúbico kg/m 3 volume específico metro cúbico por quilograma m /kg 2 densidade de corrente ampère por metro quadrado A/m campo magnético ampère por metro A/m 3 concentração mol por metro cúbico mol/m (de quantidade de matéria) 2 luminância candela por metro quadrado cd/m índice de refração (o número) um 1* * Geralmente, não se emprega o símbolo “1”, com um valor numérico. 2.2.2 UNIDADES Por questões de comodidade, certas unidades derivadas, que são POSSUIDORAS DE mencionadas no Quadro 3, receberam nome especial e símbolo NOMES ESPECIAIS particular. Esses nomes e símbolos podem ser utilizados, por sua vez, E SÍMBOLOS para expressar outras unidades derivadas: alguns exemplos figuram no PARTICULARES; Quadro 4. Os nomes especiais e os símbolos particulares permitem UNIDADES expressar, de maneira mais simples, unidades freqüentemente utilizadas. UTILIZANDO UNIDADES Os três últimos nomes e símbolos que figuram no final do Quadro 3 são POSSUIDORAS DE unidades particulares: elas foram, respectivamente, aprovadas pela NOMES ESPECIAIS 15ª CGPM (1975, Resoluções 8 e 9; CR, 105 e Metrologia, 1975, 11, 1980); E SÍMBOLOS 16ª CGPM (1979, Resoluções 5; CR; 100 e Metrologia, 1980, 16, 56) PARTICULARES visando à proteção da saúde humana. Na última coluna dos Quadros 3 e 4, encontramos a expressão das unidades SI mencionadas em função das unidades SI de base. Nesta coluna, fatores tais como mo, kgo, etc., considerados como iguais a 1, não são geralmente escritos explicitamente. S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I 27
  • 28. Quadro 3 - Unidades SI derivadas possuidoras de nomes especiais e símbolos particulares. UNIDADE SI DERIVADA GRANDEZA NOME SÍMBOLO EXPRESSÃO EXPRESSÃO DERIVADA EM OUTRAS EM UNIDADES UNIDADES SI SI DE BASE (a) -1 (b) ângulo plano radiano rad m.m =1 (a) (c) 2 -2 (b) ângulo sólido esterradiano sr m .m =1 -1 freqüência hertz Hz s -2 força newton N m . kg . s 2 -1 -2 pressão, esforço pascal Pa N/m m . kg . s 2 -2 energia, trabalho, joule J N.m m . kg . s quantidade de calor 2 -3 potência, watt W J/s m . kg . s fluxo de energia quantidade de eletricidade, coulomb C s.A carga elétrica 2 -3 -1 diferença de potencial elétrico, volt V W/A m . kg .s . A força eletromotriz -2 -1 4 2 capacidade elétrica farad F C/V m . kg . s . A 2 -1 -3 -2 resistência elétrica ohm Ω V/A m . kg . s . A 2 -1 3 2 condutância elétrica siemens S A/V m . kg . s . A 2 -2 -1 fluxo de indução magnética weber Wb V.s m . kg . s . A 2 -2 -1 indução magnética tesla T Wb / m kg . s . A 2 -2 -2 indutância henry H Wb / A m . kg . s . A (d) temperatura Celsius grau Celsius ºC Ω K (c) 2 -2 fluxo luminoso lúmen Im cd . sr m .m . cd = cd 2 -2 -4 -2 iluminamento lux Ix Im/m m . m .cd= m .cd -1 atividade (de um radionucleico) becquerel Bq s 2 -2 dose absorvida, energia específica, gray Gy J / kg m .s (comunicada), kerma 2 -2 equivalente de dose, sievert Sv J / kg m .s equivalente de dose ambiente, equivalente de dose direcional, equivalente de dose individual, dose equivalente num órgão (a) O radiano e o esterradiano podem ser utilizados nas expressões das unidades derivadas, a fim de distinguir grandezas de natureza diferente tendo a mesma dimensão. No Quadro 4 são dados exemplos de sua utilização para formar nomes de unidades derivadas. (b) Na prática, emprega-se os símbolos rad e sr, quando útil, porém a unidade derivada “1” não é habitualmente mencionada. (c) Em fotometria, mantém-se, geralmente, o nome e o símbolo do esterradiano, sr, na expressão das unidades. (d) Esta unidade pode ser utilizada associada aos prefixos SI, como, por exemplo, para exprimir o submúltiplo miligrau Celsius, moC. 28 S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I
