SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 5
Baixar para ler offline
REVISTA CIENTÍFICA ELETÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN: 1679-7353

                               Ano VI – Número 10 – Janeiro de 2008 – Periódicos Semestral




                                     PITIOSE EM EQÜINOS


                                              LÉO, Vivian Fazolaro
                                       DABUS, Daniela Marques Maciel
                        Graduandas da Associação Cultural e Educacional de Garça – FAMED
                                            danidabus@hotmail.com
                                        LOT, Rômulo Francis Estangari
                                                PICCININ, Adriana
                          Docentes da Associação Cultural e Educacional de Garça - FAMED




                                                      RESUMO


        O fungo Pythium insidiosum é responsável por uma doença micótica que invadem a pele e
    o tecido subcutâneo, preferencialmente eqüinos. Essa patologia, conhecida como pitiose, é
    comumente encontrada em regiões quentes e úmidas, já que a proliferação desse fungo ocorre
    em ambientes aquáticos. O objetivo do presente trabalho foi acrescentar dados sobre a
    proliferação, enfermidade e diagnóstico dessa patologia.
        Palavras chave: pitiose, Pythium insidiosum, eqüino, micoses cutâneas
        Tema Central: Medicina Veterinária


                                                    ABSTRACT
        The fungus Pythium insidiosum is responsible of the mycotic disease that invade the skin
and hypodermics, would rather equines. This patology, is knowledge like pitiose, generally is found
in hot and damp region, because the proliferation this fungus occurred in aquatics environment. The
objective of the present project was implement informations about the proliferation, infirmity and
diagnostic this patology.
        Key word: equine, Pitiose, Pythium insidiosum, skinny micose


                                                1. INTRODUÇÂO




Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina
        Veterinária e Zootecnia de Garça FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e
   Educacional de Garça – ACEG. Rua das Flores, 740 – Vila Labienópolis – CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel:
                           (0**14) 3407-8000 – www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.br.
REVISTA CIENTÍFICA ELETÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN: 1679-7353

                               Ano VI – Número 10 – Janeiro de 2008 – Periódicos Semestral




        A pitiose eqüina é uma doença ulcerativa e proliferativa da pele e tecidos
   causada por fungo (Leal et al., 2001). Esse fungo é encontrado em regiões de
   climas relativamente altos e em áreas alagadas, já que se trata de um
   microorganismo aquático, que se caracteriza por formação de zoosporos (Reis
   et al., 2002). Esses zoosporos móveis são atraídos para o pêlo dos animais
   penetrando na pele através de lesões preexistentes (Sallis et al., 2003). Essa
   patologia        causa        lesões       nodulares          nos      pulmões,           intestino,      ossos   e
   principalmente nos membros inferiores, como o abdômen, peito e genitais
   (Aiello, 2001). Por ser uma doença micótica, a pitiose se assemelha à
   zigomicose e habronemose, moléstias também eqüídeas, dificultando o
   diagnóstico preciso (Reis et al., 2002).


                                           2. DESENVOLVIMENTO


      A pitiose eqüina é uma doença ulcerativa e proliferativa da pele e tecido
 subcutâneo causada pelo Pythium insidiosum, um "fungo" zoospórico, do Reino
 Stramenopila, filo Oomycota, família Pythiaceae (Leal et al. 2001). O ciclo de
 vida do Pythium insidiosum envolve a colonização de folhas de plantas aquáticas
 onde o microorganismo passa por reprodução sexuada e produz esporângios.
 Zoosporos móveis, liberado dos esporângios, são atraídos aos tecidos vegetais
 e animais, aos quais aderem. Não há preferência por raça, idade ou sexo
 (Radostits et al., 2000).
      Os zoosporos são liberados periodicamente em águas pantanosas e infectam
 eqüinos e outros mamíferos que freqüentam esses locais. Os zoosporos móveis
 são atraídos para o pêlo dos animais, penetram na pele através de lesões
 preexistentes, produzindo a enfermidade (Sallis et al., 2003).
      A pitiose é encontrada em áreas temperadas, tropicais e subtropicais
 (Radostits et al., 2000), relativamente comum em eqüídeos que permanecem em

Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina
        Veterinária e Zootecnia de Garça FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e
   Educacional de Garça – ACEG. Rua das Flores, 740 – Vila Labienópolis – CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel:
                           (0**14) 3407-8000 – www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.br.
REVISTA CIENTÍFICA ELETÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN: 1679-7353

