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Resenha-técnica do livro 
“A Cópia” – Ansel Adams 
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Laboratório em Preto e Branco 
Professor Fernando Pires 
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ao revelarmos uma cópia o que devemos fazer é revela-la como sentimos que 
ela deve ser revelada, levando em conta o sentimento e sensações que 
tivemos ao fazer a exposição. A “cópia ideal” é diferente para cada fotógrafo. 
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formas, cores, contrastes e apurar nosso olhar, pois isso também influência na 
realização de uma cópia. 
Projeto do laboratório e equipamento 
O fotógrafo irá projetar seu laboratório de acordo com as necessidades e 
condições, tanto financeiras quanto físicas. Independente disso, algumas 
orientações devem ser seguidas. O laboratório deve ser divido em dois: área 
seca, onde ocorre a ampliação, cópia de contato e tudo que não deve ter 
contato com químicos, e área molhada. Na área molhada, existe uma bancada 
com uma pia, as bandejas com os químicos (revelador, interruptor e fixador), 
uma bandeja com água e uma área de lavagem e armazenamento de cópias. É 
indicado que o ampliador vertical esteja posicionado em frente ao revelador, na 
área seca, por uma questão de praticidade e que o teto seja alto, para 
proporcionar uma boa ventilação. Prateleiras ajudam na organização do 
material de trabalho, tanto na área seca quanto na área molhada. 
- Filmes, negativos e papéis devem ser guardados do lado de fora do 
laboratório. 
Sala de Trabalho 
Na sala de trabalho encontraremos equipamento para secar cópias, 
guilhotina, densitômetros e uma mesa com capacidade para acomodar o corte,
a montagem, o corte de moldura, retoques... Além disso, a sala deve possuir 
um sistema elétrico adequado, ser bem iluminada e bem ventilada. 
Ampliadores 
Na hora de escolher o ampliador, o fotógrafo deve levar em conta as 
suas necessidades e ter consciência de que ele é um dos seus equipamentos 
mais importantes. As seguintes características devem ser analisadas: 
Tamanho: deve-se escolher o ampliador adequado ao maior negativo 
que o fotógrafo pretende revelar. 
Capacidade: escolher um ampliador que tenha pelo menos uma gaveta 
acima do negativo para colocar os filtros para cópia colorida é indicado para 
aquelas fotógrafos que revelam ou pretendem revelar em cores. 
Estrutura: o ampliador deve ser rígido e forte, pois qualquer batida pode 
fazer com que ele se mova, tirando a nitidez da cópia. 
Um ampliador possui o porta-negativo, que são duas peças metálicas 
planas (limpas) com uma abertura do tamanho da imagem. É importante 
também alinhar o ampliador para que ele fique posicionado corretamente. 
Luz do ampliador 
As luzes de tungstênio são mais comuns e servem para pequenos 
negativos, porém, existem outras opções como lâmpadas de vapor de mercúrio 
de luz fria. Existem dois tipos de luz do ampliador: 
Ampliador de condensador: luz dirigida, pontual. Utiliza uma lâmpada 
pequena, porém muito brilhante com lentes condensadoras especiais. A 
imagem ampliada tem nitidez e contraste máximos e também revela os defeitos 
físicos e os grãos do negativo. 
Ampliador de difusão: luz fria. Proporciona uma luz difusa e suave. 
Lentes de ampliação
A lente de ampliação não é a mesma que a lente da câmera. Ela deve 
ter campo plano, ou seja, focar uniformemente um objeto plano (negativo) em 
uma superfície plana (papel fotográfico). É importante que ela tenha correção 
de cor e que não apresente aberrações significativas. 
Luzes de Segurança 
Encontram-se no mercado uma variedade de filtros para luzes de segurança, 
como modelos de plástico até lâmpadas extremamente poderosas. 
