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Escola Profissional da Serra da Estrela
Curso Profissional Técnico de Termalismo
Hidrocinesioterapia respiratória
Nome: Carolina Moura nº 1
Margarida Alves nº 8
Tatiana Pereira nº11
Disciplina:TIC
Professor:António Gonçalves
Data:
Local:
Escola Profissional da Serra da Estrela
Av. dos Hermínios, n.º10 6270-480 Seia geral@epse.pt telefone:238310270
1
Índice
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2
Enquadramento Histórico
Termalismo na antiga Roma:
Datam do século XVI as primeiras referências ao aqueduto de Olisipo tendo por
fundamento as nascentes de água livre e a barragem romana de Belas.Ao longo dos
séculos XVII e XVIII , sempre que se estudou a forma de trazer água a Lisboa,
arquitetos e engenheiros noticiaram a existência de restos de um cano antigo, parte
dele recentemente estudado e publicado como sendo o “Aqueduto Romano da
Amadora”.
Embora tais evidências,a falta de provas arqueológicas na área urbana de Lisboa foi
adiando a discussão sobre o tema, fazendo com que alguns investigadores o
considerem uma utopia.
A História da Utilização das águas termais na antiguidade
Com a criação da nação portuguesa, sucessivamente, vários reis foram
reconhecendo a importância e o valor das águas de nascente, dando vida a novas
estâncias termais ou melhorando as já existentes. É bem conhecida a tradição que
conta que o nosso primeiro Rei, D. Afonso Henriques, recuperou de uma fractura
contraída na batalha de S. Mamede nas Caldas de Lafões (hoje S. Pedro do Sul). A
utilização social das águas termais, nomeadamente em banhos, manteve uma dupla
vertente de saúde e de recreação. No entanto, tal como na Europa Medieval, os
banhos enfrentaram uma certa oposição da parte da Igreja Católica, cujas regras à
época observavam contornos de grande rigidez de costumes. Os banhos passaram
a ter um carácter claramente profano por contraste a um certo cariz místico (de
purificação) que encontravam em outras culturas. No cúmulo, na Idade Média
chegava-se mesmo a classificar de pecaminosa a frequência de práticas termais.
Mais tarde a Igreja evolui na sua atitude passando mesmo o próprio clero a
organizar peregrinações aos locais das nascentes. Nalguns casos gerindo mesmo
estabelecimentos termais que assim passam à sua dependência.
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3
O Termalismo em Portugal
Os registos arqueológicos mais antigos que se conhecem em Portugal e que
confirmam o culto dos povos ancestrais pela água, localizam-se no distrito de Braga,
sendo anteriores ao período céltico. Como exemplo de explorações de águas nos
tempos proto-históricos podemos citar os vestígios encontrados em Vizela. A
utilização das águas termais no território português é pois muito anterior à fundação
da nacionalidade. Povoados construídos nas imediações de fontes ou de nascentes
termais tomaram a designação de “caldas”, “caldelas”, “termas” ou simplesmente
“banhos”, de acordo com o período histórico em que tal designação se estabeleceu.
Com o Império Romano muitas fontes já existentes foram aproveitadas e
melhoradas. Ainda hoje se podem encontrar restos arqueológicos desta época junto
às termas actualmente mais frequentadas de Portugal: Chaves (antiga Aquae
Flaviae), Canavezes, Caldas da Saúde, Cabeço de Vide, Caldelas, S. Vicente, S.
Jorge, S. Pedro do Sul (antigas Caldas de Alafões), Monchique, Arêgos, Caldas da
Rainha, Caldelas ou Taipas, entre outras. São igualmente bem conhecidas de todos
nós as ruínas de Conímbriga (próximas de Coimbra).
A História das Termas em Portugal
Com o Império Romano muitas fontes já existentes foram aproveitadas e
melhoradas. Ainda hoje se podem encontrar restos arqueológicos desta época junto
às termas actualmente mais frequentadas de Portugal: Chaves (antiga Aquae
Flaviae), Canavezes, Caldas da Saúde, Cabeço de Vide, Caldelas, S. Vicente, S.
Jorge, S. Pedro do Sul (antigas Caldas de Alafões), Monchique, Arêgos, Caldas da
Rainha, Caldelas ou Taipas, entre outra s. São igualmente bem conhecidas de todos
nós as ruínas de Conímbriga (próximas de Coimbra). A história do desenvolvimento
dos estabelecimentos balneares e da utilização das águas em Portugal está pois
frequentemente associada à cultura romana. São particulares testemunhos os
aquedutos construídos para o transporte das águas e as reminiscências de
elementos arquitectónicos nos antigos balneários romanos. A cultura romana marca
a utilização das águas por uma acrescida vertente de carácter social que assim se
junta à anterior componente essencialmente de saúde, decorrente da cultura grega.