                               Ano VI – Número 10 – Janeiro de 2008 – Periódicos Semestral




 contato direto com água represada como pântanos, charcos e alagados (Reis. et
 al., 2002).
      O Pythium insidiosum nos eqüinos causam lesões pulmonares, intestinais,
 ósseas, principalmente nos membros inferiores, abdômen, peito e genitais.
 Essas         lesões        são       nódulos          fistulados,          ulcerados,        granulomatosos,
 grosseiramente circulares e grandes, ou inchaços subcutâneos necróticos, cinza-
 amarelados, tendo aspecto pruriginoso, com exsudato mucossanguinolento. Os
 granulomas contêm massas coraliformes amareladas e firmes de tecido
 necrótico, conhecidas como “cancros” e que podem ser removidas intactas
 (Aiello, 2001).
      Os cancros são focos de necrose coagulativa nos vasos que foram
 seqüestrados do tecido circunjacente; eles contêm hifas asseptadas ramificadas
 e largas. A forma intestinal caracteriza-se por lesões gastrointestinais fibrosantes
 e estenóticas, contendo focos de material caseoso e hifas fúngicas. Esses
 ferimentos são mais comuns nas pernas, principalmente nos membros inferiores,
 no abdome, peito e nos genitais (Aiello, 2001).
      Microscopicamente,               se     evidenciam            áreas        eosinofílicas      de       necrose
 constituídas         principalmente           de     eosinófilos         viáveis e          degenerados, que
 correspondem aos "kunkers" observados macroscopicamente. Na periferia
 dessas áreas, observam-se imagens negativas tubuliformes correspondentes às
 hifas de P. insidiosum. Circundando os "kunkers" há infiltrado de eosinófilos,
 macrófagos, intensa proliferação de tecido fibrovascular e, ocasionalmente,
 células gigantes (Meireles et al., 1993).
      Em muitas regiões do Brasil, a pitiose ainda é erroneamente diagnosticada
 como habronemose, uma helmintose que determina lesões cutâneas em
 eqüinos e zigomicoses, doenças micóticas da pele. Essas patologias macro e
 microscopicamente guardam certa semelhança aos encontrados na pitiose,
 causando dificuldades para o diagnóstico, daí a necessidade da utilização de

Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina
        Veterinária e Zootecnia de Garça FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e
   Educacional de Garça – ACEG. Rua das Flores, 740 – Vila Labienópolis – CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel:
                           (0**14) 3407-8000 – www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.br.
REVISTA CIENTÍFICA ELETÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN: 1679-7353

                               Ano VI – Número 10 – Janeiro de 2008 – Periódicos Semestral




 técnicas com maior especificidade para a feitura do diagnóstico definitivo (Sallis
 et al., 2003).


                                               3. CONCLUSÃO


      A pitiose em eqüinos é uma doença acometida pelo fungo Pythium
 insidiosum, no qual habita regiões quentes e úmidas. Esse fungo causa
 ulcerações na pele e portanto essa patologia é confundida com outras doenças
 micóticas, o que dificulta um diagnóstico preciso.


                               4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


 1. AIELLO, S. E. Manual Merck de Veterinária. Ed. Roca, São Paulo. 8ª

        Edição, 2001. p. 385 – 386.

 2. LEAL, A. B. M., LEAL, A. T., SANTURIO, J. M. et al. Pitiose eqüina no

         Pantanal brasileiro: aspectos clínico-patológicos de casos típicos e

        atípicos, 2001 [Online] Pesquisa Veterinária Brasileira, 2001. Disponível

        em:                   http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
        736X2001000400005&lng=pt&nrm=iso. Acesso em 29 de agosto de 2007.

 3. MEIRELES, M.C., RIET-CORREA, F., FISCHMAN, O., et al. Cutaneous

         pythiosis in horses from Brazil. 1993. p.139-142.

 4. RADOSTITS, O. M., GAY, C. C., BLOOD, D. C., et al. Clínica Veterinária –

         Um Tratado de Doenças dos Bovinos, Ovinos, Suínos, Caprinos e

         Eqüinos. Ed. Guanabara Koogan , Rio de Janeiro. 9ª Edição, 2000. p.

