Organizações Mundiais e Internacionais Regionais - 8º ano.pptx
Seminário_0ddasdsadasdasdsadasd9_11.pptx
1. Papel do Estado: instituições
e políticas de
desenvolvimento
Seminário
Leonardo Petrocco Rossetti - 159827
Lucas Bortolotto Camargo - 156337
Paula Buffon - 175491
Rafael Figueiredo Pucci - 176136
2. AS DIFERENTES TRAJETÓRIAS DOS PAÍSES
DE INDUSTRIALIZAÇÃO TARDIA ASIÁTICOS
E LATINO-AMERICANOS
SANTOS L. B. (2008).
SANTOS, L. B. (2008). As diferentes trajetórias dos países de industrialização tardia asiáticos e latino-
americanos. Caderno Prudentino de Geografia. 2. 71-97.
3. 1. INTRODUÇÃO
3
3
● Décadas de 1950 e 1970: Emergência dos NIPs (Novos Países Industrializados) latino-americanos e
asiáticos: mudança estrutural.
● As assimetrias nos anos de 1980 e 1990 entre a Ásia e América Latina (AL) em relação ao crescimento
da renda e à desigualdade:
a) A AL foi prejudicada por forças externas: Impacto da crise da dívida externa;
b) Os NIPs asiáticos romperam com o padrão fordista de produção e ingressaram no
paradigma da 3ª R.I. já nos anos de 1970 e 1980;
c) Os NIPs latino-americanos seguiram as recomendações de políticas dos países
desenvolvidos e do
mainstream econômico, adotando as “políticas boas” e “boas instituições”.
4. 2. O MITO DO LIVRE MERCADO
4
4
● Crítica à hipótese de que houve “livre mercado” e atuação mínima do Estado na industrialização dos
países desenvolvidos.
● Smith e Ricardo defendiam a ideia de diferenças de produtividade do trabalho para explicar a divisão
internacional do trabalho; benefícios do livre comércio.
● Dados reunidos por Nye (1991): França foi menos protecionista que a Inglaterra durante a maior parte
do século XIX.
● 1821-1825: França apresentou índices de proteção à indústria de 20,3%. Inglaterra atingia 53,1%.
● Inglaterra se beneficiou de um forte protecionismo para consolidar a sua industrialização.
5. 2. O MITO DO LIVRE MERCADO
5
5
● List: o livre comércio só é benéfico entre economias no mesmo estágio de desenvolvimento.
● A Inglaterra usou políticas protecionistas durante os estágios iniciais de industrialização e só
décadas depois que passou a defender a ideia de políticas de livre mercado e do livre comércio:
Estratégia de “chutar a escada”.
● List defendia a proteção das indústrias nascentes.
● Chang, na mesma linha de interpretação, realizou uma análise histórica das políticas de
desenvolvimento em diversos países desenvolvidos (Inglaterra, EUA, Alemanha e etc.).
● Houve vários modelos de promoção à indústria nascente: Subsídios à exportação, concessão do
direito de monopólio, apoio estatal à P&D e etc.
6. 3. O PAPEL DO ESTADO NOS PAÍSES DE INDUSTRIALIZAÇÃO TARDIA
6
● Ortodoxia econômica: especialização na produção de bens cuja força de trabalho é mais barata;
Atração de IDE; desvalorização cambial.
● Países Periféricos: teorias contrárias à do modelo de mercado. Países da AL ficaram à mercê do
capital em seu movimento de concentração, acumulação e centralização.
● Coreia do Sul: Empresas estrangeiras tiveram que transmitir know-how aos grandes grupos
econômicos locais; medidas de subsídios fiscais; oferta de crédito e desvalorização do câmbio.
● Brasil: Suzigan (1988): é a partir da década de 1950 que o Estado brasileiro começa a ter papel
importante na estruturação do setor industrial:
fomento ao desenvolvimento industrial pelo BNDE + ampliação da participação na indústria de base e
investimentos em infraestrutura e etc.
8. 4. FATORES DETERMINANTES NAS DIFERENÇAS ENTRE ÁSIA E
AMÉRICA LATINA, ENTRE 1980 E 1990
● durante os anos de 1980, a Ásia deu continuidade ao seu processo de industrialização com a
mesma intensidade que nas décadas anteriores, enquanto a América Latina ficou estagnada.
