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O interesse educativo da
fotografia e diapositivos
Tecnologia Educativa
Docente: Ana Amsellem Santos
Ano lectivo 2000/2001
Imagens, Fotografias...
“ Aquilo que caracteriza a sociedade considerada
avançada é que hoje tais sociedades
consomem imagens e não mais crenças como
aquelas do passado.”
Roland Barthes
“A arte da fotografia é um processo dinâmico de
dar forma às ideias permitindo explicar, assim, o
homem ao Homem.”
Edward Steichen, fotógrafo
Introdução...
 A percepção da realidade é feita pelos cinco
sentidos, no entanto, uma grande percentagem
dessa informação é-nos transmitida
essencialmente através do canal visual.
 A visão tem um código próprio, e necessita de
uma aprendizagem tal como, de resto, acontece
com todas as outras linguagens, que fomos
aprendendo desde que nascemos.
Introdução...
Assim:
A codificação e descodificação de signos verbais,
icónicos, visuais, requerem um estudo e uma
preparação intencional e definida.
A linguagem da Imagem...
 Será a fotografia uma linguagem
universal?
 Será a fotografia uma linguagem linear?
 Será a fotografia uma linguagem
perfeita?
 Será a fotografia uma linguagem
acessível a todos?
A leitura da
mensagem
subjacente a esta
fotografia será a
mesma,
independentemente
de ser lida por um
estivador da Malásia
ou de um corrector da
Bolsa de Lisboa.
Derek Pruitt - The (Butte) Montana Standard
Taylor Floreen, uma das 30 meninas e rapazes prestes a
fazer a sua Primeira Comunhão e que estão a receber
instruções de última hora, sopra um beijo para a sua
mãe.
Quando se olha
uma fotografia não
existe uma ordem
ou uma forma
linear de mover os
nossos olhos.
Tyrone Turner, Black Star
“Sad Ecstazy”
A fotografia não é uma
linguagem perfeita, porque é
polissémica:
• É o reflexo de uma
escolha;
• Não pode ser confundida
com a realidade, está
desde logo enquadrada em
4 linhas;
• A nossa cultura influencia
decisivamente o tipo de
interpretação que fazemos.
O que são imagens...
 São representações isoladas de um
todo, que é a realidade;
 Não podem ser nunca confundidas com a
realidade;
 São realizações humanas;
 Estão sempre sujeitas a uma escolha e a
uma selecção em parâmetros muito
subjectivos;
O que são imagens...
Na sua produção:
 Reflectem o mundo de acordo com
princípios individuais;
 Reflectem também as características
técnicas dos aparelhos;
 Reflectem os objectivos a que se
destinam;
O que são imagens...
Na sua recepção:
 São influenciadas pela cultura do
receptor;
 Adquirem significado conforme a
experiência e a aprendizagem do
receptor;
O que são imagens...
A mediação de imagens nas
nossas relações quotidianas,
na nossa sociedade,
converteu-se num elemento
indispensável de conhecimento
e comunicação e tudo parece indicar que a sua
influência aumentará no futuro ainda que se
modifiquem os seus suportes.
O que são imagens...
Assim, será pertinente
iniciar uma prática
educativa com imagens,
pois esta permite uma
aproximação à
informação e a novos
dados acerca do mundo.
A Fotografia e os Diapositivos
 Simplicidade de utilização
 Eficácia
 Baixo custo
São instrumentos pedagógicos fundamentais
e passíveis de se integrar numa verdadeira
estratégia educativa.
A fotografia...
 Desenvolveu-se a partir do inicio do séc.
XIX;
 Baseia-se em princípios de luz, óptica e
química;
 O termo fotografia vem do grego e
significa literalmente “desenhar com luz”;
A fotografia...
 A LUZ é portanto o elemento de maior
importância em fotografia;
 Quase todas as formas de fotografia se
baseiam no facto de alguns químicos
serem fotossensíveis, ou seja variam de
alguma forma quando expostos à luz.
A câmara fotográfica...
 Basicamente uma
câmara é uma
pequena caixa, muito
leve, com uma lente
de um dos lados e um
filme fotossensível do
outro.
Tipos de câmara fotográfica...
 Os mais populares tipos
de câmara são:
 As “point-and-shoot” ou
“aponta e dispara”;
 As SLR ou Máquinas Reflex;
Tipos de câmara fotográfica...
 As “Aponta e Dispara”:
 Alimentam-se por pilhas e sistemas electrónicos que
incluem controlos automáticos para a exposição,
focagem, flash, etc.
 Podem ter uma lente telefoto ou uma lente zoom,
mas estas não podem ser removidas do corpo da
máquina;
 Todas trabalham com qualquer tipo de filme de 35
mm.
Tipos de câmara fotográfica...
 As “Máquinas Reflex”:
 Permitem uma imagem mais correcta;
 Podem ser manuais, semi-automáticas, ou
automáticas;
 Geralmente estas câmaras permitem a troca de
lentes ou objectivas;
 Todas trabalham com qualquer tipo de filme de 35
mm.
Partes da câmara fotográfica...
 Lentes ou objectivas:
 A lente é o olho da câmara;
 É o dispositivo que introduz luz na câmara e
a leva até à película;
 São categorizadas de acordo com a sua
distância focal e a sua abertura máxima,
assim, quanto maior for a distância focal
maior será a imagem dentro da câmara;
Partes da câmara fotográfica...
 Exs.:
50 mm 200 mm 600 mm
Partes da câmara fotográfica...
 Exs.:
50 mm 200 mm 600 mm
Partes da câmara fotográfica...
 A distância focal das lentes ou objectivas:
 Normais (50 mm): o campo de imagem é similar ao
do olho humano;
 Telefoto (> 50 mm): são normalmente usadas para
fotografar pequenos objectos afastados, dando a
possibilidade de os “aproximar”;
 Grande-angular (< 50 mm): como o ângulo de
captação de imagem é maior, utilizam-se para
fotografar objectos de grandes dimensões, e a
alguma distância;
 Zoom (>=< 50 mm): possuem uma distância focal
variável, sendo muito versáteis por isso mesmo;
Partes da câmara fotográfica...
 O diafragma:
 Controla a quantidade de luz que passa
através da lente;
 O tamanho da abertura é medido em
conjuntos numéricos designados por f-stops;
 A escala habitual dos f-stops é a seguinte: f2,
f2.8, f4, f5.6, f8, f11 e f16;
 F2 representa a abertura mais larga e f16 a
mais estreita;
Partes da câmara fotográfica...
 Exs.:
f2 f4 f8 f16
Partes da câmara fotográfica...