         1154 – 1155.

Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina
        Veterinária e Zootecnia de Garça FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e
   Educacional de Garça – ACEG. Rua das Flores, 740 – Vila Labienópolis – CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel:
                           (0**14) 3407-8000 – www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.br.
REVISTA CIENTÍFICA ELETÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN: 1679-7353

                               Ano VI – Número 10 – Janeiro de 2008 – Periódicos Semestral




 5. REIS, J. L. Jr., NOGUEIRA, R. H. G. Estudo anatomopatológico e

         imunoistoquímico da pitiose em eqüinos naturalmente

         infectados, 2001 [Online] Arquivo Brasileiro de Medicina

         Veterinária e Zootecnia, 2002. Disponível em:

        http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-

        736X2001000400006&Ing=pt&nrm=isso. Acesso em 29 de

         agosto de 2007.

 6. SALLIS, E. S. V.; PEREIRA, D. I. B., RAFFI, M. B. Pitiose cutânea

         em eqüinos: 14 casos, 2001 [Online] Ciência Rural, 2003.

          Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_

          arttext&pid=S0103-84782003000500017&lng=pt&nrm=iso




Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina
        Veterinária e Zootecnia de Garça FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e
   Educacional de Garça – ACEG. Rua das Flores, 740 – Vila Labienópolis – CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel:
                           (0**14) 3407-8000 – www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.br.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Gatos e Toxoplasmose: derrubando fake news
Gatos e Toxoplasmose: derrubando fake newsGatos e Toxoplasmose: derrubando fake news
Gatos e Toxoplasmose: derrubando fake newsCarolina Trochmann
 
Febre aftosa slide de jardson rocha
Febre aftosa slide de jardson rochaFebre aftosa slide de jardson rocha
Febre aftosa slide de jardson rochaJARDSON ROCHA
 
Anatomia topográfica das aves
Anatomia topográfica das avesAnatomia topográfica das aves
Anatomia topográfica das avesMarília Gomes
 
Ectima contagioso
Ectima contagioso Ectima contagioso
Ectima contagioso gecoufba
 
10 doencas infecciosas.ppt-_modo_de_compatibilidade_
10 doencas infecciosas.ppt-_modo_de_compatibilidade_10 doencas infecciosas.ppt-_modo_de_compatibilidade_
10 doencas infecciosas.ppt-_modo_de_compatibilidade_Janyedja Carvalho de Andrade
 
FeLV - atualizações baseadas no consenso AAFP 2020
FeLV - atualizações baseadas no consenso AAFP 2020FeLV - atualizações baseadas no consenso AAFP 2020
FeLV - atualizações baseadas no consenso AAFP 2020Carolina Trochmann
 
Principais doenças da visão e audição dos equinos
Principais doenças da visão e audição dos equinosPrincipais doenças da visão e audição dos equinos
Principais doenças da visão e audição dos equinosRayana França
 
Aula de Patologia do Sist. Digestório - Parte 1
Aula de Patologia do Sist. Digestório - Parte 1Aula de Patologia do Sist. Digestório - Parte 1
Aula de Patologia do Sist. Digestório - Parte 1Raimundo Tostes
 

Mais procurados (20)

Gatos e Toxoplasmose: derrubando fake news
Gatos e Toxoplasmose: derrubando fake newsGatos e Toxoplasmose: derrubando fake news
Gatos e Toxoplasmose: derrubando fake news
 
Babesiose
BabesioseBabesiose
Babesiose
 
Tuberculose
TuberculoseTuberculose
Tuberculose
 
Febre aftosa slide de jardson rocha
Febre aftosa slide de jardson rochaFebre aftosa slide de jardson rocha
Febre aftosa slide de jardson rocha
 
Dermatopatias Crônicas em Cães
Dermatopatias Crônicas em CãesDermatopatias Crônicas em Cães
Dermatopatias Crônicas em Cães
 
FIV e FeLV
FIV e FeLVFIV e FeLV
FIV e FeLV
 
Papo Vet - Dermatite Atópica A Importância Da Barreira Cutânea
 Papo Vet - Dermatite Atópica A Importância Da Barreira Cutânea Papo Vet - Dermatite Atópica A Importância Da Barreira Cutânea
Papo Vet - Dermatite Atópica A Importância Da Barreira Cutânea
 