3 Interpretações para este descolamento:
1. Crise da dívida, resultado dos choques externos.
1. A opção tecnológica adotada pelos países das duas regiões;
1. A adoção, indiscriminada, do receituário neoliberal imposto
pelos órgãos multilaterais Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco
Mundial (BM) – representantes diretos dos interesses dos EUA e do
establishment
9. 4. FATORES DETERMINANTES NAS DIFERENÇAS ENTRE ÁSIA E
AMÉRICA LATINA, ENTRE 1980 E 1990
1. Crise da dívida: Visão ortodoxa x visão heterodoxa
● Pensamento ortodoxo
Fracasso latino-americano deve-se à 4 motivos:
- À utilização dos empréstimos sem empregar-lhes nas indústrias de exportação;
- À busca de uma política de substituição de importações com uma economia
fechada, enquanto os asiáticos abriram a economia e orientaram-na à exportação;
- À corrupção e à má administração pública;
- À utilização câmbios inapropriados, que causou a fuga de capitais.
10. 4. FATORES DETERMINANTES NAS DIFERENÇAS ENTRE ÁSIA E
AMÉRICA LATINA, ENTRE 1980 E 1990
● Pensamento heterodoxo
- Visão ortodoxa não passa de uma falácia.
- endividamento mais elevado
- Assim, como o Estado cumpria um papel direto e destacado no investimento
industrial ou em seu financiamento, a crise acabou por gerar menores
investimentos na indústria e em infra-estruturas.
11. 4. FATORES DETERMINANTES NAS DIFERENÇAS ENTRE ÁSIA E
AMÉRICA LATINA, ENTRE 1980 E 1990
2. Opção tecnológica
- Asiáticos procuraram abraçar as nascentes tecnológicas;
- Latino-americanos não conseguiram;
- Asiáticos transitaram a um novo estágio baseado nos produtos da eletrônica (TV,
rádios, calculadoras, gravadores, etc.);
- Pesados investimentos no ensino superior e na criação de laboratórios de pesquisa
como suporte às empresas;
- O Estado obrigou as empresas multinacionais a repassar tecnologia aos
concorrentes locais em troca da atuação no mercado interno.
12. 4. FATORES DETERMINANTES NAS DIFERENÇAS ENTRE ÁSIA E
AMÉRICA LATINA, ENTRE 1980 E 1990
América Latina:
- Deficiências em P&D;
- Setores importantes controlado por multinacionais;
- Seguiram como produtores de commodities.
14. 4. FATORES DETERMINANTES NAS DIFERENÇAS ENTRE ÁSIA E
AMÉRICA LATINA, ENTRE 1980 E 1990
3. Desde a crise dos anos 1980, latino-americanos seguiram as recomendações dos
países ricos
- crescer com poupança externa;
- realizar reformas para o mercado;
- privatizar e combater a inflação.
- política marcada pelas elevadas taxas de juros e apreciação do câmbio.
- Para Bresser-Pereira(2007), 2 estratégias necessárias propostas pelo novo-
desenvolvimentismo.
15. AS MULTINACIONAIS DO TERCEIRO MUNDO
- Os primeiros casos registrados de multinacionais de países do terceiro mundo
datam do final do século XIX.
- Não indicaram um processo de multinacionalização porque as matrizes não
supriam de tecnologias e habilidades suas filiais, não tomavam decisões
estratégicas e não exerciam o poder de controle.
- 3 ondas de internacionalização
- Muitas contaram e contam com forte apoio do Estado.
- Nos países latino-americanos, houve uma ajuda estatal, porém sem qualquer
contrapartida em termos de upgrading tecnológico.
17. CONSIDERAÇÕES FINAIS
1. Os atuais países desenvolvidos nunca foram o berço do livre comércio;
2. Se o Estado teve uma atuação importante nos atuais países desenvolvidos, este
papel foi ainda maior nos países de industrialização tardia;
3. Não há um modelo geral de industrialização tardia. Porém em todos os países houve
uma forte intervenção estatal e todos tiveram que se industrializar a partir de
empréstimos e melhoramentos tecnológicos no processo produtivo;
4. Nos países de industrialização tardia surgiram muitas empresas estatais e privadas
com atuação em diversos ramos com as mais altas taxas de crescimento.