Independente do filtro, ele deve ser usado com uma lâmpada de 15W e 
posicionado a pelo menos 1,5m do papel fotográfico. Uma lâmpada mais forte 
do que a que foi recomendado causa velatura e pode danificar a própria luz de 
segurança. É importante que as luzes de segurança estejam posicionadas em 
locais estratégicos: 
- perto do ampliador de maneira que sua sombra ou a sombra do ampliador 
não seja projetada no marginador; 
- próximo a pia; 
- diretamente sobre o revelador, porém ligada a um interruptor próprio para que 
possa ser desligada, evitando assim possíveis velaturas quando o tempo de 
revelação for longo. 
Outros equipamentos de ampliação e revelação da cópia 
Marginador, focalizador de grão, timer, exposímetro para ampliadores, 
bandejas, prensa de montagem a seco, guilhotina, densitômetro de reflexão, 
processadores estabilizadores de papel, medidor de ph, escovas antiestáticas, 
lanterna recoberta por um filtro de segurança, termômetro, provetas, garrafas, 
luvas, jaleco, toalha, pinças e caderno. 
Materiais para cópias 
Assim como outros materiais, existe uma variedade de papéis fotográficos no 
mercado, cabe ao fotógrafo escolher aquele que lhe agrada e que lhe 
proporciona a cópia ideal.
Papéis fotográficos 
DOP: developing-out-paper – papéis de revelação; 
POP: printing-out-paper – papéis de impressão. 
O papel considerado por Ansel Adams no livro “A Cópia” é o DOP. 
Características dos papéis fotográficos 
Os papéis fotográficos possuem uma emulsão de haleto de prata sobre um 
suporte de papel branco. Os mais indicados são os de fibra pela sua qualidade 
e os RC recebem uma camada de polietileno que evita que eles fiquem 
encharcados pelos químicos, porém, essa camada tende a rachar e se 
deteriorar com o tempo. 
Camadas do papel de fibra: 
- Base; 
- Camada de barita pigmentada; 
- haletos de prata em emulsão gelatinosa; 
- cobertura gelatinosa. 
Camadas do papel RC: 
- resina; 
- base; 
- resina pigmentada; 
- haletos de prata em emulsão gelatinosa; 
- camada gelatinosa. 
Superfície 
- Imagens brilhantes são obtidas em papel de superfície lisa e polida que 
alcança refletância acima de 1:100;
- Imagens opacas são obtidas em papel que possui menos brilho, alcançando 
densidade de reflexão de cerca de 1:25. 
Cor da Imagem 
A cor da imagem é uma propriedade da combinação de emulsão com papel. 
Não existe uma cor de base universal, ela varia de fabricante com fabricante. 
Aqui cor não tem relação com imagens coloridas, mas sim a tons quentes e 
frios. 
Defeitos do papel 
Até mesmo os melhores papéis fotográficos estão sujeitos a defeitos que 
podem aparecer cedo ou tarde demais. Os defeitos são: depressões e 
arranhões, cantos quebrados, ondulações, buracos, bolhas, superfície áspera, 
defeitos de emulsão, linhas de abrasão, velatura. 
Químicos 
Devemos estar com todos os materiais limpos e em ordem, então, preparamos 
as soluções químicas. Depois de prontas, iniciamos os banhos: 
Revelador (DEKTOL): o revelador é um químico que merece muita atenção e 
cuidado redobrado. Nele, os haletos de prata se transformam em prata preta 
metálica e a imagem se torna visível. Tempo de banho: 1’30”. 
Interruptor (ácido acético): interrompe a ação do revelador diminuindo o ph e 
previne que manchas sejam causadas no fixador. Tempo de banho: 30”. 
Fixador (tiosulfato de sódio): remove os haletos de prata que não foram 
transformados em prata preta metálica e fixa a imagem no papel fotográfico. 
Tempo de Banho: 5’ 
Alguns cuidados devem ser tomados durante o processo de ampliação: 
- Agitar constantemente as bacias durante todos os banhos; 
- Ao trocar o papel fotográfico de banho, deixar escorrer bem o químico dela e 
nunca misturar as pinças;
- Lavar as mãos se elas entrarem em contato com algum dos químicos; 
- A temperatura dos químicos deve estar o mais próximo dos 20 ºC. 