Leptospirose em cães
Leptospirose em cãesLeptospirose em cães
Leptospirose em cães
 
Anatomia topográfica das aves
Anatomia topográfica das avesAnatomia topográfica das aves
Anatomia topográfica das aves
 
Febre aftosa
Febre aftosaFebre aftosa
Febre aftosa
 
Brucelose 01
Brucelose 01Brucelose 01
Brucelose 01
 
Ectima contagioso
Ectima contagioso Ectima contagioso
Ectima contagioso
 
10 doencas infecciosas.ppt-_modo_de_compatibilidade_
10 doencas infecciosas.ppt-_modo_de_compatibilidade_10 doencas infecciosas.ppt-_modo_de_compatibilidade_
10 doencas infecciosas.ppt-_modo_de_compatibilidade_
 
FeLV - atualizações baseadas no consenso AAFP 2020
FeLV - atualizações baseadas no consenso AAFP 2020FeLV - atualizações baseadas no consenso AAFP 2020
FeLV - atualizações baseadas no consenso AAFP 2020
 
Principais doenças da visão e audição dos equinos
Principais doenças da visão e audição dos equinosPrincipais doenças da visão e audição dos equinos
Principais doenças da visão e audição dos equinos
 
Planos e eixos
Planos e eixosPlanos e eixos
Planos e eixos
 
Aula de Patologia do Sist. Digestório - Parte 1
Aula de Patologia do Sist. Digestório - Parte 1Aula de Patologia do Sist. Digestório - Parte 1
Aula de Patologia do Sist. Digestório - Parte 1
 
Febre aftose
Febre aftoseFebre aftose
Febre aftose
 
Vacinação Animal
Vacinação AnimalVacinação Animal
Vacinação Animal
 
Apresentação membro torácico
Apresentação membro torácicoApresentação membro torácico
Apresentação membro torácico
 

Destaque

Tratamento imunoterápico da pitiose eqüina
Tratamento imunoterápico da pitiose eqüinaTratamento imunoterápico da pitiose eqüina
Tratamento imunoterápico da pitiose eqüinaAmo meu cavalo
 
Questionário de Patologia Veterinária - SN
Questionário de Patologia Veterinária - SNQuestionário de Patologia Veterinária - SN
Questionário de Patologia Veterinária - SNProfessoraMarcela
 
Dermatofitose x dermatofilose
Dermatofitose x dermatofilose Dermatofitose x dermatofilose
Dermatofitose x dermatofilose iaavila
 
Exercício 01 Patologia Geral 2009 2
Exercício 01   Patologia Geral 2009 2Exercício 01   Patologia Geral 2009 2
Exercício 01 Patologia Geral 2009 2UFPEL
 
3º lista de exercício avaliativo sobre concreto patologias e aditivos
3º lista de exercício avaliativo sobre concreto   patologias e aditivos3º lista de exercício avaliativo sobre concreto   patologias e aditivos
3º lista de exercício avaliativo sobre concreto patologias e aditivosprofNICODEMOS
 
Questões
QuestõesQuestões
QuestõesJumooca
 
Questões patologia ii
Questões patologia iiQuestões patologia ii
Questões patologia iiJumooca
 
patologia oral - perguntas e respostas
patologia oral - perguntas e respostaspatologia oral - perguntas e respostas
patologia oral - perguntas e respostaslauana santos
 
Respiratorio1 2010 1
Respiratorio1 2010 1Respiratorio1 2010 1
Respiratorio1 2010 1UFPEL
 
Patologia do Sistema Respiratório
Patologia do Sistema RespiratórioPatologia do Sistema Respiratório
Patologia do Sistema RespiratórioRaimundo Tostes
 
Aula de Patologia do Sistema Locomotor
Aula de Patologia do Sistema LocomotorAula de Patologia do Sistema Locomotor
Aula de Patologia do Sistema LocomotorRaimundo Tostes
 
Aula 01 - O Processo Saúde e Doença
Aula 01 - O Processo Saúde e DoençaAula 01 - O Processo Saúde e Doença
Aula 01 - O Processo Saúde e DoençaGhiordanno Bruno
 

Destaque (15)

Tratamento imunoterápico da pitiose eqüina
Tratamento imunoterápico da pitiose eqüinaTratamento imunoterápico da pitiose eqüina
Tratamento imunoterápico da pitiose eqüina
 
Pitiose cutanea
Pitiose cutaneaPitiose cutanea
Pitiose cutanea
 
10 sistema nervoso.
10 sistema nervoso.10 sistema nervoso.
10 sistema nervoso.
 
