Os pequenos grupos desempenharam um papel fundamental na história do adventismo, desde os primeiros mileritas até o adventismo moderno. Os primeiros adventistas se reuniam em pequenos grupos de estudo e oração para entender as Escrituras após o Grande Desapontamento. Várias organizações adventistas surgiram desses grupos, como a Sociedade Missionária Vigilante. Ellen G. White enfatizou a importância dos pequenos grupos para o crescimento espiritual. Esses grupos também foram vitais para a sobrevivência do adventismo em tempos de
As violações das leis do Criador (material em pdf)
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1. Ricardo A. Gonzalez é doutor em Teologia e diretor do
SALT - Universidade Adventista do Chile
PEQUENOS GRUPOS
NA HISTÓRIA DO
ADVENTISMO
CAP. 6
2. INTRODUÇÃO
Desde o Antigo Testamento, quando Jetro
compartilhou com seu genro Moisés os princípios
organizacionais, a narrativa bíblica se refere aos
pequenos grupos de forma consistente.
A história da igreja primitiva
sugere que a distinção precoce
entre clero e leigos afetou a
liderança exercida por eles
nas pequenas igrejas dos
primeiros séculos.
3. Os períodos pré e pós-reforma comprovaram a
eficácia dos pequenos grupos como meio de
testemunhar e de fortalecer a fé.
O metodismo foi marcado pelos pequenos grupos.
Como algumas figuras proeminentes do milerismo e
do adventismo tinham ligação metodista wesleyana,
os pequenos grupos foram parte do que eles
entendiam como método viável para a vida e o
desenvolvimento da igreja.
INTRODUÇÃO
4. MILERISMO E PEQUENOS GRUPOS
Em 1831, Guilherme Miller fez sua primeira exposição
sobre a segunda vinda de Jesus.
No fim da década de 1830, a influência de Miller
cresceu pelo apoio que recebeu de pastores, como
Josué V. Himes, Josias Litch e Charles Fitch, e acabou
se tornando um dos movimentos religiosos mais
influentes do século 19 nos EUA.
5. MILERISMO E PEQUENOS GRUPOS
Para intensificar a proclamação da mensagem, em
meados de 1842, os mileritas optaram pela
realização de reuniões campais, como as que foram
realizadas pelos metodistas.
As campais eram baseadas em três reuniões
principais (manhã, tarde e noite). Durante os
intervalos, grupos de oração e pequenos grupos de
estudo bíblico se reuniam nas barracas.
6. MILERISMO E PEQUENOS GRUPOS
A partir de então, entre os principais métodos
dos mileritas para atrair pessoas e levá-las a
Cristo estavam incluídos os pequenos grupos
de testemunho pessoal e estudo da Bíblia.
7. O GRANDE DESAPONTAMENTO
Após muitos estudos, os mileritas
entenderam que a vinda de Jesus
aconteceria em 22 de outubro de
1844. Essa data marcou o clímax do
movimento.
O desapontamento trouxe confusão
as fileiras do movimento e, de
repente, os mileritas se viram
desprovidos de orientação e cheios
de dúvidas sobre o que estava por vir.
8. PEQUENOS GRUPOS DE ESTUDO E ORAÇÃO
Os primeiros adventistas estavam acostumados a se
reunir em pequenos grupos, afinal:
• Eles eram poucos, espalhados e sem um lugar fixo
para adoração.
• Muitos deles tinham sido desligados de suas
igrejas de origem.
9. PEQUENOS GRUPOS DE ESTUDO E ORAÇÃO
• Eles procuraram a companhia de irmãos que, a
semelhança deles, tinham passado pelo
desapontamento e continuaram na esperança.
• Eles se reuniam para estudo da bíblia e buscavam
entender o que deveriam fazer após a decepção.