Depois dos químicos, o papel fotográfico deve ir para a lavagem em água 
corrente filtrada e depois para a secagem. A temperatura da água na lavagem 
deve ser entre 18ºC e 22ºC, pois se a água estiver muito fria o banho se 
torna ineficiente, se estiver muito quente a emulsão pode ser danificada. 
Provas e cópias de trabalho: ampliação e revelação básicas 
Avaliação do Negativo 
O negativo é o ponto de partida para a elaboração de uma cópia, a partir dele 
teremos uma ideia daquilo que desejamos como a cópia ideal. Começamos 
analisando as sombras e depois as áreas de média e alta densidade. 
Provas e cópias de contato 
Como expor uma prova 
O primeiro teste pode ser feito em um pequeno pedaço de papel, define-se o 
tempo e dispara-se a luz. Quando for realizar a cópia, deve-se colocar o papel 
fotográfico com a emulsão virada para cima e o negativo em cima, com a 
emulsão virada para baixo. 
Ampliação 
Se limpa todo o ampliador, o marginador e o negativo escolhido. Coloca-se o 
negativo no porta-negativo com a emulsão virada para baixo e faz-se o foco. 
Certifica-se que a imagem está bem posicionada no papel fotográfico, desliga 
as luzes brancas, liga as luzes de segurança e dispara a luz do ampliador. 
Alguns problemas podem acontecer no ampliador, como a intensidade da luz 
estar muito forte ou fraca, vibrações e reflexões. 
Processamento da cópia de teste
Ocorre da mesma maneira que as outras, mesmo tempo, mesma forma de 
agitar. 
Avaliação da cópia de teste 
Observa-se os tons, o contraste, a exposição, o posicionamento, tempo de 
exposição, marcas de pó... 
Provas 
Até chegarmos à cópia ideal realizamos diversas provas. Primeiro fazemos 
uma série de várias exposições, depois fazemos a segunda cópia teste com 
exposição mais próxima daquilo que desejamos como resultado final e, se 
necessário, fazemos a terceira para ajustar a exposição. Assim, pegamos um 
papel fotográfico inteiro, realizamos a primeira prova direta e analisamos os 
tons. 
- Quando analisamos a cópia molhada, iremos ver uma imagem brilhosa, 
porém, ao vermos seca, ela irá parecer “chapada”. Ansel Adams recomenda 
fazer duas cópias e analisar uma molhada e a outra seca, comparando as 
duas. 
Cópia ideal: controle de tons 
Cortes e bordas 
As proporções originais e as bordas devem ser pensadas pelo fotógrafo antes 
da cópia ser feita, já no ato de fotografar. Ansel Adams sugere que sejam feitas 
provas simplesmente para experimentar o corte. 
Escala de exposição e os graus de papel 
É preciso descobrir um papel que produza uma prova razoável do negativo, 
depois outras medidas para obter a cópia ideal devem ser tomadas. É indicado: 
Negativo bem exposto – papel normal; 
Negativos mais contrastados – papel suave; 
Negativos com menos contrastes – papel mais duro.
O controle de contrastes de tons pode ser obtido com: 
- Mudança de exposição 
- Mudança no revelador 
- Mudança no tempo de revelação 
- Aumento e diminuição localizados de exposição 
- Intensificação 
Revelação Fatorial 
A revelação fatorial serve para obter um controle sutil de uma área importante 
da fotografia. A área de emergência deve ser de um cinza-médio ou um pouco 
mais escuro. 
Diminuição e aumento localizados de exposição 
O método de diminuição (doding) e aumento (burning) serve para alterar a 
exposição de uma área especifica da foto, sem alterar o geral. Para fazer, é 
necessário pedaço de cartolina ou outros objetos. 
Doding- bloqueamos a luz de áreas selecionadas. 
