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A regularização fundiária e o
desenvolvimento sustentável
– a disciplina no Direito
brasileiro
Patricia André de Camargo Ferraz
Foco
Todo o procedimento tendente à
regularização jurídica de parte do
solo ou unidade imobiliária,
compreendendo-se sua perfeita
individualização e de suas partes
eventualmente decorrentes e
inscrição dos direitos que sobre ela
foram negociados.
Reflexos Positivos
da
Regularização
Fundiária
Reflexos Sociais Positivos
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regularidade formal perante o Estado
e a sociedade
- Auto-reconhecimento do morador
como cidadão
- Maior interesse do morador pelos
assuntos a si relacionados
(urbanismo, meio ambiente, política,
etc)
Reflexos Urbanísticos Positivos
 Como há vinculação afetiva do
morador ao seu imóvel:
Microinvestimentos na melhoria da
qualidade estética do imóvel e de
seus arredores
 Possibilidade de ordenação
urbanística da cidade pelo poder
público municipal
Reflexos Políticos Positivos
- Identificação e localização daquela parcela
de administrados
- Aumento da capacidade de acesso e
controle do Estado nas relações sociais da
localidade afetada
- Substituição da figura paternalista e
simbiótica do criminoso (traficantes /
corruptos) pelo Estado regulador e
administrador
- Maior permeabilidade da camada social
para as políticas públicas de combate à
criminalidade
- Redução da criminalidade
Reflexos Econômicos
Positivos
- Redução de custos de obtenção de
segurança nas transações (ex.
Rocinha / Paraisópolis)
- Incremento da circulação de bens e
serviços a partir da movimentação do
mercado da construção civil, com o
investimento no imóvel próprio
- Capacitação econômica da
População
Reflexos Econômicos Positivos
- Redução do custo de financiamentos /
garantia real
- Investimentos em pequenos negócios
- Aquecimento da economia formal
(local/nacional)
- Atração de investimentos externos e
internos - SEGURANÇA JURÍDICA QUANTO
AOS DIREITOS REAIS – imóveis rurais
e urbanos
Regularização Fundiária e Desenvolvimento
Econômico Sustentado
 Capacitação econômica da população
 Milhões de micro-negócios
 Desenvolvimento econômico:
- Grandes empresas/ produtores
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micro-investimentos (suporte
econômico pulverizado / difuso /
espraiado)
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Duas abordagens sobre a Regularização
Fundiária
 A RF pode ser vista de forma mais
reduzida, tímida, restrita, como mero
instrumento garantidor de acesso à
moradia, em alguns casos com um viés
paternalista ou clientelista
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arrojada, abrangente, como instrumento
de combate à pobreza e propulsor do
desenvolvimento econômico do país.
Bases Legais da Visão
Mais Ampla
Constituição Federal
Artigo 3° - um dos objetivos
fundamentais da República
Federativa do Brasil é o
desenvolvimento nacional e a
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Constituição Federal
Art. 182 . A política de
desenvolvimento urbano, executada
pelo poder público municipal,
conforme diretrizes gerais fixadas em
lei, tem por objetivo ordenar o
pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e garantir o bem
estar de seus habitantes.
Estatuto da Cidade
Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua
função social quando atende às exigências
fundamentais de ordenação da cidade
expressas no Plano Diretor, assegurando o
atendimento das necessidades dos
cidadãos quanto à qualidade de vida,
justiça social e ao desenvolvimento das
atividades econômicas, respeitadas as
diretrizes previstas nos art. 2o. desta Lei.