 O obturador:
 O obturador funciona com uma pequena “cortina” que
se encontra dentro da maquina;
 O obturador permite ao fotógrafo seleccionar o tempo
durante o qual a cortina vai permanecer aberta;
 É, então, o mecanismo que controla o tempo que a
luz atravessa o filme;
 A velocidade do obturador varia desde uma pequena
fracção de segundo (1/1000 ou menos) até minutos;
Filmes...
 Os filmes podem variar na sua
sensibilidade a diferentes tipos de luz, na
sua habilidade para fixar detalhes, ou
ainda, objectos em movimento;
 A maioria dos filmes utilizados hoje em dia
são pancromáticos, ou seja, respondem e
gravam todas as cores;
Filmes...
 Os filmes a cores podem também ser
considerados para responder a diferentes tipos
de luz: luz exterior, luz interior, flash,...
 O filme está classificado em diferentes
velocidades, uma escala que permite medir a
sensibilidade do filme à luz;
 Esta escala standard ficou conhecida com os
números ASA ou ISO;
Filmes...
 Quanto maior o número, maior é a sensibilidade
do filme à luz;
 ASA mais altos correspondem a filmes mais
rápidos e com maior capacidade de
compensação de luz, por isso mesmo
respondem melhor a situações de luz deficiente;
 ASA mais baixos correspondem a filmes mais
lentos e com menor capacidade de exposição;
 A escala pode variar de 100 ASA (ou menos
para fins muito específicos) até 1600 ASA
(existe 3200 mas apenas para filme negativo a
preto e branco);
Filmes...
 Filmes negativos: são filmes para
impressão a cores e incluem todos os
nomes de marca acabados em color:
Kodacolor, Fujicolor, Agfacolor, etc.
 Filmes de slide: são filmes para produção
de diapositivos e incluem todos os nomes
de marca acabados em chrome:
Kodachrome, Fujichrome, Ektachrome,
etc.
Filmes...
 Filmes negativos: permite o ajuste de cor
e luminosidade em laboratório para
optimizar a impressão do positivo;
 Filmes de slide: produzem a imagem
positiva directamente na película não
permitindo ajustes em laboratório, o que
se capta é o que fica registado, por isso
exigem um maior cuidado na selecção da
exposição.
Síntese...
 A quantidade de luz que atravessa o filme pode
e deve ser seleccionada pelo utilizador (excepto
em máquinas apenas automáticas), esta
selecção designa-se por exposição;
 Diferentes tipos de lentes permitem diferentes
quantidades de luz e permitem também
diferentes ângulos de visão;
 A quantidade de luz que a lente permite recair
no filme é controlada pelo diafragma;
 O obturador é o mecanismo que controla o
tempo que a luz atravessa o filme;
Síntese...
 Os filmes são feitos para responder da maneira
mais eficaz em diferentes situações de
luminosidade, movimento de objectos, etc.
 A combinação de escolhas que um fotógrafo faz
– tipo de filme, tipo de câmara e de lente,
focagem, ângulo de visão, abertura do
diafragma e velocidade do obturador –
influenciam a aparência da fotografia tanto
quanto a escolha do objecto a ser fotografado e
a hora do dia.
Princípios gerais sobre produção de
fotografia e diapositivos...
 Como obter uma boa fotografia?
 Para descobrir bons temas tem de se
aprender a olhar com olhos de ver as coisas
que nos rodeiam. Não será necessário ir
muito longe para conseguir um bom tema.
 É sempre importante ter em conta o perfil, a
forma, a cor e a luz que se combinam para
constituir imagens interessantes.
Princípios gerais sobre produção de
fotografia e diapositivos...
 Estabilização da câmara:
 Agarrar sempre a câmara com as duas mãos;
 Conservar a tira de apoio à volta do pescoço
e encostar os cotovelos ao corpo para ter
mais estabilidade;
 Apoiar a câmara contra uma superfície sólida,
como uma parede ou uma mesa, para evitar
estremecimentos;
 Não tocar, nunca, na lente com os dedos;
Princípios gerais sobre produção de
fotografia e diapositivos...
 Focagem automática:
 Os sistemas de focagem automática são
muitíssimos vantajosos na medida em que
permitem uma maior liberdade de
concentração no enquadramento;
 Existe no entanto o perigo do sistema “ler” a
parte errada da cena, daí resultando que o
principal tema possa aparecer desfocado.
Ex.:
Se o objecto
principal da
fotografia fosse o
monumento
então a câmara
teria feita a tal
“leitura” errada.
Princípios gerais sobre produção de
fotografia e diapositivos...
 Formatos:
 Um erro vulgar dos fotógrafos principiantes é
partirem do principio de que a câmara deve
segurar-se sempre horizontalmente (até
porque ela está assim concebida para uma
utilização mais cómoda), no entanto, a sua
utilização vertical deve ser sempre usada
quando isso complementar ou acompanhar o
formato ou as linhas dominantes do tema.
Ex.:
Princípios gerais sobre produção de
fotografia e diapositivos...
 Preenchimento da moldura:
 Uma forma simples de melhorar o impacto de uma
imagem é aproximar-se do objecto para preencher a
moldura do visor;
 Evita-se que o tema se perca entre feios e dispersos
pormenores de fundo;
 Se não for possível uma aproximação então deve
utilizar-se uma telefoto para “aproximar” o objecto;
 Podem incluir-se aspectos ou pormenores
circundantes se servirem de complemento ou realce
ao tema escolhido caso contrário só servirão de
motivo de distracção;
Ex.:
Princípios gerais sobre produção de
fotografia e diapositivos...
 Onde colocar o objecto:
 O local onde um objecto é apanhado na
moldura do visor ajuda a determinar a sua
importância na composição;
 Mas, não é obrigatório colocá-lo sempre no
centro, porque o efeito por vezes é
monótono;
 Em geral, a composição melhora se o objecto
principal ficar descentrado;
 Nestas circunstâncias é muito importante ter
em atenção a focagem utilizada;
Ex.:
Princípios gerais sobre produção de
fotografia e diapositivos...
 O primeiro plano:
 Deve-se escolher com cuidado o ponto de
vista de modo a abranger um pormenor nítido
de primeiro plano que dê à foto um sentido de
profundidade e distância;
 Pode servir-se de outros pormenores do
primeiro plano para preencher a moldura do
visor se o objecto principal for pequeno;
 Pode-se realçar o pormenor de primeiro
plano ampliando o ponto de vista e inclinando
a câmara para baixo;
Ex.:
Princípios gerais sobre produção de
fotografia e diapositivos...
 Ponto de vista:
 Mesmo as mais ínfimas alterações do ponto de vista
podem provocar um grande impacto na composição
de uma fotografia;
 Quando se encontra um tema para fotografar deve
gastar-se algum tempo em deslocamentos em seu
redor a reparar como a escolha de diferentes pontos
de vista pode transformar a cena antes de decidir o
local de onde disparar;
 Caso não seja possível podemos apenas fotografar
de cima para baixo ou de baixo para cima;
 Esta técnica pode, não só, acrescentar dinamismo à
imagem, como também, ser susceptível de eliminar
fundos feios;
Ex.:
Princípios gerais sobre produção de
fotografia e diapositivos...
