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Palestra de Matemática - Alguns Números pela Vida Fora
incluindo um Porco Fardado de Almirante
“Alguns Números pela Vida Fora incluindo um Porco Fardado de Almirante” foi a palestra, que decorreu
no dia 17 de março e a que os alunos de Ciências e Economia, do 10 º e 11 º anos do Ensino Secundário,
assistiram na sala Multiusos da nossa Escola, dinamizada pela nossa professora de Matemática, Dra. Anabela
Fernandes, tendo como palestrante o Dr. José Paulo Viana, que foi professor e que é, atualmente, autor da
secção "Desafios" aos domingos, no jornal Público e dos Livros “Uma Vida Sem Problemas” e “Problemas...
Sem Problema”.
Num primeiro momento, o Dr. José Paulo Viana começou por fazer a sua respetiva apresentação,
iniciando a sessão com a afirmação de que veio até à nossa Escola para falar especificamente de matemática,
porque, na sua opinião, os deuses o criaram para esta área e, na verdade, tem provas disso. Caso contrário,
não o afirmaria.
Apresentou assim as suas provas de uma forma muito interessante, o que cativou de imediato os alunos.
O facto foi que pegou na sua data de nascimento e nas horas a que nasceu para falar precisamente de
Matemática, muito particularmente no número mais importante de todos: o Pi (𝜋). Deu, então, a conhecer que
nasceu a 17 de setembro de 1946, às 10 horas e 15 minutos. Nesta informação estão incluídos 5 números,
tendo em conta que o dia é representado por um D=17, o mês M=9, o ano A=46, a hora H=10 e os minutos
m=15.
Seguidamente, multiplicou o ano ao cubo pela hora e dividiu o dia, vezes o mês ao quadrado, vezes os
minutos também ao quadrado e dava precisamente 3,1416, o número do Pi (𝜋).
𝐴3 𝐻
𝐷 𝑀2 𝑚2
= 3,1416
Continuou a sua experiência e multiplicou o mês ao quadrado pelo ano e pela raiz quadrada da hora e
dividiu tudo pelo dia ao quadrado multiplicado pelos minutos e chegou ao número de Nepper (е), o segundo
número mais importante depois do Pi: 2,718.
𝑀2 𝐴√𝐻
𝐷2 𝑚
= 2,718
Após mais outro cálculo, chegou ao terceiro número mais importante, o número de ouro, o 1,618 obtido
pela multiplicação do mês elevado a quatro pela raiz cúbica dos minutos e dividindo tudo pela multiplicação da
hora, elevado a quatro pelo ano elevado a zero e pelo dia elevado a zero:
𝑀4
√ 𝑚
3
𝐻4 𝐴0 𝐷0
= 1,618
2
Fez ainda uma programação de computador com os inversos e os simétricos para calcular todas as
combinações possíveis e reparou que todos os seus números da data e da hora do seu nascimento estavam
no Pi (3,14159… 17 9 46 10 15…).
Para chegar aos três números que considera os mais importantes, chegou a fazer 759 375 cálculos.
Sendo assim, estas eram as provas mais que suficientes sobre o que de início afirmara. Porém, continuou
a referir que o Pi também tinha o número do nosso nascimento, logo, afirma que todos nascemos para a
matemática, embora alguns ainda não tivessem descoberto, disse, brincando. Ainda acrescentou que, para
além do nosso nascimento, até estava o nosso número de telemóvel. Toda a plateia ficou fascinada com a
forma como o professor jogava com a matemática e com os números.
Com a sua boa disposição, brincou com o facto de os números do seu nascimento aparecerem com
muitas casas decimais, o que, segundo ele, queria dizer que não tinha nascido assim tanto para a matemática,
o que despertou mais uma vez o sorriso da plateia.
Fez também referência a vários autores que calcularam o Pi, nomeadamente, William Shanks. Este
matemático, em 1853, calculou-o à mão e chegou às 707 casas decimais, porque nesse tempo não havia
computadores nem máquinas de calcular. Entretanto, segunda pensa o Dr. José Paulo Viana, ele deve ter
morrido e ficou apenas pelas 707. Naquela altura era um grande avanço. Este trabalho demorou 20 anos e foi
tão importante que em França, quando construíram o primeiro Museu de Ciência, o Palais de la Découverte
(Palácio da Descoberta), criaram uma sala dedicada ao Pi e, como este tem a ver com a circunferência, esta é
circular. Na parte de cima da sala colocaram o número com as 707 casas decimais de Shanks, que dão mais
de três voltas à mesma.