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 DESMEMBRAMENTO
 UNIFICAÇÃO
 RETIFICAÇÃO DE REGISTRO e
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JUDICIAL
 LOTEAMENTO
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CONDOMÍNIO
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DEMOLIÇÃO, AMPLIAÇÃO
NOVOS INSTRUMENTOS
 RETIFICAÇÃO DE REGISTRO E APURAÇÃO
DE REMANESCENTE EXTRAJUDICIAL
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11.977/09
Desmembramento e Unificação
Retificação de Área e Apuração de
Remanescente Extrajudicial
Art. 213 da Lei 6015/73
Para corrigir omissão, imprecisão ou
inverdade do registro
... uma terça parte ideal de uma parte do Sítio do Ribeirão,
atual Sítio dos Pereiras, situado neste distrito, município e
comarca, com sete (07) alqueires, pouco mais ou menos,
que começa na porteira do Sítio onde se chega por um
caminho que vem da Estrada Alvarenga, aí, do lado
esquerdo, se vê uma picada, a qual segue, em linha
reta até uma valeta próximo a um toco, confinando
com herdeiros de Maria ou Joaquim Antonio de
Andrade; dessa valeta vira à direita e segue uma
picada em rumo direto, com ligeiros desvios de reta,
de valeta em valeta, medindo 410,00 metros até uma
valeta recentemente aberta, confrontando com
sucessores de Godoy Cassemiro; deste ponto vira à direita e
segue até uma valeta recentemente aberta próxima ao
tanque do engenho, isto é, a linha divisória estabelecida
pelos herdeiros, ficando o engenho para dentro,
atravessando o tanque que deságua, isto é, o córrego que
deságua o tanque, até encontrar o córrego que serve de
divisa a João Nunes, confinando daquele lado com o mesmo
Sítio, e, seguindo este córrego, confrontando... até
encontrar uma valeta; dai vira à direita até encontrar o
ponto de partida... (1970)
Retificação de Área e Apuração de
Remanescente Extrajudicial
 Requerimento assinado pelo proprietário e
profissional habilitado
 Planta
 Memorial Descritivo
 ART
 Certidão de confrontação
 Anuência dos confrontantes
 Carnê do IPTU ou Cert. de Valor Venal dos
imóveis retificandos
 Declarações de responsabilidade
Retificação de Área e Apuração de
Remanescente Extrajudicial
 ART (firma reconhecida, área
correta..)
 Certidão de confrontação
 Carnê do IPTU ou Cert. de Valor
Venal dos imóveis retificandos (área
total retificanda + acessões)
 Base de cálculo: valor venal
Retificação de Área e Apuração de
Remanescente Extrajudicial
 Quem é confrontante?
- Proprietário
- Ocupante
- No condomínio do CC: qq condômino
- No condomínio edilício: síndico (ata
registrada no RTD da situação do
imóvel)
Retificação de Área e Apuração de
Remanescente Extrajudicial
Procedimento:
Prenotação
Qualificação
Notificação pessoal ou por AR
Notificação por edital
Prazo de impugnação
Silêncio = anuência tácita
Impugnação: espaço para transação
Acordo : Retificação (AV / Matrícula)
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 Demarcação de Terras Interiores
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Hipótese de Incidência
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Social em terras da União
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Demarcação
Homogeiniza a situação jurídica da área
regularizanda, NÃO atribui domínio!
Hipótese de afetação
Art. 18-A. A União poderá lavrar auto de
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de regularização fundiária de interesse
social, com base no levantamento da
situação da área a ser regularizada
Extensão da Demarcação
 Art. 22. Os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios nas
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interesse social promovidas nos
imóveis de sua propriedade poderão
aplicar, no que couber, as disposições
dos arts. 18-B a 18-F do Decreto-Lei
no 9.760, de 5 de setembro de 1946.
Documentos
 Auto de Demarcação (SPU)
 planta e memorial descritivo da área
a ser regularizada;
 planta de sobreposição da área
demarcada;
 certidão da matrícula ou transcrição
relativa à área a ser regularizada
emitida pelo RI competente e das
circunscrições imobiliárias
anteriormente competentes, quando
houver;
Documentos
 certidão da SPU de que a área pertence
ao patrimônio da União, indicando o
Registro Imobiliário Patrimonial - RIP e o
responsável pelo imóvel;
 planta de demarcação da Linha Preamar
Média - LPM, quando se tratar de
terrenos de marinha ou acrescidos;
 planta de demarcação da Linha Média
das Enchentes Ordinárias - LMEO,
quando se tratar de terrenos marginais
de rios federais.
§ 3o As plantas e memoriais
assinados por profissional legalmente
habilitado, com ART no CREA
§ 4o Entende-se por responsável
pelo imóvel o titular de direito
outorgado pela União, devidamente
identificado no RIP.
PROCEDIMENTO
 Prenotação e autuação do pedido de
registro da demarcação no registro de
imóveis
 Buscas para identificação de matrículas ou
transcrições e qualificação dos
documentos (30 dias)
 Comunicação da existência de eventuais
exigências para a efetivação do registro
Havendo registro anterior...
 Notificação pessoal do titular de domínio,
no imóvel, no endereço que constar do
registro imobiliário ou no endereço
fornecido pela União
 Notificação por edital do titular de domínio
não encontrado.
 Notificação por edital dos confrontantes,
ocupantes e terceiros interessados.
