SlideShare uma empresa Scribd logo
Queratocone
e
Lentes de Contacto
Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, EPE
Serviço de Oftalmologia
Director: Dr. António Melo
Amadora, Maio 2014
Inês Coutinho, Mário Ramalho, Catarina Pedrosa, Susana Pina, Mafalda Mota, Cristina Santos
Dra Cristina Vendrell
Queratocone
Ectasia corneana
Não inflamatória
Frequente
↓espessura do estroma
central/paracentral com
distorção cónica da córnea
Bilateral (96%)
Assimétrico
Inicio: 15-20A Progressiva: 35-40 A
Etiologia multifactorial ???
Genética + Biomecânica +Bioquímica
Factor desencadeante: Trauma ocular
Associações sistémicas e OFT:
• Atopia /S.Down/S.Turner/ S.Marfan/S.Ehlers-Danlos/Prolapso da Válvula
Mitral/Osteogénese imperfeita
• Queratoconjuntivite vernal/ Aniridia/Amaurose congénita de
Leber/Retinose pigmentar/ S. Floppy eyelid
Queratocone
Sinais Refractivos:
Astigmatismo miópico irregular
Reflexo em tesoura e gota de óleo à esquiascopia
Sinais Externos:
Sinal de Munson e Rizzuti
Sintomas
↓AV ou visão distorcida
Critérios de diagnóstico clínico
Queratocone
Sinais Biomicroscópicos:
Adelgaçamento ápex da córnea
Maior visibilidade das fibras nervosas
Estrias de Vogt
Anel de Fleisher na base
Opacidades apicais
Queratocone
Critérios de diagnóstico clínico
Critérios de diagnóstico topográficos
Queratocone
Mapa de elevação
Mapa queratométrico
Mapa paquimétrico
Sinais Alarme:
Km>47D
Diferença I/S>1.4D
Ponto mais fino <500μm (++ inferior)
Classificação
Queratocone
Queratométrica:
Incipiente (<45D)
Moderado (45 a 52D)
Avançado (52-60D)
Severo (>60D)
Topográfica:
• Redondo ou Nipple Cone
• Oval ou Sagging Cone
• Globoso
• Indefinido
Asmler-Krumeich:
Óculos LC
Anel intra-estromal Crosslinking
Queratoplastia
Queratocone – Opções terapêuticas
LC não interfere com a evolução da doença mas
proporciona melhor AV
Pode ser factor desencadeante de progressão
Avanços tecnológicos tem permitido a adaptação de
LC em quase todos os graus de queratocone
Queratocone e Lentes de Contacto
• Não existe uma LC ideal para todos os tipos
Queratocone e Lentes de Contacto
LC ideal
MAVC
Conforto
Integridade da
superfície
ocular
RGP Corneana
• Esférica/ Asféricas
• Bicurva/ Multicurva
Piggyback Híbridas Esclerais
Queratocone e Lentes de Contacto
Hidrófilas: Especiais ou tóricas
RGP
1º OPÇÃO
Vantagens: Qualidade óptica, correcção de astigmatismo corneano irregular,
boa troca lacrimal, segurança, fácil manuseio , maior durabilidade
Desvantagens: pouca estabilidade , desconforto
RGP
Adaptação da LC:
1.Curva Base/ Raio de Curvatura ( K ou + plano K)
Diâmetro (8 A 10 mm)
Cone redondo e apical : LC+ curva (RC =K ) e menor diâmetro (8mm)
Cone oval e descentrado: LC + plana (RC=mais plano K)e maior diâmetro (9-10mm)
RGP
Adaptação da LC:
1.Curva Base (= K ou + plano K)
Diâmetro (8 A 10 mm)
2.Padrão de Fluoresceína
-3 Pontos de Toque
-Sem Toque apical
-Toque apical mínimo de 2 a 3mm
RGP
Adaptação da LC:
1.Curva Base (= K ou + plano K)
Diâmetro (8 A 10 mm)
2.Padrão de Fluoresceína
3.Movimento e Centragem LC
4.Tolerância
5.Potência
- Sobrerefracção e distância Vertex
RGP Especiais
Menicom KRC, K3, TCC6
(Optiflex)
Renovação 2 anos
Custo 150€/lente
Menicom S9, B4P,B4PM
RGP Especiais
Rose K
KeraKone
Soflex OP8
(Optiforum)
Nissel KII Rigid
(Cantor e Nissel)
Piggyback
Indicações: +++ Intolerância RGP, Erosão recorrente
Pouco usado - solução temporária
Lente Hidrófila
( em contacto com a córnea)
RGP
(sobre a hidrófila)
conforto
boa AV
