A Acqualimp inaugurou sete fábricas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil para atender ao Programa Água para Todos e garantir água potável às populações carentes. A empresa planeja agora expandir sua atuação para novos mercados após o término do programa governamental, utilizando suas novas instalações versáteis para produzir uma variedade de produtos relacionados ao armazenamento e tratamento de água.

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Acqualimp tem um plano
audacioso para os próximos
anos. A empresa, que iniciou
as operações no Brasil em
2001, abastecendo o varejo paulista e
que, atualmente, está presente nos Es-
tados do Sudeste, pretende dar passos
mais largos rumo à conquista de novos
mercados. Para tanto, os investimentos
já começaram.
De acordo com Vinícius Ramos, di-
retor de Varejo e Construção da com-
Acqualimp inaugura sete fábricas nas regiões Norte e Nordeste e
planeja a conquista de novos mercados.
Rumos bem definidos
panhia, para colocar o projeto de ex-
pansão em prática, entre 2012 e 2013
foram aplicados R$ 75 milhões em no-
vas unidades. A primeira medida para
alcançar o objetivo foi a transferência
da operação de Valinhos (SP) para Ex-
trema (MG) em julho de 2012. A uni-
dade, considerada a maior da compa-
nhia na América do Sul, com 135 mil
m² de terreno, é equipada com máqui-
nas de rotomoldagem de última gera-
ção, possui 130 colaboradores e uma
capacidade produtiva que poderá se
expandir para até três mil toneladas
ao mês. “Passamos a usufruir de uma
moderna área de produção, com o que
há de mais avançado no processo de
produção de reservatórios de polietile-
no”, ressalta o executivo.
Depois dela, Montes Claros, tam-
bém em Minas Gerais, ganhou uma
unidade Acqualimp. E seis novas plan-
tas entraram em operação no Nordes-
te - Teresina (PI), Petrolina e Cabo de
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Fotos:Divulgação
Reportagem: Simone de Oliveira
Santo Agostinho (PE), Penedo (AL), Ma-
racanaú (CE) e Simões Filho (BA), além
de uma no Norte - Palmas (TO).
A escolha dos municípios para re-
ceber os empreendimentos, segundo
Ramos, não foi aleatória. “No caso
de Extrema, optamos pela cidade por
conta da localização estratégica para
atender ao mercado do Sudeste, que
representa aproximadamente 50% do
potencial de consumo nacional”, ob-
serva o diretor.
A chegada ao Norte e Nordeste,
no entanto, obedeceu a outro critério.
Isso porque a instalação das unidades
Acqualimp naquelas regiões do País
tem como objetivo inicial atender ao
Programa Água para Todos, idealizado
pelo Governo Federal, que tem como
meta universalizar o acesso e uso de
água para populações carentes, re-
sidentes em comunidades rurais não
atendidas por esse serviço público es-
sencial ou atendidas por sistemas de
abastecimento deficitários. “Sendo as-
sim, as localidades do Nordeste foram
definidas de acordo com as questões
logísticas de proximidade aos locais
de entrega e operação de acordo com
as comunidades beneficiadas pelo Pro-
grama”, explica Fabiano Gonçalves, di-
retor de Infraestrutura da companhia.
O programa governamental, segun-
do o executivo, visa garantir o amplo
acesso à água para as populações ru-
rais dispersas e em situação de extre-
Expansão Unidade
de Extrema é a
maior do Grupo na
América do Sul.
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ma pobreza, seja para o consumo pró-
prio ou para a produção de alimentos
e criação de animais, possibilitando a
geração de excedentes comercializá-
veis para a ampliação da renda fami-
liar dos produtores rurais.
Para tanto, o fornecimento de
água de qualidade para o público
beneficiado é realizado por meio da
instalação de cisternas de consumo;
cisternas de produção; sistemas cole-
tivos de abastecimento de água; kits
de irrigação e implantação de peque-
nas barragens.
Como as plantas nordestinas fo-
ram desenvolvidas para atender ao
programa, em principio, elas se vol-
tam, exclusivamente, para a produção
de cisternas de polietileno. A distri-
buição dos produtos atende a famílias
de comunidades rurais do semiárido
que não possuíam formas adequadas
de armazenar água da chuva. Sem os
tanques, as pessoas utilizavam baldes
e pequenos tanques ou de caminhões
pipa. Além disso, precisavam se des-
locar grandes distâncias para aces-
sar açudes ou pontos de distribuição
de água. “A experiência mostra que
essas famílias ganharam qualidade
de vida e saúde, ficando menos ex-
postas a doenças, como a diarreia,
provocadas por consumo de água de
baixa qualidade. Outro ponto impor-
tante é o menor comprometimento do
orçamento familiar com a compra de
água”, ressalta Gonçalves.