Art, 18-D
§1o Não sendo encontrado o titular de
domínio, tal fato será certificado pelo
oficial encarregado da diligência, que
promoverá sua notificação mediante
o edital referido no caput deste
artigo
Edital
 conterá resumo do pedido de registro da
demarcação, com a descrição que permita
a identificação da área
demarcada;(+desenho)
 deverá ser publicado por 2 (duas) vezes,
dentro do prazo de 30 (trinta) dias, em
um jornal de grande circulação local;
 será publicado pela União, que
encaminhará ao oficial do registro de
imóveis os exemplares dos jornais que os
tenham publicado.
 Prazo de 15 (quinze) dias, da última
publicação, para impugnar (= prazo
para notificação pessoal)
 Presumir-se-á a anuência dos
notificados que deixarem de
apresentar impugnação no prazo
previsto (pq terras públicas)
Quando a lei diz menos...
Art. 18-C. Inexistindo matrícula ou
transcrição anterior e estando a
documentação em ordem, ou
atendidas as exigências feitas no art.
18-B desta Lei, (e não tendo havido
impugnação de seu titular inscrito)o
oficial do registro de imóveis deve
abrir matrícula do imóvel em nome
da União e registrar o auto de
demarcação.
Decorrido o prazo sem impugnação,
o oficial do registro de imóveis deve:
 abrir matrícula do imóvel em nome
da União
 registrar o auto de demarcação
 proceder às averbações necessárias
nas matrículas ou transcrições
anteriores, quando for o caso
Quando a lei diz menos...
Havendo registro de direito real
sobre a área demarcada ou parte
dela (e não tendo havido
impugnação de seu titular inscrito), o
oficial deverá proceder ao
cancelamento de seu registro em
decorrência da abertura da nova
matrícula em nome da União
(§ ún. 18-E)
Havendo impugnação...
 Art. 18-F. O oficial do registro de imóveis
dará ciência de seus termos à União.
§ 1o Não havendo acordo entre
impugnante e a União, a questão deve ser
encaminhada ao juízo competente, dando-
se continuidade ao procedimento de
registro relativo ao remanescente
incontroverso.
 Julgada improcedente a impugnação,
os autos devem ser encaminhados
ao registro de imóveis para que o
oficial abra matrícula, registre o
auto, proceda às averbações, etc...
 Sendo julgada procedente a
impugnação, os autos devem ser
restituídos ao registro de imóveis
para as anotações necessárias e
posterior devolução ao poder público.
Art. 18-F, § 4º
A prenotação do requerimento de
registro da demarcação ficará
prorrogada até o cumprimento da
decisão proferida pelo juiz ou até seu
cancelamento a requerimento da
União, não se aplicando às
regularizações previstas nesta Seção
o cancelamento por decurso de
prazo.
Demarcação de Terras
Particulares para
Regularização Fundiária
Lei 11.977/09
Hipótese de Incidência
Regularização Fundiária
de Interesse Social
Demarcação
Homogenização da situação jurídica
da área regularizanda, NÃO atribui
domínio!
Hipótese de afetação
Documentos
 Auto de Demarcação
 planta e memorial descritivo da área
a ser regularizada;
 planta de sobreposição da área
demarcada;
 certidão da matrícula ou transcrição
relativa à área a ser regularizada
emitida pelo RI competente e das
circunscrições imobiliárias
anteriormente competentes, quando
houver;
Recomendável que as plantas e
memoriais assinados por profissional
legalmente habilitado, com ART no
CREA
PROCEDIMENTO
 Prenotação e autuação do pedido de
registro da demarcação no registro de
imóveis
 Buscas para identificação de matrículas ou
transcrições e qualificação dos
documentos (30 dias)
 Comunicação da existência de eventuais
exigências para a efetivação do registro
Havendo registro anterior...
 Notificação pessoal do titular de domínio,
no imóvel, no endereço que constar do
registro imobiliário ou no endereço
fornecido pela União, e, por meio de edital
 Notificação por edital do titular de domínio
não encontrado.
 Notificação por edital dos confrontantes,
ocupantes e terceiros interessados.