  • 29. Quadro 4 - Exemplos de unidades SI derivadas, cujos nome e símbolo compreendem unidades SI derivadas tendo nomes especiais e símbolos particulares UNIDADE SI DERIVADA GRANDEZA NOME SÍMBOLO EXPRESSÃO EM UNIDADES SI DE BASE -1 -1 viscosidade dinâmica pascal segundo Pa . s m . kg . s 2 -2 momento de uma força newton metro N.m m . kg . s -2 tensão superficial newton por metro N/m kg . s -1 -1 -1 velocidade angular radiano por segundo rad / s m.m .s =s 2 -1 -2 -2 aceleração angular radiano por segundo quadrado rad / s m.m .s =s 2 -3 fluxo térmico superficial, watt por metro quadrado W/m kg . s iluminamento energético 2 -2 -1 capacidade térmica, entropia joule por kelvin J/K m . kg . s . K 2 -2 -1 capacidade térmica específica, joule por quilograma kelvin J / (kg . K) m .s .K entropia específica 2 -2 energia mássica joule por quilograma J / kg m .s -3 -1 condutividade térmica watt por metro kelvin W / (m . K) m . kg . s . K 3 -1 -2 densidade de energia joule por metro cúbico J/m m . kg . s -3 -1 campo elétrico volt por metro V/m m . kg .s .A 3 -3 densidade de carga (elétrica) coulomb por metro cúbico C/m m .s . A 2 -2 densidade de fluxo elétrico coulomb por metro quadrado C/m m .s.A -3 -1 4 2 permissividade farad por metro F/m m . kg . s . A -2 -2 permeabilidade henry por metro H/m m . kg . s . A -2 -2 -1 energia molar joule por mol J / mol m . kg . s . mol 2 -2 -1 -1 entropia molar, joule por mol kelvin J / (mol . K) m . kg . s . K . mol capacidade térmica molar -1 exposição (raio X e γ) coulomb por quilograma C / kg kg . s . A 2 -3 taxa de dose absorvida gray por segundo Gy / s m .s 4 -2 -3 2 -3 intensidade energética watt por esterradiano W / sr m .m .kg.s = m .kg.s 2 2 -2 -3 -3 luminância energética watt por metro quadrado W / (m . sr) m .m . kg . s = kg . s esterradiano S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I 29
  • 30. Assim como mencionado no subitem 1.2, uma mesma unidade SI pode corresponder a várias grandezas distintas. Vários exemplos são dados no Quadro 4, onde a enumeração das grandezas citadas não deve ser considerada como limitada. Assim, joule por kelvin (J / K) é o nome da unidade SI para a grandeza capacidade térmica, como também para a grandeza entropia; da mesma forma, ampère (A) é o nome da unidade SI para a grandeza de base corrente elétrica, como também para a grandeza derivada força magnetomotriz. O nome da unidade não é suficiente, então, para se conhecer a grandeza medida: essa regra se aplica não somente aos textos científicos e técnicos, como também, por exemplo, aos instrumentos de medição (isto é, eles deveriam apresentar não somente a indicação da unidade, mas também a indicação da grandeza medida). Uma unidade derivada pode ser expressa, freqüentemente, de várias maneiras diferentes, utilizando nomes de unidades de base e nomes especiais de unidades derivadas. Contudo, esta liberdade algébrica é limitada pelas considerações físicas de bom senso. O joule, por exemplo, pode-se escrever newton por metro, ou quilograma metro quadrado por segundo quadrado, porém, em determinadas situações, algumas formas podem ser mais úteis que outras. Na prática, a fim de reduzir o risco de confusão entre grandezas de mesma dimensão, emprega-se para exprimir sua unidade, de preferência, um nome especial ou uma combinação particular de unidades. Por exemplo, emprega-se mais vezes a unidade SI de freqüência hertz do que segundo elevado à potência menos um; e a unidade SI de velocidade angular, radiano por segundo, mais vezes que segundo elevado à potência menos um (nesse caso, o uso da palavra radiano enfatiza que a velocidade angular é igual a 2 π vezes a freqüência de rotação). Do mesmo modo, emprega-se a unidade SI de momento de força, newton metro, mais vezes que joule. No domínio das radiações ionizantes, emprega-se a unidade SI de atividade, becquerel, mais vezes que o segundo elevado à potência menos um; e utiliza-se a unidade SI de dose absorvida e a unidade SI equivalente de dose, respectivamente, gray e sievert, mais vezes que joule por quilograma. Os nomes especiais becquerel, gray e sievert foram, especificamente, introduzidos, por motivo de riscos para a saúde humana que poderiam resultar de erros no uso das unidades: segundo elevado à potência menos um e joule por quilograma.* * O Comitê Internacional, reconhecendo a importância particular das unidades relativas à saúde humana, aprovou um texto aplicativo sobre o sievert, quando da redação da 5ª edição desta brochura, ver p. 52, Recomendação 1 (CI-1984) do Comitê Internacional (PV, 1984, 52, 31 e Metrologia, 1985, 21, 90). 30 S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I
