2. Biografia do autor
Mia Couto nasceu na Cidade da Beira, Moçambique, em
1955, filho de uma família de emigrantes portugueses.
Publicou os primeiros poemas no "Notícias da Beira", com
14 anos. Em 1972, deixou a Beira e partiu para Lourenço
Marques para estudar Medicina. A partir de 1974, começou
a fazer jornalismo, tal como o pai. Com a independência de
Moçambique, tornou-se director da Agência de Informação
de Moçambique (AIM). Dirigiu também a revista semanal
"Tempo" e o jornal "Notícias de Maputo".
3. A partir de então, apesar de conciliar as profissões de
biólogo e professor, nunca mais deixou a escrita e tornou-se
um dos nomes moçambicanos mais traduzidos:
espanhol, francês, italiano, alemão, sueco, norueguês e
holandês são algumas línguas.
4. Em 1999 foi vencedor do prémio Vergílio Ferreira
pelo conjunto da obra, um dos mais conceituados
prémios literários portugueses, no valor cinco mil
euros. Em 2001, recebeu também o Prémio Literário
Mário António atribuído pela Fundação Calouste
Gulbenkian por "O Último Voo do Flamingo" de
2000.
5. Outros livros do autor
"Estórias Abensonhadas" (1994);
"A Varanda do Frangipani" (1996);
"Vinte e Zinco" (1999);
"Mar me quer" (2000);
"Na Berma de Nenhuma Estrada e outros contos" (2001);
"O Último Voo do Flamingo" (2000);
"Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada Terra"
(2002).
"O Fio das Missangas" (2004) é o seu último livro de
contos.
7. Resumo do conto
Este conto fala-nos sobre um homem(Jaimão) que se
deitou num certo dia, no entanto não acordou.
Passado uns dias ele acorda, a mulher admirada e
feliz diz ”Graças a deus você acordou”.
Ele começa- lhe a fazer perguntas sobre o porque de
estar descalçado, pois ele sabia que se tinha deitado
calçado.
A mulher explicou-lhe que lhos tinha tirado mais o
seu vizinho Raimundo pois este sabia que os mortos
falavam com os dedos dos pés para comunicar com
os vivos.
8. A mulher explica-lhe que já pensava que ele estava
morto pois já estava dormir á quinze dias.
O senhor pergunta-lhe o dia que é e começa a falar
sobre a sua profissão, começou a dizer que tinha sido
tantos anos mineiro que desta vez tinha escavdo
tanto mas demorou a chegar a tona.
Elvira pôs-se em frente a Jaimão e este passeou
saudades sobre o seu rósto.
Jaimão tosse e cospe sangue para o chão e Elvira
muito prestável diz que não tem mal e que ela limpa.
9. Jaimão pergunta-lhe se durante este tempo todo não
tinha chamado ajuda. Ele responde-lhe que não mas
ele pergunta-lhe se o seu vizinho Raimundo não o
tinha ido visitado. Esta a principio diz-lhe que
Raimundo tinha recusado ir vê-lo e que dissera que
era apenas manha dele.
Jaimão fica zangado e a mulher continua a contar-
lhe que este se tinha aproveitado dela. Jaimão
furioso pede a mulher para ir chamar Raimundo e
ela assim o fez.
10. Raimundo chega e Jaimão zangado diz-lhe para falar
e Raimundo dis que pensava que este já não
acordava mais.
Jaimão pega numa navalha e começa-a a afiar na
parede para assustar Raimundo.
Raimundo assustado pede-lhe grande perdão. Pede-
lhe que não o mate.
De repente Raimundo começa a gritar dizendo que
Jaimão é que vai morrer de xicuembos.
11. Raimundo diz-lhe que apenas fez o que ele mandara
fazer. Jaimão tenta um golpe com a faca mas esta cai
no chão.
De repente sente um sono pesado, pior que a morte e
diz a Raimundo que ia dormir e depois o matava.
Neste instante Jaimão adormece e “acorda” num
outro sitio, Jaimão morreu e questiona-se pelo que
tava a acontecer e “vê” Elvira a correr pelo quarto e
se atira para os braços de Raimundo.