 Enquadramentos simples e naturais:
 É possível obter composições impressionantes
e bem equilibradas enquadrando o tema nos
limites de um pormenor;
 Esses enquadramentos servem muitas vezes
para orientar o olhar para um aspecto que de
outro modo passaria despercebido;
 Árvores e outra vegetação, a aba de um
chapéu, o vão de uma porta ou de uma janela,
são alguns dos elementos mais eficazes e mais
fáceis de encontrar;
Ex.:
Princípios gerais sobre produção de
fotografia e diapositivos...
 Sentido de escala:
 Se se quer fotografar um tema por causa da
sua imponente estatura ou tamanho é
decisivo incluir algum outro objecto como
uma figura humana ou um objecto, no
enquadramento, para que a relação de
tamanhos possa ser evidenciada;
 Se isto não acontecer grande parte do seu
impacto a olho nu perder-se-á na fotografia;
Ex.:
Princípios gerais sobre produção de
fotografia e diapositivos...
 Ênfase no tema:
 Focar nitidamente o tema principal para
realçar a sua importância constitui na maioria
das vezes um processo eficaz;
 Escolher exactamente o ponto de interesse é,
também, um factor de importância decisiva;
Ex.:
Princípios gerais sobre produção de
fotografia e diapositivos...
 Linhas orientadoras:
 Empregar uma perspectiva linear (a
convergência aparente de linhas que recuam)
pode conferir às imagens um forte sentido de
profundidade;
 Da mesma, forma, objectos colocados uns
atrás dos outros parecerão mais pequenos
criando tal ilusão de profundidade;
Ex.:
Princípios gerais sobre produção de
fotografia e diapositivos...
 Simetria:
 Encontrar a simetria de um tema para obter
uma composição equilibrada pode servir de
motivo de satisfação do olhar;
 Um ponto de vista original, com a colocação
da câmara mesmo por baixo de uma
estrutura por exemplo, juntamente com um
enquadramento cuidado ajudam a criar uma
imagem gráfica forte;
Ex.:
Princípios gerais sobre produção de
fotografia e diapositivos...
 Uso de sombra:
 O interesse de uma fotografia fortemente
marcada pelo uso de sombras fica muito mais
vincado se associado a uma perspectiva que
exclua pormenores que desviem a atenção;
Ex.:
Princípios gerais sobre produção de
fotografia e diapositivos...
 Evitar os olhos vermelhos:
 Este problema acontece quando um flash
incorporado está muito perto da objectiva;
 Surge mais frequentemente em câmaras
compactas “aponta e dispara”;
 Há câmaras que permitem evitar o problema
automaticamente;
 No caso de não dispor desta possibilidade
pode-se obter o mesmo resultado pedindo ao
modelo que olhe para uma luz forte antes de
tirar a fotografia;
Princípios gerais sobre produção de
fotografia e diapositivos...
 Luz natural:
 Ao longo do dia a luz está sempre a mudar
(na direcção e nas tonalidades de cor) e isto
vai reflectir-se na fotografia;
 As melhores horas são as de manhã e as do
fim da tarde, pois proporcionam sombras
alongadas e uma muito maior sensação de
profundidade;
 A luz do meio-dia é sempre de evitar, pois
pela sua agressividade provoca sombras
duras, com reflexos brilhantes e demasiado
contrastantes;
Ex.:
Princípios gerais sobre produção de
fotografia e diapositivos...
 Disparo em contraluz:
 Fotografar cenas iluminadas por trás sublinha
e simplifica a forma, suprimindo a cor mas
realçando o contraste;
Ex.:
A integração da fotografia na sala
de aula...
 De uma forma geral defende-se a utilização de
fotografias para combinar diferentes tipos de
ensino numa perspectiva unificadora;
 Por exemplo, no estudo das línguas, podemos
observar a forma como a introdução de
fotografias dentro da sala de aula pode
desenvolver o conhecimento dos alunos sobre
geografia, história, etc.;
A integração da fotografia na sala
de aula...
 A fotografia educativa pode ser apresentada
essencialmente a partir de 5 formas:
 Fotografia exemplificativa: é utilizada com a
finalidade de demonstrar exemplos de formas,
situações ou conceitos;
 Fotografia de desenvolvimento de conteúdos e
conceitos: pretende-se que os alunos desenvolvam
uma actividade (se forem eles a produzir as
fotografias) ou um conhecimento crítico (se as
fotografias forem produzidas por outra pessoa) sobre
um conceito particular;
A integração da fotografia na sala
de aula...
 Fotografia interpretativa: avaliação individual sobre
um conjunto de fotografias num determinado
contexto;
 Fotografia criativa: pretende-se que o aluno
desenvolva um trabalho de apresentação, a partir da
ilustração de um determinado tema;
 Fotografia promotora de conhecimentos: é utilizada
para estimular os estudantes a desenvolver as suas
capacidades de reflexão a partir das realidades
transmitidas pela imagem;
A integração do diapositivo na
sala de aula...
 Slide ou diapositivo:
 Tradicionalmente é uma imagem positiva cujo
suporte é uma película fotográfica colocada num
caixilho de modo a proporcionar o seu
manuseamento e projecção sem o danificar;
 As novas tecnologias permitem a execução de
diapositivos em programas informáticos específicos
para esse fim;
 Existe também a possibilidade de executar
diapositivos manualmente;
A integração do diapositivo na
sala de aula...
 Projector de diapositivos:
 É constituído por uma lâmpada, um conjunto de
lentes e um reflector que permitem a projecção e a
focagem dos diapositivos;
 Também possui um sistema de arrefecimento que é
accionado com o objectivo de não danificar o
diapositivo;
 Possui habitualmente um comando à distância que
permite o avanço, o recuo e a focagem do slide;
 A ampliação da imagem projectada depende do seu
maior ou menor afastamento do écran;
A integração do diapositivo na
sala de aula...
 Projector de diapositivos:
 Um dos pontos mais importantes na utilização deste
meio é a posição correcta que o slide deve ocupar no
carregador, já que a imagem sofre uma inversão
através da lente;
 Para uma melhor orientação do utilizador dever-se-á
sempre controlar essa inversão com a colocação da
numeração numa posição correcta no caixilho;
 A má colocação do slide no carregador pode
provocar situações caricatas e embaraçosas ao
utilizador. Por isso a necessidade de marcação e
numeração do caixilho;
A integração do diapositivo na
sala de aula...
Projector de diapositivos
– esquema de
colocação dos slides:
A integração do diapositivo na
sala de aula...
