Aula CFM Relação Médico Paciente e os meios de comunicação
Prova de funcao Pulmonar em criancas.ppt
1. Provas de função pulmonar
em crianças
Dr. Joaquim Carlos Rodrigues
Unidade de Pneumologia Pediátrica
Instituto da Criança - Faculdade de Medicina da USP
2. Porque realizar testes de função pulmonar em crianças?
Dar informação sobre o crescimento e desenvolvimento do
sistema respiratório
Função pulmonar normal ou anormal no momento da
avaliação ?
Se anormal : Dv obstrutivo , restritivo ou combinado? Qual é
a gravidade ?
Se obstrutivo : inspiratório ,expiratório, ambos ? Reversível a
curto prazo com uso de broncodilatador ?
Reversível após uso de corticosteróides ou outra medicação
a longo prazo ?
Evolução da doença: a função pulmonar melhora ou piora ?
Avaliar hipereesponsividade brônquica e asma induzida pelo
exercício
3. Martinez, F. D. Pediatrics 2002;109:362-367
FEV1 as percentage of predicted values in different groups of subjects
enrolled in the Melbourne Longitudinal Study of asthma
controle
Asma leve
Asma moderada
Asma grave
4. Avaliação da função pulmonar em
crianças e adolescentes:
Espirometria
Pico de fluxo expiratório
Pletismografia
Difusão pulmonar
Oscilometria
Broncoprovocação
Ergoespirometria: função cárdio- respiratória
Rodrigues JC e cols. Provas de função pulmonar em crianças e
adolescentes, Jornal de Pneumologia 2002, 28( supl 3): S207-221
5. Testes de função pulmonar em lactentes
Compressão torácica rápida
Manobras expiratórias forçadas a partir de volumes
elevados
Pletismografia
Técnica de Washout com respirações múltiplas
Técnica de oscilação forçada
Resistência da via aérea - R int ( Interrupter
technique)
Stocks J et al. Standards for infant respiratory function testing:
What (ever) next? Eur Respir J 2000; 16:581-4.
6. Avaliação da função pulmonar em pré escolares
Espirometria
Pletismografia-
resistência da via aérea
Técnica da oscilação
forçada (oscilometria)
Resistência da via
aerea (R int)
Stocks J et al. Standards for infant respiratory function testing:
What (ever) next? Eur Respir J 2000; 16:581-4.
7. Espirometria
Pletismografia
Pico de fluxo expiratório
Difusão pulmonar
Testes de broncoprovocação
Avaliação da função cárdio-
respiratória: ergoespirometria
Laboratório de Testes de Função Pulmonar
Unidade de Pneumologia Pediátrica
Instituto da Criança
Faculdade de Medicina da USP
9. PLETISMÓGRAFO DE CORPO INTEIRO
Determinação dos volumes pulmonares
:
☻ volume residual
☻ capacidade residual funcional
☻ capacidade pulmonar total
Cálculo da:
☻ resistência das vias aéreas
☻ condutância das vias aéreas
Outras medidas:
•Espirometria
•Testes de broncoprovocação
•Capacidade de difusão pulmonar
13. ATS/ERS Task Force: Standardisation of lung function testing
Edited by Brusasco V; Crapo R; Viegi G
Standardisation of spirometry.ERJ 2005; 26: 319-338
Interpretative Strategies for lung function test. ERJ 2005;
26: 948-968
American Thoracic Society-Am Rev Respir Dis 1991;144:1202-
18
Diretrizes para testes de função pulmonar. J Pneumol 28 (Supl
3), 2002
Rodrigues JC e cols. Provas de função pulmonar em crianças e
adolescentes, Jornal de Pneumologia 2002, 28:( supl 3): S207-
221
ESTRATÉGIAS PARA INTERPRETAÇÃO DE TESTES FUNCIONAIS EM CRIANÇAS :
14. ESPIROMETRIA
CUIDADOS PRELIMINARES:
INFECÇÃO RESPIRATÓRIA RECENTE
SUSPENSÃO DE MEDICAMENTOS:
– Broncodilatadores (12h)
– Antihistamínicos (48h)
– Antileucotrienos (24h)
QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA
DOENÇA DE BASE
EXAME AUSCULTATÓRIO DO TÓRAX
VERIFICAÇÃO DA CALIBRAÇÃO DO ESPIRÔMETRO
DADOS ANTROPOMÉTRICOS (PESO E ALTURA)
Diretrizes para testes de função pulmonar.