Roma consagra uma perspectiva multidimensional ao termalismo, simultaneamente
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4
de saúde e de lazer, em que a interação social desempenha um importante papel
como factor sinergicamente lúdico e terapêutico. No século V o nosso território é
invadido pelos Bárbaros do norte e pelos Árabes. Muitas das termas então
existentes são destruídas.
As Águas Termais e as capacidades Curativas
A diferente atitude sociocultural e religiosa face ao fenómeno dos benefícios “dos
banhos” passa a atribuir-lhes em definitivo capacidades curativas e várias águas
termais viriam a ficar conhecidas como “águas santas”, “fontes santas”, “águas da
saúde” e outros nomes semelhantes. Em torno das emergências erguem-se
povoados e criam-se lugares de culto. Constroem-se balneários, albergues,
conventos, hospitais. É nessa linha que no final do século XV a rainha D. Leonor,
criadora das Misericórdias em Portugal, preocupada com a saúde, a higiene e o
bem-estar das populações, funda o balneário das Caldas da Rainha e o primeiro
Hospital Termal português. Uma outra evolução começa a tomar forma. Para além
das construções balneares, inicia-se sob a égide da nossa realeza o levantamento
das emergências termais, o seu estudo e a sua ordenação. Surgem as primeiras
publicações científicas. Foram médicos da corte os seus autores. Destaque para
Francisco da Fonseca Henriques, conhecido pelo “Mirandela”, médico da corte de D.
João V, que em 1726 edita o célebre “Aquilégio Medicinal”, considerado o primeiro
tratado de sistematização e classificação das águas minerais naturais em Portugal.
Em 1758 Jacob de Castro Sarmento escreve sobre a constituição química das
águas, mas só em 1772 com a Reforma Universitária são feitos os primeiros estudos
laboratoriais sobre as águas minero-medicinais portuguesas.
exemplo do que acabamos de expor: Taipas, Gerês, Caldelas, Caldas da Rainha,
Monchique, Furnas… Foram construídos albergues em termas como Arêgos, S.
Pedro do Sul, Caldas da Rainha, Vizela ou ainda em Caldelas. A vários Reis de
Portugal foi atribuído um papel interventivo nas diversas termas do território. Estas
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intervenções devem também ser compreendidas e relacionadas com os
respectivos contextos históricos e sociais.
Enquadramento legal e definições
As disposições legais actualmente em vigor e aplicáveis ao termalismo baseiam se
fundamentalmente no Decreto-Lei nº 90/90, de 16 de Março (“Lei dos recursos
geológicos” e aí, para além dos recursos minerais e geotérmicos, também os
recursos hidrominerais), Decreto-Lei nº 86/90, de 16 de Março (Diploma regulador
da actividade das águas minerais naturais) e no Decreto-Lei nº 142/2004, de 11 de
Junho (“Lei do Termalismo”). Do Decreto-Lei nº 90/90 transcrevem-se os seguintes
conceitos ou definições:
Água mineral natural é uma água considerada bacteriologicamente própria, de
circulação profunda, com particularidades físico-químicas estáveis na origem dentro
da gama de flutuações naturais, de que resultam propriedades terapêuticas ou
simplesmente efeitos favoráveis à saúde.
Águas mineroindustriais são águas naturais subterrâneas que permitem a
extracção económica de substâncias nelas contidas. Águas de nascente são as
águas subterrâneas naturais que se não integram no conceito de recursos
hidrominerais, desde que na origem se conservem próprias para beber. Quando um
recurso geológico corresponda a mais de uma das qualificações legalmente
definidas, ser-lhe-á aplicável o regime próprio da que lhe conferir maior importância
económica e complete, na exploração, o aproveitamento possível de todas as suas
potencialidades.