10. PEQUENOS GRUPOS DE ESTUDO E ORAÇão
Um grupo de mileritas havia se reunido com a
família de Hiram Edson, para aguardar a vinda de
Jesus. Quando amanheceu, ele e alguns irmãos
foram orar no galpão de cereais. Depois do
desjejum, na manhã de 23 de outubro de 1844,
enquanto se dirigiam a um bairro próximo para
animar outras pessoas que tinham passado pela
mesma experiência, o mistério começou a ser
esclarecido.
11. PEQUENOS GRUPOS DE ESTUDO E ORAÇÃO
Hiram Edson entendeu que, em vez do nosso Sumo
Sacerdote deixar a lugar Santíssimo do santuário
celestial para vir a Terra, pela primeira vez, naquele
dia, Ele entrou no segundo compartimento do
santuário.
12. PEQUENOS GRUPOS DE ESTUDO E ORAÇÃO
Em dezembro de 1844, Ellen
Harmon, quando participava de
um pequeno grupo de oração
foi transportada em visão. A
primeira de aproximadamente
dois mil sonhos e visões que ela
recebeu durante seu
ministério.
13. PEQUENOS GRUPOS DE ESTUDO E ORAÇÃO
Após 22 de outubro de 1844, os mileritas se
dividiram em vários grupos. De um desses
grupos, resistentes à aceitação de que tudo o
que tinha entendido era produto de má
interpretação das Escrituras, surgiu o
adventismo sabatista.
14. Por volta de 1848, a necessidade de publicar as
verdades recém-descobertas, especialmente a
verdade do sábado, começou a ser discutida entre
os líderes de adventismo sabatista.
Em resposta as preces, Deus falou a Ellen G.
White por meio de uma visão que exerceu forte
impacto sobre as fileiras dos primeiros
adventistas, pois os colocou no caminho do
estabelecimento de uma editora que ainda existe.
PEQUENOS GRUPOS DE ESTUDO E ORAÇÃO
15. Apesar das limitações geográficas daquela época, os
guardadores do sábado se reuniam regularmente em
grupos de estudo e oração, os líderes do movimento
faziam muitas visitas missionárias aquelas
congregações que funcionavam em lugares pequenos
e/ou casas de crentes.
PEQUENOS GRUPOS DE ESTUDO E ORAÇÃO
16. PEQUENOS GRUPOS DE ORAÇÃO
Em 1863, quando a Associação Geral foi organizada,
contava com aproximadamente 3.500 membros e cerca
de 30 ministros. As reuniões de pequenos grupos de
estudo e oração deram origem a importantes
organizações dentro da jovem denominação.
17. PEQUENOS GRUPOS DE ORAÇÃO
No final de 1868, um grupo de quatro mulheres
começou com reuniões semanais de oração na
casa de Maria e Stephen Haskell no suI de
Lancaster. Esse grupo, cujo principal interesse era
compartilhar temas relacionados as crianças,
começou a convidar vizinhos não adventistas
paras as reuniões. Pouco tempo depois, o número
duplicou e decidiram visitar o bairro entregando
livros e panfletos. Em junho de 1869, esse grupo
de mulheres, cujos encontros aconteciam
semanalmente às quartas- feiras, fundou a
“Sociedade Missionária Vigilante”.
18. Outra organização que cresceu como resultado
dos pequenos grupos de oração foram as
Sociedades Dorcas. A primeira sociedade foi
organizada em 1874 e tem sua origem nas
reuniões realizadas na casa de Henry Gardner
em Battle Creek, Michigan.
19. A Sociedade dos Jovens teve sua origem quando,
no verão de 1879, dois jovens começaram a
refletir sobre o que poderiam fazer para ajudar os
amigos a ter uma experiência espiritual mais
profunda com Deus. Lutero Warren, com apenas
14 anos, e Harry Fenner , 17 anos, decidiram, com
certa timidez, se reunir no quarto de Lutero para
orar, cantar e fazer planos para distribuir
literatura. Logo, outros jovens aderiram ao
projeto, e isso deu origem à primeira sociedade
de jovens da denominação.
