1. L I C E N C I A T U R A E M D A N Ç A – U F M G
A L U N O : M A R C U S C O E L H O
D A T A : 0 3 / 0 7 / 2 0 1 5
PORTFÓLIO ACADÊMICO
2. PRÁTICA DE DANÇA IV
“São fatores que temos que equilibrar:
Fluxo livre
Espaço direto
Tempo? Depende
Peso leve
Eu, forte!”
(Joselma Coelho)
3. A prática artística e docente compreende uma série de fatores
que, se equilibrados, potencializam a condição do
artista/professor. Uma disciplina Prática de Dança tem por
finalidade contribuir para o desenvolvimento dos bailarinos,
mas não tem o propósito exclusivo de formar dançarinos, e
sim formas pessoas; estas, por sua vez, formarão outras, numa
rede sucessiva de trocas.
Experimentar corporalmente a disciplina “Prática de Dança
VI” neste momento de minha trajetória acadêmica fez-me
compreender com precisão o caminho percorrido até aqui. O
que a princípio era novidade e abstração, hoje se consolidou e
tomou formas precisas e preciosas. Os conceitos apreendidos
no percurso são agora instrumentos indispensáveis e
fortemente presentes em minha prática artística e docente.
4. ÉTICA E CRÍTICA DE DANÇA
“O olhar e o desejo do e dos espectadores é que
constituem a produção cênica, dando sentido à cena
concebida como multiplicidade variável dos
enunciadores.”
( Isaíra Maíra Garcia Oliveira)
5. O pensamento crítico é – ou deveria ser – uma prática natural
peculiar ao artista, em quaisquer segmento de Arte que se
propõe a fazer. Assistir a espetáculos ou contemplar obras faz
surgir opiniões diversas, entretanto, pensar criticamente não
te faz um crítico de dança. Condensar estas opiniões distintas
e organizá-las por meio de pensamentos éticos e morais é o
princípio de uma análise crítica bem sucedida.
Vivenciar a disciplina “Ética e Crítica de Dança” foi
determinante para minha compreensão da ampla influência
exercida pelos artistas enquanto formadores de opinião, pois
o crítico moderno deixou de ser um juiz da qualidade da obra
e passou a ser um guia na relação da arte com os respectivos
públicos.
6. Produzir uma crítica digna desse nome, implica em se
emocionar (se entediar, ou se incomodar) com a obra a
que assiste, e isto é resultante da experiência perceptiva
ou prática. O papel que a crítica reconhecidamente
desempenha é essencial porque a dança e os espetáculos
– em seus distintos gêneros – por intermédio do
conjunto de simbologias que os compõem, lidam com a
memória, e o registro funciona como um poderoso
auxiliar desta mesma memória. “Ética e Crítica de
Dança” representa, portanto, um mecanismo relevante
para se encontrar meios de construção e perpetuação da
arte.
7. DANÇA MODERNA: TÉCNICA LIMON I
“O bailarino é uma pessoa vulnerável [...]
Para se proteger, ele cria uma série de dispositivos de
isolamento – um manual de sobrevivência: presta
atenção ao que come, cuida das pernas, descansa,
constrói...”
(Murray Louis)
8. “Trabalhar o corpo como uma orquestra.”
Entre princípios de alinhamento, sucessão, oposição, queda,
peso, suspensão, isolamentos, insistência e recuperação,
entendemos o corpo como um conjunto de elementos que,
emaranhados, originam nossos movimentos. Tratando-se da
dança, especificamente da técnica de Limon, estes princípios
nos permitem entender o corpo e o movimento em sua
amplitude.
Mais do que um disciplina técnica, “Dança Moderna: Técnica
de Limon I” trabalha a percepção corporal e movimentação
para artistas de dança e apreciadores, o que resultou num
processo de autoconhecimento e trocas relevantes entre um
grupo de pessoas distintas, com capacidades corporais
diferentes e expectativas diversas, mas todos focalizados em
um mesmo propósito.
9. O SIMBÓLICO NA CRIAÇÃO
“Não se satisfaça com estórias, que contam
como as coisas aconteceram com os outros
desdobre seu próprio mito, sem explicações
complicadas,
de modo que todo mundo entenderá a passagem...”
(Rumi)
10. O processo de criação em dança se dá inteiramente pelas
simbologias e representatividades subjetivas do
criador/intérprete, e buscar compreender este processo é
um caminho de encontros e conexões com elementos de
sentido individual.
Nossas emoções determinam nosso instinto criador, e
trabalhar a disciplina “O Simbólico na Criação” permitiu-
me criar conexões e descobrir sentidos onde,
naturalmente, não costumava encontrar. Foi uma
disciplina em que lidei com a pessoalidade e as sensações,
trabalhando a efemeridade da dança atrelada às relações
encontradas em todo o meu processo de conhecimento
enquanto pessoa e artista.
11. “A arte deve antes de tudo e em primeiro lugar
embelezar a vida, portanto fazer com que nós próprios
nos tornemos suportáveis e, se possível, agradáveis
uns aos outros.”
(Friedrich Nietzsche)