1. Picasso começa a ter vida social intensa em Paris e a se relacionar com importantes nomes de outras
áreas, além das artes plásticas, como o escritor Guillaume Apollinaire. Nessa época iniciou a sua amizade
com Matisse que durará a vida inteira. Mas é em co-autoria com Georges Braque que a fase seguinte, a
cubista, ganha relevância.
O cubismo consistia em representar pessoas e figuras em formatos de triângulos, cubos e quadrados e
buscava a geometria dos motivos representados. Tudo se reduzia a formas geométricas. Picasso monta a
imagem em facetas múltiplas e deforma a realidade tal qual a conhecemos, criando figuras que causam
estranhamento, como a representação de um face, por exemplo, uma metade frontal e outra metade de
lado. Tenta-se representar no plano uma figura em três dimensões. Tem-se a idéia que o objeto
representado pode ser apreciado em todas as sua faces, e todos os ângulos, de frente, de lado, por cima
e por baixo, causando uma sensação de volume na superfície plana.
Costuma-se dividir o cubismo em duas fases e pela importância que teve vale a pena descrevê-los:
a) Cubismo analítico - a obra é desestruturada em todos os seus elementos. Em planos sucessivos e
superpostos o artista registra as partes e procura mostrar a visão total da figura, que é fixada de todos os
ângulos ao mesmo tempo. Predominam as cores em tons de castanho, cinza e bege.
b) Cubismo sintético - é uma reação à fase da excessiva fragmentação das formas. Se na fase anterior os
objetos retratados quase se tornavam irreconhecíveis, agora se busca tornar novamente as figuras
reconhecíveis. Passa a utilizar - além dos elementos tradicionais da representação pictórica, como a tinta
- a colagem de letras, palavras, números, metal, recortes, produzindo uma tela cujos efeitos plásticos
ultrapassavam as meras sensações visuais sugerindo ao observador sensações táteis e de volume.
A escola cubista teve muitos seguidores, e parte da crítica da estética da arte diria imitadores como Juan
Gris, que realizou um no estilo cubista, "Retrato de Pablo Picasso" (1912), Francis Picabia, Robert
Delaunay e Albert Gleizes.