Do Decreto-Lei nº 142/2004 transcrevem-se os seguintes conceitos ou definições:
Termalismo: o uso da água mineral natural e outros meios complementares para
fins de prevenção, terapêutica, reabilitação e bem-estar;
Termalista: o utilizador dos meios e serviços disponíveis num estabelecimento
termal;
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6
Termas: locais onde emergem uma ou mais águas minerais naturais adequadas à
prática de termalismo;
Estância Termal: área geográfica devidamente ordenada na qual se verifica uma ou
mais emergências de água mineral natural exploradas por um ou mais
estabelecimentos termais, bem como as condições ambientais e infra-estruturas
necessárias à instalação de empreendimentos turísticos e à satisfação das
necessidades de cultura, recreio, lazer activo, recuperação física e psíquica
asseguradas pelos adequados serviços de animação;
Balneário ou Estabelecimento Termal: unidade prestadora de cuidados de saúde
na qual se realiza o aproveitamento das propriedades terapêuticas de uma água
mineral natural para fins de prevenção da doença, terapêutica, reabilitação e
manutenção da saúde, podendo, ainda, praticar-se técnicas complementares e
coadjuvantes daqueles fins, bem como serviços de bem-estar termal;
Hospital Termal: o estabelecimento termal com área de internamento e que cumpre
os requisitos legais aplicáveis à designação Hospital Termal;
Técnicas termais: modo de utilização de um conjunto de meios que fazem uso de
água mineral natural, coadjuvados ou não por técnicas complementares, para fins de
prevenção, terapêutica, reabilitação e bem-estar;
Técnicas complementares: técnicas utilizadas para a promoção da saúde e
prevenção da doença, a terapêutica, a reabilitação da saúde e a melhoria da
qualidade de vida, sem recurso à água mineral natural e que contribuem para o
aumento de eficácia dos serviços prestados no estabelecimento termal;
Serviços de bem-estar termal: serviços de melhoria da qualidade de vida que,
podendo comportar fins de prevenção da doença, estão ligados à estética, beleza e
relaxamento e, paralelamente, são susceptíveis de comportar a aplicação de
técnicas termais, com possibilidade de utilização de água mineral natural, podendo
ser prestados no estabelecimento termal ou em área funcional e fisicamente distinta
deste;
Tratamento Termal: conjunto de ações terapêuticas indicadas e praticadas a um
termalista, sempre sujeitas à compatibilidade com as indicações terapêuticas que
foram atribuídas ou reconhecidas à água mineral natural utilizada para esse efeito;
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Concessionário: a entidade a quem foi atribuída a concessão da exploração da
água mineral natural nos termos dos Decretos-lei nos 86/90 e 90/90, ambos de 16
de Março;
Titular do estabelecimento termal: a entidade a quem foi atribuída a licença de
funcionamento de um estabelecimento termal.
Cinesioterapia
A cinesioterapia (CT) é definida como a terapia pelos movimentos e baseia-se no
conceito de movimentos voluntários repetidos gerarem força muscular (Gardiner,
1986; Amaro e Gameiro, 2001). Tem como finalidade mobilizar corporalmente o
indivíduo e abrange, do ponto de vista articular, a prevenção da rigidez; do ponto de
vista muscular, a estimulação de um músculo ou grupo muscular diminuindo as
contraturas e mantendo ou recuperando a força muscular; do ponto de vista
nervoso, a restituição da imagem motora, evitando perda do esquema corporal; do
ponto de vista circulatório, a nutrição dos tecidos; do ponto de vista psíquico, a
melhora da auto - estima.
Cinesioterapia Respiratória
A cinesioterapia respiratória é baseada em exercícios respiratórios e estratégias
para aumentar o volume pulmonar, diminuir o trabalho respiratório e a sensação de
dispnéia, redistribuir e aumentar a eficácia da ventilação pulmonar bem como
melhorar as trocas gasosas, aumentar o controle ventilatório e a eficiência de
contração dos músculos respiratórios.