Questionário de Patologia Veterinária - SN
Questionário de Patologia Veterinária - SNQuestionário de Patologia Veterinária - SN
Questionário de Patologia Veterinária - SN
 
Dermatofilose dermatofitose e feridas
Dermatofilose  dermatofitose e feridasDermatofilose  dermatofitose e feridas
Dermatofilose dermatofitose e feridas
 
Dermatofitose x dermatofilose
Dermatofitose x dermatofilose Dermatofitose x dermatofilose
Dermatofitose x dermatofilose
 
Exercício 01 Patologia Geral 2009 2
Exercício 01   Patologia Geral 2009 2Exercício 01   Patologia Geral 2009 2
Exercício 01 Patologia Geral 2009 2
 
3º lista de exercício avaliativo sobre concreto patologias e aditivos
3º lista de exercício avaliativo sobre concreto   patologias e aditivos3º lista de exercício avaliativo sobre concreto   patologias e aditivos
3º lista de exercício avaliativo sobre concreto patologias e aditivos
 
Questões
QuestõesQuestões
Questões
 
Questões patologia ii
Questões patologia iiQuestões patologia ii
Questões patologia ii
 
patologia oral - perguntas e respostas
patologia oral - perguntas e respostaspatologia oral - perguntas e respostas
patologia oral - perguntas e respostas
 
Respiratorio1 2010 1
Respiratorio1 2010 1Respiratorio1 2010 1
Respiratorio1 2010 1
 
Patologia do Sistema Respiratório
Patologia do Sistema RespiratórioPatologia do Sistema Respiratório
Patologia do Sistema Respiratório
 
Aula de Patologia do Sistema Locomotor
Aula de Patologia do Sistema LocomotorAula de Patologia do Sistema Locomotor
Aula de Patologia do Sistema Locomotor
 
Aula 01 - O Processo Saúde e Doença
Aula 01 - O Processo Saúde e DoençaAula 01 - O Processo Saúde e Doença
Aula 01 - O Processo Saúde e Doença
 

Semelhante a Pitiose em Eqüinos

A importância da brucelose bovina na saúde pública
A importância da brucelose bovina na saúde públicaA importância da brucelose bovina na saúde pública
A importância da brucelose bovina na saúde públicaPriscilla Ferreira
 
Febre Aftosa
Febre AftosaFebre Aftosa
Febre AftosaUFPEL
 
Zoonose ocupacional em abatedouro
Zoonose ocupacional em abatedouroZoonose ocupacional em abatedouro
Zoonose ocupacional em abatedourosilviafvillasboas
 
01 05-2013 11-56-vet 1442_3077 ld
01 05-2013 11-56-vet 1442_3077 ld01 05-2013 11-56-vet 1442_3077 ld
01 05-2013 11-56-vet 1442_3077 ldJanairasa007
 
Acidentes ofídicos 2008
Acidentes ofídicos 2008Acidentes ofídicos 2008
Acidentes ofídicos 2008adrianomedico
 
Dermatite atópica canina + Relatório de Estágio Pré-Profissional
Dermatite atópica canina + Relatório de Estágio Pré-ProfissionalDermatite atópica canina + Relatório de Estágio Pré-Profissional
Dermatite atópica canina + Relatório de Estágio Pré-ProfissionalJoão Paulo Lunardelli
 
DOENÇAS FUNGICAS QUE ACOMETEM COURO CABELUDO E CABELOS
DOENÇAS FUNGICAS QUE ACOMETEM COURO CABELUDO E CABELOSDOENÇAS FUNGICAS QUE ACOMETEM COURO CABELUDO E CABELOS
DOENÇAS FUNGICAS QUE ACOMETEM COURO CABELUDO E CABELOSFernando Santana
 
livro animais peçonhentos_completo.pdf
livro animais peçonhentos_completo.pdflivro animais peçonhentos_completo.pdf
livro animais peçonhentos_completo.pdfJananaSantuci
 