Ferguson, em 1945, apresentou outro cálculo, feito já com uma calculadora, que mostra que Shanks se
tinha enganado na 528.ª casa decimal, o que queria dizer que todas as seguintes estão erradas. Isto veio
demonstrar que os possíveis dez anos de trabalho de Shanks, no cálculo das casas decimais, a partir dessa,
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foram totalmente inúteis. Esse erro obrigou a que fossem feitas obras na sala do Pi e atualmente o número já
está corrigido.
Aos presentes, falou ainda de um retrato do Pi com 10 000 casas decimais (100X100), sendo que a cor
de cada quadradinho corresponde a um algarismo. O Dr. José Paulo Viana, por sua vez, interrogou-se para
que servia isto e deu resposta à sua própria questão, num tom risonho: “Não serve para nada!”.
De seguida, deu a conhecer que existem Matemáticos que se especializaram no cálculo do Pi. Em
dezembro de 2002, Yasumasa Kanada e a sua equipa batem o recorde, com 1,241 biliões, ou seja, 1,241×1012
de casas decimais do Pi. Para todas estas casas, afirma serem necessárias muitas resmas de papel. Uma sala
de aula não chegava, eram pois precisas quatro completamente cheias. Isto para salientar que é impossível
escrever as casas todas, existindo apenas na memória do computador, tendo este de ser muito bom.
Para brincar connosco, afirmou que tendo o Pi 1,241 biliões de casas decimais e se o imprimíssemos no
chão com os algarismos espaçados de 1 mm e, depois, decidíssemos andar em cima dele, seriam precisos
mais de 28 anos e a caminhar a 5 km/h para chegarmos de uma ponta à outra.
Entretanto, informou que houve novos recordes. A 31 de dezembro de 2009 Fabrice Bellard, de França,
com 2,7 biliões de casas decimais. Em setembro de 2010, Shigeru Kondo e Alexander Yee com 5 biliões de
casas decimais, alcançando assim o recorde atual. Com este recorde já serão precisas 16 salas de aula,
caminhando mais de 140 anos.
Na verdade, como assegurou o Dr. José Paulo Viana, nunca serão necessárias para calcular o Pi mais
de 35 casas decimais. Eles apenas calcularam os biliões de casas, para irem mais além, mesmo que seja inútil.
Seguidamente, comparou a continuação do cálculo das casas decimais do Pi com um montanhista que subiu
o Evareste e, quando um jornalista lhe perguntou o porquê, ele respondeu: “Porque estava lá.”.
Na verdade, o Pi aparece no livro dos recordes, Guiness Book, embora não o considerem tão importante.
Deixaram-no lá, rodando os recordes e mantendo apenas os mais importantes. Ele está lá por ser o número
mais famoso, o número de casas decimais mais conhecidas e por haver competições no mundo, cujos
participantes teriam de conseguir dizer mais casas decimais do número do Pi de memória, realidade que o
deixou de facto boquiaberto.
Desta competição destacam-se, em fevereiro de 1995, Hiroyuki Goto, um japonês de 22 anos que disse
as primeiras 42 195 casas decimais do Pi, em julho de 2005, Akira Haraguchi, japonês, disse 83 431 casas
decimais. No ano seguinte, em outubro de 2006, Haraguchi não ficou contente com o seu recorde anterior e
disse 100 000 casas decimais. Antes disso, ainda tentou 4 meses antes, mas falhou, não porque se tenha
enganado, mas porque não cumpriu o tempo, dado que a prova tem tempos a cumprir. O recorde em Portugal
é de mil e poucos algarismos.
Como não há prémios Nobel da Matemática, criaram-se os prémios IgNobel da Matemática, que são,
segundo o seu ponto de vista, prémios completamente inúteis e idiotas, mas que têm sido publicados em
revistas científicas, se não provavelmente nem eram conhecidos.
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Em 1993, o prémio foi para Robert Faid, pelo cálculo exato da probabilidade de Mikhail Garbachau ser o
anticristo, que era de 1 em 8 606 091 751 882.