Conclusão
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8
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9
Referências bibliográficas
file:///C:/Users/3/Downloads/38576-45528-1-PB%20(2).pdf
file:///C:/Users/3/Downloads/Aqueduto_Olisipo%20(1).pdf
file:///C:/Users/3/Downloads/Dialnet-ParaAHistoriaDaArqueologiaEmPortugal-
2690755%20(1).pdf
http://www.feminafisio.com/noticias/10003/livro_10003.pdf

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  • 1. Escola Profissional da Serra da Estrela Curso Profissional Técnico de Termalismo Hidrocinesioterapia respiratória Nome: Carolina Moura nº 1 Margarida Alves nº 8 Tatiana Pereira nº11 Disciplina:TIC Professor:António Gonçalves Data: Local:
  • 2. Escola Profissional da Serra da Estrela Av. dos Hermínios, n.º10 6270-480 Seia geral@epse.pt telefone:238310270 1 Índice
  • 3. Escola Profissional da Serra da Estrela Av. dos Hermínios, n.º10 6270-480 Seia geral@epse.pt telefone:238310270 2 Enquadramento Histórico Termalismo na antiga Roma: Datam do século XVI as primeiras referências ao aqueduto de Olisipo tendo por fundamento as nascentes de água livre e a barragem romana de Belas.Ao longo dos séculos XVII e XVIII , sempre que se estudou a forma de trazer água a Lisboa, arquitetos e engenheiros noticiaram a existência de restos de um cano antigo, parte dele recentemente estudado e publicado como sendo o “Aqueduto Romano da Amadora”. Embora tais evidências,a falta de provas arqueológicas na área urbana de Lisboa foi adiando a discussão sobre o tema, fazendo com que alguns investigadores o considerem uma utopia. A História da Utilização das águas termais na antiguidade Com a criação da nação portuguesa, sucessivamente, vários reis foram reconhecendo a importância e o valor das águas de nascente, dando vida a novas estâncias termais ou melhorando as já existentes. É bem conhecida a tradição que conta que o nosso primeiro Rei, D. Afonso Henriques, recuperou de uma fractura contraída na batalha de S. Mamede nas Caldas de Lafões (hoje S. Pedro do Sul). A utilização social das águas termais, nomeadamente em banhos, manteve uma dupla vertente de saúde e de recreação. No entanto, tal como na Europa Medieval, os banhos enfrentaram uma certa oposição da parte da Igreja Católica, cujas regras à época observavam contornos de grande rigidez de costumes. Os banhos passaram a ter um carácter claramente profano por contraste a um certo cariz místico (de purificação) que encontravam em outras culturas. No cúmulo, na Idade Média chegava-se mesmo a classificar de pecaminosa a frequência de práticas termais. Mais tarde a Igreja evolui na sua atitude passando mesmo o próprio clero a organizar peregrinações aos locais das nascentes. Nalguns casos gerindo mesmo estabelecimentos termais que assim passam à sua dependência.
  • 4. Escola Profissional da Serra da Estrela Av. dos Hermínios, n.º10 6270-480 Seia geral@epse.pt telefone:238310270 3 O Termalismo em Portugal Os registos arqueológicos mais antigos que se conhecem em Portugal e que confirmam o culto dos povos ancestrais pela água, localizam-se no distrito de Braga, sendo anteriores ao período céltico. Como exemplo de explorações de águas nos tempos proto-históricos podemos citar os vestígios encontrados em Vizela. A utilização das águas termais no território português é pois muito anterior à fundação da nacionalidade. Povoados construídos nas imediações de fontes ou de nascentes termais tomaram a designação de “caldas”, “caldelas”, “termas” ou simplesmente “banhos”, de acordo com o período histórico em que tal designação se estabeleceu. Com o Império Romano muitas fontes já existentes foram aproveitadas e melhoradas. Ainda hoje se podem encontrar restos arqueológicos desta época junto às termas actualmente mais frequentadas de Portugal: Chaves (antiga Aquae Flaviae), Canavezes, Caldas da Saúde, Cabeço de Vide, Caldelas, S. Vicente, S. Jorge, S. Pedro do Sul (antigas Caldas de Alafões), Monchique, Arêgos, Caldas da Rainha, Caldelas ou Taipas, entre outras. São igualmente bem conhecidas de todos nós as ruínas de Conímbriga (próximas de Coimbra). A História das Termas em Portugal Com o Império Romano muitas fontes já existentes foram aproveitadas e melhoradas. Ainda hoje se podem encontrar restos arqueológicos desta época junto às termas actualmente mais frequentadas de Portugal: Chaves (antiga Aquae Flaviae), Canavezes, Caldas da Saúde, Cabeço de Vide, Caldelas, S. Vicente, S. Jorge, S. Pedro do Sul (antigas Caldas de Alafões), Monchique, Arêgos, Caldas da Rainha, Caldelas