Ele lembra que a distribuição das
cisternas teve início em dezembro de
2011 e, desde então, foram entregues
cerca de 190 mil reservatórios. “Até
o final de 2013 foram entregues 160
cistenas. O objetivo do governo é en-
tregar 750 mil unidades até dezembro
de 2014”, revela o diretor.
Programa Social Projeto em
parceria com o Governo Federal
garante água de qualidade para
áreas de extrema pobreza.
Expansão preparada
Com a missão junto ao governo
cumprida, a Acqualimp deverá colocar
em prática seu plano de conquistar
novos mercados no País. Para isso, as
novas unidades foram pensadas para
produzir outros itens, além das cister-
nas. “Os equipamentos de rotomolda-
gem são extremamente versáteis. A
partir de pequenas alterações é pos-
sível produzir outros equipamentos,
como caixas d’água, cisternas e biodi-
gestores”, conta Ramos.
O diretor explica que a empresa
estuda, constantemente, a expansão
e está sempre atenta ao crescimento
das demais regiões do País, inclusive
o Norte e o Nordeste. “Podemos atuar
em qualquer região onde haja oportuni-
dades para o nosso portfolio de varejo
e construção”, garante Ramos.
A Acqualimp, fabricante de produtos
como caixas d’água, cisternas, biodiges-
tores, tanques, filtros e purificadores,
bombas, equipamentos para captação
Foco em
soluções para
armazenamento
e tratamento
de água.
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de água pluvial, tem como missão dar
“mais e melhor água” e está sempre em
busca de ampliar sua oferta de produtos.
“Como essa será sempre uma constan-
te para nós, esperamos em breve levar
novidades com produtos diferenciados
para o mercado”, reforça.
Sem revelar quantos são os clientes
atendidos diretamente pela organiza-
ção, o executivo limita-se a dizer que o
aumento na clientela é uma constante
dentro da estratégia de operação. “A
nossa venda é feita, na grande maio-
ria, por meio de lojas de material de
construção. Por mais que a construtora
seja um canal muito importante, nossa
força é, sem dúvida, o varejo”, explica.
O varejo, de acordo com Ramos,
sempre foi o canal de distribuição natu-
ral da empresa e a demanda das lojas é
atendida pela unidade fabril de Extrema.
“Nossa experiência em toda a América
Latina mostrou que utilizar esse canal
como estratégia foi de uma importân-
cia fundamental para o crescimento
da companhia”, considera o executivo.
Para aumentar a participação no
varejo nacional, a aposta do fabrican-
te é em desenvolver soluções para o
armazenamento e tratamento de água
para consumo humano, assim como
para o descarte de efluentes de esgoto
com impacto ambiental reduzido. Des-
sa forma, mantém no México o Centro
de Inovação e Desenvolvimento (CID),
unidade responsável por pesquisas
tecnológicas e em processos, maté-
rias-primas e inovações. “O aumento
da cobertura geográfica é o outro ca-
minho para o aumento da participação
no varejo nacional”, observa Ramos.
Diante da importância das lojas
para os seus negócios, a Acqualimp
mantém um trabalho forte nos pon-
tos de venda. O diretor conta que o
fabricante “veste” as revendas com
material de informação técnica e de
vendas, realiza treinamento aos bal-
conistas, possui um programa de visi-
tas às unidades de produção, além de
realizar eventos para consumidores,
encanadores e arquitetos. Ramos des-
taca que a empresa utiliza painéis com
informações e faz a exposição de pro-
dutos em áreas externas, considerando
que as peças podem ficar expostas às
intempéries. “Nosso foco é o trabalho
nos pontos de venda e em publicações
em parcerias com os clientes”, reforça.
Além das lojas, Ramos explica
que, para distribuir seus produtos, a
Acqualimp utiliza, também, a estrutu-
ra de atacadistas, mas reforça que a
proporção de participação é muito pe-
quena do total de negócio comparado
ao canal de varejo.
Futuro Promissor Após o
término do Programa água para
todos, empresa estará preparada
para atender a novos mercados.