Indicação : ++intolerância ou má adaptação com RGP, Cone descentrado
Híbridas
Centro RGP
Vantagens: melhor conforto e centragem da LCHídrofilas + visão nítida das RPG
Desvantagens: mais caras
Saia Hidrófila
Synergeyes Clear Kone
Synergeyes UltraHealth
(Optiforum)
Híbridas
Saia com Silicone –Hidrogel
↑Dk
Diâmetro= 14.5mm
Renovação 6 meses
Limpeza: peróxido de hidrogénio
- Inserir a lente com a ajuda de uma ventosa cortada e com solução salina
Híbridas
Adaptação da LC
- Escolha do Vault e Saia (Padrão de Fluoresceína)
- Cálculo da Potência
Sobrerrefracção e distância Vertex
Ideal = 50/100µ mais alta do que o
primeiro toque e com fluorescência total
apical
Começar com o Vault de 250µ e a
Saia Flat
Se excesso de fluorescência
baixar o vault em passos de 100 µ
até observar o “primeiro toque”
Aumente o vault 100µ em relação
à lente em que observou o
primeiro toque, e verifique se
observa fluorescencia total apital
Fica escolhido o Vault
Híbridas
250µ após 3min
150µ
(050µ + 100µ = 150µ)
050µ
Selecção do Vault
Começar pelo Vault determinado no
passo anterior com a Saia Flat
Examinar a fluorescência corneal da
Inner Landing Zone (ILZ – Zona de
Apoio do Bordo da Semi-Rígida) 3-4
minutos após a inserção.
• Se toque insirir o mesmo vault
com a saia Medium e verificar
se há ou não toque, se
necessário tentar a saia Steep
Saia Flat -toque da ILZ
Saia Medium –toque menor
Saia Steep- ideal
Híbridas
Selecção da saia (levantamento)
- Sem toque corneano
- Filme lacrimal com espessura >100Um
Indicação: ++ Queratone avançado e
descentrado, degenerescência marginal
pelucida, intolerância RGP, olho seco
Esclerais
Adaptação da LC
20-24mm
Escleral
- Inserir a lente com a ajuda de uma ventosa
cortada e com solução salina
SoClear KC
(Optiforum)
Mais espessas e com curvatura interna central maior
Tóricas
Hidrófilas Especiais
Desvantagens: menor DK baixo, não corrige astigmatismo
corneano irregular
Vantagens: conforto
Soflex Soft K
(Optiforum)
Complicações LC
Queratite
ponteada
Erosão epitelial
Cicatriz/opacidade
corneana
Infecções Neovascularização ……
Reavaliações frequentes
Queratocone LC
INCIPIENTE e CENTRADO RGP tradicionais
MODERADO RGP especiais( Menicom, Rose K, KeraKone)
Synergeyes
Lentes esclerais
AVANÇADO
SEVERO
Conclusão
A escolha da LC é um processo complexo e demorado, podendo ser
necessário o ensaio com vários tipos e desenhos de LC
A escolha depende do tipo (Localização, forma, diâmetro) e estádio do
Queratocone ( queratometria, topografia)
Obrigado!
Bibliografia
Barnett M, Mannis MJ. Contact lenses in the management of keratoconus. Cornea. 2011 Dec;30(12):1510-6.
Espandar L, Meyer J. Keratoconus: overview and update on treatment. Middle East Afr J Ophthalmol. 2010
Jan;17(1):15-20.
Fowler WC, Belin MW, Chambers WA. Contact lenses in the visual correction of keratoconus. CLAO J. 1988 Oct-
Dec;14(4):203-6
Netto A, Coral-Ghanem C. Lentes de Contacto .Série Oftalmológica Brasileira, 2º edição. Rio de Janeiro. Cultura
Médica:Guanabara, 2011
Nogueira H, Seco J.Queratocone: Diagnóstico e Terapêutica. Revista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia,
Vol.37, Nº1-Janeiro-Março 2013
Rathi V, Mandathara P. Contact Lens in Keratoconus. Indian J Ophthalmol. Aug 2013; 61(8): 410-415
Vazirani J, Basu S. Keratoconus: current perspectives. Clin Ophthalmol. 2013;7:2019-2030. Epub 2013 Oct 14.
Review
http://www.menicon.com/pro/marketing-support/for-professional/brochures/36-main/133-gp-lenses-brochures