ou Taipas, entre outra s. São igualmente bem conhecidas de todos nós as ruínas de Conímbriga (próximas de Coimbra). A história do desenvolvimento dos estabelecimentos balneares e da utilização das águas em Portugal está pois frequentemente associada à cultura romana. São particulares testemunhos os aquedutos construídos para o transporte das águas e as reminiscências de elementos arquitectónicos nos antigos balneários romanos. A cultura romana marca a utilização das águas por uma acrescida vertente de carácter social que assim se junta à anterior componente essencialmente de saúde, decorrente da cultura grega. Roma consagra uma perspectiva multidimensional ao termalismo, simultaneamente
  • 5. Escola Profissional da Serra da Estrela Av. dos Hermínios, n.º10 6270-480 Seia geral@epse.pt telefone:238310270 4 de saúde e de lazer, em que a interação social desempenha um importante papel como factor sinergicamente lúdico e terapêutico. No século V o nosso território é invadido pelos Bárbaros do norte e pelos Árabes. Muitas das termas então existentes são destruídas. As Águas Termais e as capacidades Curativas A diferente atitude sociocultural e religiosa face ao fenómeno dos benefícios “dos banhos” passa a atribuir-lhes em definitivo capacidades curativas e várias águas termais viriam a ficar conhecidas como “águas santas”, “fontes santas”, “águas da saúde” e outros nomes semelhantes. Em torno das emergências erguem-se povoados e criam-se lugares de culto. Constroem-se balneários, albergues, conventos, hospitais. É nessa linha que no final do século XV a rainha D. Leonor, criadora das Misericórdias em Portugal, preocupada com a saúde, a higiene e o bem-estar das populações, funda o balneário das Caldas da Rainha e o primeiro Hospital Termal português. Uma outra evolução começa a tomar forma. Para além das construções balneares, inicia-se sob a égide da nossa realeza o levantamento das emergências termais, o seu estudo e a sua ordenação. Surgem as primeiras publicações científicas. Foram médicos da corte os seus autores. Destaque para Francisco da Fonseca Henriques, conhecido pelo “Mirandela”, médico da corte de D. João V, que em 1726 edita o célebre “Aquilégio Medicinal”, considerado o primeiro tratado de sistematização e classificação das águas minerais naturais em Portugal. Em 1758 Jacob de Castro Sarmento escreve sobre a constituição química das águas, mas só em 1772 com a Reforma Universitária são feitos os primeiros estudos laboratoriais sobre as águas minero-medicinais portuguesas. exemplo do que acabamos de expor: Taipas, Gerês, Caldelas, Caldas da Rainha, Monchique, Furnas… Foram construídos albergues em termas como Arêgos, S. Pedro do Sul, Caldas da Rainha, Vizela ou ainda em Caldelas. A vários Reis de Portugal foi atribuído um papel interventivo nas diversas termas do território. Estas
  • 6. Escola Profissional da Serra da Estrela Av. dos Hermínios, n.º10 6270-480 Seia geral@epse.pt telefone:238310270 5 intervenções devem também ser compreendidas e relacionadas com os respectivos contextos históricos e sociais. Enquadramento legal e definições As disposições legais actualmente em vigor e aplicáveis ao termalismo baseiam se fundamentalmente no Decreto-Lei nº 90/90, de 16 de Março (“Lei dos recursos geológicos” e aí, para além dos recursos minerais e geotérmicos, também os recursos hidrominerais), Decreto-Lei nº 86/90, de 16 de Março (Diploma regulador da actividade das águas minerais naturais) e no Decreto-Lei nº 142/2004, de 11 de Junho (“Lei do Termalismo”). Do Decreto-Lei nº 90/90 transcrevem-se os seguintes conceitos ou definições: Água mineral natural é uma água considerada bacteriologicamente própria, de circulação profunda, com particularidades físico-químicas estáveis na origem dentro da gama de flutuações naturais, de que resultam propriedades terapêuticas ou simplesmente efeitos favoráveis à saúde. Águas mineroindustriais são águas naturais subterrâneas que permitem a extracção económica de substâncias nelas contidas. Águas de nascente são as águas subterrâneas naturais que se não integram no conceito de recursos hidrominerais, desde que na origem se conservem próprias para beber. Quando um recurso geológico corresponda a mais de uma das qualificações legalmente definidas, ser-lhe-á aplicável o regime próprio da que lhe conferir maior importância económica e complete, na exploração, o aproveitamento possível de todas as suas potencialidades. Do Decreto-Lei nº 142/2004 transcrevem-se os seguintes conceitos ou definições: Termalismo: o uso da água mineral natural e outros meios complementares para fins de prevenção, terapêutica, reabilitação e bem-estar; Termalista: o utilizador dos meios e serviços disponíveis num estabelecimento termal;