18. INSTITUIÇÕES E POLÍTICAS MOLDANDO O
DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL
Mario Cimoli
Giovanni Dosi
Richard R. Nelson
Joseph Stiglitz
2007
19. ● Tecido socioeconômico
○ produção de informação e conhecimento tecnológico
○ essenciais para se entender as transformações na estrutura produtiva
○ composição: instituições e políticas econômicas
● Falhas de Mercado
○ justificativa enganosa para a existência das políticas
○ padrão de medida difícil de ser observado
● Instituições Não-Mercado
○ associações públicas e prof.
○ sindicatos e estruturas com.
AS INSTITUIÇÕES E O DESENVOLVIMENTO
● Instituições Mercado
○ empresas privadas
19
20. AS INSTITUIÇÕES E O DESENVOLVIMENTO
20
3
● Papel dependente
○ os serviços das instituições e das políticas se complementam
■ ex1: aeroporto: estrutura (governo) e serviço (empresas aéreas)
■ ex2: ind. farmacêutica: pesquisas (governo) e serviço/bens (firmas)
● Sistemas nacionais de produção e inovação
○ envolvem agentes heterogêneos
○ problema de compatibilidade
○ solução:
■ investimentos em vários ramos / ao longo de uma ampla frente
■ teoria do big-push
21. ● Exemplos históricos
○ países líderes dos séculos XIX e XX
■ amplo apoio do Estado nas instituições mercado e não-mercado
■ Grã-Bretanha, Japão, Coréia e Taiwan
■ houve casos que fugiram dessa regra
AS INSTITUIÇÕES E O DESENVOLVIMENTO
21
3
22. ESCOLHAS FUNDAMENTAIS NAS ECONOMIAS EM APRENDIZADO
▪ Moldagem dos padrões de sinais de lucratividade intersetoriais e inter
produtos
▪ Distinção entre eficiência alocativa, eficiência inovativa e eficiência de
crescimento
▫ Efeitos negativos
▫ “Causação Circular”
▫ Eficiência inovativa x Eficiência alocativa
▫ Eficiência de crescimento x Eficiência alocativa
▫ Eficiência inovativa x Eficiência de crescimento
22
23. QUESTÕES POLÍTICAS
▪ Lições do passado
▪ Novos desafios em um mundo globalizado:
▫ Ortodoxia econômica e liberalismo
▫ Barreiras protecionistas e estagnação da inovação
▫ Impacto de uma maior integração
▪ Novos tipos de governo e políticas adequadas
▫ Mudanças no conhecimento
▫ Mudança no regime de comércio internacional
23
24. QUESTÕES FINAIS
▪ Quão severas são as novas restrições internacionais?
▫ Ex: Países latino americanos e africanos x Países mais avançados
▪ Quais as facilidades para contornar regras já existentes?
▫ Criação de novo consenso
24
Notas do Editor
O texto de Dosi fala sobre a relação entre as instituições e das políticas econômicas. O autor considera que a existência de falhas de mercado não pode ser considera como justificativa para a existência de políticas públicas, já que as falhas de mercado tem como base uma metodologia que não é fácil de encontrar na realidade social. Dessa maneira, a importância da política se dá pelo seu papel no tecido socioeconômico: se relaciona com as instituições de maneira que seja possível produzir informações e conhecimento tecnológico, causando transformações na estrutura produtiva da economia.
O autor indica que as instituições não-mercado são compostas por associações públicas e profissionais, além de sindicatos e estruturas comunitárias. Por outro lado, as instituições de mercado são compostas por empresas/firmas privadas.
Sabendo da base do capítulo, o autor fornece exemplos que comprovam as ideias de que as instituições dependem das políticas para solidificarem o processo de inovação e crescimento econômico. E salienta: devido à heterogeneidade das ideias e das necessidades, surgem problemas que poderiam ser resolvidos à medida que se realizasse investimentos em vários ramos, ao longo de uma ampla frente.
Finalizando a metade do capítulo: o autor cita exemplos históricos. Destaca, superficialmente, a importância das relações instituições-políticas em países como Grã-Bretanha, Japão, Coréia e Taiwan, mas salienta que há casos que fogem da regra da eficiência gerada pela malha socioeconômica.