Esporotricose zoonótica procedimentos de biossegurança
Esporotricose zoonótica procedimentos de biossegurançaEsporotricose zoonótica procedimentos de biossegurança
Esporotricose zoonótica procedimentos de biossegurançaGrasiene Meneses
 
Leptospirose em rebanhos leiteiros
Leptospirose em rebanhos leiteirosLeptospirose em rebanhos leiteiros
Leptospirose em rebanhos leiteirosFrederico Modri Neto
 
Artigo identificação bovicola caprae
Artigo identificação bovicola capraeArtigo identificação bovicola caprae
Artigo identificação bovicola capraegecoufba
 

Semelhante a Pitiose em Eqüinos (20)

A importância da brucelose bovina na saúde pública
A importância da brucelose bovina na saúde públicaA importância da brucelose bovina na saúde pública
A importância da brucelose bovina na saúde pública
 
Anaplasmose
Anaplasmose Anaplasmose
Anaplasmose
 
Febre Aftosa
Febre AftosaFebre Aftosa
Febre Aftosa
 
Zoonose ocupacional em abatedouro
Zoonose ocupacional em abatedouroZoonose ocupacional em abatedouro
Zoonose ocupacional em abatedouro
 
01 05-2013 11-56-vet 1442_3077 ld
01 05-2013 11-56-vet 1442_3077 ld01 05-2013 11-56-vet 1442_3077 ld
01 05-2013 11-56-vet 1442_3077 ld
 
Síndrome cólica equina
Síndrome cólica equinaSíndrome cólica equina
Síndrome cólica equina
 
Aula 06
Aula 06Aula 06
Aula 06
 
Acidentes ofídicos 2008
Acidentes ofídicos 2008Acidentes ofídicos 2008
Acidentes ofídicos 2008
 
Biofilmes
BiofilmesBiofilmes
Biofilmes
 
Biofilmes
BiofilmesBiofilmes
Biofilmes
 
Dermatite atópica canina + Relatório de Estágio Pré-Profissional
Dermatite atópica canina + Relatório de Estágio Pré-ProfissionalDermatite atópica canina + Relatório de Estágio Pré-Profissional
Dermatite atópica canina + Relatório de Estágio Pré-Profissional
 
Anais do-Iv-Simpósio-de-Entomologia
Anais do-Iv-Simpósio-de-EntomologiaAnais do-Iv-Simpósio-de-Entomologia
Anais do-Iv-Simpósio-de-Entomologia
 
DOENÇAS FUNGICAS QUE ACOMETEM COURO CABELUDO E CABELOS
DOENÇAS FUNGICAS QUE ACOMETEM COURO CABELUDO E CABELOSDOENÇAS FUNGICAS QUE ACOMETEM COURO CABELUDO E CABELOS
DOENÇAS FUNGICAS QUE ACOMETEM COURO CABELUDO E CABELOS
 
livro animais peçonhentos_completo.pdf
livro animais peçonhentos_completo.pdflivro animais peçonhentos_completo.pdf
livro animais peçonhentos_completo.pdf
 
Esporotricose zoonótica procedimentos de biossegurança
Esporotricose zoonótica procedimentos de biossegurançaEsporotricose zoonótica procedimentos de biossegurança
Esporotricose zoonótica procedimentos de biossegurança
 
Reovirose art19
Reovirose   art19Reovirose   art19
Reovirose art19
 
Leptospirose em rebanhos leiteiros
Leptospirose em rebanhos leiteirosLeptospirose em rebanhos leiteiros
Leptospirose em rebanhos leiteiros
 
Situação Atual da Vigilância da Esporotricose
Situação Atual da Vigilância da EsporotricoseSituação Atual da Vigilância da Esporotricose
Situação Atual da Vigilância da Esporotricose
 
Situação Atual da Vigilância da Esporotricose
Situação Atual da Vigilância da EsporotricoseSituação Atual da Vigilância da Esporotricose
Situação Atual da Vigilância da Esporotricose
 
Artigo identificação bovicola caprae
Artigo identificação bovicola capraeArtigo identificação bovicola caprae
Artigo identificação bovicola caprae
 