  • 7. Escola Profissional da Serra da Estrela Av. dos Hermínios, n.º10 6270-480 Seia geral@epse.pt telefone:238310270 6 Termas: locais onde emergem uma ou mais águas minerais naturais adequadas à prática de termalismo; Estância Termal: área geográfica devidamente ordenada na qual se verifica uma ou mais emergências de água mineral natural exploradas por um ou mais estabelecimentos termais, bem como as condições ambientais e infra-estruturas necessárias à instalação de empreendimentos turísticos e à satisfação das necessidades de cultura, recreio, lazer activo, recuperação física e psíquica asseguradas pelos adequados serviços de animação; Balneário ou Estabelecimento Termal: unidade prestadora de cuidados de saúde na qual se realiza o aproveitamento das propriedades terapêuticas de uma água mineral natural para fins de prevenção da doença, terapêutica, reabilitação e manutenção da saúde, podendo, ainda, praticar-se técnicas complementares e coadjuvantes daqueles fins, bem como serviços de bem-estar termal; Hospital Termal: o estabelecimento termal com área de internamento e que cumpre os requisitos legais aplicáveis à designação Hospital Termal; Técnicas termais: modo de utilização de um conjunto de meios que fazem uso de água mineral natural, coadjuvados ou não por técnicas complementares, para fins de prevenção, terapêutica, reabilitação e bem-estar; Técnicas complementares: técnicas utilizadas para a promoção da saúde e prevenção da doença, a terapêutica, a reabilitação da saúde e a melhoria da qualidade de vida, sem recurso à água mineral natural e que contribuem para o aumento de eficácia dos serviços prestados no estabelecimento termal; Serviços de bem-estar termal: serviços de melhoria da qualidade de vida que, podendo comportar fins de prevenção da doença, estão ligados à estética, beleza e relaxamento e, paralelamente, são susceptíveis de comportar a aplicação de técnicas termais, com possibilidade de utilização de água mineral natural, podendo ser prestados no estabelecimento termal ou em área funcional e fisicamente distinta deste; Tratamento Termal: conjunto de ações terapêuticas indicadas e praticadas a um termalista, sempre sujeitas à compatibilidade com as indicações terapêuticas que foram atribuídas ou reconhecidas à água mineral natural utilizada para esse efeito;
  • 8. Escola Profissional da Serra da Estrela Av. dos Hermínios, n.º10 6270-480 Seia geral@epse.pt telefone:238310270 7 Concessionário: a entidade a quem foi atribuída a concessão da exploração da água mineral natural nos termos dos Decretos-lei nos 86/90 e 90/90, ambos de 16 de Março; Titular do estabelecimento termal: a entidade a quem foi atribuída a licença de funcionamento de um estabelecimento termal. Cinesioterapia A cinesioterapia (CT) é definida como a terapia pelos movimentos e baseia-se no conceito de movimentos voluntários repetidos gerarem força muscular (Gardiner, 1986; Amaro e Gameiro, 2001). Tem como finalidade mobilizar corporalmente o indivíduo e abrange, do ponto de vista articular, a prevenção da rigidez; do ponto de vista muscular, a estimulação de um músculo ou grupo muscular diminuindo as contraturas e mantendo ou recuperando a força muscular; do ponto de vista nervoso, a restituição da imagem motora, evitando perda do esquema corporal; do ponto de vista circulatório, a nutrição dos tecidos; do ponto de vista psíquico, a melhora da auto - estima. Cinesioterapia Respiratória A cinesioterapia respiratória é baseada em exercícios respiratórios e estratégias para aumentar o volume pulmonar, diminuir o trabalho respiratório e a sensação de dispnéia, redistribuir e aumentar a eficácia da ventilação pulmonar bem como melhorar as trocas gasosas, aumentar o controle ventilatório e a eficiência de contração dos músculos respiratórios. Conclusão
  • 9. Escola Profissional da Serra da Estrela Av. dos Hermínios, n.º10 6270-480 Seia geral@epse.pt telefone:238310270 8
  • 10. Escola Profissional da Serra da Estrela Av. dos Hermínios, n.º10 6270-480 Seia geral@epse.pt telefone:238310270 9 Referências bibliográficas file:///C:/Users/3/Downloads/38576-45528-1-PB%20(2).pdf file:///C:/Users/3/Downloads/Aqueduto_Olisipo%20(1).pdf file:///C:/Users/3/Downloads/Dialnet-ParaAHistoriaDaArqueologiaEmPortugal- 2690755%20(1).pdf http://www.feminafisio.com/noticias/10003/livro_10003.pdf