Não sendo encontrado o titular de
domínio, tal fato será certificado pelo
oficial encarregado da diligência, que
promoverá sua notificação mediante
o edital
OBS: NOTIFICAR UNIÃO, ESTADO E
MUNICÍPIO – a área pode/deve ser
pública
Edital
 conterá resumo do pedido de registro da
demarcação, com a descrição que permita
a identificação da área demarcada e seu
desenho
 deverá ser publicado por 2 (duas) vezes,
dentro do prazo de 60 dias, uma em um
jornal de grande circulação local e outra
pela imprensa oficial;
 Prazo de 15 dias para impugnação ao
pedido de AV DA DEMARCAÇÃO
 Presumir-se-á a anuência dos
notificados que deixarem de
apresentar impugnação no prazo
previsto (PARÁGRAFO 4º)
 OBS: A omissão do poder público
(provável titular de domínio) não
pode ter este efeito
Decorrido o prazo sem impugnação,
o oficial do registro de imóveis deve:
 AVERBAR o auto de demarcação
 proceder às averbações necessárias
nas matrículas ou transcrições
anteriores, quando for o caso
 Se não houver matrícula ... (havia
transcrição ou registro anterior????)
Havendo impugnação...
 O oficial do registro de imóveis dará
ciência ao poder público
 Se a impugnação for parcial, dará
continuidade com relação ao restante
 Tentativa de acordo
 Sem acordo – encerramento quanto
à parte impugnada
Legitimação de Posse
 Transferência do Domínio:
- 5 anos após o registro da legitimação
- Requisitos art. 59 e 60
INSTRUMENTO MAIS ÁGIL
Art. 71 da Lei 11.977/2009
Art. 71. As glebas parceladas para fins
urbanos anteriormente a 19 de dezembro
de 1979 que não possuírem registro
poderão ter sua situação jurídica
regularizada, com o registro do
parcelamento, desde que o parcelamento
esteja implantado e integrado à cidade.
§ 1o A regularização prevista no caput pode
envolver a totalidade ou parcelas da
gleba.
§ 2o O interessado deverá apresentar
certificação de que a gleba preenche as
condições previstas no caput, bem como
desenhos e documentos com as
informações necessárias para a efetivação
do registro do parcelamento.
Art. 71 da Lei 11.977/2009
I- Ocupações:
 para fins urbanos
 anteriores à dezembro de 1979
 Parcelamento já implantado e
integrado ao espaço urbano
II- Pode envolver a totalidade ou parte
da gleba
Art. 71 da Lei 11.977/2009
Documentos:
- Requerimento
- Planta e memorial da área
regularizanda
- Certidão da prefeitura (implantação,
integração e data de implantação)
- Certidão da matrícula ou transcrição
da área e de seus eventuais lotes
Regularização Fundiária de
Imóveis da União
na Amazônia Legal
(Lei 11.952/09)
Lei 11.952/09
 Art. 1o Esta Lei dispõe sobre a
regularização fundiária das
ocupações incidentes em terras
situadas em áreas da União, no
âmbito da Amazônia Legal, definida
no art. 2º da Lei Complementar nº
124, de 3 de janeiro de 2007,
mediante alienação e concessão de
direito real de uso de imóveis.
Vedações
 Art. 4o Não serão passíveis de alienação ou
concessão de direito real de uso, nos termos
desta Lei, as ocupações que recaiam sobre áreas:
 I - reservadas à administração militar federal e a
outras finalidades de utilidade pública ou de
interesse social a cargo da União;
 II - tradicionalmente ocupadas por população
indígena;
 III - de florestas públicas, nos termos da Lei no
11.284, de 2 de março de 2006, de unidades de
conservação ou que sejam objeto de processo
administrativo voltado à criação de unidades de
conservação, conforme regulamento; ou
 IV - que contenham acessões ou benfeitorias
federais.
Destaque de terra pública
 Art. 26
 § 2o Na hipótese de estarem abrangidas
as áreas referidas nos incisos I a IV do
caput do art. 4o desta Lei, o registro do
título será condicionado à sua exclusão,
bem como à abertura de nova matrícula
para as áreas destacadas objeto de
doação ou concessão no registro
imobiliário competente, nos termos do
inciso I do art. 167 da Lei nº 6.015, de 31
de dezembro de 1973.
Art. 26
 § 5o A abertura de matrícula referente à
área independerá do georreferenciamento
do remanescente da gleba, nos termos do
§ 3º do art. 176 da Lei nº 6.015, de 31 de
dezembro de 1973, desde que a doação
ou a concessão de direito real de uso
sejam precedidas do reconhecimento dos
limites da gleba pelo Incra ou, se for o
caso, pelo Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão, garantindo que a
área esteja nela localizada.