J Pneumol 28 (Supl 3), 2002
17. ESPIROMETRIA
TÉCNICA DE EXECUÇÃO
Instruções e demonstrações do procedimento
Posição do paciente
Clipe nasal
Normas e recomendações da ATS
Inspiração rápida até a CPT
(a pausa inspiratória não deve exceder 3 segundos)
Estímulo vigoroso para realização de expiração máxima e
mantida
American Thoracic Society, 1994
Diretrizes para testes de função pulmonar.
J Pneumol 28 (Supl 3), 2002
18. Capacidade Vital Forçada
É o volume de ar exalado durante uma expiração forçada e
completa após uma inspiração também forçada e completa
CPT
CRF
VR
Volume corrente CVF
CI
19. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DA MEDIDA DA CAPACIDADE VITAL FORÇADA (CVF) E DE SEUS
PARÂMETROS:VEF1, FEF 25-75%, FEF 75-85%
VOLUME EXPIRADO
TEMPO (SEG)
0 1
75%
VEF1 CVF
a/b=FEF 25-75
85%
a
b
25%
TLC
VR
(MODIFICADO DE PFAFF,K. E MORGAN, W.J.-
Pediatr. Clin. North Am., 41: 401-23, 1994)
CURVA VOLUME-TEMPO
21. ESPIROMETRIA
CRITÉRIOS PARA ACEITAÇÃO DE CURVAS
Pelo menos 3 testes aceitáveis
Inspiração máxima antes do início do teste
Expiração sem hesitação e com esforço
máximo
Volume retroextrapolado < 5% da CVF ou
150 ml
Diferença entre os 3 maiores valores do PFE
< 0,5 l /seg.ou 10%(o que for maior)
Duração satisfatória do teste
(tempo expiratório de pelo menos 3
segundos em crianças < 10 anos e plateau”
de pelo menos 1 segundo de duração na
curva volume – tempo)
Ausência de artefatos
Diretrizes para testes de função pulmonar.
J Pneumol 28 (Supl 3), 2002
Retro-
Extrapolação
Volume Extrapolado
Tempo zero
25. TOSSE
VOLUME
(l)
A
TEMPO (s)
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0
6,0
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
0,0
VOLUME (L)
FLUXO
(l/s)
B
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0
12,0
10,0
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
26. VAZAMENTO
VOLUME (L)
FLUXO
(l/s)
B
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0
9,5
7,5
5,5
3,5
1,5
-0,5
VOLUME
(l)
A
TEMPO (s)
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
0,0
(50ml/s) (50ml/s)
27. TESTES REPRODUTÍVEIS
3 MANOBRAS ACEITÁVEIS
VOLUME
(l)
A
TEMPO (s)
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
0,0
Curva CVF (%)
#1 5,34 (0%)
#2 5,33 (0%)
#3 5,30 (0%)
VEF1(%)
3,30 (0%)
3,28 (12,1%)
3,29 (16,7%)
VOLUME (L)
FLUXO
(l/s)
B
0 1 2 3 4 5 6
12,0
10,0
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
Manobras aceitáveis: PFE dentro de 10% ou 500ml (o que for maior)
do maior pico de fluxo obtido em manobras prévias
28. TESTES NÃO REPRODUTÍVEIS
3 MANOBRAS ACEITÁVEIS
VOLUME
(l)
A
TEMPO (s)
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
0,0
Curva CVF (%)
#1 3,70 (0%)
#2 3,33 (10,0%)
#3 3,07 (17,0%)
VEF1(%)
3,05 (0%)
2,68 (12,1%)
2,54 (16,7%)
VOLUME (L)
FLUXO
(l/s)
B
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0
10,0
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
Critério de reprodutibilidade: Dois maiores valores do VEF 1 e CVF
Não devem diferir > 150ml
29. Manobra CVF
Curva aceitável?
3 curvas aceitáveis
2 Curvas reprodutíveis?
Determinar os maiores valores de CVF e VEF1
Selecionar a curva com a maior soma de CVF e VEF1
para determinar os fluxos instantâneos e o FEF25-75%
Não
Não
Não
Máximo
8 tentativas
Diretrizes para testes de função pulmonar.
