1. Triagem:
Os resíduos de embalagem passíveis de reciclagem, provenientes da recolha seletiva, são sujeitos a um processo de Triagem Manual,
Mecânica e/ou Automática, procurando-se nestes processos maximizar a separação de materiais passíveis de valorização pela via da
reciclagem. Os materiais recicláveis obtidos são expedidos para as unidades de valorização e reciclagem.
Tratamento mecânico
Integra as operações de separação mecânica constituídas por crivagem, separação balística e separação magnética a que acresce
triagem manual, procurando-se retirar o maior fluxo de materiais recicláveis (plástico, vidro, papel/cartão e metais) e obter a matéria
orgânica separada dos restantes componentes. A matéria orgânica segue para tratamento biológico e os materiais recicláveis são
encaminhados para as entidades gestoras dos sistemas integrados de gestão de resíduos que os encaminham para as respetivas
unidades de reciclagem.
Valorização orgânica:
Tratamento biológico com compostagem:
O processo de tratamento biológico por compostagem consiste na degradação da matéria orgânica pela ação de microrganismos em
condições aeróbias (isto é, na presença de oxigénio), dando origem a uma substância húmica que pode ser utilizada como adubo
orgânico.
Tratamento biológico com digestão anaeróbia:
O processo de digestão anaeróbia consiste na decomposição dos resíduos biodegradáveis em ambiente fechado, na ausência de
oxigénio, permitindo simultaneamente o aproveitamento energético (a partir do biogás produzido) e de composto orgânico para
utilização agrícola.
Valorização energética
O processo de valorização energética consiste na combustão dos resíduos sólidos em instalações especialmente preparadas,
dimensionadas e monitorizadas para este efeito. O vapor produzido é aproveitado para produção de energia elétrica que pode ser
injetada na rede. As escórias são encaminhadas para a Instalação de Tratamento e Valorização (ITVE), onde passam por um crivo, por
um eletroíman para adequada recuperação de sucata ferrosa e não ferrosa, e são ainda submetidas a uma adequada maturação, de
modo a poderem ser utilizadas como material inerte para construção civil, obras públicas e recuperação de locais abandonados. As
cinzas e resíduos de tratamento de gases são inertizados e confinados em aterro próprio. Os resíduos que não podem ser objeto de
valorização ou reciclagem têm como destino final o confinamento técnico em Aterro Sanitário.
Aterro Sanitário
Os aterros sanitários são obras de engenharia multidisciplinar que enquadram as boas práticas da engenharia moderna, constituídos por
células preparadas para o confinamento dos resíduos (células de RSU), devidamente protegidas por barreiras naturais e artificiais e de
sistemas de proteção ambiental de forma a eliminar riscos e garantir a sua segurança e estanquidade. Além do sistema estruturado e
compósito da impermeabilização basal e taludes, incorporam internamente um sistema de drenagem de fundo que encaminha os
lixiviados captados para o respetivo sistema de tratamento (ETAL), impedindo qualquer fuga para o exterior e eventual contaminação do
meio ambiente natural, exterior e subjacente (solos e águas subterrâneas). Paralelamente e ao longo do crescimento da massa de
resíduos depositados, vai sendo incorporado, desde a base e com sucessivos acrescentos em altura, um sistema de drenagem e
captação dos efluentes residuais gasosos (biogás) gerado durante a decomposição dos resíduos, permitindo a sua desgaseificação,
queima e/ou aproveitamento energético com produção de energia renovável, com a consequente e fundamental redução de emissões
para a atmosfera com efeitos de estufa.