 Aspectos positivos:
 A imagem projectada pode ser adaptada ao número
de formandos e à sala;
 A qualidade de imagem;
 A fiabilidade do aparelho;
 A possibilidade de projectar o que se fotografa;
 A rapidez;
 A facilidade de transportes;
 O slide é sempre compatível, seja qual for o
projector;
A integração do diapositivo na
sala de aula...
 Aspectos positivos:
 A economia na realização dos documentos;
 A facilidade na execução do slide;
 Estimula a concentração, especialmente
quando usado em salas obscurecidas;
 É de utilização simples;
 Permite voltar a visualizar a imagem
anteriormente projectada;
A integração do diapositivo na
sala de aula...
 Aspectos negativos:
 O obscurecimento da sala, com a consequente
quebra de comunicação visual entre o formador e os
formandos;
 Não permite interferir directamente no documento;
 A imagem não é animada
 Quando associada a outros meios audiovisuais
aumenta a dificuldade de utilização;
 A posição do aparelho é oposta à do formador;
A integração do diapositivo na
sala de aula...
 Cuidados de utilização com o projector:
 Garantir que a imagem projectada tenha
dimensões adequadas ao número de formandos,
sem distorções e centrada no écran;
 Garantir o escurecimento da sala;
 Ordenar previamente a posição dos slides no
carregador;
 Conhecer tecnicamente o aparelho;
Etapas na realização de exercícios
práticos...
 Determinação de objectivos:
 Que se pretende comunicar?
 Que reacção se pretende obter do receptor?
 Qual é o objectivo? Informar? Motivar? Criar
atitudes?...
A ideia mais proveitosa é aquela que se concebe relacionada com
as necessidades de um grupo concreto. Assim, idade, nível social,
conhecimento do tema, etc., são características da audiência que
se devem sempre conhecer antecipadamente.
Etapas na realização de exercícios
práticos...
 Busca da informação:
 É o momento de consultar todas as fontes
que possibilitem informação sobre o tema,
tais como, livros, revistas, documentos, etc.
É decisivo saber como a informação compilada pode vir a ser
expressa em imagens. A planificação da ficha pedagógica em
imagens é fundamental.
Etapas na realização de exercícios
práticos...
 Execução do exercício:
 Antes de materializar as imagens deve-se
decidir quais são as que mais se aproximam
do objectivo inicial;
Escolha das imagens. Ordenação de conteúdos. Programação clara
das sequências. Utilização de imagens + texto, ou apenas imagens.
Estes são pontos fulcrais na execução do exercício.
Etapas na realização de exercícios
práticos...
 Apresentação e avaliação:
 Apresentação prática do exercício e
avaliação dos resultados;
 Terão sido os objectivos cumpridos?
Proposta de uma actividade
pedagógica...
 Objectivos:
 Conhecer a diversidade do reino animal: os mamíferos
 Noções:
 Animais mamíferos: características e classes
 Requisitos:
 Destinatários: alunos da pré-primária e do 1º ciclo do ensino
básico.
 Duração: 1 hora (no máximo)
 Material: colecção de diapositivos ou fotografias sobre animais
mamíferos.
 Estratégia: trabalho com o grupo na generalidade ou em
pequenos grupos
Proposta de uma actividade
pedagógica...
 Sequência
 Demonstrar oralmente as características dos animais
mamíferos;
 Enumeração oral das diferentes classes de
mamíferos;
 Pré-primária: projecção de diapositivos para as
crianças identificarem oralmente os animais
exemplificativos de mamíferos;
 1º Ciclo: Distribuição de fichas impressas com as
fotografias dos mamíferos com um pequeno espaço
para a sua identificação;
Proposta de uma actividade
pedagógica...
 Interesse da actividade
 Introdução ao tema da biodiversidade
 O reino animal: as classes dos mamíferos
 Associação de imagens a diferentes tipos de
mamíferos
Vamos descobrir...
Os mamíferos
MAMÍFEROS
A classe dos mamíferos possui diversos traços distintivos, entre
estes podemos considerar um cérebro bem desenvolvido e um
nível elevado nos cuidados parentais. Estes animais são
vertebrados e possuem sangue quente, o que lhes proporciona
uma temperatura constante do corpo (homeotermia). O seu
principal traço distintivo reside no facto de no inicio da vida se
alimentarem de leite produzido pelas fêmeas em órgãos
próprios: As glândulas mamárias. O seu habitat natural está
espalhado pelo mundo inteiro. Contam-se cerca de 5000
espécies de mamíferos.
Classes de mamíferos
 Placentários
 Marsupiais
 Prototérios
Identifica estes mamíferos:
Proposta de uma actividade
pedagógica...
 Objectivos:
 Conhecer a riqueza de um género: a fotografia da
actualidade
 Noções:
 Fotojornalismo: conceito e estrutura
 Requisitos:
 Destinatários: alunos do 2º e 3º ciclos do ensino básico e
secundário.
 Duração: 3 horas
 Material: colecção de jornais diários e revistas de informação
geral.
 Estratégia: trabalho em pequenos grupos
Proposta de uma actividade
pedagógica...
 Sequência
 Isolar num jornal os registos fotográficos;
 Identificar os espaços, calcular a
percentagem de espaço ocupado pelas
fotografias relativamente ao espaço ocupado
pela parte escrita;
 Classificar as fotografias em diferentes tipos:
retratos, reportagens, políticas, locais, gerais,
faits-divers, com ou sem montagem, ...
Proposta de uma actividade
pedagógica...
 Sequência
 Identificar o lugar e a função da fotografia: título,
ilustração,...
 Escolher uma fotografia: análise da imagem. Espaço,
enquadramento. Comparar com outra fotografia
sobre o mesmo assunto publicada noutros jornais.
 Tema da fotografia. Relação entre a legenda e a
fotografia. Proveniência da fotografia (autor).
 Discussão em grupo: diferentes tipos de fotografia
(actualidade, ilustração); peso informativo das
imagens.
Proposta de uma actividade
pedagógica...
 Interesse da actividade
 A fotografia de imprensa como fonte de
informação autónoma, como informação
completa ou como complemento de
informação.
 Esta actividade pode ser o suporte para uma
iniciação no domínio da imagem.
Proposta de uma actividade
pedagógica...
 Aprofundamentos
 Comparar a percentagem da parte ocupada pela
fotografia numa revista com a de um jornal diário;
 Investigação sobre a viagem da fotografia de imprensa
(desde o momento em que se tira até à edição);
 Leitura e análise de fotografias de imprensa
 Dossier documental de fotografias recortadas da
imprensa;
 Análises da reportagem fotográfica
 Pesquisa sobre profissões específicas – o fotojornalismo;
 Pesquisa em revistas ilustradas e em revistas
especializadas.
Propostas de outros temas...