20. A OPINIÃO DE ELLEN G. WHITE
Ellen G. White no início do século 20, acreditava
que a igreja devia enfatizar a formação de
pequenos grupos a fim de desenvolver uma
experiência espiritual mais profunda em seus
membros.
“Estabeleçam pequenos grupos pela manhã bem
cedo ou à tarde para estudar a Bíblia. Realizem
uma reunião de oração para que o Espírito Santo
possa fortalecer, iluminar e santificar. [ ... ] Eles
devem receber o poder do Espírito Santo, caso
contrário, não conseguirão vencer.”
Carta 2, de 3/1/1900, dirigida ao casal Sisley.
21. A OPINIÃO DE ELLEN G. WHITE
"A formação de pequenos grupos como base do esforço
cristão é um plano que foi apresentado a mim por
Aquele que não pode errar. Se há um grande número de
irmãos na igreja, organizem-se em pequenos grupos
para trabalhar não só pelos membros da igreja, mas
também pelos descrentes.” Bolletín de la Union Australiana, 15 de agosto,
1902.
22. A OPINIÃO DE ELLEN G. WHITE
"Renuam-se em pequenos grupos de manhã bem cedo,
ao meio dia ou à tarde para estudar a Bíblia. Dediquem
tempo em oração a sejam fortalecidos, iluminados e
santificados pelo Espírito Santo.”
Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v.7, p. 195.
23. NO ADVENTISMO MODERNO
A história do adventismo do século 20 não seria a
mesma sem a ação dos pequenos grupos.
O adventismo na antiga União Soviética pôde
realizar seu trabalho de evangelização graças às
pequenas reuniões de oração e de estudo que
aconteciam nas casas dos crentes. Relatórios da
década de 1920, dizem que, apesar da intensa
perseguição sofrida pela igreja, as reuniões nos
lares permitiram que ela continuasse a existir e,
até mesmo, a crescer em número.
24. NO ADVENTISMO MODERNO
A história da igreja na china revela um padrão
semelhante. Na época de Mao Tse Tung, o governo usou
a estrutura de células nos lares para manter a ordem
social. Nesse contexto, a igreja cristã foi proibida,
mas, sabiamente, adotou o sistema apresentado pelo
Partido Comunista para conseguir sobreviver.
Para os crentes na China, os pequenos grupos até hoje
representam um estilo de vida que lhes permite
desenvolver a fé e cumprir a missão da igreja.
25. NO ADVENTISMO MODERNO
Em alguns lugares da "janela 10/40" nos quais os
governos não apoiam a propagação da fé cristã, e em
alguns países do Oriente Médio, o trabalho da igreja
cresce e se desenvolve graças à ação de pequenos
grupos.
26. NO ADVENTISMO MODERNO
Desde 1987, quando a Associação Geral recomendou
que as unidades de ação desempenhassem um papel
mais ativo no trabalho de evangelização, a Escola
Sabatina com seus pequenos grupos de ação foi um
meio eficaz para a progresso a da causa de Deus e para
conquistar pessoas.
27. CONCLUSÃO
Após a primeira década deste novo século, a igreja
precisa retornar às suas origens. É assim que
encontrará o reavivamento necessário para cumprir
com sucesso a parte final da missão confiada por
Deus ao Seu povo.
Não há dúvida de que os pequenos grupos nos lares
estão difundidos hoje na igreja adventista da
América do Sul. Eles representam poderoso
instrumento para a evangelismo integral que
buscamos como igreja.
28. PERGUNTAS PARA REFLEXÃO
• Que papel desempenharam os pequenos grupos
de estudo e oração no início da organização
adventista?
• Quais as organizações que surgiram como
resultado dos pequenos grupos de estudo e
oração?
• Que importância Ellen G. White deu aos
pequenos grupos?
• Que contribuição as pequenos grupos tem dado
ao adventismo moderno?