  • 31. 2.2.3 UNIDADES Certas grandezas são definidas em relação a duas grandezas de mesma DE GRANDEZAS natureza; essas grandezas possuem uma dimensão que pode ser SEM DIMENSÃO, expressa pelo número um. A unidade associada a tais grandezas é GRANDEZAS necessariamente uma unidade derivada coerente com as outras unidades DE DIMENSÃO UM do SI, e como ela resulta da relação dessas duas unidades SI idênticas, essa unidade pode também ser expressa pelo número um. Então, a unidade SI de todas as grandezas, cuja dimensão é um produto de dimensão igual a um, é igual a um. Podemos citar, como exemplo dessas grandezas, o índice de refração, a permeabilidade relativa e o fator de fricção. Outras grandezas, que possuem para unidade o número um, recebem “nomes característicos”, como o número de Prandtl ηcp /λ e os números que servem para indicar um contador, como o número de moléculas, degeneração (número de níveis de energia) ou função de repartição em termodinâmica estática. Todas essas grandezas são descritas como sendo sem dimensão, ou de dimensão um, e possuem, como unidade, a unidade SI coerente 1. O valor dessas grandezas só é expresso por um número, geralmente, a unidade 1 não é mencionada explicitamente. Entretanto, em certos casos, essa unidade recebe um nome especial, principalmente para evitar confusão com algumas unidades derivadas compostas. É o caso do radiano, do esterradiano e do neper. S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I 31
  • 32. 3 Múltiplos e submúltiplos decimais das unidades SI 3.1 PREFIXOS SI A 11ª CGPM (1960, Resolução 12; CR, 87) adotou uma série de prefixos e símbolos prefixos para formar os nomes e símbolos dos múltiplos e submúltiplos decimais das unidades SI de 1012 a 10-12. Os prefixos para 10-15 e 10-18 foram adicionados pela 12ª CGPM (1964, Resolução 8; CR, 94), 1015 e 1018 pela 15ª CGPM (1975, Resolução 10; CR 106 e Metrologia, 1975, 11,180-181) e 1021, 1024, 10-21, 10-24 pela 19ª CGPM (1991, Resolução 4; CR 97 e Metrologia, 1992, 29, 3). Os prefixos e símbolos de prefixos adotados constam do Quadro 5.* Quadro 5 - Prefixos SI FATOR PREFIXO SÍMBOLO FATOR PREFIXO SÍMBOLO 24 -1 10 yotta Y 10 deci d 21 -2 10 zetta Z 10 centi c 18 -3 10 exa E 10 mili m 15 -6 10 peta P 10 micro m 12 -9 10 tera T 10 nano n 9 -12 10 giga G 10 pico p 6 -15 10 mega M 10 femto f 3 -18 10 quilo k 10 atto a 2 -21 10 hecto h 10 zepto z 1 -24 10 deca da 10 yocto y * Estes prefixos representam, estritamente, potências de 10. Eles não devem ser utilizados para exprimir múltiplos de 2 (por exemplo, um kilobit representa 1.000 bits e não 1.024 bits). 32 S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I
  • 33. 3.2 O QUILOGRAMA Entre as unidades de base do Sistema Internacional, a unidade de massa é a única cujo nome, por motivos históricos, contém um prefixo. Os nomes dos múltiplos e dos submúltiplos decimais da unidade de massa são formados pelo acréscimo dos prefixos à palavra “grama” (CIPM — 1967, Recomendação 2; PV, 35, 29 e Metrologia, 1968, 4, 45). Por exemplo: 10-6kg = 1 miligrama (1mg), porém nunca 1 microquilograma (1µkg). S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I 33