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Progressive addition lens
Progressive addition lensProgressive addition lens
Progressive addition lens
ishrat0613
 
Lensometry.
Lensometry.Lensometry.
Lensometry.
ANUJA DHAKAL
 
Abbe value
Abbe value Abbe value
Abbe value
Trisruta Deb
 
Design's of pal's
Design's of pal'sDesign's of pal's
Design's of pal's
sagarkalamkar05
 
Subjective methods of Refraction
Subjective methods of Refraction Subjective methods of Refraction
Subjective methods of Refraction
Harsh Jain
 
Accommodation and convergence
Accommodation and convergenceAccommodation and convergence
Accommodation and convergence
SAMEEKSHA AGRAWAL
 
Temporal aspects of vision
Temporal aspects of visionTemporal aspects of vision
Temporal aspects of vision
Anis Suzanna Mohamad
 
New microsoft power point presentation
New microsoft power point presentationNew microsoft power point presentation
New microsoft power point presentation
Jainull Abedin
 
Dispensing of progressive lens
Dispensing of progressive lensDispensing of progressive lens
Dispensing of progressive lens
Sachitanand Singh
 
Synoptophore
Synoptophore   Synoptophore
Synoptophore
OPTOM FASLU MUHAMMED
 
OPTICAL ABERRATIONS OF THE NORMAL EYE by Anuska Chakraborty.pptx
OPTICAL ABERRATIONS OF THE NORMAL EYE by Anuska Chakraborty.pptxOPTICAL ABERRATIONS OF THE NORMAL EYE by Anuska Chakraborty.pptx
OPTICAL ABERRATIONS OF THE NORMAL EYE by Anuska Chakraborty.pptx
Anuska Chakraborty
 
Lens enhancement considering for prescribing
Lens enhancement considering for prescribing Lens enhancement considering for prescribing
Lens enhancement considering for prescribing
BRAHAMDEV MANDAL
 
Ophthalmic lens reflections & ARC
Ophthalmic lens reflections & ARCOphthalmic lens reflections & ARC
Ophthalmic lens reflections & ARC
Vishakh Nair
 
Photorefraction
PhotorefractionPhotorefraction
Photorefraction
mohammadalmasii
 
Aspheric lenses
Aspheric lensesAspheric lenses
Aspheric lenses
Anurag Shukla
 
Absorptive lenses
Absorptive lensesAbsorptive lenses
Absorptive lenses
sosojammoly
 
Optometer.pptx
Optometer.pptxOptometer.pptx
Optometer.pptx
Indrani Sirivella
 
Lens material and its propertes -od
Lens material and its propertes -odLens material and its propertes -od
Lens material and its propertes -od
confusionexpert1
 
Óculos - Uma visão da lente após o recorte para encaixe na armação
Óculos - Uma visão da lente após o recorte para encaixe na armaçãoÓculos - Uma visão da lente após o recorte para encaixe na armação
Óculos - Uma visão da lente após o recorte para encaixe na armação
Alex Dias
 
Basics of dispensing.pptx
Basics of dispensing.pptxBasics of dispensing.pptx
Basics of dispensing.pptx
Ashi Lakher
 

Mais procurados (20)

Progressive addition lens
Progressive addition lensProgressive addition lens
Progressive addition lens
 
Lensometry.
Lensometry.Lensometry.
Lensometry.
 
