1. INSTITUTO ESTADUAL DE EDUCACAO DR WALTER THOFEHRN
ÁREA DAS LINGUAGENS - AVALIAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Nome: ________________ Data: __/___/____ Profº. Paula Iacks Turma:E.M.P. 1º ___ Resultado: C___A
Conteúdo: Interpretação textual, Elementos da comunicação, Variações linguísticas e Funções da linguagem.
Categorizar grupos sociais a partir de ideias preconcebidas – os chamados estereótipos – é algo muito comum em
nossa sociedade. É sobre esse tema que trata, com humor, o seguinte texto do cronista Luís Fernando Veríssimo.
Aí, galera
“Jogadores de futebol podem ser vítimas de
estereotipação. Por exemplo, você pode imaginar
um jogador de futebol dizendo “estereotipação”?
E, no entanto, por que não?
-Aí, campeão. Uma palavrinha pra galera.
-Minha saudação aos aficionados do clube
e aos demais esportistas, aqui presentes ou no
recesso dos seus lares.
-Como é ?
-Aí, galera.
-Quais são as instruções do técnico?
-Nosso treinador vaticinou que, com um
trabalho de contenção coordenada, com energia
otimizada, na zona de preparação, aumentam as
probabilidades de, recuperado o esférico,
concatenarmos um contragolpe agudo com
parcimônia de meios e extrema objetividade,
valendo-nos da desestruturação momentânea do
sistema oposto, surpreendido pela reversão
inesperada do fluxo da ação.
-Ahn?
-É pra dividir no meio e ir pra cima pra
pegá eles sem calça.
-Certo. Você quer dizer mais alguma
coisa?
-Posso dirigir uma mensagem de caráter
sentimental, algo banal, talvez mesmo previsível
e piegas, a uma pessoa à qual sou ligado por
razões, inclusive, genéticas?
-Pode.
-Uma saudação para a minha genitora.
-Como é?
-Alô, mamãe!
-Estou vendo que você é um, um...
-Um jogador que confunde o
entrevistador, pois não corresponde à expectativa
de que o atleta seja um ser algo primitivo com
dificuldade de expressão e assim sabota a
estereotipação?
-Estereoquê?
-Um chato?
-Isso.”
Luís Fernando
Veríssimo (In: Correio Brasiliense, 13/05/1998)
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1. Assinale a única alternativa correta:
O texto retrata duas situações relacionadas que fogem à expectativa do público. São elas:
a. ( ) a saudação do jogador aos fãs do clube, no início da entrevista, e a saudação final dirigida à sua mãe.
b. ( ) a linguagem muito formal do jogador, inadequada à situação da entrevista, e um jogador que fala,
com desenvoltura, de modo muito rebuscado.
c. ( ) O uso da expressão “galera”, por parte do entrevistador, e da expressão “progenitora”, por parte do
jogador.
d. ( ) O fato de os jogadores de futebol serem vítimas de estereotipação e o jogador entrevistado não
corrresponder ao estereótipo.
2. O texto mostra uma situação em que a linguagem usada é inadequada ao contexto. Considerando as
diferenças entre língua oral e escrita, assinale a opção que representa também uma inadequadação da
linguagem usada no contexto apresentado.
a.( ) “O carro bateu e capotô, mas num deu para vê direito.” – comentário de um pedestre que assistiu ao
acidente, com outro que vai passando.
b.( ) “E aí, ô meu! Como vai essa força?” – um jovem que fala com um amigo.
c.( ) “Só um instante, por favor. Eu gostaria de fazer uma observação.”- alguém comenta em uma reunião
de trabalho.
d. ( ) “Porque se a gente não resolvê as coisas como tem que ser, a gente corre o risco de termos, num
futuro próximo, muito pouca comida nos lares brasileiros.” – um professor universitário discursando em
um congresso internacional.
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3. A expressão “pegá eles sem calça”, no texto, poderia ser substituída, sem comprometimento do sentido,
por:
a. ( ) pegá-los na mentira.
b. ( ) pegá-los desprevenidos.
c. ( ) pegá-los em flagrante.
d. ( ) pegá-los rapidamente.
4. Os trechos abaixo retratam a fala de jovens sobre sua própria linguagem:
A gíria é um meio muito legal de se comunicar, é irado falar de um jeito que os professores e o pessoal lá
de casa não entendem. (Gabriel, 14 anos).