Burning- bloqueamos a luz do resto da fotografia, deixando apenas a área 
selecionada exposta. 
Cópia Ideal (resumo) 
Ao avaliar uma cópia, leva-se em conta: 
- As altas-luzes estão nítidas e claras, de modo que transmite uma sensação 
de substância e textura sem parecer insípidas e chapadas? 
- Os tons das sombras são luminosos e pouco pesados? 
- Há textura e substância na cópia seca em todas as áreas onde você desejava 
que houvesse? 
- A cópia transmite uma impressão de luz?
Arquivamento 
Uma foto em preto-e-branco pode durar séculos quando é bem tratada e 
armazenada, porém, não existe um método exato para o armazenamento de 
fotografias e alguns problemas ainda não foram solucionados. Um dos fatores 
que mais contribui para a deterioração de uma imagem está relacionado ao 
fixador, pois quando a imagem não é fixada corretamente podem sobrar 
vestígios de haletos de prata na emulsão, provocando descoloração. 
Acabamento, montagem, conservação e exibição 
Para definirmos essas questões, devemos levar em conta todo o processo de 
revelação e ter mente que a maneira como armazenamos e manuseamos a 
cópia influência na durabilidade da imagem. 
- É importante rotular e identificar as fotografias 
- A maneira de expor é importante. Estudar o local da exibição ajuda a tomar as 
decisões corretas. 
- Evite luz de janela. Ansel Adams indica luz natural + lâmpada de tungstênio. 
Retoque e Raspagem 
Existem duas formas de esconder pequenas manchas e sinais: 
Retoque: utiliza-se corante ou pigmento para corrigir pintas brancas e linhas ou 
na cópia ou no negativo. 
Raspagem: usa-se uma lâmina de ponta levemente arredonda e bem afiada. 
Arranha-se a superfície com suavidade, segurando a lamina 
perpendicularmente à superfície da cópia. É um trabalho que exige paciência, 
atenção e cuidado. 
Nos capítulos seguintes, Ansel Adams explica sobre como fazer cópias 
especiais (grandes tiragens, cópias muito grandes e cópias para reprodução) e 
ensina sobre fórmulas químicas e teste de lavagem da cópia.

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  • 1. UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL CST em Fotografia Resenha-técnica do livro “A Cópia” – Ansel Adams Paola Grass de Medeiros Laboratório em Preto e Branco Professor Fernando Pires 2014/2
  • 2. Visualização e imagem expressiva Ansel Adams no primeiro capítulo do livro “A Cópia” explica como o processo de ampliação é flexível. Quando revelamos um negativo devemos ter muito controle sobre o que estamos fazendo, pois só temos uma chance, já na revelação da cópia, até chegarmos a “fine print” (cópia ideal), iremos produzir quantas cópias quisermos. Tomamos o negativo como ponto de partida, mas ao revelarmos uma cópia o que devemos fazer é revela-la como sentimos que ela deve ser revelada, levando em conta o sentimento e sensações que tivemos ao fazer a exposição. A “cópia ideal” é diferente para cada fotógrafo. Ela só será ideal se o fotógrafo definir que ela é. Devemos prestar atenção às formas, cores, contrastes e apurar nosso olhar, pois isso também influência na realização de uma cópia. Projeto do laboratório e equipamento O fotógrafo irá projetar seu laboratório de acordo com as necessidades e condições, tanto financeiras quanto físicas. Independente disso, algumas orientações devem ser seguidas. O laboratório deve ser divido em dois: área seca, onde ocorre a ampliação, cópia de contato e tudo que não deve ter contato com químicos, e área molhada. Na área molhada, existe uma bancada com uma pia, as bandejas com os químicos (revelador, interruptor e fixador), uma bandeja com água e uma área de lavagem e armazenamento de cópias. É indicado que o ampliador vertical esteja posicionado em frente ao revelador, na área seca, por uma questão de praticidade e que o teto seja alto, para proporcionar uma boa ventilação. Prateleiras ajudam na organização do material de trabalho, tanto na área seca quanto na área molhada. - Filmes, negativos e papéis devem ser guardados do lado de fora do laboratório. Sala de Trabalho Na sala de trabalho encontraremos equipamento para secar cópias, guilhotina, densitômetros e uma mesa com capacidade para acomodar o corte,