Abbe value
Abbe value Abbe value
Abbe value
 
Design's of pal's
Design's of pal'sDesign's of pal's
Design's of pal's
 
Subjective methods of Refraction
Subjective methods of Refraction Subjective methods of Refraction
Subjective methods of Refraction
 
Accommodation and convergence
Accommodation and convergenceAccommodation and convergence
Accommodation and convergence
 
Temporal aspects of vision
Temporal aspects of visionTemporal aspects of vision
Temporal aspects of vision
 
New microsoft power point presentation
New microsoft power point presentationNew microsoft power point presentation
New microsoft power point presentation
 
Dispensing of progressive lens
Dispensing of progressive lensDispensing of progressive lens
Dispensing of progressive lens
 
Synoptophore
Synoptophore   Synoptophore
Synoptophore
 
OPTICAL ABERRATIONS OF THE NORMAL EYE by Anuska Chakraborty.pptx
OPTICAL ABERRATIONS OF THE NORMAL EYE by Anuska Chakraborty.pptxOPTICAL ABERRATIONS OF THE NORMAL EYE by Anuska Chakraborty.pptx
OPTICAL ABERRATIONS OF THE NORMAL EYE by Anuska Chakraborty.pptx
 
Lens enhancement considering for prescribing
Lens enhancement considering for prescribing Lens enhancement considering for prescribing
Lens enhancement considering for prescribing
 
Ophthalmic lens reflections & ARC
Ophthalmic lens reflections & ARCOphthalmic lens reflections & ARC
Ophthalmic lens reflections & ARC
 
Photorefraction
PhotorefractionPhotorefraction
Photorefraction
 
Aspheric lenses
Aspheric lensesAspheric lenses
Aspheric lenses
 
Absorptive lenses
Absorptive lensesAbsorptive lenses
Absorptive lenses
 
Optometer.pptx
Optometer.pptxOptometer.pptx
Optometer.pptx
 
Lens material and its propertes -od
Lens material and its propertes -odLens material and its propertes -od
Lens material and its propertes -od
 
Óculos - Uma visão da lente após o recorte para encaixe na armação
Óculos - Uma visão da lente após o recorte para encaixe na armaçãoÓculos - Uma visão da lente após o recorte para encaixe na armação
Óculos - Uma visão da lente após o recorte para encaixe na armação
 
Basics of dispensing.pptx
Basics of dispensing.pptxBasics of dispensing.pptx
Basics of dispensing.pptx
 

Semelhante a Queratocone e Lentes de Contacto.pdf

Ebook - Ceratocone
Ebook - CeratoconeEbook - Ceratocone
Ebook - Ceratocone
Ricardo Filippo
 
Óptica e refração
Óptica e refraçãoÓptica e refração
Óptica e refração
Henrique Fiorillo
 
Apostila de estágio v
Apostila de estágio vApostila de estágio v
Apostila de estágio v
Rayssa Mendonça
 
Lentes de Contato.doc.pdf
Lentes de Contato.doc.pdfLentes de Contato.doc.pdf
Lentes de Contato.doc.pdf
GleisonAlvesSouza
 
Lente de contato - Curva Base e Lentes Rígidas
Lente de contato - Curva Base e Lentes RígidasLente de contato - Curva Base e Lentes Rígidas
Lente de contato - Curva Base e Lentes Rígidas
Michel Bittencourt
 
Malposicionamento dos cilios pat
Malposicionamento dos cilios pat Malposicionamento dos cilios pat
Malposicionamento dos cilios pat
Patricia Sampaio
 
Princípios da microcirurgia ocular
Princípios da microcirurgia ocularPrincípios da microcirurgia ocular
Princípios da microcirurgia ocular
João A. Kleiner VETWEB
 
Apostila de estágio vi
Apostila de estágio vi Apostila de estágio vi
Apostila de estágio vi
Rayssa Mendonça
 
apostila-refrativa-rio-final-pdf-revisado.pdf
apostila-refrativa-rio-final-pdf-revisado.pdfapostila-refrativa-rio-final-pdf-revisado.pdf
apostila-refrativa-rio-final-pdf-revisado.pdf
Ferrara Ophthalmics
 

Semelhante a Queratocone e Lentes de Contacto.pdf (9)

Ebook - Ceratocone
Ebook - CeratoconeEbook - Ceratocone
Ebook - Ceratocone
 
Óptica e refração
Óptica e refraçãoÓptica e refração
Óptica e refração
 
Apostila de estágio v
Apostila de estágio vApostila de estágio v
Apostila de estágio v
 