Em 1994, o prémio foi para a Igreja Batista Meridional do Alabama por, através de cuidados e medição
matemática da moralidade, terem determinado quando os cidadãos do Alabama irão para o inferno se não se
arrependerem e, neste preciso momento, até acabou por brincar com a situação dizendo que, se lá
estivéssemos, saberíamos o nosso destino.
Em 2002, o prémio foi atribuído a K. P. Sreekumar e G. Nirmalan pelo cálculo da superfície total dos
elefantes da Índia.
Em 2006, Nicks Edson e Piers Barkies, dois matemáticos australianos, alcançaram o prémio pelo cálculo
do número de fotografias que é preciso tirar para garantir que ninguém fique de olhos fechados. A probabilidade
é de 30 pessoas, tirando 15 fotografias.
O Dr. José Paulo Viana fez ainda referência a um prémio da Literatura, em 1993, para E. Topal, R. Calif
e outros 172 coautores por terem publicado um artigo de investigação médica com cem vezes mais autores do
que páginas.
Passando a outra situação, deu-nos a entender como, de uma forma matemática, as novidades correm
rápido pelo mundo inteiro. Pediu-nos que imaginássemos que à meia-noite ele pensa numa anedota mas, como
não gosta dela, só passado uma hora é que conta outra anedota a duas pessoas. Estas gostaram e uma hora
depois, às duas horas da manhã, contam a mais duas pessoas. Já quatro pessoas tinham ouvido tal anedota
em apenas duas horas.
Segundo cálculos e ilustrados com gráficos, mostrou-nos que passadas três horas já a escutam oito
pessoas, sete horas depois já são 128 pessoas, o que equivale a metade da sua rua. Após 15 horas já perfaz
um total de 32 768 pessoas, o que corresponde ao número de habitantes de uma pequena vila. Com 23 horas
passadas o número equivale a 8 milhões de pessoas, ou seja, Portugal na sua totalidade. Para chegar ao
mundo inteiro, basta um dia e meio.
Para terminar, contou-nos uma história vivida por ele, no tempo da ditadura, que só terminou em 1974,
e realçou o facto de ser bom não termos vivido nesse tempo, recorrendo à frase: “Tudo o que não é proibido é
obrigatório.”, tendo tido ainda a preocupação de nos falar um pouco dessa época. Deu assim a conhecer que,
nesse tempo, apenas um quinto da população é que votava e eram quase todos homens. O dever das mulheres
era ficarem em casa a cuidar dos filhos e a tratar da parte doméstica. Por outro lado, fez referência a Américo
Tomás, o equivalente à figura de primeiro-ministro de agora que, quando era eleito, era dos únicos que escrevia
os seus discursos, pois os outros, quando o eram, os seus discursos eram escritos pelos seus adjuntos. De
igual modo, foi curioso saber que Américo Tomás tinha uma farda legal do trabalho e uma farda branca e que
começava sempre o seu discurso com a frase: “Esta é a primeira vez que cá estou, desde a última que cá
estive”.
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Entretanto, depois de viajar por “Alguns números pela vida fora”, o professor levou-nos, finalmente, ao
resto da indecifrável expressão do título: “incluindo um Porco Fardado de Almirante”.
Como tal, começou por contar que, quando era jovem, pertencia a um grupo que era contra a ditadura.
Decidiram, então, atuar de forma a criticar a maneira como se processavam as eleições nessa época, uma vez
que Américo Tomás era o vencedor, mesmo que não fosse o mais votado. Para tal, prepararam um porco, com
botas e tudo, vestido de Almirante, para o lançar no Rossio.
De seguida, decidiram fazer uma jogada com dois carros, de modo a tentar despistar a polícia. Na
verdade, o porquinho estava sem medo e ficou parado no meio do trânsito e, por isso, a polícia conseguiu de
imediato capturá-lo. O efeito pareceu-lhes nulo, pois apenas teria sido visto por sete pessoas. Mais à frente,
lançaram um foguete que fez soltar muitos papéis, num raio de três metros. No final, os polícias estavam
deveras aborrecidos com a situação e um deles acabou por dar um tiro no porco.
Toda aquela situação, que tinha começado por ser algo discreto, apenas com sete pessoas a assistirem,
acabou por chegar ao conhecimento das pessoas das aldeias mais remotas e, no final, até o pai que estava na
tropa soube do acontecimento.
Em suma, esta história reflete precisamente o que aconteceu com a anedota pois, durante sete dias,
apenas metade da sua rua a conhecia e, no final, acabou por ser do conhecimento de Portugal inteiro.