  • 3. a montagem, o corte de moldura, retoques... Além disso, a sala deve possuir um sistema elétrico adequado, ser bem iluminada e bem ventilada. Ampliadores Na hora de escolher o ampliador, o fotógrafo deve levar em conta as suas necessidades e ter consciência de que ele é um dos seus equipamentos mais importantes. As seguintes características devem ser analisadas: Tamanho: deve-se escolher o ampliador adequado ao maior negativo que o fotógrafo pretende revelar. Capacidade: escolher um ampliador que tenha pelo menos uma gaveta acima do negativo para colocar os filtros para cópia colorida é indicado para aquelas fotógrafos que revelam ou pretendem revelar em cores. Estrutura: o ampliador deve ser rígido e forte, pois qualquer batida pode fazer com que ele se mova, tirando a nitidez da cópia. Um ampliador possui o porta-negativo, que são duas peças metálicas planas (limpas) com uma abertura do tamanho da imagem. É importante também alinhar o ampliador para que ele fique posicionado corretamente. Luz do ampliador As luzes de tungstênio são mais comuns e servem para pequenos negativos, porém, existem outras opções como lâmpadas de vapor de mercúrio de luz fria. Existem dois tipos de luz do ampliador: Ampliador de condensador: luz dirigida, pontual. Utiliza uma lâmpada pequena, porém muito brilhante com lentes condensadoras especiais. A imagem ampliada tem nitidez e contraste máximos e também revela os defeitos físicos e os grãos do negativo. Ampliador de difusão: luz fria. Proporciona uma luz difusa e suave. Lentes de ampliação
  • 4. A lente de ampliação não é a mesma que a lente da câmera. Ela deve ter campo plano, ou seja, focar uniformemente um objeto plano (negativo) em uma superfície plana (papel fotográfico). É importante que ela tenha correção de cor e que não apresente aberrações significativas. Luzes de Segurança Encontram-se no mercado uma variedade de filtros para luzes de segurança, como modelos de plástico até lâmpadas extremamente poderosas. Independente do filtro, ele deve ser usado com uma lâmpada de 15W e posicionado a pelo menos 1,5m do papel fotográfico. Uma lâmpada mais forte do que a que foi recomendado causa velatura e pode danificar a própria luz de segurança. É importante que as luzes de segurança estejam posicionadas em locais estratégicos: - perto do ampliador de maneira que sua sombra ou a sombra do ampliador não seja projetada no marginador; - próximo a pia; - diretamente sobre o revelador, porém ligada a um interruptor próprio para que possa ser desligada, evitando assim possíveis velaturas quando o tempo de revelação for longo. Outros equipamentos de ampliação e revelação da cópia Marginador, focalizador de grão, timer, exposímetro para ampliadores, bandejas, prensa de montagem a seco, guilhotina, densitômetro de reflexão, processadores estabilizadores de papel, medidor de ph, escovas antiestáticas, lanterna recoberta por um filtro de segurança, termômetro, provetas, garrafas, luvas, jaleco, toalha, pinças e caderno. Materiais para cópias Assim como outros materiais, existe uma variedade de papéis fotográficos no mercado, cabe ao fotógrafo escolher aquele que lhe agrada e que lhe proporciona a cópia ideal.