Lentes de Contato.doc.pdf
Lentes de Contato.doc.pdfLentes de Contato.doc.pdf
Lentes de Contato.doc.pdf
 
Lente de contato - Curva Base e Lentes Rígidas
Lente de contato - Curva Base e Lentes RígidasLente de contato - Curva Base e Lentes Rígidas
Lente de contato - Curva Base e Lentes Rígidas
 
Malposicionamento dos cilios pat
Malposicionamento dos cilios pat Malposicionamento dos cilios pat
Malposicionamento dos cilios pat
 
Princípios da microcirurgia ocular
Princípios da microcirurgia ocularPrincípios da microcirurgia ocular
Princípios da microcirurgia ocular
 
Apostila de estágio vi
Apostila de estágio vi Apostila de estágio vi
Apostila de estágio vi
 
apostila-refrativa-rio-final-pdf-revisado.pdf
apostila-refrativa-rio-final-pdf-revisado.pdfapostila-refrativa-rio-final-pdf-revisado.pdf
apostila-refrativa-rio-final-pdf-revisado.pdf
 

Mais de GleisonAlvesSouza

Técnicas de Contatologia.pptx
Técnicas de Contatologia.pptxTécnicas de Contatologia.pptx
Técnicas de Contatologia.pptx
GleisonAlvesSouza
 
Plataforma Computacional para Projeto de Lente de Contato Escleral Personaliz...
Plataforma Computacional para Projeto de Lente de Contato Escleral Personaliz...Plataforma Computacional para Projeto de Lente de Contato Escleral Personaliz...
Plataforma Computacional para Projeto de Lente de Contato Escleral Personaliz...
GleisonAlvesSouza
 
Lentes e conchasesclerais cosméticas.ppt
Lentes e conchasesclerais cosméticas.pptLentes e conchasesclerais cosméticas.ppt
Lentes e conchasesclerais cosméticas.ppt
GleisonAlvesSouza
 
Susete Salvador - Relatório de estágio Adaptação de Lente de Contacto Tórica,...
Susete Salvador - Relatório de estágio Adaptação de Lente de Contacto Tórica,...Susete Salvador - Relatório de estágio Adaptação de Lente de Contacto Tórica,...
Susete Salvador - Relatório de estágio Adaptação de Lente de Contacto Tórica,...
GleisonAlvesSouza
 
Tipos de Queratometros.ppt
Tipos de Queratometros.pptTipos de Queratometros.ppt
Tipos de Queratometros.ppt
GleisonAlvesSouza
 
Permeabilidade ao oxigeni - lentes de contato.ppt
Permeabilidade ao oxigeni - lentes de contato.pptPermeabilidade ao oxigeni - lentes de contato.ppt
Permeabilidade ao oxigeni - lentes de contato.ppt
GleisonAlvesSouza
 
Lentes de Contato.pdf
Lentes de Contato.pdfLentes de Contato.pdf
Lentes de Contato.pdf
GleisonAlvesSouza
 
Permeabilidade ao oxigeni - Lentes de Contato - Material da BL.ppt
Permeabilidade ao oxigeni - Lentes de Contato - Material da BL.pptPermeabilidade ao oxigeni - Lentes de Contato - Material da BL.ppt
Permeabilidade ao oxigeni - Lentes de Contato - Material da BL.ppt
GleisonAlvesSouza
 

Mais de GleisonAlvesSouza (8)

Técnicas de Contatologia.pptx
Técnicas de Contatologia.pptxTécnicas de Contatologia.pptx
Técnicas de Contatologia.pptx
 
Plataforma Computacional para Projeto de Lente de Contato Escleral Personaliz...
Plataforma Computacional para Projeto de Lente de Contato Escleral Personaliz...Plataforma Computacional para Projeto de Lente de Contato Escleral Personaliz...
Plataforma Computacional para Projeto de Lente de Contato Escleral Personaliz...
 