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Regularizacao fundiariae desenvolvimentosustentado

  • 1. A regularização fundiária e o desenvolvimento sustentável – a disciplina no Direito brasileiro Patricia André de Camargo Ferraz
  • 2. Foco Todo o procedimento tendente à regularização jurídica de parte do solo ou unidade imobiliária, compreendendo-se sua perfeita individualização e de suas partes eventualmente decorrentes e inscrição dos direitos que sobre ela foram negociados.
  • 4. Reflexos Sociais Positivos - Inclusão do morador em situação de regularidade formal perante o Estado e a sociedade - Auto-reconhecimento do morador como cidadão - Maior interesse do morador pelos assuntos a si relacionados (urbanismo, meio ambiente, política, etc)
  • 5. Reflexos Urbanísticos Positivos  Como há vinculação afetiva do morador ao seu imóvel: Microinvestimentos na melhoria da qualidade estética do imóvel e de seus arredores  Possibilidade de ordenação urbanística da cidade pelo poder público municipal
  • 6. Reflexos Políticos Positivos - Identificação e localização daquela parcela de administrados - Aumento da capacidade de acesso e controle do Estado nas relações sociais da localidade afetada - Substituição da figura paternalista e simbiótica do criminoso (traficantes / corruptos) pelo Estado regulador e administrador - Maior permeabilidade da camada social para as políticas públicas de combate à criminalidade - Redução da criminalidade
  • 7. Reflexos Econômicos Positivos - Redução de custos de obtenção de segurança nas transações (ex. Rocinha / Paraisópolis) - Incremento da circulação de bens e serviços a partir da movimentação do mercado da construção civil, com o investimento no imóvel próprio - Capacitação econômica da População
  • 8. Reflexos Econômicos Positivos - Redução do custo de financiamentos / garantia real - Investimentos em pequenos negócios - Aquecimento da economia formal (local/nacional) - Atração de investimentos externos e internos - SEGURANÇA JURÍDICA QUANTO AOS DIREITOS REAIS – imóveis rurais e urbanos
  • 9. Regularização Fundiária e Desenvolvimento Econômico Sustentado  Capacitação econômica da população  Milhões de micro-negócios  Desenvolvimento econômico: - Grandes empresas/ produtores - Micro-empresas / micro-produtores / micro-investimentos (suporte econômico pulverizado / difuso / espraiado)  Combate à pobreza
  • 10. Duas abordagens sobre a Regularização Fundiária  A RF pode ser vista de forma mais reduzida, tímida, restrita, como mero instrumento garantidor de acesso à moradia, em alguns casos com um viés paternalista ou clientelista  Ou pode ser vista de forma mais ampla, arrojada, abrangente, como instrumento de combate à pobreza e propulsor do desenvolvimento econômico do país.
  • 11. Bases Legais da Visão Mais Ampla
  • 12. Constituição Federal Artigo 3° - um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil é o desenvolvimento nacional e a erradicação da pobreza.
  • 13. Constituição Federal Art. 182 . A política de desenvolvimento urbano, executada pelo poder público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem estar de seus habitantes.
  • 14. Estatuto da Cidade Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no Plano Diretor, assegurando o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas, respeitadas as diretrizes previstas nos art. 2o. desta Lei.