 Realização de diapositivos manuais com os
alunos, sobre diferentes temas;
 Excursões fotográficas sobre um tema;
 Visita fotográfica aos museus de uma cidade;
 A história de um país através da fotografia;
 Desenvolvimento de vocabulário específico na
aprendizagem de uma língua estrangeira
(aprendizagem por associação – uma imagem
um vocábulo);
 ...

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Aprendendo a fotografar

  • 1. O interesse educativo da fotografia e diapositivos Tecnologia Educativa Docente: Ana Amsellem Santos Ano lectivo 2000/2001
  • 2. Imagens, Fotografias... “ Aquilo que caracteriza a sociedade considerada avançada é que hoje tais sociedades consomem imagens e não mais crenças como aquelas do passado.” Roland Barthes “A arte da fotografia é um processo dinâmico de dar forma às ideias permitindo explicar, assim, o homem ao Homem.” Edward Steichen, fotógrafo
  • 3. Introdução...  A percepção da realidade é feita pelos cinco sentidos, no entanto, uma grande percentagem dessa informação é-nos transmitida essencialmente através do canal visual.  A visão tem um código próprio, e necessita de uma aprendizagem tal como, de resto, acontece com todas as outras linguagens, que fomos aprendendo desde que nascemos.
  • 4. Introdução... Assim: A codificação e descodificação de signos verbais, icónicos, visuais, requerem um estudo e uma preparação intencional e definida.
  • 5. A linguagem da Imagem...  Será a fotografia uma linguagem universal?  Será a fotografia uma linguagem linear?  Será a fotografia uma linguagem perfeita?  Será a fotografia uma linguagem acessível a todos?
  • 6. A leitura da mensagem subjacente a esta fotografia será a mesma, independentemente de ser lida por um estivador da Malásia ou de um corrector da Bolsa de Lisboa. Derek Pruitt - The (Butte) Montana Standard Taylor Floreen, uma das 30 meninas e rapazes prestes a fazer a sua Primeira Comunhão e que estão a receber instruções de última hora, sopra um beijo para a sua mãe.
  • 7. Quando se olha uma fotografia não existe uma ordem ou uma forma linear de mover os nossos olhos.
  • 8. Tyrone Turner, Black Star “Sad Ecstazy” A fotografia não é uma linguagem perfeita, porque é polissémica: • É o reflexo de uma escolha; • Não pode ser confundida com a realidade, está desde logo enquadrada em 4 linhas; • A nossa cultura influencia decisivamente o tipo de interpretação que fazemos.
  • 9. O que são imagens...  São representações isoladas de um todo, que é a realidade;  Não podem ser nunca confundidas com a realidade;  São realizações humanas;  Estão sempre sujeitas a uma escolha e a uma selecção em parâmetros muito subjectivos;
  • 10. O que são imagens... Na sua produção:  Reflectem o mundo de acordo com princípios individuais;  Reflectem também as características técnicas dos aparelhos;  Reflectem os objectivos a que se destinam;
  • 11. O que são imagens... Na sua recepção:  São influenciadas pela cultura do receptor;  Adquirem significado conforme a experiência e a aprendizagem do receptor;
  • 12. O que são imagens... A mediação de imagens nas nossas relações quotidianas, na nossa sociedade, converteu-se num elemento indispensável de conhecimento e comunicação e tudo parece indicar que a sua influência aumentará no futuro ainda que se modifiquem os seus suportes.
  • 13. O que são imagens... Assim, será pertinente iniciar uma prática educativa com imagens, pois esta permite uma aproximação à informação e a novos dados acerca do mundo.
  • 14. A Fotografia e os Diapositivos  Simplicidade de utilização  Eficácia  Baixo custo São instrumentos pedagógicos fundamentais e passíveis de se integrar numa verdadeira estratégia educativa.
  • 15. A fotografia...  Desenvolveu-se a partir do inicio do séc. XIX;  Baseia-se em princípios de luz, óptica e química;  O termo fotografia vem do grego e significa literalmente “desenhar com luz”;
  • 16. A fotografia...  A LUZ é portanto o elemento de maior importância em fotografia;  Quase todas as formas de fotografia se baseiam no facto de alguns químicos serem fotossensíveis, ou seja variam de alguma forma quando expostos à luz.
  • 17. A câmara fotográfica...  Basicamente uma câmara é uma pequena caixa, muito leve, com uma lente de um dos lados e um filme fotossensível do outro.
  • 18. Tipos de câmara fotográfica...  Os mais populares tipos de câmara são:  As “point-and-shoot” ou “aponta e dispara”;  As SLR ou Máquinas Reflex;
  • 19. Tipos de câmara fotográfica...  As “Aponta e Dispara”:  Alimentam-se por pilhas e sistemas electrónicos que incluem controlos automáticos para a exposição, focagem, flash, etc.  Podem ter uma lente telefoto ou uma lente zoom, mas estas não podem ser removidas do corpo da máquina;  Todas trabalham com qualquer tipo de filme de 35 mm.
  • 20. Tipos de câmara fotográfica...  As “Máquinas Reflex”:  Permitem uma imagem mais correcta;  Podem ser manuais, semi-automáticas, ou automáticas;  Geralmente estas câmaras permitem a troca de lentes ou objectivas;  Todas trabalham com qualquer tipo de filme de 35 mm.
