Comunicação "Exclusão digital: “grupos desfavorecidos” numa Europa a 27" apresentada no SEMIME 2013 - Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa - 1 e 2 de fevereiro de 2013
Manuel Pinto (CECS), Sara Pereira (CECS), Inês Amaral (ISMT/CECS), Fábio Ribeiro (CECS), Simone Petrella (CECS) e Nélia Nobre (CECS)
A @migração para o ciberespaço - a dimensão social dos mundos virtuais
Exclusão Digital e Grupos Desfavorecidos na Europa
1. SEMIME 2013
“Exclusão Digital na Sociedade da Informação
FMH – Universidade Técnica de Lisboa
Exclusão Digital: “grupos
desfavorecidos” numa Europa a 27
Manuel Pinto, Inês Amaral, Sara Pereira, Simone Petrella, Fábio
Ribeiro, Nélia Nobre
Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade – Universidade do Minho
2. “The future is already here. It’s just unevenly distributed.”
William Gibson (in The Economist, 23 June, 2000)
3. Contexto
• Projeto EMEDUS – European Media Literacy Education Study
A comparative analysis of the inclusion of media education in national curricula across EU27
An analysis of media education teachers’ resources, skills and competencies and their
relevance
An insight into informal learning and the media resources available on media education, with
additional attention given to minorities
An identification of suitable instruments to measure media education skills and levels in
schools
Policy recommendations to sustain educational policies at national and European level
European-wide platforms for effective cooperation in lifelong media education learning
• WP5 – European Research on Inclusion of Disadvantaged Groups
in Media Education
4. Enquadramento
• Coesão social é um importante objetivo da UE e um valor
democrático partilhado na Europa.
• UE atribui anualmente 14% do Fundo Social Europeu a projetos que
proponham melhorar a inclusão social dos mais desfavorecidos.
• Iniciativas europeias visam redução das taxas de desemprego dos
“grupos desfavorecidos” através da promoção da não
discriminação no local de trabalho e do empreendedorismo.
• Orientações Integradas da Estratégia de Emprego da UE:
reconhecem a Educação como um dos factores-chave para a
inclusão social levando ao emprego.
5. Objetivo
• Proposta e discussão de uma definição ampla e abrangente,
dinâmica e relacional, de “grupos desfavorecidos” na Europa
dos 27, do ponto de vista da literacia mediática e digital.
6. Perspetivas e Dimensões
• No contexto da literacia digital e mediática na Europa, a definição
de “grupos desfavorecidos” implica um olhar relacional para uma
diversidade de perspetivas multifacetadas e muldimensionais.
• Diferentes dinâmicas sócio-culturais e económicas, acentuadas
pelas políticas vigentes em cada país, revelam práticas de diversos
actores sociais em distintos ambientes, caracterizados por
questões culturais e geográficas.
• A cultura de grupo assume-se, assim, como a variável que melhor
permite isolar um ângulo de abordagem que integre hetero e
auto-categorizações.
7. Grupos desfavorecidos e exclusão digital
• Castells defende que a iliteracia é a “nova pobreza” da
contemporaneidade.
• A iliteracia mediática e digital assume-se como uma nova forma de
“analfabetismo funcional” que traduz a ausência de competências
para existir e co-existir num contexto de uma sociedade global da
informação.
• A exclusão digital tem um nível macro e múltiplos níveis micro,
que decorrem de diferentes condicionantes.
8. Conceptualização de grupos
desfavorecidos
• Grupo desfavorecido: “denied access to the tools needed for self-
sufficiency” (Mayer, 2003).
• Padrão de falta de acesso a recursos imposto por diferentes
barreiras:
- falta de recursos
- falta de acesso aos recursos
- forma como a sociedade encara os grupos
- políticas governamentais que são inadequadas para alguns grupos
- práticas corporativas e condicionantes implícitas dos próprios
grupos
9. Conceptualização de grupos
desfavorecidos
PROPOSTA DE DEFINIÇÃO de “Grupo Desfavorecido”
• Uma definição pode assumir as variáveis socioculturais,
económicas e políticas que cada agregado enfrenta no seu país
mas, por outro lado, não pode ignorar as relações geracionais, a
falta de capital digital, a iliteracia, factores geográficos (dentro dos
próprios países), condições e características pessoais/grupais
próprias (isolamento, doença, deficiência, excluídos da sociedade
e auto-excluídos, comunidades cultural/economicamente
desfavorecidas).
10. Conceptualização de grupos
desfavorecidos
• No contexto da iliteracia mediática e da iliteracia digital, os “grupos
desfavorecidos” podem ser definidos numa amplitude
multidimensional, que compreenda os indicadores de ausência de
direitos sociais e os níveis micro da exclusão social, e delimite os
grupos afastados da sociedade da informação digital por estes
motivos.
- pessoas com deficiência
- idosos
- minorias étnicas
- imigrantes
- comunidades cultural ou economicamente desfavorecidas
- população desempregada
- grupos iletrados
- auto-excluídos da sociedade
- população jovem com carências educativas, culturais, sociais e/ou económicas
- população sem acesso a meios digitais por condicionantes geográficas
11. Grupos desfavorecidos e iliteracia
mediática e digital
• Assumindo a rede como a característica central em termos
organizacionais nas sociedades informacionais, o modelo
comunicacional que se tem afirmado reduz a uma condição de
subcidadania os cidadãos que são digitalmente excluídos.
DESAFIOS
- Ultrapassar a lógica tecnicista
- A tecnologia ao serviço do social
- Educação para uma literacia da tecnologia: utilização em contexto
- Literacia mediática e literacia digital: necessidade de planos de
convergência
- Literacia mediática e literacia digital e novos públicos: long life
education, grupos desfavorecidos, séniores
12. SEMIME 2013
“Esclusão Digital na Sociedade da Informação
FMH – Universidade Técnica de Lisboa
Exclusão Digital: “grupos
desfavorecidos” numa Europa a 27
Manuel Pinto, Inês Amaral, Sara Pereira, Simone Petrella, Fábio
Ribeiro, Nélia Nobre
Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade – Universidade do Minho