  • 15. INSTRUMENTOS CLÁSSICOS  DESMEMBRAMENTO  UNIFICAÇÃO  RETIFICAÇÃO DE REGISTRO e APURAÇÃO DE REMANESCENTE JUDICIAL  LOTEAMENTO  INSTITUIÇÃO E ESPECIFICAÇÃO DE CONDOMÍNIO  AVERBAÇÃO DE CONSTRUÇÃO, DEMOLIÇÃO, AMPLIAÇÃO
  • 16. NOVOS INSTRUMENTOS  RETIFICAÇÃO DE REGISTRO E APURAÇÃO DE REMANESCENTE EXTRAJUDICIAL  DEMARCAÇÃO URBANISTICA DE TERRAS DA UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS (LEI Nº 11.481/07)  DEMARCAÇÃO URBANISTICA DE TERRAS PARTICULARES (LEI Nº 11.977/09)  REGULARIZAÇÃO EXTRAJUDICIAL  REGULARIZAÇÃO SIMPLIFICADA DE OCUPAÇÕES ANTIGAS E INTEGRADAS AO ESPAÇO URBANO (ART. 71 DA LEI 11.977/09
  • 18. Retificação de Área e Apuração de Remanescente Extrajudicial Art. 213 da Lei 6015/73 Para corrigir omissão, imprecisão ou inverdade do registro
  • 19. ... uma terça parte ideal de uma parte do Sítio do Ribeirão, atual Sítio dos Pereiras, situado neste distrito, município e comarca, com sete (07) alqueires, pouco mais ou menos, que começa na porteira do Sítio onde se chega por um caminho que vem da Estrada Alvarenga, aí, do lado esquerdo, se vê uma picada, a qual segue, em linha reta até uma valeta próximo a um toco, confinando com herdeiros de Maria ou Joaquim Antonio de Andrade; dessa valeta vira à direita e segue uma picada em rumo direto, com ligeiros desvios de reta, de valeta em valeta, medindo 410,00 metros até uma valeta recentemente aberta, confrontando com sucessores de Godoy Cassemiro; deste ponto vira à direita e segue até uma valeta recentemente aberta próxima ao tanque do engenho, isto é, a linha divisória estabelecida pelos herdeiros, ficando o engenho para dentro, atravessando o tanque que deságua, isto é, o córrego que deságua o tanque, até encontrar o córrego que serve de divisa a João Nunes, confinando daquele lado com o mesmo Sítio, e, seguindo este córrego, confrontando... até encontrar uma valeta; dai vira à direita até encontrar o ponto de partida... (1970)
  • 20. Retificação de Área e Apuração de Remanescente Extrajudicial  Requerimento assinado pelo proprietário e profissional habilitado  Planta  Memorial Descritivo  ART  Certidão de confrontação  Anuência dos confrontantes  Carnê do IPTU ou Cert. de Valor Venal dos imóveis retificandos  Declarações de responsabilidade
  • 21. Retificação de Área e Apuração de Remanescente Extrajudicial  ART (firma reconhecida, área correta..)  Certidão de confrontação  Carnê do IPTU ou Cert. de Valor Venal dos imóveis retificandos (área total retificanda + acessões)  Base de cálculo: valor venal
  • 22. Retificação de Área e Apuração de Remanescente Extrajudicial  Quem é confrontante? - Proprietário - Ocupante - No condomínio do CC: qq condômino - No condomínio edilício: síndico (ata registrada no RTD da situação do imóvel)
  • 23. Retificação de Área e Apuração de Remanescente Extrajudicial Procedimento: Prenotação Qualificação Notificação pessoal ou por AR Notificação por edital Prazo de impugnação Silêncio = anuência tácita Impugnação: espaço para transação Acordo : Retificação (AV / Matrícula) Conflito: JCP
  • 25. Lei nº 9760/46  Demarcação de Terrenos de Marinha  Demarcação de Terras Interiores  Demarcação de Terrenos para Regularização Fundiária de Interesse Social
  • 27. Hipótese de Incidência  Arts. 18-A a 18-F  Regularização Fundiária de Interesse Social em terras da União  Beneficiários com renda familiar mensal de até 5 sm
  • 28. Demarcação Homogeiniza a situação jurídica da área regularizanda, NÃO atribui domínio! Hipótese de afetação Art. 18-A. A União poderá lavrar auto de demarcação nos seus imóveis, nos casos de regularização fundiária de interesse social, com base no levantamento da situação da área a ser regularizada
  • 29. Extensão da Demarcação  Art. 22. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas regularizações fundiárias de interesse social promovidas nos imóveis de sua propriedade poderão aplicar, no que couber, as disposições dos arts. 18-B a 18-F do Decreto-Lei no 9.760, de 5 de setembro de 1946.
  • 30. Documentos  Auto de Demarcação (SPU)  planta e memorial descritivo da área a ser regularizada;  planta de sobreposição da área demarcada;  certidão da matrícula ou transcrição relativa à área a ser regularizada emitida pelo RI competente e das circunscrições imobiliárias anteriormente competentes, quando houver;
  • 31. Documentos  certidão da SPU de que a área pertence ao patrimônio da União, indicando o Registro Imobiliário Patrimonial - RIP e o responsável pelo imóvel;  planta de demarcação da Linha Preamar Média - LPM, quando se tratar de terrenos de marinha ou acrescidos;  planta de demarcação da Linha Média das Enchentes Ordinárias - LMEO, quando se tratar de terrenos marginais de rios federais.
  • 32. § 3o As plantas e memoriais assinados por profissional legalmente habilitado, com ART no CREA
  • 33. § 4o Entende-se por responsável pelo imóvel o titular de direito outorgado pela União, devidamente identificado no RIP.