  • 21. Partes da câmara fotográfica...  Lentes ou objectivas:  A lente é o olho da câmara;  É o dispositivo que introduz luz na câmara e a leva até à película;  São categorizadas de acordo com a sua distância focal e a sua abertura máxima, assim, quanto maior for a distância focal maior será a imagem dentro da câmara;
  • 22. Partes da câmara fotográfica...  Exs.: 50 mm 200 mm 600 mm
  • 23. Partes da câmara fotográfica...  Exs.: 50 mm 200 mm 600 mm
  • 24. Partes da câmara fotográfica...  A distância focal das lentes ou objectivas:  Normais (50 mm): o campo de imagem é similar ao do olho humano;  Telefoto (> 50 mm): são normalmente usadas para fotografar pequenos objectos afastados, dando a possibilidade de os “aproximar”;  Grande-angular (< 50 mm): como o ângulo de captação de imagem é maior, utilizam-se para fotografar objectos de grandes dimensões, e a alguma distância;  Zoom (>=< 50 mm): possuem uma distância focal variável, sendo muito versáteis por isso mesmo;
  • 25. Partes da câmara fotográfica...  O diafragma:  Controla a quantidade de luz que passa através da lente;  O tamanho da abertura é medido em conjuntos numéricos designados por f-stops;  A escala habitual dos f-stops é a seguinte: f2, f2.8, f4, f5.6, f8, f11 e f16;  F2 representa a abertura mais larga e f16 a mais estreita;
  • 26. Partes da câmara fotográfica...  Exs.: f2 f4 f8 f16
  • 27. Partes da câmara fotográfica...  O obturador:  O obturador funciona com uma pequena “cortina” que se encontra dentro da maquina;  O obturador permite ao fotógrafo seleccionar o tempo durante o qual a cortina vai permanecer aberta;  É, então, o mecanismo que controla o tempo que a luz atravessa o filme;  A velocidade do obturador varia desde uma pequena fracção de segundo (1/1000 ou menos) até minutos;
  • 28. Filmes...  Os filmes podem variar na sua sensibilidade a diferentes tipos de luz, na sua habilidade para fixar detalhes, ou ainda, objectos em movimento;  A maioria dos filmes utilizados hoje em dia são pancromáticos, ou seja, respondem e gravam todas as cores;
  • 29. Filmes...  Os filmes a cores podem também ser considerados para responder a diferentes tipos de luz: luz exterior, luz interior, flash,...  O filme está classificado em diferentes velocidades, uma escala que permite medir a sensibilidade do filme à luz;  Esta escala standard ficou conhecida com os números ASA ou ISO;
  • 30. Filmes...  Quanto maior o número, maior é a sensibilidade do filme à luz;  ASA mais altos correspondem a filmes mais rápidos e com maior capacidade de compensação de luz, por isso mesmo respondem melhor a situações de luz deficiente;  ASA mais baixos correspondem a filmes mais lentos e com menor capacidade de exposição;  A escala pode variar de 100 ASA (ou menos para fins muito específicos) até 1600 ASA (existe 3200 mas apenas para filme negativo a preto e branco);
  • 31. Filmes...  Filmes negativos: são filmes para impressão a cores e incluem todos os nomes de marca acabados em color: Kodacolor, Fujicolor, Agfacolor, etc.  Filmes de slide: são filmes para produção de diapositivos e incluem todos os nomes de marca acabados em chrome: Kodachrome, Fujichrome, Ektachrome, etc.
  • 32. Filmes...  Filmes negativos: permite o ajuste de cor e luminosidade em laboratório para optimizar a impressão do positivo;  Filmes de slide: produzem a imagem positiva directamente na película não permitindo ajustes em laboratório, o que se capta é o que fica registado, por isso exigem um maior cuidado na selecção da exposição.
  • 33. Síntese...  A quantidade de luz que atravessa o filme pode e deve ser seleccionada pelo utilizador (excepto em máquinas apenas automáticas), esta selecção designa-se por exposição;  Diferentes tipos de lentes permitem diferentes quantidades de luz e permitem também diferentes ângulos de visão;  A quantidade de luz que a lente permite recair no filme é controlada pelo diafragma;  O obturador é o mecanismo que controla o tempo que a luz atravessa o filme;
  • 34. Síntese...  Os filmes são feitos para responder da maneira mais eficaz em diferentes situações de luminosidade, movimento de objectos, etc.  A combinação de escolhas que um fotógrafo faz – tipo de filme, tipo de câmara e de lente, focagem, ângulo de visão, abertura do diafragma e velocidade do obturador – influenciam a aparência da fotografia tanto quanto a escolha do objecto a ser fotografado e a hora do dia.
  • 35. Princípios gerais sobre produção de fotografia e diapositivos...  Como obter uma boa fotografia?  Para descobrir bons temas tem de se aprender a olhar com olhos de ver as coisas que nos rodeiam. Não será necessário ir muito longe para conseguir um bom tema.  É sempre importante ter em conta o perfil, a forma, a cor e a luz que se combinam para constituir imagens interessantes.
  • 36. Princípios gerais sobre produção de fotografia e diapositivos...  Estabilização da câmara:  Agarrar sempre a câmara com as duas mãos;  Conservar a tira de apoio à volta do pescoço e encostar os cotovelos ao corpo para ter mais estabilidade;  Apoiar a câmara contra uma superfície sólida, como uma parede ou uma mesa, para evitar estremecimentos;  Não tocar, nunca, na lente com os dedos;
  • 37. Princípios gerais sobre produção de fotografia e diapositivos...  Focagem automática:  Os sistemas de focagem automática são muitíssimos vantajosos na medida em que permitem uma maior liberdade de concentração no enquadramento;  Existe no entanto o perigo do sistema “ler” a parte errada da cena, daí resultando que o principal tema possa aparecer desfocado.
  • 38. Ex.: Se o objecto principal da fotografia fosse o monumento então a câmara teria feita a tal “leitura” errada.
  • 39. Princípios gerais sobre produção de fotografia e diapositivos...  Formatos:  Um erro vulgar dos fotógrafos principiantes é partirem do principio de que a câmara deve segurar-se sempre horizontalmente (até porque ela está assim concebida para uma utilização mais cómoda), no entanto, a sua utilização vertical deve ser sempre usada quando isso complementar ou acompanhar o formato ou as linhas dominantes do tema.