  • 5. Papéis fotográficos DOP: developing-out-paper – papéis de revelação; POP: printing-out-paper – papéis de impressão. O papel considerado por Ansel Adams no livro “A Cópia” é o DOP. Características dos papéis fotográficos Os papéis fotográficos possuem uma emulsão de haleto de prata sobre um suporte de papel branco. Os mais indicados são os de fibra pela sua qualidade e os RC recebem uma camada de polietileno que evita que eles fiquem encharcados pelos químicos, porém, essa camada tende a rachar e se deteriorar com o tempo. Camadas do papel de fibra: - Base; - Camada de barita pigmentada; - haletos de prata em emulsão gelatinosa; - cobertura gelatinosa. Camadas do papel RC: - resina; - base; - resina pigmentada; - haletos de prata em emulsão gelatinosa; - camada gelatinosa. Superfície - Imagens brilhantes são obtidas em papel de superfície lisa e polida que alcança refletância acima de 1:100;
  • 6. - Imagens opacas são obtidas em papel que possui menos brilho, alcançando densidade de reflexão de cerca de 1:25. Cor da Imagem A cor da imagem é uma propriedade da combinação de emulsão com papel. Não existe uma cor de base universal, ela varia de fabricante com fabricante. Aqui cor não tem relação com imagens coloridas, mas sim a tons quentes e frios. Defeitos do papel Até mesmo os melhores papéis fotográficos estão sujeitos a defeitos que podem aparecer cedo ou tarde demais. Os defeitos são: depressões e arranhões, cantos quebrados, ondulações, buracos, bolhas, superfície áspera, defeitos de emulsão, linhas de abrasão, velatura. Químicos Devemos estar com todos os materiais limpos e em ordem, então, preparamos as soluções químicas. Depois de prontas, iniciamos os banhos: Revelador (DEKTOL): o revelador é um químico que merece muita atenção e cuidado redobrado. Nele, os haletos de prata se transformam em prata preta metálica e a imagem se torna visível. Tempo de banho: 1’30”. Interruptor (ácido acético): interrompe a ação do revelador diminuindo o ph e previne que manchas sejam causadas no fixador. Tempo de banho: 30”. Fixador (tiosulfato de sódio): remove os haletos de prata que não foram transformados em prata preta metálica e fixa a imagem no papel fotográfico. Tempo de Banho: 5’ Alguns cuidados devem ser tomados durante o processo de ampliação: - Agitar constantemente as bacias durante todos os banhos; - Ao trocar o papel fotográfico de banho, deixar escorrer bem o químico dela e nunca misturar as pinças;
  • 7. - Lavar as mãos se elas entrarem em contato com algum dos químicos; - A temperatura dos químicos deve estar o mais próximo dos 20 ºC. Depois dos químicos, o papel fotográfico deve ir para a lavagem em água corrente filtrada e depois para a secagem. A temperatura da água na lavagem deve ser entre 18ºC e 22ºC, pois se a água estiver muito fria o banho se torna ineficiente, se estiver muito quente a emulsão pode ser danificada. Provas e cópias de trabalho: ampliação e revelação básicas Avaliação do Negativo O negativo é o ponto de partida para a elaboração de uma cópia, a partir dele teremos uma ideia daquilo que desejamos como a cópia ideal. Começamos analisando as sombras e depois as áreas de média e alta densidade. Provas e cópias de contato Como expor uma prova O primeiro teste pode ser feito em um pequeno pedaço de papel, define-se o tempo e dispara-se a luz. Quando for realizar a cópia, deve-se colocar o papel fotográfico com a emulsão virada para cima e o negativo em cima, com a emulsão virada para baixo. Ampliação Se limpa todo o ampliador, o marginador e o negativo escolhido. Coloca-se o negativo no porta-negativo com a emulsão virada para baixo e faz-se o foco. Certifica-se que a imagem está bem posicionada no papel fotográfico, desliga as luzes brancas, liga as luzes de segurança e dispara a luz do ampliador. Alguns problemas podem acontecer no ampliador, como a intensidade da luz estar muito forte ou fraca, vibrações e reflexões. Processamento da cópia de teste