Lentes e conchasesclerais cosméticas.ppt
Lentes e conchasesclerais cosméticas.pptLentes e conchasesclerais cosméticas.ppt
Lentes e conchasesclerais cosméticas.ppt
 
Susete Salvador - Relatório de estágio Adaptação de Lente de Contacto Tórica,...
Susete Salvador - Relatório de estágio Adaptação de Lente de Contacto Tórica,...Susete Salvador - Relatório de estágio Adaptação de Lente de Contacto Tórica,...
Susete Salvador - Relatório de estágio Adaptação de Lente de Contacto Tórica,...
 
Tipos de Queratometros.ppt
Tipos de Queratometros.pptTipos de Queratometros.ppt
Tipos de Queratometros.ppt
 
Permeabilidade ao oxigeni - lentes de contato.ppt
Permeabilidade ao oxigeni - lentes de contato.pptPermeabilidade ao oxigeni - lentes de contato.ppt
Permeabilidade ao oxigeni - lentes de contato.ppt
 
Lentes de Contato.pdf
Lentes de Contato.pdfLentes de Contato.pdf
Lentes de Contato.pdf
 
Permeabilidade ao oxigeni - Lentes de Contato - Material da BL.ppt
Permeabilidade ao oxigeni - Lentes de Contato - Material da BL.pptPermeabilidade ao oxigeni - Lentes de Contato - Material da BL.ppt
Permeabilidade ao oxigeni - Lentes de Contato - Material da BL.ppt
 

Último

Bioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptx
Bioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptxBioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptx
Bioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptx
BeatrizLittig1
 
Teoria de enfermagem de Callista Roy.pdf
Teoria de enfermagem de Callista Roy.pdfTeoria de enfermagem de Callista Roy.pdf
Teoria de enfermagem de Callista Roy.pdf
jhordana1
 
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
jhordana1
 
higienização de espaços e equipamentos
higienização de    espaços e equipamentoshigienização de    espaços e equipamentos
higienização de espaços e equipamentos
Manuel Pacheco Vieira
 
Treinamento NR35_Trabalho em Altura 2024.pptx
Treinamento NR35_Trabalho em Altura 2024.pptxTreinamento NR35_Trabalho em Altura 2024.pptx
Treinamento NR35_Trabalho em Altura 2024.pptx
Ruan130129
 
saúde coletiva para tecnico em enfermagem
saúde coletiva para tecnico em enfermagemsaúde coletiva para tecnico em enfermagem
saúde coletiva para tecnico em enfermagem
DavyllaVerasMenezes
 
Medicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdf
Medicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdfMedicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdf
Medicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdf
jhordana1
 
3° Aula.ppt historia do Sistema Unico de Saude
3° Aula.ppt historia do Sistema Unico de Saude3° Aula.ppt historia do Sistema Unico de Saude
3° Aula.ppt historia do Sistema Unico de Saude
WilberthLincoln1
 

Último (8)

Bioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptx
Bioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptxBioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptx
Bioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptx
 
Teoria de enfermagem de Callista Roy.pdf
Teoria de enfermagem de Callista Roy.pdfTeoria de enfermagem de Callista Roy.pdf
Teoria de enfermagem de Callista Roy.pdf
 
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
 
higienização de espaços e equipamentos
higienização de    espaços e equipamentoshigienização de    espaços e equipamentos
higienização de espaços e equipamentos
 
Treinamento NR35_Trabalho em Altura 2024.pptx
Treinamento NR35_Trabalho em Altura 2024.pptxTreinamento NR35_Trabalho em Altura 2024.pptx
Treinamento NR35_Trabalho em Altura 2024.pptx
 
saúde coletiva para tecnico em enfermagem
saúde coletiva para tecnico em enfermagemsaúde coletiva para tecnico em enfermagem
saúde coletiva para tecnico em enfermagem
 
Medicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdf
Medicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdfMedicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdf
Medicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdf
 
3° Aula.ppt historia do Sistema Unico de Saude
3° Aula.ppt historia do Sistema Unico de Saude3° Aula.ppt historia do Sistema Unico de Saude
3° Aula.ppt historia do Sistema Unico de Saude
 