  • 40. Ex.:
  • 41. Princípios gerais sobre produção de fotografia e diapositivos...  Preenchimento da moldura:  Uma forma simples de melhorar o impacto de uma imagem é aproximar-se do objecto para preencher a moldura do visor;  Evita-se que o tema se perca entre feios e dispersos pormenores de fundo;  Se não for possível uma aproximação então deve utilizar-se uma telefoto para “aproximar” o objecto;  Podem incluir-se aspectos ou pormenores circundantes se servirem de complemento ou realce ao tema escolhido caso contrário só servirão de motivo de distracção;
  • 42. Ex.:
  • 43. Princípios gerais sobre produção de fotografia e diapositivos...  Onde colocar o objecto:  O local onde um objecto é apanhado na moldura do visor ajuda a determinar a sua importância na composição;  Mas, não é obrigatório colocá-lo sempre no centro, porque o efeito por vezes é monótono;  Em geral, a composição melhora se o objecto principal ficar descentrado;  Nestas circunstâncias é muito importante ter em atenção a focagem utilizada;
  • 44. Ex.:
  • 45. Princípios gerais sobre produção de fotografia e diapositivos...  O primeiro plano:  Deve-se escolher com cuidado o ponto de vista de modo a abranger um pormenor nítido de primeiro plano que dê à foto um sentido de profundidade e distância;  Pode servir-se de outros pormenores do primeiro plano para preencher a moldura do visor se o objecto principal for pequeno;  Pode-se realçar o pormenor de primeiro plano ampliando o ponto de vista e inclinando a câmara para baixo;
  • 46. Ex.:
  • 47. Princípios gerais sobre produção de fotografia e diapositivos...  Ponto de vista:  Mesmo as mais ínfimas alterações do ponto de vista podem provocar um grande impacto na composição de uma fotografia;  Quando se encontra um tema para fotografar deve gastar-se algum tempo em deslocamentos em seu redor a reparar como a escolha de diferentes pontos de vista pode transformar a cena antes de decidir o local de onde disparar;  Caso não seja possível podemos apenas fotografar de cima para baixo ou de baixo para cima;  Esta técnica pode, não só, acrescentar dinamismo à imagem, como também, ser susceptível de eliminar fundos feios;
  • 48. Ex.:
  • 49. Princípios gerais sobre produção de fotografia e diapositivos...  Enquadramentos simples e naturais:  É possível obter composições impressionantes e bem equilibradas enquadrando o tema nos limites de um pormenor;  Esses enquadramentos servem muitas vezes para orientar o olhar para um aspecto que de outro modo passaria despercebido;  Árvores e outra vegetação, a aba de um chapéu, o vão de uma porta ou de uma janela, são alguns dos elementos mais eficazes e mais fáceis de encontrar;
  • 50. Ex.:
  • 51. Princípios gerais sobre produção de fotografia e diapositivos...  Sentido de escala:  Se se quer fotografar um tema por causa da sua imponente estatura ou tamanho é decisivo incluir algum outro objecto como uma figura humana ou um objecto, no enquadramento, para que a relação de tamanhos possa ser evidenciada;  Se isto não acontecer grande parte do seu impacto a olho nu perder-se-á na fotografia;
  • 52. Ex.:
  • 53. Princípios gerais sobre produção de fotografia e diapositivos...  Ênfase no tema:  Focar nitidamente o tema principal para realçar a sua importância constitui na maioria das vezes um processo eficaz;  Escolher exactamente o ponto de interesse é, também, um factor de importância decisiva;
  • 54. Ex.:
  • 55. Princípios gerais sobre produção de fotografia e diapositivos...  Linhas orientadoras:  Empregar uma perspectiva linear (a convergência aparente de linhas que recuam) pode conferir às imagens um forte sentido de profundidade;  Da mesma, forma, objectos colocados uns atrás dos outros parecerão mais pequenos criando tal ilusão de profundidade;
  • 56. Ex.:
  • 57. Princípios gerais sobre produção de fotografia e diapositivos...  Simetria:  Encontrar a simetria de um tema para obter uma composição equilibrada pode servir de motivo de satisfação do olhar;  Um ponto de vista original, com a colocação da câmara mesmo por baixo de uma estrutura por exemplo, juntamente com um enquadramento cuidado ajudam a criar uma imagem gráfica forte;
  • 58. Ex.:
  • 59. Princípios gerais sobre produção de fotografia e diapositivos...  Uso de sombra:  O interesse de uma fotografia fortemente marcada pelo uso de sombras fica muito mais vincado se associado a uma perspectiva que exclua pormenores que desviem a atenção;
  • 60. Ex.:
  • 61. Princípios gerais sobre produção de fotografia e diapositivos...  Evitar os olhos vermelhos:  Este problema acontece quando um flash incorporado está muito perto da objectiva;  Surge mais frequentemente em câmaras compactas “aponta e dispara”;  Há câmaras que permitem evitar o problema automaticamente;  No caso de não dispor desta possibilidade pode-se obter o mesmo resultado pedindo ao modelo que olhe para uma luz forte antes de tirar a fotografia;
  • 62. Princípios gerais sobre produção de fotografia e diapositivos...  Luz natural:  Ao longo do dia a luz está sempre a mudar (na direcção e nas tonalidades de cor) e isto vai reflectir-se na fotografia;  As melhores horas são as de manhã e as do fim da tarde, pois proporcionam sombras alongadas e uma muito maior sensação de profundidade;  A luz do meio-dia é sempre de evitar, pois pela sua agressividade provoca sombras duras, com reflexos brilhantes e demasiado contrastantes;
  • 63. Ex.:
  • 64. Princípios gerais sobre produção de fotografia e diapositivos...  Disparo em contraluz:  Fotografar cenas iluminadas por trás sublinha e simplifica a forma, suprimindo a cor mas realçando o contraste;
  • 65. Ex.:
  • 66. A integração da fotografia na sala de aula...  De uma forma geral defende-se a utilização de fotografias para combinar diferentes tipos de ensino numa perspectiva unificadora;  Por exemplo, no estudo das línguas, podemos observar a forma como a introdução de fotografias dentro da sala de aula pode desenvolver o conhecimento dos alunos sobre geografia, história, etc.;
  • 67. A integração da fotografia na sala de aula...  A fotografia educativa pode ser apresentada essencialmente a partir de 5 formas:  Fotografia exemplificativa: é utilizada com a finalidade de demonstrar exemplos de formas, situações ou conceitos;  Fotografia de desenvolvimento de conteúdos e conceitos: pretende-se que os alunos desenvolvam uma actividade (se forem eles a produzir as fotografias) ou um conhecimento crítico (se as fotografias forem produzidas por outra pessoa) sobre um conceito particular;
  • 68. A integração da fotografia na sala de aula...  Fotografia interpretativa: avaliação individual sobre um conjunto de fotografias num determinado contexto;  Fotografia criativa: pretende-se que o aluno desenvolva um trabalho de apresentação, a partir da ilustração de um determinado tema;  Fotografia promotora de conhecimentos: é utilizada para estimular os estudantes a desenvolver as suas capacidades de reflexão a partir das realidades transmitidas pela imagem;
  • 69. A integração do diapositivo na sala de aula...  Slide ou diapositivo:  Tradicionalmente é uma imagem positiva cujo suporte é uma película fotográfica colocada num caixilho de modo a proporcionar o seu manuseamento e projecção sem o danificar;  As novas tecnologias permitem a execução de diapositivos em programas informáticos específicos para esse fim;  Existe também a possibilidade de executar diapositivos manualmente;
  • 70. A integração do diapositivo na sala de aula...  Projector de diapositivos:  É constituído por uma lâmpada, um conjunto de lentes e um reflector que permitem a projecção e a focagem dos diapositivos;  Também possui um sistema de arrefecimento que é accionado com o objectivo de não danificar o diapositivo;  Possui habitualmente um comando à distância que permite o avanço, o recuo e a focagem do slide;  A ampliação da imagem projectada depende do seu maior ou menor afastamento do écran;
  • 71. A integração do diapositivo na sala de aula...  Projector de diapositivos:  Um dos pontos mais importantes na utilização deste meio é a posição correcta que o slide deve ocupar no carregador, já que a imagem sofre uma inversão através da lente;  Para uma melhor orientação do utilizador dever-se-á sempre controlar essa inversão com a colocação da numeração numa posição correcta no caixilho;  A má colocação do slide no carregador pode provocar situações caricatas e embaraçosas ao utilizador. Por isso a necessidade de marcação e numeração do caixilho;
  • 72. A integração do diapositivo na sala de aula... Projector de diapositivos – esquema de colocação dos slides:
  • 73. A integração do diapositivo na sala de aula...  Aspectos positivos:  A imagem projectada pode ser adaptada ao número de formandos e à sala;  A qualidade de imagem;  A fiabilidade do aparelho;  A possibilidade de projectar o que se fotografa;  A rapidez;  A facilidade de transportes;  O slide é sempre compatível, seja qual for o projector;
  • 74. A integração do diapositivo na sala de aula...  Aspectos positivos:  A economia na realização dos documentos;  A facilidade na execução do slide;  Estimula a concentração, especialmente quando usado em salas obscurecidas;  É de utilização simples;  Permite voltar a visualizar a imagem anteriormente projectada;
  • 75. A integração do diapositivo na sala de aula...  Aspectos negativos:  O obscurecimento da sala, com a consequente quebra de comunicação visual entre o formador e os formandos;  Não permite interferir directamente no documento;  A imagem não é animada  Quando associada a outros meios audiovisuais aumenta a dificuldade de utilização;  A posição do aparelho é oposta à do formador;
  • 76. A integração do diapositivo na sala de aula...  Cuidados de utilização com o projector:  Garantir que a imagem projectada tenha dimensões adequadas ao número de formandos, sem distorções e centrada no écran;  Garantir o escurecimento da sala;  Ordenar previamente a posição dos slides no carregador;  Conhecer tecnicamente o aparelho;
  • 77. Etapas na realização de exercícios práticos...  Determinação de objectivos:  Que se pretende comunicar?  Que reacção se pretende obter do receptor?  Qual é o objectivo? Informar? Motivar? Criar atitudes?... A ideia mais proveitosa é aquela que se concebe relacionada com as necessidades de um grupo concreto. Assim, idade, nível social, conhecimento do tema, etc., são características da audiência que se devem sempre conhecer antecipadamente.