Sofia Pedrosa, 11.º B / O Ciclista

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  • 1. 1 Palestra de Matemática - Alguns Números pela Vida Fora incluindo um Porco Fardado de Almirante “Alguns Números pela Vida Fora incluindo um Porco Fardado de Almirante” foi a palestra, que decorreu no dia 17 de março e a que os alunos de Ciências e Economia, do 10 º e 11 º anos do Ensino Secundário, assistiram na sala Multiusos da nossa Escola, dinamizada pela nossa professora de Matemática, Dra. Anabela Fernandes, tendo como palestrante o Dr. José Paulo Viana, que foi professor e que é, atualmente, autor da secção "Desafios" aos domingos, no jornal Público e dos Livros “Uma Vida Sem Problemas” e “Problemas... Sem Problema”. Num primeiro momento, o Dr. José Paulo Viana começou por fazer a sua respetiva apresentação, iniciando a sessão com a afirmação de que veio até à nossa Escola para falar especificamente de matemática, porque, na sua opinião, os deuses o criaram para esta área e, na verdade, tem provas disso. Caso contrário, não o afirmaria. Apresentou assim as suas provas de uma forma muito interessante, o que cativou de imediato os alunos. O facto foi que pegou na sua data de nascimento e nas horas a que nasceu para falar precisamente de Matemática, muito particularmente no número mais importante de todos: o Pi (𝜋). Deu, então, a conhecer que nasceu a 17 de setembro de 1946, às 10 horas e 15 minutos. Nesta informação estão incluídos 5 números, tendo em conta que o dia é representado por um D=17, o mês M=9, o ano A=46, a hora H=10 e os minutos m=15. Seguidamente, multiplicou o ano ao cubo pela hora e dividiu o dia, vezes o mês ao quadrado, vezes os minutos também ao quadrado e dava precisamente 3,1416, o número do Pi (𝜋). 𝐴3 𝐻 𝐷 𝑀2 𝑚2 = 3,1416 Continuou a sua experiência e multiplicou o mês ao quadrado pelo ano e pela raiz quadrada da hora e dividiu tudo pelo dia ao quadrado multiplicado pelos minutos e chegou ao número de Nepper (е), o segundo número mais importante depois do Pi: 2,718. 𝑀2 𝐴√𝐻 𝐷2 𝑚 = 2,718 Após mais outro cálculo, chegou ao terceiro número mais importante, o número de ouro, o 1,618 obtido pela multiplicação do mês elevado a quatro pela raiz cúbica dos minutos e dividindo tudo pela multiplicação da hora, elevado a quatro pelo ano elevado a zero e pelo dia elevado a zero: 𝑀4 √ 𝑚 3 𝐻4 𝐴0 𝐷0 = 1,618
  • 2. 2 Fez ainda uma programação de computador com os inversos e os simétricos para calcular todas as combinações possíveis e reparou que todos os seus números da data e da hora do seu nascimento estavam no Pi (3,14159… 17 9 46 10 15…). Para chegar aos três números que considera os mais importantes, chegou a fazer 759 375 cálculos. Sendo assim, estas eram as provas mais que suficientes sobre o que de início afirmara. Porém, continuou a referir que o Pi também tinha o número do nosso nascimento, logo, afirma que todos nascemos para a matemática, embora alguns ainda não tivessem descoberto, disse, brincando. Ainda acrescentou que, para além do nosso nascimento, até estava o nosso número de telemóvel. Toda a plateia ficou fascinada com a forma como o professor jogava com a matemática e com os números. Com a sua boa disposição, brincou com o facto de os números do seu nascimento aparecerem com muitas casas decimais, o que, segundo ele, queria dizer que não tinha nascido assim tanto para a matemática, o que despertou mais uma vez o sorriso da plateia. Fez também referência a vários autores que calcularam o Pi, nomeadamente, William Shanks. Este matemático, em 1853, calculou-o à mão e chegou às 707 casas decimais, porque nesse tempo não havia computadores nem máquinas de calcular. Entretanto, segunda pensa o Dr. José Paulo Viana, ele deve ter morrido e ficou apenas pelas 707. Naquela altura era um grande avanço. Este trabalho demorou 20 anos e foi tão importante que em França, quando construíram o primeiro Museu de Ciência, o Palais de la Découverte (Palácio da Descoberta), criaram uma sala dedicada ao Pi e, como este tem a ver com a circunferência, esta é circular. Na parte de cima da sala colocaram o número com as 707 casas decimais de Shanks, que dão mais de três voltas à mesma. Ferguson, em 1945, apresentou outro cálculo, feito já com uma calculadora, que mostra que Shanks se tinha enganado na 528.