  • 34. 4 Unidades fora do SI 4.1 UNIDADES EM O CIPM (1969) reconheceu que os utilizadores do SI terão necessidade USO COM O SI de empregar conjuntamente certas unidades que não fazem parte do Sistema Internacional, porém estão amplamente difundidas. Estas unidades desempenham papel tão importante que é necessário conservá-las para uso geral com o Sistema Internacional de Unidades. Elas figuram no Quadro 6 a seguir. A combinação de unidades deste quadro com unidades SI, para formar unidades compostas, não deve ser praticada senão em casos limitados, a fim de não perder as vantagens de coerência das unidades SI. Quadro 6 - Unidades fora do Sistema Internacional, em uso com o Sistema Internacional NOME SÍMBOLO VALOR EM UNIDADE SI minuto min 1 min = 60s (a) hora h 1 h = 60 min = 3.600s dia d 1 d = 24 h = 86.400s (b) grau º 1º = (π /180) rad minuto ‘ 1’ = (1/60)º = (π / 10 800) rad segundo ‘’ 1’’ = (1/60)’ = (π / 648 000) rad (c) 3 -3 3 litro l, L 1l = 1 dm = 10 m (d), (e) 3 tonelada t 1 t = 10 kg (f), (h) neper Np 1 Np = 1 (g), (h) (i) bel B 1B = (1/2) ln 10 (Np) a) O símbolo h desta unidade foi incluído na Resolução 7 da 9ª CGPM (1948; CR, 70). b) A norma ISO 31 recomenda que o grau seja subdividido preferencialmente de maneira decimal a se utilizar o minuto e o segundo. c) Esta unidade e o símbolo l foram adotados pelo Comitê Internacional em 1879 (Procès-verbaux — CIPM, 1879, p. 41); o outro símbolo L foi adotado pela 16ª CGPM (1979, Resolução 6; CR 101 e Metrologia, 1980, 16, 56-57) a fim de se evitar a confusão entre a letra l e o algarismo 1. A definição atual do litro encontra-se na Resolução 6 da 12ª CGPM (1964; CR, 93). d) O símbolo t e a unidade foram adotados pelo Comitê Internacional em 1879 (Procès- verbaux — CIPM, 1879, p. 41). 34 S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I
  • 35. e) Em alguns países de língua inglesa, essa unidade apresenta o nome de “tonelada métrica” (metric ton). f) O neper é utilizado para expressar o valor de grandezas logarítmicas, tais como nível de campo, nível de potência, nível de pressão acrílica ou decremento logarítmico. Os logaritmos naturais são utilizados para obter os valores numéricos das grandezas expressas em nepers. O neper é coerente com o SI, mas ainda não foi adotado pela Conferência Geral como unidade SI. Para mais informações, ver a norma internacional ISO 31. g) O bel é utilizado para expressar o valor de grandezas logarítmicas, tais como nível de campo, nível de potência, nível de pressão acústica ou atenuação. Os logaritmos de base 10 são utilizados para se obter os valores numéricos das grandezas expressas em bels. O submúltiplo decimal decibel, dB, é de uso corrente. Para mais informações, ver a norma internacional ISO 31. h) É especialmente importante especificar a grandeza em questão quando se utiliza essas unidades. Não é necessário considerar a unidade para especificar a grandeza. i) Np figura entre parênteses porque, embora o neper seja coerente com o SI, ainda não foi adotado pela Conferência Geral. Do mesmo modo é necessário admitir algumas outras unidades não pertencentes ao Sistema Internacional, cujo uso é útil em domínios especializados da pesquisa científica, pois seu valor (a ser expresso em unidades SI) tem de ser obtido experimentalmente, portanto não é exatamente conhecido (Quadro 7). Quadro 7 - Unidades fora do SI, em uso com o Sistema Internacional, cujo valor em Unidades SI é obtido experimentalmente NOME SÍMBOLO DEFINIÇÃO VALOR EM UNIDADES SI (a) (b) -19 eletronvolt eV 1 eV = 1,602 177 33 (49) x 10 J (c) -27 unidade (unificada) u 1 u = 1,660 540 2 (10) x 10 kg de massa atômica (d) 11 unidade astronômica ua 1 ua = 1,495 978 706 91 (30) x 10 m a) Os valores do eletronvolt e da unidade massa atômica unificada são dados no Boletim CODATA, 1986, nº 63. b) 1 eletronvolt é a energia cinética adquirida por um elétron atravessando uma diferença de potencial de 1 volt no vácuo: 1 eV = 1,602 19 x 10-19 , aproximadamente. c) A unidade unificada de massa atômica é igual à fração 1/12 da massa de um átomo do nuclídio 12C. 1 u = 1,660 57 x 10-27kg, aproximadamente. d) A unidade astronômica é unidade de comprimento; seu valor é, aproximadamente, igual à distância média entre a Terra e o Sol. Essa unidade é tal que, quando utilizada para descrever os movimentos dos corpos no Sistema Solar, a constante gravitacional heliocêntrica é de (0,017 202 098 95)2 ua3 . d-2. S I S T E M A I N T E R N A C I O N A L D E U N I D A D E S - S I 35