  • 78. Etapas na realização de exercícios práticos...  Busca da informação:  É o momento de consultar todas as fontes que possibilitem informação sobre o tema, tais como, livros, revistas, documentos, etc. É decisivo saber como a informação compilada pode vir a ser expressa em imagens. A planificação da ficha pedagógica em imagens é fundamental.
  • 79. Etapas na realização de exercícios práticos...  Execução do exercício:  Antes de materializar as imagens deve-se decidir quais são as que mais se aproximam do objectivo inicial; Escolha das imagens. Ordenação de conteúdos. Programação clara das sequências. Utilização de imagens + texto, ou apenas imagens. Estes são pontos fulcrais na execução do exercício.
  • 80. Etapas na realização de exercícios práticos...  Apresentação e avaliação:  Apresentação prática do exercício e avaliação dos resultados;  Terão sido os objectivos cumpridos?
  • 81.
  • 82. Proposta de uma actividade pedagógica...  Objectivos:  Conhecer a diversidade do reino animal: os mamíferos  Noções:  Animais mamíferos: características e classes  Requisitos:  Destinatários: alunos da pré-primária e do 1º ciclo do ensino básico.  Duração: 1 hora (no máximo)  Material: colecção de diapositivos ou fotografias sobre animais mamíferos.  Estratégia: trabalho com o grupo na generalidade ou em pequenos grupos
  • 83. Proposta de uma actividade pedagógica...  Sequência  Demonstrar oralmente as características dos animais mamíferos;  Enumeração oral das diferentes classes de mamíferos;  Pré-primária: projecção de diapositivos para as crianças identificarem oralmente os animais exemplificativos de mamíferos;  1º Ciclo: Distribuição de fichas impressas com as fotografias dos mamíferos com um pequeno espaço para a sua identificação;
  • 84. Proposta de uma actividade pedagógica...  Interesse da actividade  Introdução ao tema da biodiversidade  O reino animal: as classes dos mamíferos  Associação de imagens a diferentes tipos de mamíferos
  • 86. MAMÍFEROS A classe dos mamíferos possui diversos traços distintivos, entre estes podemos considerar um cérebro bem desenvolvido e um nível elevado nos cuidados parentais. Estes animais são vertebrados e possuem sangue quente, o que lhes proporciona uma temperatura constante do corpo (homeotermia). O seu principal traço distintivo reside no facto de no inicio da vida se alimentarem de leite produzido pelas fêmeas em órgãos próprios: As glândulas mamárias. O seu habitat natural está espalhado pelo mundo inteiro. Contam-se cerca de 5000 espécies de mamíferos.
  • 87. Classes de mamíferos  Placentários  Marsupiais  Prototérios
  • 89.
  • 90. Proposta de uma actividade pedagógica...  Objectivos:  Conhecer a riqueza de um género: a fotografia da actualidade  Noções:  Fotojornalismo: conceito e estrutura  Requisitos:  Destinatários: alunos do 2º e 3º ciclos do ensino básico e secundário.  Duração: 3 horas  Material: colecção de jornais diários e revistas de informação geral.  Estratégia: trabalho em pequenos grupos
  • 91. Proposta de uma actividade pedagógica...  Sequência  Isolar num jornal os registos fotográficos;  Identificar os espaços, calcular a percentagem de espaço ocupado pelas fotografias relativamente ao espaço ocupado pela parte escrita;  Classificar as fotografias em diferentes tipos: retratos, reportagens, políticas, locais, gerais, faits-divers, com ou sem montagem, ...
  • 92. Proposta de uma actividade pedagógica...  Sequência  Identificar o lugar e a função da fotografia: título, ilustração,...  Escolher uma fotografia: análise da imagem. Espaço, enquadramento. Comparar com outra fotografia sobre o mesmo assunto publicada noutros jornais.  Tema da fotografia. Relação entre a legenda e a fotografia. Proveniência da fotografia (autor).  Discussão em grupo: diferentes tipos de fotografia (actualidade, ilustração); peso informativo das imagens.
  • 93. Proposta de uma actividade pedagógica...  Interesse da actividade  A fotografia de imprensa como fonte de informação autónoma, como informação completa ou como complemento de informação.  Esta actividade pode ser o suporte para uma iniciação no domínio da imagem.
  • 94. Proposta de uma actividade pedagógica...  Aprofundamentos  Comparar a percentagem da parte ocupada pela fotografia numa revista com a de um jornal diário;  Investigação sobre a viagem da fotografia de imprensa (desde o momento em que se tira até à edição);  Leitura e análise de fotografias de imprensa  Dossier documental de fotografias recortadas da imprensa;  Análises da reportagem fotográfica  Pesquisa sobre profissões específicas – o fotojornalismo;  Pesquisa em revistas ilustradas e em revistas especializadas.
  • 95. Propostas de outros temas...  Realização de diapositivos manuais com os alunos, sobre diferentes temas;  Excursões fotográficas sobre um tema;  Visita fotográfica aos museus de uma cidade;  A história de um país através da fotografia;  Desenvolvimento de vocabulário específico na aprendizagem de uma língua estrangeira (aprendizagem por associação – uma imagem um vocábulo);  ...