ª casa decimal, o que queria dizer que todas as seguintes estão erradas. Isto veio demonstrar que os possíveis dez anos de trabalho de Shanks, no cálculo das casas decimais, a partir dessa,
  • 3. 3 foram totalmente inúteis. Esse erro obrigou a que fossem feitas obras na sala do Pi e atualmente o número já está corrigido. Aos presentes, falou ainda de um retrato do Pi com 10 000 casas decimais (100X100), sendo que a cor de cada quadradinho corresponde a um algarismo. O Dr. José Paulo Viana, por sua vez, interrogou-se para que servia isto e deu resposta à sua própria questão, num tom risonho: “Não serve para nada!”. De seguida, deu a conhecer que existem Matemáticos que se especializaram no cálculo do Pi. Em dezembro de 2002, Yasumasa Kanada e a sua equipa batem o recorde, com 1,241 biliões, ou seja, 1,241×1012 de casas decimais do Pi. Para todas estas casas, afirma serem necessárias muitas resmas de papel. Uma sala de aula não chegava, eram pois precisas quatro completamente cheias. Isto para salientar que é impossível escrever as casas todas, existindo apenas na memória do computador, tendo este de ser muito bom. Para brincar connosco, afirmou que tendo o Pi 1,241 biliões de casas decimais e se o imprimíssemos no chão com os algarismos espaçados de 1 mm e, depois, decidíssemos andar em cima dele, seriam precisos mais de 28 anos e a caminhar a 5 km/h para chegarmos de uma ponta à outra. Entretanto, informou que houve novos recordes. A 31 de dezembro de 2009 Fabrice Bellard, de França, com 2,7 biliões de casas decimais. Em setembro de 2010, Shigeru Kondo e Alexander Yee com 5 biliões de casas decimais, alcançando assim o recorde atual. Com este recorde já serão precisas 16 salas de aula, caminhando mais de 140 anos. Na verdade, como assegurou o Dr. José Paulo Viana, nunca serão necessárias para calcular o Pi mais de 35 casas decimais. Eles apenas calcularam os biliões de casas, para irem mais além, mesmo que seja inútil. Seguidamente, comparou a continuação do cálculo das casas decimais do Pi com um montanhista que subiu o Evareste e, quando um jornalista lhe perguntou o porquê, ele respondeu: “Porque estava lá.”. Na verdade, o Pi aparece no livro dos recordes, Guiness Book, embora não o considerem tão importante. Deixaram-no lá, rodando os recordes e mantendo apenas os mais importantes. Ele está lá por ser o número mais famoso, o número de casas decimais mais conhecidas e por haver competições no mundo, cujos participantes teriam de conseguir dizer mais casas decimais do número do Pi de memória, realidade que o deixou de facto boquiaberto. Desta competição destacam-se, em fevereiro de 1995, Hiroyuki Goto, um japonês de 22 anos que disse as primeiras 42 195 casas decimais do Pi, em julho de 2005, Akira Haraguchi, japonês, disse 83 431 casas decimais. No ano seguinte, em outubro de 2006, Haraguchi não ficou contente com o seu recorde anterior e disse 100 000 casas decimais. Antes disso, ainda tentou 4 meses antes, mas falhou, não porque se tenha enganado, mas porque não cumpriu o tempo, dado que a prova tem tempos a cumprir. O recorde em Portugal é de mil e poucos algarismos. Como não há prémios Nobel da Matemática, criaram-se os prémios IgNobel da Matemática, que são, segundo o seu ponto de vista, prémios completamente inúteis e idiotas, mas que têm sido publicados em revistas científicas, se não provavelmente nem eram conhecidos.