Pitiose em Eqüinos

  • 1. REVISTA CIENTÍFICA ELETÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN: 1679-7353 Ano VI – Número 10 – Janeiro de 2008 – Periódicos Semestral PITIOSE EM EQÜINOS LÉO, Vivian Fazolaro DABUS, Daniela Marques Maciel Graduandas da Associação Cultural e Educacional de Garça – FAMED danidabus@hotmail.com LOT, Rômulo Francis Estangari PICCININ, Adriana Docentes da Associação Cultural e Educacional de Garça - FAMED RESUMO O fungo Pythium insidiosum é responsável por uma doença micótica que invadem a pele e o tecido subcutâneo, preferencialmente eqüinos. Essa patologia, conhecida como pitiose, é comumente encontrada em regiões quentes e úmidas, já que a proliferação desse fungo ocorre em ambientes aquáticos. O objetivo do presente trabalho foi acrescentar dados sobre a proliferação, enfermidade e diagnóstico dessa patologia. Palavras chave: pitiose, Pythium insidiosum, eqüino, micoses cutâneas Tema Central: Medicina Veterinária ABSTRACT The fungus Pythium insidiosum is responsible of the mycotic disease that invade the skin and hypodermics, would rather equines. This patology, is knowledge like pitiose, generally is found in hot and damp region, because the proliferation this fungus occurred in aquatics environment. The objective of the present project was implement informations about the proliferation, infirmity and diagnostic this patology. Key word: equine, Pitiose, Pythium insidiosum, skinny micose 1. INTRODUÇÂO Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Garça FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de Garça – ACEG. Rua das Flores, 740 – Vila Labienópolis – CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel: (0**14) 3407-8000 – www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.br.
  • 2. REVISTA CIENTÍFICA ELETÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN: 1679-7353 Ano VI – Número 10 – Janeiro de 2008 – Periódicos Semestral A pitiose eqüina é uma doença ulcerativa e proliferativa da pele e tecidos causada por fungo (Leal et al., 2001). Esse fungo é encontrado em regiões de climas relativamente altos e em áreas alagadas, já que se trata de um microorganismo aquático, que se caracteriza por formação de zoosporos (Reis et al., 2002). Esses zoosporos móveis são atraídos para o pêlo dos animais penetrando na pele através de lesões preexistentes (Sallis et al., 2003). Essa patologia causa lesões nodulares nos pulmões, intestino, ossos e principalmente nos membros inferiores, como o abdômen, peito e genitais (Aiello, 2001). Por ser uma doença micótica, a pitiose se assemelha à zigomicose e habronemose, moléstias também eqüídeas, dificultando o diagnóstico preciso (Reis et al., 2002). 2. DESENVOLVIMENTO A pitiose eqüina é uma doença ulcerativa e proliferativa da pele e tecido subcutâneo causada pelo Pythium insidiosum, um "fungo" zoospórico, do Reino Stramenopila, filo Oomycota, família Pythiaceae (Leal et al. 2001). O ciclo de vida do Pythium insidiosum envolve a colonização de folhas de plantas aquáticas onde o microorganismo passa por reprodução sexuada e produz esporângios. Zoosporos móveis, liberado dos esporângios, são atraídos aos tecidos vegetais e animais, aos quais aderem. Não há preferência por raça, idade ou sexo (Radostits et al., 2000). Os zoosporos são liberados periodicamente em águas pantanosas e infectam eqüinos e outros mamíferos que freqüentam esses locais. Os zoosporos móveis são atraídos para o pêlo dos animais, penetram na pele através de lesões preexistentes, produzindo a enfermidade (Sallis et al., 2003). A pitiose é encontrada em áreas temperadas, tropicais e subtropicais (Radostits et al., 2000), relativamente comum em eqüídeos que permanecem em Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Garça FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de Garça – ACEG. Rua das Flores, 740 – Vila Labienópolis – CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel: (0**14) 3407-8000 – www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.br.