Queratocone e Lentes de Contacto.pdf

  • 1. Queratocone e Lentes de Contacto Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, EPE Serviço de Oftalmologia Director: Dr. António Melo Amadora, Maio 2014 Inês Coutinho, Mário Ramalho, Catarina Pedrosa, Susana Pina, Mafalda Mota, Cristina Santos Dra Cristina Vendrell
  • 2. Queratocone Ectasia corneana Não inflamatória Frequente ↓espessura do estroma central/paracentral com distorção cónica da córnea Bilateral (96%) Assimétrico Inicio: 15-20A Progressiva: 35-40 A
  • 3. Etiologia multifactorial ??? Genética + Biomecânica +Bioquímica Factor desencadeante: Trauma ocular Associações sistémicas e OFT: • Atopia /S.Down/S.Turner/ S.Marfan/S.Ehlers-Danlos/Prolapso da Válvula Mitral/Osteogénese imperfeita • Queratoconjuntivite vernal/ Aniridia/Amaurose congénita de Leber/Retinose pigmentar/ S. Floppy eyelid Queratocone
  • 4. Sinais Refractivos: Astigmatismo miópico irregular Reflexo em tesoura e gota de óleo à esquiascopia Sinais Externos: Sinal de Munson e Rizzuti Sintomas ↓AV ou visão distorcida Critérios de diagnóstico clínico Queratocone
  • 5. Sinais Biomicroscópicos: Adelgaçamento ápex da córnea Maior visibilidade das fibras nervosas Estrias de Vogt Anel de Fleisher na base Opacidades apicais Queratocone Critérios de diagnóstico clínico
  • 6. Critérios de diagnóstico topográficos Queratocone Mapa de elevação Mapa queratométrico Mapa paquimétrico Sinais Alarme: Km>47D Diferença I/S>1.4D Ponto mais fino <500μm (++ inferior)
  • 7. Classificação Queratocone Queratométrica: Incipiente (<45D) Moderado (45 a 52D) Avançado (52-60D) Severo (>60D) Topográfica: • Redondo ou Nipple Cone • Oval ou Sagging Cone • Globoso • Indefinido Asmler-Krumeich:
  • 8. Óculos LC Anel intra-estromal Crosslinking Queratoplastia Queratocone – Opções terapêuticas
  • 9. LC não interfere com a evolução da doença mas proporciona melhor AV Pode ser factor desencadeante de progressão Avanços tecnológicos tem permitido a adaptação de LC em quase todos os graus de queratocone Queratocone e Lentes de Contacto
  • 10. • Não existe uma LC ideal para todos os tipos Queratocone e Lentes de Contacto LC ideal MAVC Conforto Integridade da superfície ocular
  • 11. RGP Corneana • Esférica/ Asféricas • Bicurva/ Multicurva Piggyback Híbridas Esclerais Queratocone e Lentes de Contacto Hidrófilas: Especiais ou tóricas
  • 12. RGP 1º OPÇÃO Vantagens: Qualidade óptica, correcção de astigmatismo corneano irregular, boa troca lacrimal, segurança, fácil manuseio , maior durabilidade Desvantagens: pouca estabilidade , desconforto
  • 13. RGP Adaptação da LC: 1.Curva Base/ Raio de Curvatura ( K ou + plano K) Diâmetro (8 A 10 mm) Cone redondo e apical : LC+ curva (RC =K ) e menor diâmetro (8mm) Cone oval e descentrado: LC + plana (RC=mais plano K)e maior diâmetro (9-10mm)
  • 14. RGP Adaptação da LC: 1.Curva Base (= K ou + plano K) Diâmetro (8 A 10 mm) 2.Padrão de Fluoresceína -3 Pontos de Toque -Sem Toque apical -Toque apical mínimo de 2 a 3mm
  • 15. RGP Adaptação da LC: 1.Curva Base (= K ou + plano K) Diâmetro (8 A 10 mm) 2.Padrão de Fluoresceína 3.Movimento e Centragem LC 4.Tolerância 5.Potência - Sobrerefracção e distância Vertex
  • 16. RGP Especiais Menicom KRC, K3, TCC6 (Optiflex) Renovação 2 anos Custo 150€/lente Menicom S9, B4P,B4PM
  • 17. RGP Especiais Rose K KeraKone Soflex OP8 (Optiforum) Nissel KII Rigid (Cantor e Nissel)