  • 35.  Prenotação e autuação do pedido de registro da demarcação no registro de imóveis  Buscas para identificação de matrículas ou transcrições e qualificação dos documentos (30 dias)  Comunicação da existência de eventuais exigências para a efetivação do registro
  • 36. Havendo registro anterior...  Notificação pessoal do titular de domínio, no imóvel, no endereço que constar do registro imobiliário ou no endereço fornecido pela União  Notificação por edital do titular de domínio não encontrado.  Notificação por edital dos confrontantes, ocupantes e terceiros interessados.
  • 37. Art, 18-D §1o Não sendo encontrado o titular de domínio, tal fato será certificado pelo oficial encarregado da diligência, que promoverá sua notificação mediante o edital referido no caput deste artigo
  • 38. Edital  conterá resumo do pedido de registro da demarcação, com a descrição que permita a identificação da área demarcada;(+desenho)  deverá ser publicado por 2 (duas) vezes, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, em um jornal de grande circulação local;  será publicado pela União, que encaminhará ao oficial do registro de imóveis os exemplares dos jornais que os tenham publicado.
  • 39.  Prazo de 15 (quinze) dias, da última publicação, para impugnar (= prazo para notificação pessoal)  Presumir-se-á a anuência dos notificados que deixarem de apresentar impugnação no prazo previsto (pq terras públicas)
  • 40. Quando a lei diz menos... Art. 18-C. Inexistindo matrícula ou transcrição anterior e estando a documentação em ordem, ou atendidas as exigências feitas no art. 18-B desta Lei, (e não tendo havido impugnação de seu titular inscrito)o oficial do registro de imóveis deve abrir matrícula do imóvel em nome da União e registrar o auto de demarcação.
  • 41. Decorrido o prazo sem impugnação, o oficial do registro de imóveis deve:  abrir matrícula do imóvel em nome da União  registrar o auto de demarcação  proceder às averbações necessárias nas matrículas ou transcrições anteriores, quando for o caso
  • 42. Quando a lei diz menos... Havendo registro de direito real sobre a área demarcada ou parte dela (e não tendo havido impugnação de seu titular inscrito), o oficial deverá proceder ao cancelamento de seu registro em decorrência da abertura da nova matrícula em nome da União (§ ún. 18-E)
  • 43. Havendo impugnação...  Art. 18-F. O oficial do registro de imóveis dará ciência de seus termos à União. § 1o Não havendo acordo entre impugnante e a União, a questão deve ser encaminhada ao juízo competente, dando- se continuidade ao procedimento de registro relativo ao remanescente incontroverso.
  • 44.  Julgada improcedente a impugnação, os autos devem ser encaminhados ao registro de imóveis para que o oficial abra matrícula, registre o auto, proceda às averbações, etc...
  • 45.  Sendo julgada procedente a impugnação, os autos devem ser restituídos ao registro de imóveis para as anotações necessárias e posterior devolução ao poder público.
  • 46. Art. 18-F, § 4º A prenotação do requerimento de registro da demarcação ficará prorrogada até o cumprimento da decisão proferida pelo juiz ou até seu cancelamento a requerimento da União, não se aplicando às regularizações previstas nesta Seção o cancelamento por decurso de prazo.
  • 47. Demarcação de Terras Particulares para Regularização Fundiária Lei 11.977/09
  • 48. Hipótese de Incidência Regularização Fundiária de Interesse Social
  • 49. Demarcação Homogenização da situação jurídica da área regularizanda, NÃO atribui domínio! Hipótese de afetação
  • 50. Documentos  Auto de Demarcação  planta e memorial descritivo da área a ser regularizada;  planta de sobreposição da área demarcada;  certidão da matrícula ou transcrição relativa à área a ser regularizada emitida pelo RI competente e das circunscrições imobiliárias anteriormente competentes, quando houver;
  • 51. Recomendável que as plantas e memoriais assinados por profissional legalmente habilitado, com ART no CREA
  • 53.  Prenotação e autuação do pedido de registro da demarcação no registro de imóveis  Buscas para identificação de matrículas ou transcrições e qualificação dos documentos (30 dias)  Comunicação da existência de eventuais exigências para a efetivação do registro
  • 54. Havendo registro anterior...  Notificação pessoal do titular de domínio, no imóvel, no endereço que constar do registro imobiliário ou no endereço fornecido pela União, e, por meio de edital  Notificação por edital do titular de domínio não encontrado.  Notificação por edital dos confrontantes, ocupantes e terceiros interessados.