  • 3. REVISTA CIENTÍFICA ELETÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN: 1679-7353 Ano VI – Número 10 – Janeiro de 2008 – Periódicos Semestral contato direto com água represada como pântanos, charcos e alagados (Reis. et al., 2002). O Pythium insidiosum nos eqüinos causam lesões pulmonares, intestinais, ósseas, principalmente nos membros inferiores, abdômen, peito e genitais. Essas lesões são nódulos fistulados, ulcerados, granulomatosos, grosseiramente circulares e grandes, ou inchaços subcutâneos necróticos, cinza- amarelados, tendo aspecto pruriginoso, com exsudato mucossanguinolento. Os granulomas contêm massas coraliformes amareladas e firmes de tecido necrótico, conhecidas como “cancros” e que podem ser removidas intactas (Aiello, 2001). Os cancros são focos de necrose coagulativa nos vasos que foram seqüestrados do tecido circunjacente; eles contêm hifas asseptadas ramificadas e largas. A forma intestinal caracteriza-se por lesões gastrointestinais fibrosantes e estenóticas, contendo focos de material caseoso e hifas fúngicas. Esses ferimentos são mais comuns nas pernas, principalmente nos membros inferiores, no abdome, peito e nos genitais (Aiello, 2001). Microscopicamente, se evidenciam áreas eosinofílicas de necrose constituídas principalmente de eosinófilos viáveis e degenerados, que correspondem aos "kunkers" observados macroscopicamente. Na periferia dessas áreas, observam-se imagens negativas tubuliformes correspondentes às hifas de P. insidiosum. Circundando os "kunkers" há infiltrado de eosinófilos, macrófagos, intensa proliferação de tecido fibrovascular e, ocasionalmente, células gigantes (Meireles et al., 1993). Em muitas regiões do Brasil, a pitiose ainda é erroneamente diagnosticada como habronemose, uma helmintose que determina lesões cutâneas em eqüinos e zigomicoses, doenças micóticas da pele. Essas patologias macro e microscopicamente guardam certa semelhança aos encontrados na pitiose, causando dificuldades para o diagnóstico, daí a necessidade da utilização de Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Garça FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de Garça – ACEG. Rua das Flores, 740 – Vila Labienópolis – CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel: (0**14) 3407-8000 – www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.br.
  • 4. REVISTA CIENTÍFICA ELETÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN: 1679-7353 Ano VI – Número 10 – Janeiro de 2008 – Periódicos Semestral técnicas com maior especificidade para a feitura do diagnóstico definitivo (Sallis et al., 2003). 3. CONCLUSÃO A pitiose em eqüinos é uma doença acometida pelo fungo Pythium insidiosum, no qual habita regiões quentes e úmidas. Esse fungo causa ulcerações na pele e portanto essa patologia é confundida com outras doenças micóticas, o que dificulta um diagnóstico preciso. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. AIELLO, S. E. Manual Merck de Veterinária. Ed. Roca, São Paulo. 8ª Edição, 2001. p. 385 – 386. 2. LEAL, A. B. M., LEAL, A. T., SANTURIO, J. M. et al. Pitiose eqüina no Pantanal brasileiro: aspectos clínico-patológicos de casos típicos e atípicos, 2001 [Online] Pesquisa Veterinária Brasileira, 2001. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100- 736X2001000400005&lng=pt&nrm=iso. Acesso em 29 de agosto de 2007. 3. MEIRELES, M.C., RIET-CORREA, F., FISCHMAN, O., et al. Cutaneous pythiosis in horses from Brazil. 1993. p.139-142. 4. RADOSTITS, O. M., GAY, C. C., BLOOD, D. C., et al. Clínica Veterinária – Um Tratado de Doenças dos Bovinos, Ovinos, Suínos, Caprinos e Eqüinos. Ed. Guanabara Koogan , Rio de Janeiro. 9ª Edição, 2000. p. 1154 – 1155. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Garça FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de Garça – ACEG. Rua das Flores, 740 – Vila Labienópolis – CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel: (0**14) 3407-8000 – www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.br.
  • 5. REVISTA CIENTÍFICA ELETÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN: 1679-7353 Ano VI – Número 10 – Janeiro de 2008 – Periódicos Semestral 5. REIS, J. L. Jr., NOGUEIRA, R. H. G. Estudo anatomopatológico e imunoistoquímico da pitiose em eqüinos naturalmente infectados, 2001 [Online] Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100- 736X2001000400006&Ing=pt&nrm=isso. Acesso em 29 de agosto de 2007. 6. SALLIS, E. S. V.; PEREIRA, D. I. B., RAFFI, M. B. Pitiose cutânea em eqüinos: 14 casos, 2001 [Online] Ciência Rural, 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_ arttext&pid=S0103-84782003000500017&lng=pt&nrm=iso Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Garça FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de Garça – ACEG. Rua das Flores, 740 – Vila Labienópolis – CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel: (0**14) 3407-8000 – www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.br.