  • 18. Piggyback Indicações: +++ Intolerância RGP, Erosão recorrente Pouco usado - solução temporária Lente Hidrófila ( em contacto com a córnea) RGP (sobre a hidrófila) conforto boa AV
  • 19. Indicação : ++intolerância ou má adaptação com RGP, Cone descentrado Híbridas Centro RGP Vantagens: melhor conforto e centragem da LCHídrofilas + visão nítida das RPG Desvantagens: mais caras Saia Hidrófila
  • 20. Synergeyes Clear Kone Synergeyes UltraHealth (Optiforum) Híbridas Saia com Silicone –Hidrogel ↑Dk Diâmetro= 14.5mm Renovação 6 meses Limpeza: peróxido de hidrogénio
  • 21. - Inserir a lente com a ajuda de uma ventosa cortada e com solução salina Híbridas Adaptação da LC - Escolha do Vault e Saia (Padrão de Fluoresceína) - Cálculo da Potência Sobrerrefracção e distância Vertex
  • 22. Ideal = 50/100µ mais alta do que o primeiro toque e com fluorescência total apical Começar com o Vault de 250µ e a Saia Flat Se excesso de fluorescência baixar o vault em passos de 100 µ até observar o “primeiro toque” Aumente o vault 100µ em relação à lente em que observou o primeiro toque, e verifique se observa fluorescencia total apital Fica escolhido o Vault Híbridas 250µ após 3min 150µ (050µ + 100µ = 150µ) 050µ Selecção do Vault
  • 23. Começar pelo Vault determinado no passo anterior com a Saia Flat Examinar a fluorescência corneal da Inner Landing Zone (ILZ – Zona de Apoio do Bordo da Semi-Rígida) 3-4 minutos após a inserção. • Se toque insirir o mesmo vault com a saia Medium e verificar se há ou não toque, se necessário tentar a saia Steep Saia Flat -toque da ILZ Saia Medium –toque menor Saia Steep- ideal Híbridas Selecção da saia (levantamento)
  • 24. - Sem toque corneano - Filme lacrimal com espessura >100Um Indicação: ++ Queratone avançado e descentrado, degenerescência marginal pelucida, intolerância RGP, olho seco Esclerais Adaptação da LC 20-24mm Escleral - Inserir a lente com a ajuda de uma ventosa cortada e com solução salina SoClear KC (Optiforum)
  • 25. Mais espessas e com curvatura interna central maior Tóricas Hidrófilas Especiais Desvantagens: menor DK baixo, não corrige astigmatismo corneano irregular Vantagens: conforto Soflex Soft K (Optiforum)
  • 27. Queratocone LC INCIPIENTE e CENTRADO RGP tradicionais MODERADO RGP especiais( Menicom, Rose K, KeraKone) Synergeyes Lentes esclerais AVANÇADO SEVERO Conclusão A escolha da LC é um processo complexo e demorado, podendo ser necessário o ensaio com vários tipos e desenhos de LC A escolha depende do tipo (Localização, forma, diâmetro) e estádio do Queratocone ( queratometria, topografia)
  • 29. Bibliografia Barnett M, Mannis MJ. Contact lenses in the management of keratoconus. Cornea. 2011 Dec;30(12):1510-6. Espandar L, Meyer J. Keratoconus: overview and update on treatment. Middle East Afr J Ophthalmol. 2010 Jan;17(1):15-20. Fowler WC, Belin MW, Chambers WA. Contact lenses in the visual correction of keratoconus. CLAO J. 1988 Oct- Dec;14(4):203-6 Netto A, Coral-Ghanem C. Lentes de Contacto .Série Oftalmológica Brasileira, 2º edição. Rio de Janeiro. Cultura Médica:Guanabara, 2011 Nogueira H, Seco J.Queratocone: Diagnóstico e Terapêutica. Revista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, Vol.37, Nº1-Janeiro-Março 2013 Rathi V, Mandathara P. Contact Lens in Keratoconus. Indian J Ophthalmol. Aug 2013; 61(8): 410-415 Vazirani J, Basu S. Keratoconus: current perspectives. Clin Ophthalmol. 2013;7:2019-2030. Epub 2013 Oct 14. Review http://www.menicon.com/pro/marketing-support/for-professional/brochures/36-main/133-gp-lenses-brochures