  • 55. Não sendo encontrado o titular de domínio, tal fato será certificado pelo oficial encarregado da diligência, que promoverá sua notificação mediante o edital OBS: NOTIFICAR UNIÃO, ESTADO E MUNICÍPIO – a área pode/deve ser pública
  • 56. Edital  conterá resumo do pedido de registro da demarcação, com a descrição que permita a identificação da área demarcada e seu desenho  deverá ser publicado por 2 (duas) vezes, dentro do prazo de 60 dias, uma em um jornal de grande circulação local e outra pela imprensa oficial;  Prazo de 15 dias para impugnação ao pedido de AV DA DEMARCAÇÃO
  • 57.  Presumir-se-á a anuência dos notificados que deixarem de apresentar impugnação no prazo previsto (PARÁGRAFO 4º)  OBS: A omissão do poder público (provável titular de domínio) não pode ter este efeito
  • 58. Decorrido o prazo sem impugnação, o oficial do registro de imóveis deve:  AVERBAR o auto de demarcação  proceder às averbações necessárias nas matrículas ou transcrições anteriores, quando for o caso  Se não houver matrícula ... (havia transcrição ou registro anterior????)
  • 59. Havendo impugnação...  O oficial do registro de imóveis dará ciência ao poder público  Se a impugnação for parcial, dará continuidade com relação ao restante  Tentativa de acordo  Sem acordo – encerramento quanto à parte impugnada
  • 60. Legitimação de Posse  Transferência do Domínio: - 5 anos após o registro da legitimação - Requisitos art. 59 e 60
  • 62. Art. 71 da Lei 11.977/2009 Art. 71. As glebas parceladas para fins urbanos anteriormente a 19 de dezembro de 1979 que não possuírem registro poderão ter sua situação jurídica regularizada, com o registro do parcelamento, desde que o parcelamento esteja implantado e integrado à cidade. § 1o A regularização prevista no caput pode envolver a totalidade ou parcelas da gleba. § 2o O interessado deverá apresentar certificação de que a gleba preenche as condições previstas no caput, bem como desenhos e documentos com as informações necessárias para a efetivação do registro do parcelamento.
  • 63. Art. 71 da Lei 11.977/2009 I- Ocupações:  para fins urbanos  anteriores à dezembro de 1979  Parcelamento já implantado e integrado ao espaço urbano II- Pode envolver a totalidade ou parte da gleba
  • 64. Art. 71 da Lei 11.977/2009 Documentos: - Requerimento - Planta e memorial da área regularizanda - Certidão da prefeitura (implantação, integração e data de implantação) - Certidão da matrícula ou transcrição da área e de seus eventuais lotes
  • 65. Regularização Fundiária de Imóveis da União na Amazônia Legal (Lei 11.952/09)
  • 66. Lei 11.952/09  Art. 1o Esta Lei dispõe sobre a regularização fundiária das ocupações incidentes em terras situadas em áreas da União, no âmbito da Amazônia Legal, definida no art. 2º da Lei Complementar nº 124, de 3 de janeiro de 2007, mediante alienação e concessão de direito real de uso de imóveis.
  • 67. Vedações  Art. 4o Não serão passíveis de alienação ou concessão de direito real de uso, nos termos desta Lei, as ocupações que recaiam sobre áreas:  I - reservadas à administração militar federal e a outras finalidades de utilidade pública ou de interesse social a cargo da União;  II - tradicionalmente ocupadas por população indígena;  III - de florestas públicas, nos termos da Lei no 11.284, de 2 de março de 2006, de unidades de conservação ou que sejam objeto de processo administrativo voltado à criação de unidades de conservação, conforme regulamento; ou  IV - que contenham acessões ou benfeitorias federais.
  • 68. Destaque de terra pública  Art. 26  § 2o Na hipótese de estarem abrangidas as áreas referidas nos incisos I a IV do caput do art. 4o desta Lei, o registro do título será condicionado à sua exclusão, bem como à abertura de nova matrícula para as áreas destacadas objeto de doação ou concessão no registro imobiliário competente, nos termos do inciso I do art. 167 da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973.
  • 69. Art. 26  § 5o A abertura de matrícula referente à área independerá do georreferenciamento do remanescente da gleba, nos termos do § 3º do art. 176 da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, desde que a doação ou a concessão de direito real de uso sejam precedidas do reconhecimento dos limites da gleba pelo Incra ou, se for o caso, pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, garantindo que a área esteja nela localizada.