  • 4. 4 Em 1993, o prémio foi para Robert Faid, pelo cálculo exato da probabilidade de Mikhail Garbachau ser o anticristo, que era de 1 em 8 606 091 751 882. Em 1994, o prémio foi para a Igreja Batista Meridional do Alabama por, através de cuidados e medição matemática da moralidade, terem determinado quando os cidadãos do Alabama irão para o inferno se não se arrependerem e, neste preciso momento, até acabou por brincar com a situação dizendo que, se lá estivéssemos, saberíamos o nosso destino. Em 2002, o prémio foi atribuído a K. P. Sreekumar e G. Nirmalan pelo cálculo da superfície total dos elefantes da Índia. Em 2006, Nicks Edson e Piers Barkies, dois matemáticos australianos, alcançaram o prémio pelo cálculo do número de fotografias que é preciso tirar para garantir que ninguém fique de olhos fechados. A probabilidade é de 30 pessoas, tirando 15 fotografias. O Dr. José Paulo Viana fez ainda referência a um prémio da Literatura, em 1993, para E. Topal, R. Calif e outros 172 coautores por terem publicado um artigo de investigação médica com cem vezes mais autores do que páginas. Passando a outra situação, deu-nos a entender como, de uma forma matemática, as novidades correm rápido pelo mundo inteiro. Pediu-nos que imaginássemos que à meia-noite ele pensa numa anedota mas, como não gosta dela, só passado uma hora é que conta outra anedota a duas pessoas. Estas gostaram e uma hora depois, às duas horas da manhã, contam a mais duas pessoas. Já quatro pessoas tinham ouvido tal anedota em apenas duas horas. Segundo cálculos e ilustrados com gráficos, mostrou-nos que passadas três horas já a escutam oito pessoas, sete horas depois já são 128 pessoas, o que equivale a metade da sua rua. Após 15 horas já perfaz um total de 32 768 pessoas, o que corresponde ao número de habitantes de uma pequena vila. Com 23 horas passadas o número equivale a 8 milhões de pessoas, ou seja, Portugal na sua totalidade. Para chegar ao mundo inteiro, basta um dia e meio. Para terminar, contou-nos uma história vivida por ele, no tempo da ditadura, que só terminou em 1974, e realçou o facto de ser bom não termos vivido nesse tempo, recorrendo à frase: “Tudo o que não é proibido é obrigatório.”, tendo tido ainda a preocupação de nos falar um pouco dessa época. Deu assim a conhecer que, nesse tempo, apenas um quinto da população é que votava e eram quase todos homens. O dever das mulheres era ficarem em casa a cuidar dos filhos e a tratar da parte doméstica. Por outro lado, fez referência a Américo Tomás, o equivalente à figura de primeiro-ministro de agora que, quando era eleito, era dos únicos que escrevia os seus discursos, pois os outros, quando o eram, os seus discursos eram escritos pelos seus adjuntos. De igual modo, foi curioso saber que Américo Tomás tinha uma farda legal do trabalho e uma farda branca e que começava sempre o seu discurso com a frase: “Esta é a primeira vez que cá estou, desde a última que cá estive”.
  • 5. 5 Entretanto, depois de viajar por “Alguns números pela vida fora”, o professor levou-nos, finalmente, ao resto da indecifrável expressão do título: “incluindo um Porco Fardado de Almirante”. Como tal, começou por contar que, quando era jovem, pertencia a um grupo que era contra a ditadura. Decidiram, então, atuar de forma a criticar a maneira como se processavam as eleições nessa época, uma vez que Américo Tomás era o vencedor, mesmo que não fosse o mais votado. Para tal, prepararam um porco, com botas e tudo, vestido de Almirante, para o lançar no Rossio. De seguida, decidiram fazer uma jogada com dois carros, de modo a tentar despistar a polícia. Na verdade, o porquinho estava sem medo e ficou parado no meio do trânsito e, por isso, a polícia conseguiu de imediato capturá-lo. O efeito pareceu-lhes nulo, pois apenas teria sido visto por sete pessoas. Mais à frente, lançaram um foguete que fez soltar muitos papéis, num raio de três metros. No final, os polícias estavam deveras aborrecidos com a situação e um deles acabou por dar um tiro no porco. Toda aquela situação, que tinha começado por ser algo discreto, apenas com sete pessoas a assistirem, acabou por chegar ao conhecimento das pessoas das aldeias mais remotas e, no final, até o pai que estava na tropa soube do acontecimento. Em suma, esta história reflete precisamente o que aconteceu com a anedota pois, durante sete dias, apenas metade da sua rua a conhecia e, no final, acabou por ser do conhecimento de Portugal inteiro. Sofia Pedrosa, 11.º B / O Ciclista