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Há 13 anos atuando no mercado bra-
sileiro, a Acqualimp, uma empresa do
Grupo mexicano Rotoplas, iniciou suas
atividades com uma unidade fabril em
Valinhos, no interior paulista, transferi-
da, em 2012, para Minas Gerais.
No início, lembra Ramos, eram fabri-
cadas somente caixas d’água de peque-
no porte de 500 litros e mil litros para
uso residencial. A estrutura era modes-
ta. Além da capacidade produtiva de 20
toneladas mensais, a fábrica ocupava
800m² e empregava 30 pessoas.
Na avaliação de Ramos, o cresci-
mento mais importante da companhia
aconteceu a partir de 2006, principal-
mente nas regiões em que a empresa
concentrou seus esforços de marke-
ting. Naquele ano, o fabricante lan-
çou durante o Salão Internacional da
Construção (Feicon Batimat) um por-
tfólio de novos produtos, deixando de
ser unicamente um fabricante de cai-
xas d’água de pequeno porte para ser
um fornecedor com uma ampla oferta
de itens, como outros tipos de reser-
vatórios e filtros. “Isso nos deu uma
imagem de um fornecedor completo,
especializado em produtos para água.
Foi um grande salto em vendas e nú-
mero de clientes”, lembra.
Apesar do começo tímido, o exe-
cutivo garante que, desde o início, a
companhia tinha o propósito de ofe-
recer ao mercado produtos com qua-
lidade superior, que extrapolassem
a função básica de armazenar água,
agregando tecnologias que permitis-
sem melhorar a qualidade da água
armazenada. O desafio, entretanto,
foi fazer o mercado entender que os
produtos Acqualimp são diferencia-
dos. “Nossos itens têm múltiplas ca-
madas, revestimento antibacteriano,
proteção total contra entrada de luz,
tampa com fechamento perfeito que
evita entrada de insetos ou sujeira,
enfim, atributos que têm um custo de
ou seja, produzir mais, com melhor
qualidade e a custos mais competi-
tivos. Segundo ele, essa tem sido a
obsessão nas fábricas e a meta tem
sido alcançada nessa área por meio
de uma metodologia de Lean Manu-
facturing batizada de “Fábrica Gold”,
onde a organização alinha todos os
processos de tempos e movimentos
de materiais.
A diretoria da Acqualimp está mui-
to entusiasmada com o crescimento
vivido pelo Brasil e pela operação da
empresa, fatores que, segundo Ra-
mos, sempre geram expectativas po-
sitivas para a ampliação de portfólio,
novas unidades de produção e expan-
e esse será o nosso grande desafio:
fazer da Acqualimp uma empresa que
participe em todas as regiões do Bra-
sil com uma proposta de valor dife-
renciada para o mercado. Isso passa
por ampliação de mix e aumento de
unidades fabris”, reforça.
Ramos diz que, em 2013, a organi-
zação registrou incremento nos negó-
cios do varejo em comparação a 2012.
Ele não revela os reais números de
crescimento, mas diz que foi um ano
bastante interessante. “Nossa meta
é manter o crescimento acelerado e
aumentar nossas vendas para ser o
fornecedor favorito dos varejistas das
regiões onde atuamos”, finaliza.
Estrutura da
empresa
Número de
unidades fabris: 09
Localização: Extrema e
Montes Claros (MG); Teresina
(PI), Petrolina e Cabo de
Santo Agostinho (PE),
Penedo (AL), Maracanaú
(CE), Simões Filho (BA)
e Palmas (TO).
Área de atuação: varejo e
governamental
Numero de funcionários: 491
Podemos atuar em qualquer região
onde haja oportunidades para o nosso
portfólio de varejo e construção
Vinícius Ramos > diretor de Varejo e Construção e
Fabiano Gonçalves > diretor de Infraestrutura
Início tímido, mas certeiro
produção maior. Entrar num mercado
dominado por produtos commodities
foi a grande barreira devido à diferen-
ça de preço com relação aos concor-
rentes”, lembra.
Ramos reforça que os principais
investimentos da empresa continuam
sendo em melhoria da produtividade,
são comercial para novas regiões. De
acordo com o executivo, a empresa
está, constantemente, estudando a
ampliação para novas zonas geográ-
ficas e aumento de mix em soluções
e serviços. “Devemos aspirar sem-
pre à liderança do mercado brasileiro
por meio de uma cobertura nacional
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