  • 8. Ocorre da mesma maneira que as outras, mesmo tempo, mesma forma de agitar. Avaliação da cópia de teste Observa-se os tons, o contraste, a exposição, o posicionamento, tempo de exposição, marcas de pó... Provas Até chegarmos à cópia ideal realizamos diversas provas. Primeiro fazemos uma série de várias exposições, depois fazemos a segunda cópia teste com exposição mais próxima daquilo que desejamos como resultado final e, se necessário, fazemos a terceira para ajustar a exposição. Assim, pegamos um papel fotográfico inteiro, realizamos a primeira prova direta e analisamos os tons. - Quando analisamos a cópia molhada, iremos ver uma imagem brilhosa, porém, ao vermos seca, ela irá parecer “chapada”. Ansel Adams recomenda fazer duas cópias e analisar uma molhada e a outra seca, comparando as duas. Cópia ideal: controle de tons Cortes e bordas As proporções originais e as bordas devem ser pensadas pelo fotógrafo antes da cópia ser feita, já no ato de fotografar. Ansel Adams sugere que sejam feitas provas simplesmente para experimentar o corte. Escala de exposição e os graus de papel É preciso descobrir um papel que produza uma prova razoável do negativo, depois outras medidas para obter a cópia ideal devem ser tomadas. É indicado: Negativo bem exposto – papel normal; Negativos mais contrastados – papel suave; Negativos com menos contrastes – papel mais duro.
  • 9. O controle de contrastes de tons pode ser obtido com: - Mudança de exposição - Mudança no revelador - Mudança no tempo de revelação - Aumento e diminuição localizados de exposição - Intensificação Revelação Fatorial A revelação fatorial serve para obter um controle sutil de uma área importante da fotografia. A área de emergência deve ser de um cinza-médio ou um pouco mais escuro. Diminuição e aumento localizados de exposição O método de diminuição (doding) e aumento (burning) serve para alterar a exposição de uma área especifica da foto, sem alterar o geral. Para fazer, é necessário pedaço de cartolina ou outros objetos. Doding- bloqueamos a luz de áreas selecionadas. Burning- bloqueamos a luz do resto da fotografia, deixando apenas a área selecionada exposta. Cópia Ideal (resumo) Ao avaliar uma cópia, leva-se em conta: - As altas-luzes estão nítidas e claras, de modo que transmite uma sensação de substância e textura sem parecer insípidas e chapadas? - Os tons das sombras são luminosos e pouco pesados? - Há textura e substância na cópia seca em todas as áreas onde você desejava que houvesse? - A cópia transmite uma impressão de luz?
  • 10. Arquivamento Uma foto em preto-e-branco pode durar séculos quando é bem tratada e armazenada, porém, não existe um método exato para o armazenamento de fotografias e alguns problemas ainda não foram solucionados. Um dos fatores que mais contribui para a deterioração de uma imagem está relacionado ao fixador, pois quando a imagem não é fixada corretamente podem sobrar vestígios de haletos de prata na emulsão, provocando descoloração. Acabamento, montagem, conservação e exibição Para definirmos essas questões, devemos levar em conta todo o processo de revelação e ter mente que a maneira como armazenamos e manuseamos a cópia influência na durabilidade da imagem. - É importante rotular e identificar as fotografias - A maneira de expor é importante. Estudar o local da exibição ajuda a tomar as decisões corretas. - Evite luz de janela. Ansel Adams indica luz natural + lâmpada de tungstênio. Retoque e Raspagem Existem duas formas de esconder pequenas manchas e sinais: Retoque: utiliza-se corante ou pigmento para corrigir pintas brancas e linhas ou na cópia ou no negativo. Raspagem: usa-se uma lâmina de ponta levemente arredonda e bem afiada. Arranha-se a superfície com suavidade, segurando a lamina perpendicularmente à superfície da cópia. É um trabalho que exige paciência, atenção e cuidado. Nos capítulos seguintes, Ansel Adams explica sobre como fazer cópias especiais (grandes tiragens, cópias muito grandes e cópias para reprodução) e ensina sobre fórmulas químicas e teste de lavagem da cópia.