2. Quem foi S. Martinho?
* Martinho nasceu a 316 d.C., na Hungria. Filho de soldado romano, foi obrigado a ir
para o exército onde praticou o ideal cristão da humanidade e generosidade.
* Conta a lenda que, num dia frio de Novembro, no ano 337
d.C., Martinho, soldado romano, ia a cavalo em França quando começou uma grande
tempestade. Viu, entretanto, um homem pobre com um “ar” muito miserável, só e
quase nu que lhe pediu esmola. Mas S. Martinho não tinha moedas e então com a
espada cortou ao meio a sua capa entregando-a ao mendigo para se
agasalhar, provocando, com esta atitude de solidariedade, risos aos seus
companheiros de armas por ter ficado com a sua capa rasgada.
* Segundo a lenda, a chuva parou imediatamente e raios de sol apareceram por
entre as nuvens. A lenda acrescenta que no dia seguinte Martinho teve uma visão e
ouviu uma voz que lhe disse: “Cada vez que fizeres o bem ao mais desprotegido é
a mim que o fazes”. A partir desse dia Martinho passou a olhar para os cristãos
doutro modo.
* Por norma, na véspera e no Dia de São Martinho o tempo melhora e o sol
aparece. Este acontecimento é conhecido como o Verão de São Martinho.
3. 11 de novembro, porquê?
No ano de 397 Martinho morre em Candes perto de
Tours. E no dia 11 de Novembro do mesmo ano é
enterrado com pompa e circunstância na cidade de
Tours onde fora Bispo durante mais de um quarto de
século.
*Este dia é uma das celebrações que marcam o
Outono.
4. Em homenagem a S. Martinho, comemoramos o dia 11
Novembro com as primeiras castanhas do ano, acompanhadas
de vinho novo. É o Magusto, que faz parte das tradições do
nosso país.
5. O Magusto é uma festa popular, cuja celebração varia consoante as tradições
regionais.
Geralmente os amigos e famílias juntam-se à volta de uma fogueira onde se
assam castanhas entre camadas de caruma. Bebe-se jeropiga, água-pé ou
vinho novo, já que o São Martinho está historicamente associado à abertura e
à prova do vinho produzido em Setembro ("No dia de S. Martinho vai-se à
adega e prova-se o vinho”). Fazem-se também brincadeiras, as pessoas
passam as mãos enfarruscadas no rosto umas das outras, cantam-se cantigas
ou contam-se histórias.