O “tipo assim” é o espaço que a gente usa pra pensar as palavras. (Marco, 15 anos)
A gente não fala mais “é uma brasa, mora!”, que era moda nos tempos do meu pai. No lugar disso, falamos
outras coisas. (Daniela, 16 anos).
Cara, eu também sei falar formalmente, mas não gosto. Não me dirijo ao padre do colégio com um aí,
velhinho! (Victor, 17 anos)
A partir da leitura dos trechos, diga se é falsa (F) ou verdadeira (V) cada uma das afirmações:
a. ( ) Na fala de Gabriel, percebe-se que adultos e jovens usam a língua de forma igual.
b. ( ) Segundo Marco, “tipo assim” é uma forma de resumir uma informação.
c. ( ) A fala de Daniela revela que a língua não é um fato social estático, ao contrário, varia ao longo do
tempo.
d. ( ) Victor sabe que o uso da língua varia conforme o grau de intimidade entre as pessoas, ou seja, que
usar linguagem formal ou informal é questão de adequação à situação.
5. Numere os parênteses de acordo com as opções sugeridas.
a) ( 1 ) Variação sociocultural
b) ( 2 ) Variação situacional
c) ( 3 ) Variação histórica
d) ( 4 ) Variação geográfica
( ) Dado o dinamismo que a língua apresenta, a mesma sofre transformações ao longo do tempo. Um
exemplo bastante representativo é a questão da ortografia.
( ) São os chamados dialetos, que são as marcas determinantes referentes a diferentes regiões. Figurando
também esta modalidade estão os sotaques, ligados às características orais da linguagem.
( ) Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também ao grau de instrução de
uma determinada pessoa. Como exemplo, citamos as gírias, os jargões e o linguajar caipira.
( ) situação particular, especifica em que o falante utiliza a linguagem.
6. Analise e responda:
a) Que variação linguística está sendo usada por Chico Bento e seu pai? Por quê?
b) A que gênero textual pertence o texto acima?
c) Que tipo de linguagem é utilizada nos quadrinhos: verbal, não verbal ou mista? Por quê?
d) Reescreva todas as falas fazendo uso da variedade padrão:
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7. Diferencie:
a) Gramática internalizada x gramática normativa:
b) Variedade padrão (língua culta formal) x variedade não padrão (coloquial):
c) Língua x linguagem:
8. Complete usando as palavras do quadro abaixo:
a) Na função fática o destaque é dado ao _______________. Meio ou veículo através do qual a mensagem
é transmitida.
b) Na função referencial o destaque é dado ao ______________, que é o conteúdo que o emissor
comunica.
c) Na função conotativa o destaque é dado pelo _____________ o qual é quem ouve, lê, etc.
d) Na função emotiva o destaque é dado ao _________________ no qual é quem fala, escreve,etc.
e) Na função metalinguística o destaque é dado ao ______________. Sistema utilizado para compor a
mensagem.
9. Nas questões de 01 a 06, identifique as funções de linguagem que se destacam nos textos.
01. A Assembleia Legislativa de Goiás continua mantendo sigilo sobre gastos de viagens feitas pelos
deputados estaduais em 2007 e 2008. O presidente Helder Valin (PSDB) diz que os dados devem ser
revelados pelo ex-presidente Jardel Sebba (PSDB), que alega não ter mais acesso às informações. Dos 41
deputados, 17 confirmaram ao POPULAR ter feito viagens.
(O Popular, 23/04/2009)
02. Li, com extrema indignação, a reportagem do POPULAR de terça feira, sobre o mapa da prostituição
em Goiás. Os 582 pontos em todo Estado são uma verdadeira declaração de miséria, levando-se em conta a
baixa idade das garotas. O pior é que já banalizou-se diante dos nossos olhos, muita gente graúda vê e nada
é feito.
No âmbito federal levantamentos foram feitos pelas autoridades e o resultado também é alarmante. [...] Até
quando tanta miséria e pobreza condenarão nossas crianças e adolescentes a extremos atos de desespero e
imoralidade?
(O Popular, carta do leitor, 23/04/2009)
03. FAÇA COMO A MALU:
MUDE PARA O SABONETE LÍQUIDO LUX GOTAS DE BELEZA.
(Revista Quem)
04.
– Pois é!
– Não é?
– Então!
– É!
– Falou!
– Falou e disse!
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EMISSOR – RECEPTOR – MENSAGEM – CÓDIGO - CANAL
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05. (no segundo quadrinho)
06. Soneto da Separação
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o
espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Vinicius de Moraes
BOA PROVA!
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