J Pneumol 28 (Supl 3), 2002
30. Espirometria em pré-escolares (3-6anos)
Curvas consideradas inaceitáveis:
PFE não identificado claramente
Término abrupto
Tempo expiratório <1s
Variabilidade “grande” em relação a outras curvas
Eigen H AJRCCM 2001; 163:619-623
Marostica PJ AJRCCM 2002; 166:67-71
Recrutadas: 307 crianças normais( 3-6 anos)
Obtidas curvas aceitáveis e reprodutíveis em 82%
31. Seleção de valores de referência para crianças
118 128 138 148 158 168 178
0
1
2
3
4
Estatura
VEF1
• Polgar, G; Weng, T.
Am. Rev. Respir. Dis. ,v.20, 625-695, 1979
• Quanjer, Ph.H. Eur. Respir. J., v.2, p.121- 264, 1989.
Supplement 4
• PROGRAMA PNEUMOBIL.
Jornal de Pediatria, v.67, p.18-24 , 1991.
33. LIMITES INFERIORES PERCENTUAIS DE NORMALIDADE COM RELAÇÃO AOS
VALORES PREVISTOS PARA ALTURA E SEXO PARA CRIANÇAS E
ADOLESCENTES.
PARÂMETROS LIMITES INFERIORES CRITÉRIO
PERCENTUAIS
PFE (FEF max) 80% ATS
CVF 80% ATS
VEF1 80% ATS
VEF1/CVF 80% Lebecque, P. e cols
FEF25-75% 70% (*) Rodrigues, J.C. e
Rozov, T.
(*) baseado em 2 desvios-padrão da média dos valores previstos para
altura e sexo segundo valores de referência de Polgar e Promadhat.
34. ESPIROMETRIA - INTERPRETAÇÃO
DEFINIÇÃO DOS DISTÚRBIOS VENTILATÓRIOS
OBSTRUTIVOS
Redução desproporcional
dos fluxos máximos com
respeito ao volume máximo
expirado
VEF1 e/ou VEF1/CVF reduzidos
QUANDO:
FEF 25-75% isoladamente
anormal = DVO leve
VEF1=38%
VEF1/CV= 46%
PFE=48%
CPT=101%
35. ESPIROMETRIA - INTERPRETAÇÃO
DEFINIÇÃO DOS DISTÚRBIOS VENTILATÓRIOS
RESTRITIVOS
Definitivo: REDUÇÃO DA CPT
DVR É INFERIDO PELA
ESPIROMETRIA QUANDO:
– CV E CVF REDUZIDOS
associado a
– VEF1/CVF e FEF 25-75% normais
ou elevados
Doenças intersticiais: bronquiectasias
de tração (redução da resistência ao
fluxo e aumento da retração elástica)
com elevação dos fluxos expiratórios
e VEF1/CVF e FEF25-75% acima do
previsto
VEF1=66%
VEF1/CV= 80%
PFE=79%
CPT=62%
37. Classificação da gravidade do distúrbio
baseada no VEF1
Leve
Moderado
Moderadamente Grave
Grave
Muito Grave
VEF1%prev
>70%
60-69%
50-59%
35-49%
<35%
ATS/ERS -Interpretative Strategies for lung function test. ERJ 2005;
26: 948-968
38. PLETISMOGRAFIA
PRINCIPAIS INDICAÇÕES:
Classificação dos distúrbios
ventilatórios:obstrutivo,restritivo,combinado
Doenças obstrutivas –distúrbio ventilatório
obstrutivo com capacidade vital reduzida
Medida da resistência e condutância da via aérea
Diretrizes para testes de função pulmonar.
J pneumol 28 (Supl 3), 2002
40. PLETISMOGRAFIA
Registro das modificações
de volume baseado na Lei
Boyle-Mariotte:
“em condições isotérmicas o
produto do volume pela pressão
de um gás é constante”
P1.V1= P2.V2
41. PRINCÍPIOS DA PLETISMOGRAFIA
Variações de pressão na boca do paciente e na caixa
pletismográfica são apresentadas como linha de
inclinação/deflecção (eixos y e x) em um mostrador
osciloscópico
Pressão
de boca
Pressão
de caixa
42. REALIZAÇÃO DO TESTE
Manobra de arquejamento (panting):
respirações ofegantes com as
bochechas seguras pelas mãos
(volumes= 50 a 100 ml com FR =90 a 150 irpm)
Manobras:
Obturador aberto
Obturador fechado TESTE COMBINADO
medida da resistência
medida do VGT
43. Manobra com o obturador aberto
Respiração tranqüila com obturador aberto registra
o fluxo e a variação de pressão na caixa
(proporcional à variação de pressão alveolar)
44. CÁLCULO DA RESISTÊNCIA E CONDUTÂNCIA DAS VIAS AÉREAS
Raw = Pbc P plet
fluxo P plet
Pbc=pressão da boca
Raw = Pbc (cmH2O/ litro /seg )
fluxo
Condutância(Gva) = recíproca da resistência
45. CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE DA OBSTRUÇÃO AO FLUXO
AÉREO PELA MEDIDA DA RESISTÊNCIA
Rva (cm H20/L/s) GRAVIDADE
2,5-4,4 LEVE
4,5-8,0 MODERADA
>8,0 ACENTUADA
Pereira CAC, Moreira MAF. J Pneumol. 2002; 28(Suppl 3): S139-50.
46. CÁLCULO DOS VOLUMES PULMONARES
manobra de arquejamento com
obturador fechado:
VGT=volume de gás no pulmão quando o
obturador está fechado
VGT=CRF
TESTE COMBINADO
medida da resistência
medida do VGT
Manobra da Capacidade Vital
Lenta
47. CALCULO DOS VOLUMES PULMONARES.
CPT=CRF+CI
VR=CRF-VRE
VOLUME DE
RESERVA
INSPIRATÓRIO
(VRI)
VOLUME
CORRENTE
(VC)
VOLUME DE RESERVA
EXPIRATÓRIO (VRE)
VOLUME
RESIDUAL
(VR)
CAPACIDADE
RESIDUAL
FUNCIONAL (CRF)
CAPACIDADE
VITAL (CV)
CAPACIDADE
INSPIRATÓRIA
(CI)
CAPACIDADE
PULMONAR
TOTAL (CPT)
MODIFICADO DE MUELLER, G.A. E EIGEN, H. (Pediatr. Clin. North Am., 39: 1243-58, 1992)
VOLUME
TEMPO
48. Espirometria
basal Espirometria pós BD
15 min
Salbutamol ou
fenoterol 400mcg
TESTE ESPIROMÉTRICO COM
BRONCODILATADOR
Diretrizes para testes de função pulmonar.
J Pneumol 28 (Supl 3), 2002
50. MODOS DE EXPRESSAR A RESPOSTA A
BRONCODILATADOR
1- PERCENTAGEM DE INCREMENTO EM RELAÇÃO AO VALOR
ESPIROMÉTRICO INICIAL
2- DIFERENÇA ABSOLUTA ENTRE O VEF1 pós Bd E VEF1 - pré Bd
3- VARIAÇÃO PERCENTUAL DO VEF1 EM RELAÇÃO AO VALOR
PREVISTO
VEF1 pós Bd - VEF1 pré Bd
x 100
VEF1 previsto
Dompeling ERJ 1992; 5: 975
Enright AJRCCM 1994; 149: S9
51. Critérios para avaliar a resposta ao BD
aumento do VEF1 % em relação ao inicial e em volume absoluto
SOURK, 1983 15% e 180ml
ACCP 15-25%
ITS 12%
ATS 12% e 200ml
52. • VEF1 > 265ml
• VEF1 > 14,2% em relação ao basal
• VEF1 > 10,3% em relação ao previsto
• SGaw > 55% em relação ao basal
Critérios de resposta a bd em
crianças asmáticas
N: 84 CRIANÇAS
MEDIANA DE IDADE: 12 ANOS
Bussamra, MHFB- Evaluation of the magnitude of the bronchodilator response in
children and adolescents with asthma. CHEST 2005 127:530-535
53. Broncoprovocação com exercício
Métodos:
Teste de broncoprovocação com
exercício em bicicleta ergométrica :
Exercício em bicicleta ergométrica ,durante 6
minutos, com carga ajustada até FC entre 80 a
90% da FC máxima (220-idade): equação: carga
de trabalho = (53,76 x VEF1 medido) - 11,07.
Monitorização: FC , oximetria de pulso e PA.
Espirometria pré teste e aos 3, 6, 10, 15, 20 e 30
minutos pós-exercício. Queda de VEF1 pós-
exercício, expressa como uma porcentagem do
VEF1 basal.
Resposta positiva :queda no VEF1 ≥ 10% em
relação ao valor basal
salbutamol inalatório nos pacientes que tiveram
VEF1 inferior a 90% do basal.
Souza AC, Pereira CA. J Pediatr (Rio J ) 2005 ;81:65-72.
54. Resultado gráfico de um teste de broncoprovocação por
exercício
Paciente:R. S. S.